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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Capitão Frederico Coelho de Melo


Frederico Coelho de Melo (Altares, 25 de Abril de 1895 — Altares, 6 de Outubro de 1971) foi um militar e pioneiro da aviação militar em Portugal.
Militar do Exército Português foi, na companhia de Salvador Alberto du Courtiils Cifka Duarte e outros, pioneiro da aviação militar no país, lutando pela autonomização da aeronáutica militar como ramo independente das Forças Armadas.

Com a patente de capitão, exercia o cargo de professor na Escola Militar de Aviação em Sintra, quando recebeu o convite para pilotar o voo inaugural do mono motor biplano Avro 504K, baptizado como "Açor", a partir do Campo da Achada, na ilha Terceira, no arquipélago dos Açores.

Desse modo, a 4 de Outubro de 1930, efectuou a primeira descolagem de um avião em terra nos Açores, assinalando a inauguração oficial do aeródromo da Aviação Militar Portuguesa na Achada, na zona planáltica do interior da Terceira.


Afastado da capital da República, manteve-se na Terceira, continuando a voar com o "Açor".

Exerceu o cargo de comandante da Polícia em Angra do Heroísmo em finais da década de 1940, vindo a falecer em sua residência.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Achegada de Vasco Gil Sodré á ilha da Graciosa Açores

Vasco Gil Sodré (Montemor-o-Novo, ca. 1450 — Santa Cruz da Graciosa, ca. 1500) foi um navegador português e um dos primeiros povoadores da ilha Graciosa.
Natural de Montemor-o-Novo, filho de Gil Sodré, neto de John de Sudley, de ascendência nobre inglesa , aportuguesado para João de Sodré, em que Sodré é corruptela do locativo inglês Sudeley ou Sudley. Este John Sudley seria por sua vez descendente do nobre inglês William le Boteler, bem como de Ralph de Hereford (e por consequência de Eduardo, o Confessor) por linhagem materna, o que explica a comunalidade de armas usadas na Inglaterra e em Portugal pelas famílias Boteler (Butler) e Sodré.

Vasco Gil Sodré terá sido casado duas vezes: a primeira com Iria Vaz do Couto, irmã de Duarte Barreto do Couto, que foi o primeiro capitão do donatário na Graciosa; e a segunda com Beatriz Gonçalves da Silva, que foi quem o acompanhou na sua ida para aquela ilha. Não se conhece o fim da primeira mulher, nem se houve geração.
Esta Beatriz Gonçalves da Silva é apontada por Gaspar Frutuoso como sendo Beatriz Gonçalves de Bectaforte, natural do castelo de Bectaforte de Inglaterra, o que é seguramente confusão com uma das antepassadas de Vasco Gil Sodré . Deste casamento tiveram Diogo Vaz Sodré, Fernão Vaz Sodré, Mécia Vaz, Leonor Vaz e Inês Vaz, e outros, num total de 10 filhos, tronco da maioria das primeiras famílias que povoaram a ilha Graciosa.


Duarte Barreto do Couto, irmão da primeira mulher de Vasco Gil Sodré, era casado com Antónia Sodré, o que fazia dos dois homens duplamente cunhados. Embora sejam escassas as evidências documentais, Duarte Barreto do Couto, mais conhecido por Duarte Barreto, fidalgo do Algarve, foi capitão do donatário na parte sul da ilha, no território que depois corresponderia ao hoje extinto concelho da Praia da Graciosa.
A vinda de Vasco Gil Sodré para a Graciosa ocorreu na sequência do desaparecimento de Duarte Barreto do Couto, que foi morto durante uma incursão castelhana à ilha Graciosa (provavelmente em 1475 e já no contexto da guerra da Beltraneja). Vendo-se viúva e só na ilha, Antónia Sodré escreveu ao irmão Vasco Gil ... que se viesse pera ela, pera a acompanhar, o que ele fez, e foi um dos primeiros que ali vieram...


Respondendo a este convite, Vasco Gil Sodré veio para a Graciosa, depois de uma estadia numa das praças portuguesas do Norte de África, tendo chegado à ilha no tempo em que Portugal ainda estava em guerra com Castela por causa das pretensões ao trono castelhano de Joana a Beltraneja , isto é depois de 1475 e antes 1479.

