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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Cecilía Benevides de Carvalho Meireles com sangue Açoriano


Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, Cecília Meireles (Cecília Benevides de Carvalho Meireles) é descendente de açorianos naturais da ilha de S. Miguel – Açores. Nasceu na Tijuca, Rio de Janeiro - Brasil, no dia 7 de Novembro de 1901.
Foi criada pela avó materna, uma vez que ficou órfã muito cedo.
Aos nove anos, começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre 1913 e 1916 e estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, publicou o seu primeiro livro de poesias, “espectros”, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora, vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, na sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
Teve ainda uma importante actuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda o seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como “Leilão de Jardim”, “O Cavalinho Branco”,

“Colar de Carolina”, “O mosquito escreve, Sonhos da menina”, “O menino azul” e “A pombinha da mata”, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a literataço, a assonância e a rima. Os seus poemas não se restringem apenas à faixa etária infantil, mas permitem diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou “Nunca Mais…” e “Poema dos Poemas”, e, em 1925, “Baladas Para El-Rei”. Após um longo período, em 1939, publicou “Viagem”, livro com o qual ganhou o Prémio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como “Pequeno Oratório de Santa Clara”, de 1955; “O Romance de Santa Cecília” e outros.
Em 1951, viajou pela Europa, Índia e Goa e visitou, pela primeira e única vez, os Açores, tendo contactado na ilha de S.Miguel o poeta Armando César Côrtes-Rodrigues, amigo e correspondente, desde a década de 1940.

Foi homenageada com o Prémio Machado de Assis (1965); Sócia Honorária do Real Gabinete Português de Leitura; Sócia Honorária do Instituto Vasco da Gama (Goa); Doutora “Honoris Causa”, pela Universidade de Delhi (Índia) e Oficial da Ordem de Mérito (Chile)
Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais, o nome de Cecília Meireles foi dado à escola básica da freguesia de Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, terra de sua avó-materna, Jacinta Garcia Benevides, que a criou.

Após a sua morte (9-11-1964), foi homenageada, tendo-lhe sido atribuída uma cédula de cem cruzados novos. Este documento, com a efígie de Cecília Meireles, lançado pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1989, seria mudado para cem cruzeiros, aquando da mudança de moeda pelo governo de Fernando Collor.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Eurico Gaspar Dutra de origem Açoriana


Eurico Gaspar Dutra (1883-1974) descendente de açorianos da ilha do Faial – Açores, nasceu em Cuiabá, a 8 de Junho de 1883, Mato Grosso – Brasil.
De Janeiro de 1946 a 1951 foi eleito presidente (16.º) da República do Brasil.
Militar de profissão, assumiu o lugar de ministro da Guerra (actual Ministro da Defesa) de 1936 a 1945, e, com Getúlio Vargas, instaurou o Estado Novo.
Faleceu a 11 de Junho de 1974, no Rio de Janeiro, com 91 anos de idade.Foi o único presidente do Brasil oriundo do Estado de Mato Grosso.
Em 1902 Dutra ingressou na Escola Preparatória e Táctica do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, e, depois, na Escola Militar de Realengo e na Escola de Guerra de Porto Alegre.
Em 1922 formou-se na Escola de Estado-Maior. Dutra não participou da Revolução de 1930, estando, na época, no Rio de Janeiro, tendo defendido a ambiguidade frente à Revolução de 1930.
Em 1935 comandou a repressão à Intentona Comunista nas cidades do Rio de Janeiro, Natal e Recife, uma das primeiras, da I Região Militar, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o nomearia Ministro da Guerra, actual Comandante do Exército, em 5 de Dezembro de 1936.
Nesse posto, cumpriu papel decisivo, junto com Getúlio Vargas e com o general Góis Monteiro, na conspiração e na instauração da ditadura do Estado Novo, em 10 de Novembro de 1937 e na repressão aos levantes integralistas em 1938.  Permaneceu como ministro da Guerra até sair do cargo para disputar a eleição presidencial de 1945.

