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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Manuel de Azevedo Gomes

 

Manuel de Azevedo Gomes nasceu na freguesia   de Santo Amaro da ilha do Pico, filho de António de Ávila Gomes e de sua mulher Maria José de Azevedo e Castro. Foi irmão de Amaro de Azevedo Gomes, ministro do Governo Provisório da República Portuguesa. Foi pai do silvicultor, botânico e professor universitário Mário de Azevedo Gomes (1885-1965).

Azevedo Gomes destacou-se pelo seu brio enquanto oficial naval. O seu prestígio foi reforçado quando em 1862, em plena Guerra Civil Americana, como jovem tenente ao comando da corveta D. Estefânia obrigou a corveta USS Kearsarge, dos Estados Unidos da América, a respeitar a neutralidade portuguesa não atacando o navio corsário dos Estados Confederados CSS Alabama quando este se encontrava fundeado na Baía de Angra, nos Açores.

Foi chefe de gabinete do ministro Jacinto Cândido da Silva, ele também açoriano, no período em que aquele ministro liderou o programa de construções navais de 1896, o maior investimento em material naval feito pelo Estado português nos séculos XIX e XX.

Chefiou a missão da Armada Portuguesa que recebeu nos estaleiros do Havre os cruzadores São Gabriel e São Rafael, construídos no âmbito do plano de construções navais de 1896. Foi ajudante honorário do rei D. Carlos I de Portugal quando em 1901 aquele monarca visitou os Açores.


Comandou o Cruzador São Gabriel e, no final da sua carreira, o Cruzador D. Carlos I, então a mais prestigiosa unidade naval portuguesa.

Terminou a sua carreira naval no posto de capitão-de-mar-e-guerra chefiando a Divisão Naval do Oceano Índico  em 1902.

Foi casado com Alice Hensler, filha de Elise Hensler, a condessa de Edla, que entretanto casara com o rei D. Fernando II de Portugal.


Foi condecorado com o grau de comendador da Ordem da Torre e Espada e grande oficial da Ordem de São Bento de Avis. Recebeu também diversas condecorações estrangeiras, entra as quais a da Ordem do Elefante Branco, do Reino do Sião. Conhece-se uma colaboração póstuma da sua autoria no semanário Academia Portuguesa  em 1933.




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