Veio acompanhado pela mulher, Beatriz Gonçalves da Silva, e um grupo de criados, chegando à Graciosa depois de terem permanecido algum tempo na ilha Terceira . Ergueu a sua casa no Carapacho, local onde aportou, tendo tomado terras no sudoeste da ilha, na região onde hoje se ergue a vila da Praia.

Apesar das diligências de Vasco Gil Sodré para que lhe fosse feita a doação da ilha e de ter construído uma alfândega, a capitania da parte norte da ilha, correspondente ao primitivo concelho de Santa Cruz da Graciosa, veio a ser entregue, depois de 1474, a Pedro Correia da Cunha, concunhado de Cristóvão Colombo, que chegara à ilha, vindo do Porto Santo cuja capitania perdera por sentença da Relação, pouco depois da chegada de Vasco Gil Sodré.


Apesar dos esforços da família Sodré, em 1485 Pedro Correia da Cunha foi confirmado capitão do donatário em toda a ilha, em virtude de ser uma terra pequena para duas divisões, o que em definitivo impediu Vasco Gil Sodré e os seus descendentes de obterem a capitania que reivindicavam. Com esta confirmação ficou definitivamente unificada a capitania da Graciosa, assim permanecendo até à sua extinção. Da divisão resultaram contudo os dois concelhos da ilha (Praia da Graciosa e Santa Cruz da Graciosa), apenas unificados em 1867.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Os filhos de Willem van der Haegen no Arquipélago dos Açores


Casou com Margarida de Zabuya ou Margarida de Saboia  , filha de Amadeu VIII de Saboia  , em 1454 em Bruges, Flandres, Bélgica, nascida em 1439, em Bruges, Flandres, Bélgica.


Filhos de Wilhelm van der Haegen e Margarida de Zabuya:

1- Luzia da Silveira, nasceu em 1464 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu em 1548; casou com André Fernandes Villalobos em 1485 na Vila do Topo, Ilha de São Jorge, Açores. Nascido em 1490; e morto em 1548.


2- João da Silveira, nasceu em 1456 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu em 1481; casou com Guiomar Borges Abarca na Ilha Terceira, Açores, Portugal.


3- Jorge da Silveira (Jorge da Silveira ou Joz, ou Josse, ou José, nasceu cerca 1458, destino ignorado.) em Bruges, Flandres, Bélgica.


4- Margarida da Silveira, nasceu em 1460 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu nos Flamengos, Ilha do Faial, Açores. Casou com Joss van Aard ou Jorge da Terra, “o velho” van Aertrijcke em 1540 nos Flamengos, Ilha do Faial, Açores. Nascido nos Flamengos, Ilha do Faial, Açores.


5 - Ana da Silveira, nasceu em 1466 em Bruges, Flandres, Bélgica; casou com Tristão Martins Pereira em 1485 em Goa, Índia Portuguesa. nascido em 1452 em Pombal, Portugal continental. Morreu em 1529 na Índia.


6- Maria da Silveira, nasceu em 1468 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu em 14 de Agosto de 1545; Casou com João Pires de Matos em 1497 na Ilha do Faial, Açores.


7- Catarina da Silveira, casou com o capitão-mor Jorge Gomes de Ávila em 1484 na Ilha Graciosa, Açores. Nascido em 1453 na Ilha Graciosa, Açores.


8- Francisco da Silveira, nasceu em 1499 na Ilha do Faial, Açores. Morreu em 1595 na Ilha do Faial, Açores. Casou com Isabel d'Útra de Macedo em 1524 na Ilha do Faial, Açores.

Alguns dos seus descendentes emigraram para o sul de África e integraram-se com os colonos holandeses.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

António Garcia da Rosa 1.º barão da Areia Larga ilha do Pico Açores




António Garcia da Rosa (Horta, 25 de Agosto de 1790 — Horta, 25 de Abril de 1876), 1.º barão da Areia Larga, foi um aristocrata e político açoriano que, entre outras funções, foi sub prefeito da Comarca da Horta (1833) e governador civil do Distrito da Horta.
Foi filho do desembargador Manuel Garcia da Rosa e de sua mulher Isabel Josefa de Lacerda, uma família da melhor aristocracia faialense.