Durante a Segunda Guerra Mundial, esteve entre os líderes militares que eram contra o alinhamento do país com os aliados e um maior envolvimento do país no conflito.  Com a participação do Brasil na guerra ao lado dos aliados, e as crescentes pressões da sociedade civil pela democratização do país, Dutra aderiu formalmente à ideia do fim do regime iniciado em 1930, sendo novamente expulso do ministério em 3 de Agosto de 1945, participando a seguir da deposição de Getúlio Vargas em Outubro de 1945.

Neste contexto, o líder deposto anunciou no mês seguinte seu apoio a Dutra, candidato do exército, em detrimento do candidato da Aeronáutica, Eduardo Gomes, nas eleições que se seguiriam.








quinta-feira, 23 de abril de 2015

Luiz António de Assis Brasil


Luiz António de Assis Brasil (Luis António de Assis Brasil e Silva) é descendente de açorianos, oriundos das ilhas Terceira, São Jorge, Pico e São Miguel, e nasceu em 1945, em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul – Brasil.
Parte da sua infância foi passada com a família no município de Estrela (RGS), na capital. Em 1962, começou a estudar violoncelo e no ano seguinte terminou o Curso Clássico no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, dos padres jesuítas. Em 1964, ano do golpe militar, ingressou no exército, para o cumprimento do serviço militar obrigatório.
Um ano mais tarde, ingressou no curso de Direito da PUCRS e passou a integrara a OSPA - Orquestra Sinfónica de Porto Alegre – como violoncelista, onde permaneceu por 15 anos. Em 1970, formou-se em Direito e exerceu esta profissão durante dois anos.
Em 1975, ingressa como Professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, função que mantém até hoje; no mesmo ano iniciou-se como colaborador na imprensa com artigos históricos e literários.
Em 1976, estreou o romance “Um quarto de légua em quadro”, que foi apresentado na 32ª Feira do Livro de Porto Alegre, tendo-lhe granjeado o Prémio “Ilha de Laytano”. Em 1976, iniciou a sua trajectória de administrador cultural, primeiramente na Prefeitura de Porto Alegre (Chefe da Secção de Actividades Artísticas) e depois no Estado do Rio Grande do Sul (Diretor do Instituto Estadual do Livro – 1983); 1978, foi também o ano do lançamento de “A prole do corvo”. Em 1981, publicou “Bacia das almas”. No ano seguinte, “Manhã transfigurada”. Nesse mesmo ano (1981), assumiu a direcção do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre.
No inverno 1984/1985, foi à Alemanha, como bolsista do Goethe-Institute (Rothenburg-ob-der-Tauber, na Francônia). Em 1985, lançou aquele que, segundo o autor, é o seu livro com maior carga emocional, “As virtudes da casa” e começou a ministrar a Oficina de Criação Literária do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, em actividade, até hoje. Em 2005, recebeu o Prémio “Fato Literário”, da RBS/Banrisul, ao completar 20 anos de actividades ininterruptas.
Em 1986, lançou mais uma obra, “O homem amoroso”, uma novela com forte acento autobiográfico. Em 1987, “Cães da província”, retoma o ciclo histórico. O romance dá o título de Doutor em Letras ao autor e faz jus ao Prémio Literário Nacional, do Instituto Nacional do Livro.
Em 1988, recebeu da Câmara Municipal de Porto Alegre o Prémio “Érico Veríssimo”, pelo conjunto de sua obra. “Videiras de cristal”, que recriou a saga dos Muckers, foi lançado em 1990. “Nova experiência” é um romance em três volumes. “Um castelo no pampa”, que se divide em “Perversas famílias” (1992 -vencedor do Prémio Pégaso de Literatura, da Colômbia), “Pedra da memória” (1993) e “Os senhores do século” (1994). “Concerto campestre”, “Breviário das terras do Brasil” e “Anais da Província-boi” saíram em 1997, ano em que o romancista foi eleito Patrono da 43ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Em 1998, foi palestrante convidado na Brown University, em Providence, USA e em 2000 participou o programa Distinguished Brazilian Writer in Residence, na Berkeley University, Califórnia.
Em 2001, publicou “O pintor de retratos”, que recebeu o Prémio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.
Em 2003, lançou o livro “A margem imóvel do rio”, o qual foi contemplado com três prémios: Prémio Portugal Telecom de Literatura Brasileira (o único romance de entre os três primeiros classificados), Prémio Jabuti (finalista menção honrosa) e Prémio Açorianos de Literatura.
Ainda em 2003, apresentou três publicações fora do Brasil: “O pintor de retratos” em Portugal pela editora Ambar, do Porto; “O homem amoroso” publicado pela editora l´Harmattan, de Paris (l´Homme Amoureux), e em Espanha, pela editora Akal, de Madrid, lançou a tradução de “Concerto Campestre” (Concierto Campestre). No mesmo ano, publicou um livro de ensaios literários pela editora Salamandra, de Lisboa: “Escritos açorianos: tópicos acerca da narrativa açoriana pós-25 de Abril”. Em 2005, foi publica em França, pela editora Les temps des Cérises, o “Breviário das terras do Brasil” (Bréviaire des Terres du Brésil).
Em 2006, participou, com conferências na Alemanha (Tübingen, Leipzig, Berlim), do programa oficial do Ministério da Cultura do Brasil.
“Música Perdida” foi lançado em 2006, o qual venceu, em 2007, a Copa de Literatura Brasileira e recebeu indicação ao Jabuti. Em 2008, publicou “Ensaios Íntimos e Imperfeitos”, uma coleção de pequenos textos de carácter poético e ensaístico.
Em 2010, continuou com a sua coluna quinzenal no jornal “Zero Hora”, de Porto Alegre, e proferiu conferências nas Universidades de Paris-Sorbonne e na Universidade de Toronto.
No dia 3 de Janeiro de 2011, Assis Brasil assumiu a chefia da Secretaria de Estado da Cultura (SEDAC) do Rio Grande do Sul, após ter sido convidado pelo governador Tarso Genro. De acordo com seu discurso de posse, pretende realizar para retomar o diálogo com a comunidade de artistas e gestores, bem como fortalecer os laços da Secretaria com o Conselho Estadual de Cultura, órgão responsável pela aprovação de projectos beneficiados pela Lei de Incentivo à Cultura.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nuno Bettencourt musico Açoriano


Nuno Bettencourt (20 de Setembro de 1966, Praia da Vitória, Terceira, Açores) é um virtuoso guitarrista Português, membro da banda Extreme, e que ficou famoso por seus solos extremamente técnicos, sendo a sua maneira de tocar muito influenciada por Eddie Van Halen.
Nuno Bettencourt nasceu na Praia da Vitória, Terceira, Açores, Portugal, em 1966. Mudou-se, com a sua família, para Hudson, Massachusetts aos 4 anos.
Nos EUA não tinha grande interesse por música. Preferia o desporto, principalmente hóquei e futebol. O primeiro instrumento que tocou foi bateria, até que o seu irmão, Luís Gil Bettencourt, começou a ensinar-lhe a tocar guitarra, mas aprendeu sobretudo como autodidacta.
Em 1985 Bettencourt juntou-se à banda Extreme. No dia 5 de Agosto de 1987 fizeram um concerto em Boston com presença de executivos de grandes gravadoras e, em Novembro, assinaram com a A&M Records.
Por volta de Março de 1988, os Extreme fizeram a sua primeira grande apresentação ao público, abrindo um concerto dos Aerosmith (banda também de Boston).
Em 1989 lançaram o álbum ‘Extreme’, que não teve muito sucesso.
Depois de uma turnê pela América do Norte e Japão, os Extreme lançaram o álbum, ‘Pornograffitti’, em 1990, que os colocou definitivamente no hall da fama. O som da banda começava a mudar; em alguns momentos ainda soava a “Funk Metal”, mas o rock e o hard rock tinham forte presença em ‘Pornograffitti’.