Pertencente à elite da cidade da Horta, foi uma das figuras mais destacadas da cena política faialense no período que se seguiu ao fim da Guerra Civil. Foi por várias vezes vereador da Câmara Municipal da Horta, tenente-coronel do regimento de milícias do Faial e sub perfeito da Horta em 1833, durante o curto período em que existiu a Província dos Açores. Após a criação do Distrito da Horta, foi governador civil interino num período de grande agitação política nos Açores .
Recebeu o título de barão da Areia Larga, por decreto de 22 de Fevereiro de 1854 do rei D. Pedro V de Portugal e foi feito fidalgo da Casa Real com brasão de armas concedido por alvará de 12 de Março de 18572 . Foi ainda agraciado com a comenda da Ordem de Cristo.

Casou a 15 de Julho de 1815 com Isabel Lacerda Peixoto.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Video histórico da ocupação Açoriana no litoral sul do Brasil



Encontre os seus antepassados nesta lista de emigrantes para o Brasil



1. Agostinho Machado Fagundes (Santa Luzia, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, c. 1642 - Brasil, c. 1718) casado com Genebra Leitão de Vasconcelos.

2. Ana Margarida de Jesus de Sousa Breves (Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, Portugal, c. 1772 - Piraí, Rio de Janeiro, Janeiro de 1852) casada com Francisco Luís Gomes.

3.Ana Maurícia Rosa (Santa Bárbara, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Mateus Lourenço Coelho.

4. Ana de Santiago (Santa Bárbara, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? -Brasil, ?) casada com Manuel de Medeiros e Sousa.


5. Ana Ursula da Conceição (São Bento, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Martinho José da Costa.

6. António Gonçalves Borges (São Miguel Arcanjo, Terceira, Angra Do Heroísmo, Açores, Portugal, c. 1748 - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, ?) casado com Joana Rosa Pereira Fortes.

7.  António José de Matos (Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Catarina Antónia da Encarnação.

8.  António Nunes Corvelo (Altares, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 16 de Abril de 1696 - Santo Amaro, Rio Grande do Sul, 13 de Outubro de 1793) casado com Maria De Melo e Maria Francisca da Conceição de Melo.

9.  António Nunes Corvelo, Filho (Altares, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 17 de Agosto de 1732 - Canguçu, Rio Grande do Sul, 13 de Outubro de 1810) casado com Ana Maria do Nascimento.


10. António da Silveira Goulart (Nossa Senhora da Ajuda, hoje Pedro Miguel, Angra, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 8 de Dezembro de 1696 - Araçariguama, São Paulo, 2 de Setembro de 1771) casado com Maria Leite da Silva.

11. António de Sousa Breves (Santa Luzia , Angra do Heroísmo, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, c. 1720 - São João Marcos, Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 1814) casado com Maria de Jesus Fernandes. O "Velho Cachoeira", como ficou conhecido em idade tenra , foi patriarca da família Breves no Brasil.



quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Quem partiu da cidade de Ponta Delgada Açores para o Brasil em busca de uma vida melhor




 1.  António Augusto Monteiro de Barros (Santa Maria, Ponte Delgada, Açores, Portugal, c. 1790 - Rio de Janeiro, Brasil, 16 de Novembro de 1843) casado com Virgínia Amália Carneiro de Campos e Maria Constança da Graça Rangel.

2.  António Carvalho Tavares (São Sebastião, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - Salvador, Bahia, ?) casado com Margarida Teresa de Negreiros.

3.  Bárbara da Conceição (Santa Bárbara , Ponte Delgada, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 13 de Junho de 1703 - Viamão, Rio Grande do Sul, 23 de Julho de 1794) casada com Diogo Pacheco Louro.


4.  Diogo Pacheco Louro (Santa Bárbara , Ponte Delgada, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 4 de Dezembro de 1699 - Viamão, Rio Grande do Sul, 2 de Julho de 1790) casado com Barbara da Conceição.