Ainda em (1990) participou no disco "Putting Back The Rock", de Jim Gilmore.
Entraram na sua segunda turnê pelos Estados Unidos, enquanto as baladas "More Than Words" (o maior hit dos Extreme) e "Hole Hearted" não saíam das rádios. Em dezembro de 1990, a Washburn Guitars lança uma série de guitarras, N4 - Nuno Bettencourt Signature Series, com a assinatura de Nuno Bettencourt.
O single "More Than Words" alcançou o primeiro lugar em vários países, entre eles: Estados Unidos, Holanda, Portugal e Israel. Durante a turnê tocaram em vários festivais e com vários grupos e cantores famosos, entre eles o ex-Van Halen David Lee Roth. Nuno foi convidado para tocar no “Guitar Legends”, em Sevilha, Espanha. Tocou ao lado de Brian May, Steve Vai, Joe Satriani, entre outros. A turnê de ‘Pornograffitti’ terminou em Honolulu, no dia 15 de dezembro de 1991.
Em 1991 participou em "Confessions", de Dweezil Zappa. Nuno canta numa semibalada, intitulada "O Beijo".

domingo, 19 de abril de 2015

David Lee Roth ex-vocalista dos Van Halen com origens nos Açores


David Lee Roth, também conhecido como Diamond Dave (Bloomington, 10 de outubro de 1954), é um vocalista de rock que se tornou conhecido por seu trabalho no Van Halen. Filho de Nathan Roth, um proeminente oftalmologista judeu, David foi morar em Pasadena (Califórnia, Estados Unidos) na adolescência após morar em Swampscott (Massachusetts, Estados Unidos). Manny Roth, tio de David, é proprietário de um influente clube nocturno em Nova York. David que tem avós paternos e maternos nascidos em S. Miguel Arquipelago dos Açores.
As características mais marcantes de David são suas performances acrobáticas, com golpes de artes marciais, sua voz e seu senso de humor.
Em Abril de 1985 David saiu do Van Halen, embora algumas fontes digam que na verdade ele foi mandado embora da banda. Segundo foi dito, as maiores discordâncias vinham de David com Eddie Van Halen, já que Eddie queria incorporar ao som da banda teclados, sintetizadores e baladas. Em sua autobiografia lançada em 1988, Crazy From the Heat, David caracterizou a música do Van Halen logo antes da sua partida como "tediosa". Dizem que David queria gravar um álbum rapidamente e logo depois sair em turnê, e então lançar um filme, Crazy From the Heat, mas seus companheiros de banda estavam apáticos, letárgicos e afundados em drogas. David também não gostou da participação de Eddie na música Beat It, gravada por Michael Jackson em 1983. Eddie nunca contou a David que iria participar da gravação, por medo de que David tentasse impedi-lo. As razões exactas pelas quais David deixou a banda continuam não-totalmente esclarecidas. Desde 1985, David e seus antigos companheiros de banda isolaram-se.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Filipe Oliveira Baptista director criativo da Lacoste é Açoriano


Filipe Oliveira Baptista nasceu em 1975  em Angra do Heroísmo ilha Terceira  Arquipélago Açores . Ele  formou se  na Universidade de Kingston , em Londres , onde estudou design de moda e design.  Posteriormente, ele trabalhou para Max Mara , Christophe Lemaire e Cerruti . Em 2003, ele fundou sua própria gravadora e agora vive e trabalha em Paris com sua esposa e dois filhos.   Em 2005, ele foi convidado a mostrar no calendário oficial de Couture, pela primeira vez. As   suas colecções foram vendidas em lojas como a Colette e Galeries Lafayette em Paris e Podium em Moscovo. Ele é  membro da Chambre Syndicale de la Haute Couture . Em 2010  foi nomeado gerente criativo da Lacoste .   Em 2014, Filipe Oliveira Baptista parou a sua linha ready-to-wear para a sua marca.