5.  Francisco Rodrigues Alves (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, 7 de Fevereiro de 1758 — Vassouras, 21 de Julho de 1846), foi proprietário rural brasileiro, pioneiro do povoamento e um dos fundadores do município fluminense de Vassouras, e ancestral da antiga família fluminense Rodrigues Alves Barbosa.

6.  José António do Rego (NS dos Anjos, Ponte Delgada, Ilha de S. Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Teodora Maria Soares.

7.  José Caetano Pereira (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Eugénia Maria de Figueiredo.

8.  José Inácio Borges do Canto (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, c. 1732 - Brasil, ?) filho de José Caetano Pereira e Eugénia Maria de Figueiredo

9.  José de Medeiros e Albuquerque (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Portugal, c. 1756 - Rio Grande do Sul, 30 de Julho de 1823) casado com Ana Joaquina Leocádia da Fontoura.~

10.  Luzia Francisca da Assunção (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Manuel de Medeiros e Sousa.

11.  Manuel de Medeiros e Sousa (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, 27 de Julho de 1716 - Florianópolis, Santa Catarina, 16 de Setembro de 1804) casado com Luzia Francisca da Assunção e Ana de Santiago.

12.  Maria Leopoldina Machado de Câmara (Ponta Delgada, Açores 1812 - Rio de Janeiro, 1849) casou-se com Francisco José de Assis, foi a mãe de Joaquim Maria Machado de Assis.



13.  Maria Teresa de São José (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, c. 1734 - Brasil, ?) filha de José Caetano Pereira e Eugénia Maria de Figueiredo.

14.  Maria Teresa de São José (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) filha de António Pereira De Frias e Francisca Rosa, casada com Ventura José Sanhudo.

15.  Nicolau Henriques (São Pedro, Ponta Delgada, Ilha das Flores, Azores, Portugal, ? - Brasil, c. 1841) casado com Josefa del Jesus.

16.  Pedro Medeiros da Costa (Santo António, Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel




domingo, 15 de setembro de 2019

O Açoriano que fundou Vassouras no Brasil e ancestral da antiga família fluminense Rodrigues Alves Barbosa




Francisco Rodrigues Alves (Açores, 7 de Fevereiro de 1758 — Vassouras, 21 de Julho de 1846) foi um proprietário rural brasileiro, pioneiro do povoamento e um dos fundadores do município fluminense de Vassouras, e ancestral da antiga família fluminense Rodrigues Alves Barbosa.
Filho de Félix Rodrigues Alves e Teresa de Sousa Furtado, nasceu na freguesia de São Pedro da Ponta Delgada, ilha das Flores, Açores, Portugal. Emigrou para o Brasil ainda pequenino e junto de seus pais ficou estabelecido na região de Sacra Família do Tinguá, actualmente parte de município de Engenheiro Paulo de Frontin.

Em 5 de Outubro de 1782, ele e seu sócio Luís Homem de Azevedo receberam uma sesmaria descrita e localizada no "Sertão da Serra de Santana, Mato Dentro por detrás do Morro Azul". Posteriormente estas terras foram conhecidas como Vassouras, em razão de uma vegetação rasteira que era abundante na região.
Foi um dos primeiros que plantou o café no Vale do Rio Paraíba do Sul, pois em 1792 ele já cultivava "uma horta de cafezeiros, os quais produziam o fruto apenas indispensável para o uso da família" conforme o relato colhido em 1852 por Alexandre Joaquim de Siqueira, o primeiro historiador vassourense.
Nessas suas terras surgiu uma pequena povoação a qual foi erigida, pelo decreto de 15 de Janeiro de 1833, em vila de Nossa Senhora da Conceição de Vassouras. Portanto, é considerado o fundador da cidade de Vassouras.