terça-feira, 14 de abril de 2015

Katy Perry com origens nos Açores


Katheryn Elizabeth Hudson nasceu em 25 de Outubro de 1984 em Santa Bárbara, Califórnia, Estados Unidos, oriunda de uma família de classe baixa.  Ela é filha de dois pastores evangélicos, Keith e Mary Hudson, e possui dois irmãos, uma mais velha chamada Angela Hudson e um mais jovem chamado David Hudson. Katheryn possui ascendência portuguesa por parte de sua mãe, que é irmã do cineasta Frank Perry e da roteirista Eleanor Perry, ambos falecidos. Três de seus trisavós eram originários dos Açores, mais especificamente de Horta. Perry também tem ascendência alemã, irlandesa e inglesa.
Quando era criança, ela ouvia apenas música gospel e era proibida de ouvir outros estilos musicais, chamados por seus pais de "músicas seculares".  Ela participava de escolas dominicais e acampamentos religiosos, chegando a fazer aulas de dança em um salão em Santa Bárbara, onde aprendeu a dançar swing, Lindy Hop e jitterbug.
 Segundo a cantora, ela competia musicalmente com sua irmã mais velha porque queria "copiar sua irmã e tudo o que ela fazia" e devido a isso, praticava seu canto com fitas cassetes, que eram frequentemente roubadas por Katheryn para treinar. Após treinar, ela cantou para seus pais e eles sugeriram para que ela aperfeiçoasse suas habilidades com aulas de canto; durante um certo período, Katheryn cantava publicamente em restaurantes e reuniões familiares. Ela foi baptizada e, aos nove anos de idade, começou a cantar no coro musical de sua igreja até os dezassete anos.  Quando adolescente, ela estudou no Colégio Dos Pueblos e depois de completar o ensino médio e receber seu diploma, ela decidiu prosseguir sua carreira musical, estudando canto até os dezasseis anos de idade e até mesmo chegando a cursar ópera na Faculdade de Música do Oeste em Santa Bárbara, mas por pouco tempo.

domingo, 12 de abril de 2015

Ultima lista de Emigrantes que partiram da Calheta ilha de S. Jorge Açores para o Brasil

1.  Maria Santa (Nossa Senhora do Rosário, Calheta, Ilha de São Jorge, Portugal, batizada em 17 de Outubro de 1733 - Rio Grande do Sul, ?) casada com Jerónimo da Silveira Machado.

2.  Maria Santa Pacheco (Vila do Topo, Ilha de S. Jorge, Azores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Bernardo Pinto Bandeira.

3.  Maria de Santo Antonio (Vila do Topo, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Antão Pereira Machado.

4.  Mariana Inácia de Jesus (Norte Pequeno, Calheta, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com João de Souza Leal.
5.  Mariana Luísa (Calheta, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com José Rodrigues.
Mathias Silveira de Oliveira (Calheta, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Joanna do Sacramento.

6.  Paula Corrêa (Fajã de São João , Calheta, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Francisco de Souza.

7.  Paula Maria Cardoso (Topo, Açores, Ilha de São Jorge, Calheta, Portugal, 1 de janeiro de 1722 - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, ?) casada com Caetano de Sousa Nunes.

8.  Pedro de Moraes Monforte (Vila do Topo, Ilha de S. Jorge, Açores, Portugal, 2 de julho de 1659 - Paranaguá, Paraná, c. 1721) casado com Catharina de Lemos.

9.  Rita Maria do Rosário (Vila do Topo, Calheta, Ilha de São Jorge, Azores, Portugal, 13 de setembro de 1728 - Gravataí, Rio Grande do Sul, 23 de março de 1810) casada com Antonio Machado Netto.

10.  Rosa de São José (Topo, Calheta, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com José da Silveira Bittencourt.

11.  Roza Maria (Vila do Topo, Calheta, Ilha de São Jorge, Azores, Portugal, c. 1735 - Rio Grande, Rio Grande do Sul, 18 de maio de 1773) casada com Thome de Souza Mattos.

12.  Sebastião Francisco da Cunha (Ribeira Seca, Calheta, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Ana Vitória da Luz.



13.  Thome de Souza Mattos (Vila do Topo, Calheta, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, 17 de setembro de 1715 - Brasil, ?) casado com Roza Maria,

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ramiro Carvalho Dutra


Ramiro Dutra nasceu a 27 de Setembro de 1931, na ilha de São Miguel -Açores. Em 1948, emigrou para a Califórnia, Estados Unidos da América. Prosseguiu os estudos na University of California, onde obteve uma licenciatura em Agrotecnologia, um mestrado em Ciências dos Alimentos e um doutoramento em Bioquímica.
Distinto conferencista, jornalista e autor de várias obras em prosa e poesia, exerceu durante vários anos as funções de professor universitário no California State Polytechnic University, onde fundou e dirigiu, durante 15 anos, o Departamento de Nutrição e de Ciências dos Alimentos, mantendo-se nesta instituição até à sua aposentação como professor catedrático.
Apesar do sucesso da sua carreira científica, também se destacou no campo da literatura ao apresentar, em 1986, um livro de poesia intitulado “Sorrisos da Califórnia”. No ano anterior, publicou o livro “Horizontes – mensagens aos luso-americanos”. Mais tarde, em 1991, lançou as obras “Eco Cinzento” e “Maré Cheia”. Em 2002, investigou e redigiu o texto de quatro comunidades que fizeram parte da publicação “Holy Ghost Festas: A Historical Perspective of the Portuguese in Califórnia”.
A sua escrita revela uma melancólica reanimação das vivências do além – mar, prestando uma homenagem ao esforço dos emigrantes.
Foi distinguido pela Governo Português com o grau de Comendador da Ordem de Santiago da Espada, para as Ciências, Letras e Artes (1981), tendo recebido também a Medalha de Valor e Mérito, em 1986, atribuída pela Secretária de Estado da Emigração, o Golden Leaves Award for Contribution to the Literature of Higher Education, em 1991, e a Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas, Grau de Ouro, em 1992.

Ramiro Dutra foi um das personalidades que participou no I Encontro de Escritores Açorianos da Diáspora, realizado em 2003, em Angra de Heroísmo, ilha Terceira -Açores.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

António Garcia da Rosa 1.º barão da Areia Larga

António Garcia da Rosa (Horta, 25 de Agosto de 1790 — Horta, 25 de Abril de 1876), 1.º barão da Areia Larga, foi um aristocrata e político açoriano que, entre outras funções, foi subprefeito da Comarca da Horta (1833) e governador civil do Distrito da Horta.

 Foi filho do desembargador Manuel Garcia da Rosa e de sua mulher Isabel Josefa de Lacerda, uma família da melhor aristocracia faialense.
 Pertencente à elite da cidade da Horta, foi uma das figuras mais destacadas da cena política faialense no período que se seguiu ao fim da Guerra Civil. Foi por várias vezes vereador da Câmara Municipal da Horta, tenente-coronel do regimento de milícias do Faial e subperfeito da Horta em 1833, durante o curto período em que existiu a Província dos Açores. Após a criação do Distrito da Horta, foi governador civil interino num período de grande agitação política nos Açores1 .
 Recebeu o título de barão da Areia Larga, por decreto de 22 de Fevereiro de 1854 do rei D. Pedro V de Portugal e foi feito fidalgo da Casa Real com brasão de armas concedido por alvará de 12 de Março de 18572 . Foi ainda agraciado com a comenda da Ordem de Cristo.

Casou a 15 de Julho de 1815 com Isabel Lacerda Peixoto.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Aurélio Pereira da Silva Quintanilha


Aurélio Pereira da Silva Quintanilha nasceu a 24 de Abril de 1892, na freguesia de Santa Luzia, concelho de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira. Filho de Afonso Henriques da Silva e de Maria Carlota de Sousa Pereira. Cumpriu a instrução primária em Angra do Heroísmo, tendo-se revelado desde logo um excelente aluno. Frequentou o liceu de Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, onde concluiu o curso com distinção.
Em 1910, ruma para Lisboa, para assentar praça no Exército Português. Por sugestão do seu irmão, o Coronel Guilherme Quintanilha, vai para Coimbra cursar os preparatórios da Escola do Exército. Acabou, no entanto, por não concorrer à Escola do Exército. Matriculou-se nos preparatórios de Medicina, em Coimbra, que concluiu em três anos. Em 1913 muda-se para Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Medicina.
Em 1915, Aurélio Quintanilha deixou a Faculdade de Medicina e matriculou-se no curso de Ciências Histórico-Naturais da Faculdade de Ciências da mesma Universidade, onde conclui a licenciatura, com distinção, em 1919.
No mesmo ano, concorre ao lugar de 1º assistente do Grupo de Botânica da Faculdade de Ciências de Coimbra e lecciona as aulas teóricas e práticas das disciplinas de Botânica Médica e Morfologia e Fisiologia dos Vegetais.
Posteriormente, é admitido na Escola Normal Superior. Faz exame de estado em 1921, para o qual apresenta a dissertação intitulada «Educação de hoje – Educação de amanhã», tendo sido aprovado com distinção, com a nota de 18 valores.
Passa a dedicar-se ao doutoramento, para o qual elabora a dissertação «Contribuição ao estudo dos Synchytrium». Doutorou-se em Ciências Histórico-Naturais, no ano de 1926. No mesmo ano concorre para professor catedrático de Botânica da mesma faculdade, apresentando como dissertação o trabalho «O Problema das plantas carnívoras – Estudo citofisiológico da digestão no Drosophyllum lusitanicum Link». Na Universidade de Coimbra, desempenhou, em 1927, os cargos de Director do Laboratório Botânico e Secretário da Faculdade de Ciências.
Em 1928, Quintanilha, parte para um estágio na Universidade de Berlim, onde desempenhou o cargo provisório de Leitor de Português, ao mesmo tempo que trabalhava no Pflanzenphysiologisches Institut. Em 1930, fez estágio no Kaiser Wihelm Institut für Biologie.