Com sua mulher Antónia Barbosa de Sá, de antiga família carioca, foram pais de cinco filhos e origem de uma grande descendência que incluiu por nascimento ou casamento; os barões de Santa Justa, o barão de Ribeirão, o visconde de Cananéia, o barão de Avelar e Almeida, o barão de Maçambará, o visconde de Ibituruna, o barão de Santa Fé, o barão de Meneses, os políticos Maurício de Lacerda e Carlos Lacerda, o jurista Sebastião Lacerda, o escritor Aureliano Cândido Tavares Bastos, o ministro Raul Fernandes, o médico José Jerônimo de Azevedo Lima, o engenheiro Wilkie Moreira Barbosa  , o cantor Lobão, além de muitos outros.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Gustavo Manuel Soares Moura


Gustavo Manuel Soares Moura ,nascido na freguesia de São Pedro, concelho de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Região Autónoma dos Açores, 16 de Janeiro de 1934,  é um jornalista português. Sem formação superior, o seu jornalismo de mero nível provinciano veio a ser o paradigma da imprensa de Ponta Delgada no actual regime, longe das suas épocas áureas
Frequentou a Escola Primária Anexa ao Magistério Primário, de Ponta Delgada e o Liceu Nacional de Antero de Quental, também em Ponta Delgada onde concluiu o segundo ciclo do ensino liceal, secção de letras. Concluiu apenas o curso de Liceu de Ponta Delgada.
Foi militante da Legião Portuguesa na sua juventude. Iniciou a Actividade de jornalista como colaborador desportivo no então diário “Açores” em Março de 1947.De 1950 a 1951 colaborou na secção desportiva do semanário “A Ilha”.Em 1952 começou a colaborar como redactor desportivo no “Diário dos Açores” onde se manteve até Fevereiro de 1966. Poucos meses após a sua admissão no “Diário dos Açores”, passou a acumular com o cargo de redactor desportivo a de redactor de temas gerais.
De 1953 até 31 de Dezembro de 1974 foi coordenador da informação desportiva do então “Emissor Regional dos Açores”.

Em 1 de Janeiro de 1975 assumiu as funções de director do então diário “Açores” passando a 1 de Janeiro de 1979 a dirigir o jornal “Açoriano Oriental” lugar que manteve até 6 de Julho de 2000. Foi correspondente em Ponta Delgada do “Diário de Lisboa”, do “Mundo Desportivo”, da “Agence France Presse” e da “BBC”.
Durante alguns anos foi empresário comercial, dirigindo uma firma fundada por seu pai que devido a grave doença teve de abandonar a gerência; durante esses anos nunca abandonou a actividade jornalística.

Condecorado em Julho de 1993 pelo Chefe do Estado-Maior da Armada com a Medalha Naval Vasco da Gama.
Em Março de 2001 foi-lhe atribuído pela Câmara Municipal de Ponta Delgada o Diploma de Mérito Municipal.
Em 3 de Setembro de 2001, por ocasião do 25º aniversário da instalação da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito.


Em Fevereiro de 2002 a “Fundação Rotária do Rotary International” conferiu-lhe o título de Companheiro Paul Harris, “em reconhecimento à prestação de tangíveis e significantes serviços com o objectivo de fomentar a compreensão e as relações amistosas entre os povos do mundo.” Em 30 de Agosto de 2002 a Assembleia-geral da Associação de Futebol de Ponta Delgada nomeou-o por unanimidade e aclamação Sócio Honorário daquele organismo.

Membro do “Instituto de Estudos de Estudos Estratégicos e Internacionais” desde 1976, de cujo Conselho Geral faz parte e do “CERIE-Centro de Estudos de Relações Internacionais e Estratégia” da “Universidade dos Açores”. Sócio do “Instituto Cultural de Ponta Delgada”, da “Sociedade de Estudos Afonso de Chaves” e membro da Comissão de Toponímia da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Membro do “Rotary Club de Ponta Delgada”, de que já foi presidente, e do “Skal Clube dos Açores” de cuja assembleia-geral é presidente. Nas eleições para Presidente da República, de Janeiro de 2006, foi mandatário para a Região Autónoma dos Açores da candidatura do Dr. Mário Soares.

Gustavo Manuel Soares Moura  faleceu no di 9 de Setembro de 2019


domingo, 8 de setembro de 2019

Emigração Açoriana para o Hawaii



As ilhas, então chamadas, Sandwich constituíam uma microscópica monarquia e estavam carenciadas de população autóctone e consequentemente de mão-de-obra o que levou o seu governo a fomentar a imigração, oferecendo vantagens para aqueles que escolhessem o Hawaii.

Em Junho de 1878, o navio alemão “Priscilla” zarpava do porto do Funchal, com 114 portugueses a bordo, a maioria madeirenses, com destino às ilhas. Aportou em Honolulu, capital da ilha de Oahu, 4 meses depois. Foi a primeira emigração maciça portuguesa para tão longe, mas ali já viviam (em Maui, Ohahu, Kauai e Hawaii) entre quatrocentos a quinhentos portugueses, ao que parece em muito boas condições. Eram na sua maioria baleeiros e descendentes de baleeiros da frota da Nova Inglaterra, todos de origem açoriana.


Entre 1878 e 1888, dezassete navios transportaram 11 057 emigrantes dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Eram na sua maioria provenientes das ilhas da Madeira e de S. Miguel, mas também de outras ilhas dos Açores.

O Hawaii é hoje um Estado integrado na União Norte Americana.

Até 1884 emigraram para o Hawaii, cerca de 6 300 açorianos, na sua maioria micaelenses, motivados pelas dificuldades económicas sentidas no arquipélago. A emigração para este destino distante marcou um período da história dos Açores, mas com características especiais, uma vez que terminou por volta de 1813.
A comunidade portuguesa em geral e, açoriana em particular, ocupou-se essencialmente da cultura da cana-de-açúcar, motivo pelo qual a emigração foi fomentada.
 

A presença portuguesa, e em particular a açoriana, no Hawaii é comprovada. Apesar de hoje praticamente não se falar português, os Rebelos, os Perestrelos, os Vieiros, Câmaras, Bettencourts, Silvas, Pracanas, Soares, Cardosos, Freitas, Lomelinos são facilmente detectáveis nas listas telefónicas de Oahu e de outras ilhas do Hawaii. A introdução do cavaquinho, o ukulele na designação local, promovido a instrumento nacional, é outra prova. A massa sovada dos Açores é conhecida como “sweet bread”, a sopa azeda é conhecida como “portuguese soup”, a malassada de S. Miguel ficou para sempre a malasada havaiana. As tradições do Espírito Santo continuam vivas (pão, carne e vinho em louvor do Divino) e há em Oahu três “Impérios do Espírito Santo”. Aos emigrantes ficou também a dever-se a arquitectura sólida das casas, então de madeira, pois os nossos lembraram aos naturais a utilização da pedra vulcânica na sua construção, bem como a plantação de flores em redor das mesmas.

O comerciante açoriano Jacinto Pereira ("Jason Perry"), antigo baleeiro, convenceu o rei do Havai, David Kalakaua (1874-1891), das vantagens da imigração de açorianos. Desse modo, entre 1878 e 1914, milhares de açorianos dirigiram-se ao arquipélago havaiano, levando com eles o cavaquinho, que daria lugar ao ukelele. A presença de Jacinto Pereira é recordada até aos nossos dias no centro histórico de Honolulu, em um edifício de dois pavimentos, com janelas altas debruadas em pedra, e uma cornija onde se inscreve "Perry Block - 1888"


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A origem da devoção a Nossa Senhora dos Milagres na freguesia da Serreta ilha Terceira Açores remonta aos finais do século XVII


A freguesia da Serreta é palco de um dos mais populares cultos católicos dos Açores, nela se realizando uma peregrinação que atrai anualmente cerca de 10 000 fiéis que a partir de todos os pontos da ilha Terceira para ali se dirigem a pé, em longas caminhadas que em geral se prolongam pela noite dentro.

A peregrinação realiza-se na sexta-feira e sábado anteriores ao domingo da festa da Serreta, o qual corresponde ao segundo domingo do mês de Setembro, excepto quando calhe no dia 8 daquele mês, coincidência que obriga ao adiamento da festa para o domingo imediato. Esta regra destina-se a impedir que a festa da Serreta coincida com a festividade em louvor da Senhora do Livramento de Angra, outrora também promovida pelos fidalgos angrenses que tinham à sua conta a festa da Serreta. E embora os elementos promotores das duas celebrações há muito já não sejam os mesmos, o uso conservou-se.