Em 1931, regressa a Coimbra, monta o seu laboratório e biblioteca, inicia a preparação dos seus colaboradores e retoma o ensino. Em 1932, publica o seu trabalho «Le problème de la sexualité Chez les Champignons».
Em maio de 1935 é afastado do serviço e aposentado, por revelar um espírito de oposição aos princípios do Estado Novo. Foi para o estrangeiro, onde percorreu várias centros científicos.
Em 1935, participa no V Congresso Internacional de Botânica, com a comunicação «Cytologie et génétique de la sexualité Chez les Champignons». A Academia das Ciências da Dinamarca atribui-lhe o prémio Emil Christian Hansen e o Governo Inglês atribui-lhe uma bolsa de estudo para prosseguir a sua carreira e investigações.
Instalou-se em Paris. Em 1937, é admitido na «Caísse Nationale de la Recherche Scientifique». Em 1939, em consequência da 2.a Guerra Mundial, alista-se como voluntário no exército francês. É desmobilizado e volta para Paris. Mais tarde regressa a Portugal, instalando-se na Estação Agronómica Nacional, onde trabalha por dois anos.
Em 1943, é-lhe atribuído, pela Academia das Ciências de Lisboa, o prémio Artur Malheiros, pelo trabalho “Doze anos de citologia e genética dos Fungos”. No mesmo ano parte para África, para dirigir os serviços de investigação e experimentação da Junta de Exportação do Algodão, em Lourenço Marques, e é nomeado director do Centro de Investigação Científica Algodoeira (CICA) em Moçambique.
Foram-lhe ainda atribuídos os prémios Hansen da Microbiologia (1937), Arthur Malheiros (1943) e o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Witwatersrand, África do Sul (1947).
Das Sociedades Científicas a que pertenceu, salientam-se: a Sociedade Broteriana, a Societé Botanique de France, a Société Mycologique de France, a Deutsche Botanische Gesellschaft, a Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, Sociedade Portuguesa de Biologia e Sociedade de Estudos de Moçambique. Em 1958, foi também eleito sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa.

Entre 1921 e 1960, Quintanilha publicou 47 trabalhos científicos e colaborou com muitos outros.
Com o 25 de Abril de 1974, Quintanilha solicitou a sua reintegração como professor catedrático de Botânica da Universidade de Coimbra. A 4 de Novembro do mesmo ano, teve lugar a última lição de Quintanilha na Universidade de Coimbra. Sete dias depois, a Sociedade Portuguesa de Genética tornou-o no 1.º sócio honorário da Sociedade. Em 15 de Fevereiro de 1983, mediante proposta do Presidente do Conselho Directivo do Museu, Laboratório e Jardim Botânico da Faculdade de Ciências de Lisboa, Prof. Fernando Catarino Mangas, foi-lhe concedido o grau de Doutor Honoris Causa. Em 1972, o Governo Português concedeu-lhe o Grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada e, em 1987, a condecoração da Ordem da Liberdade, que lhe foi imposta pelo, então Presidente da Republica, General Ramalho Eanes.

Morreu a 27 de Junho de 1987, em Lisboa.