No domingo realiza-se uma procissão, a qual ainda mantém o brilho tradicional, atraindo milhares de forasteiros. Na segunda-feira imediata realiza-se a famosa toirada da praça do Pico da Serreta, tão concorrida que o dia é considerado feriado não oficial em toda a ilha, com tolerância de ponto concedida nas escolas e ao funcionalismo público.


As origens da devoção à Senhora dos Milagres


A origem da devoção a Nossa Senhora dos Milagres remonta aos finais do século XVII, quando o padre Isidro Fagundes Machado (1651–1701)  se considerou vítima de injusta perseguição e se refugiou no local chamado Queimado, no território da actual Serreta. Naquele local, então dos mais remotos da ilha, construiu por suas mãos, em cumprimento de um voto, uma pequena ermida dedicada Nossa Senhora, na qual colocou uma pequena imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus (a actual imagem de Nossa Senhora dos Milagres).  Pedro de Merelim dá a seguinte versão da lenda que passou a rodear a origem do culto:


Um padre velhinho, boa e santa alma, vendo-se em grande atribulação e desiludido do mundo, procurou um lugar ermo, onde, sem mais ninguém, se pudesse entregar à contemplação das verdades eternas. Seduziu-o a Serreta, junta da rocha, a um boa légua da igreja. Sítio tranquilo e pitoresco, paisagens de arvoredos e fragas, bem próprio para escutar as vozes da natureza entoando um hino à criação – e aí se quedou. Estaríamos no século XVI. Levava consigo uma pequena imagem da Virgem, para a qual, por suas mãos, imperitas no ofício, edificou tosca capelinha, na Canada das Vinhas, Queimado, em reconhecimento do milagre que lhe fizera de o livrar do perigo. E o minúsculo templo serviu-lhe também de abrigo. As preclaras virtudes do venerando sacerdote tiveram o condão de, ao lugar da Serreta, levar subido número de pessoas. Morto o humilde e solitário clérigo, a singela ermidinha ficou abandonada, breve se arruinando. Outra se ergueu em local diferente. E esta segunda, igualmente carecida de assistência, além de sujeita às irreverências de alguns pseudo-romeiros, não terá oferecido por muito tempo as condições indispensáveis ao culto, pelo que o prelado mandou recolher a imagem da Senhora dos Milagres à paroquial de Doze Ribeiras.



A fama de santidade que passou a rodear o padre eremita e a localização remota da ermida, associada à beleza da localidade, passou a atrair ali numerosos romeiros.
Falecido o padre Isidro Fagundes Machado, a ermida ficou ao abandono, passando a ser palco de acções menos conformes à ortodoxia católica protagonizadas pelos romeiros que ali continuaram a afluir. Em consequência, foi ordenada a recolha da pequena imagem de Nossa Senhora para a Igreja de São Jorge das Doze Ribeiras, então sede de um curato da freguesia de Santa Bárbara que incluía o território da actual freguesia da Serreta.

Instalada na igreja das Doze Ribeiras, a imagem continuou a atrair considerável culto, passando a ser designada como Nossa Senhora dos Milagres em resultado dos milagres que eram atribuídos à sua intercessão.


O culto sofreu forte incremento quando a zona oeste da ilha Terceira passou a ser utilizada, dada a altitude e a beleza da paisagem, como destino de veraneio da aristocracia angrense. A fama de que aquela zona de montanha da ilha tinha ares salubres, capazes de curar a tísica e de evitar os miasmas dos meses mais quentes, levou a que a partir de meados do século XVIII fosse comum, durante algumas semanas de Verão, a presença nas Doze Ribeiras e Serreta de membros da aristocracia angrense em veraneio ou em cura de ares. Esta situação levou a que o culto da Senhora dos Milagres encontrasse importantes patronos entre os veraneantes, os quais foram progressivamente assumindo a organização da respectiva festa.


A institucionalização do culto teve origem num voto feito em 1762, quando em resultado de uma comunicação oficial  informando que tropas franco-espanholas tinham entrado em Portugal (dando origem à Guerra Fantástica) o medo de uma invasão militar se espalhou pela ilha. Pouco depois, um grupo de cavalheiros, militares, eclesiásticos, autoridades e algumas damas fez voto solene na Igreja de São Jorge das Doze Ribeiras de se tornarem escravos de Nossa Senhora dos Milagres se a ilha não sofresse qualquer investida militar estrangeira. O voto incluía a formação de uma irmandade e a obrigação de promoverem uma festa anual em honra da senhora dos Milagres.

A Irmandade dos Escravos de Nossa Senhora


Terminadas as hostilidades da Guerra Fantástica sem que a ilha sofresse qualquer arremetida, os subscritores do voto de 1762 reuniram-se novamente na Igreja das Doze Ribeiras e em acto solene realizado a 11 de Setembro de 1764 fundaram a Irmandade dos Escravos de Nossa Senhora. Esta foi também a data da primeira solenidade em honra da Senhora dos Milagres.

Entre os fundadores estava o capitão-mor de Angra, José de Bettencourt, um dos principais destes devotos, representado depois por seu filho, brigadeiro Vital de Bettencourt, que por escritura de 30 de Agosto de 1842 viria a doar 4$000 réis anuais para património da nova igreja da Serreta. Os restantes membros pertenciam à melhor nobreza angrense, não havendo participação do povo local, então entre os mais pobres da ilha.


Esta Irmandade dos Escravos de Nossa Senhora, entretanto desaparecida, teve um papel fulcral no desenvolvimento do culto e na formação da freguesia da Serreta, já que foi também esta Irmandade que assumiu o compromisso de construir uma igreja no lugar da Serreta onde existira a ermida do Queimado.




quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Queijadas da ilha da Graciosa Açores


Queijadas da Graciosa é um doce regional da Ilha Graciosa - Açores, confeccionado com produtos locais e com raízes na mais genuína tradição da doçaria da açoriana.

No passado, era uma especialidade dominada por muitas donas de casa da ilha Graciosa e não faltava em qualquer festa ou reunião familiar. Dava-se então o nome de “Covilhete de leite”.

Actualmente, a sua confecção restringe-se à Vila da Praia e daí este doce ser conhecido localmente por “Queijadas da Praia”. Fora da ilha, assumem a designação de Queijadas da Graciosa.


No ano de 2003, o INPI atribuiu a Maria de Jesus dos Santos Bettencourt Félix, o registo da marca Queijadas da Graciosa.

O Centro Regional de Apoio ao Artesanato dos Açores certificou a produção como “Unidade Produtiva Artesanal Reconhecida”, tendo reconhecido as Queijadas da Graciosa como “Produto de origem, Qualidade certificada”.

Em Março de 2015, as Queijadas da Graciosa receberam o Selo da Marca “AÇORES certificado pela natureza”, tendo sido o primeiro produto da Região a receber esta certificação.

As Queijadas da Graciosa são um doce produzido na “Reserva da Biosfera da Graciosa”, ilha que foi integrada na Rede Mundial de Reservas de Biosfera da UNESCO.


 Além das Queijadas, a Pastelaria Queijadas da Graciosa reabilitou outro doce típico da ilha Graciosa, os Pastéis de Arroz. Estes doces estavam praticamente desaparecidos da doçaria típica da ilha, constituindo neste momento uma nova aposta na promoção da doçaria de qualidade que a empresa tem vindo a desenvolver. Conjuntamente com estes, as Queijadas de Côco e as  Amélias da Graciosa são outros doces com características qualitativas passíveis de serem comercializados com êxito.

  Paralelamente com a promoção de doces tradicionais, esta Pastelaria está apostada na promoção de outro tipo de doces, vulgarmente designados de "doces secos " Biscoitos. Destes, destacam-se as Capuchas, Lavadores, Freirinhas, Espigas de Milho, Saborosas, Carcavelos, Biscoitos de Manteiga, Sonhos de Limão, Sonhos de Canela, Graciosos de Chocolate e Rosquilhas secas da Graciosa.   


As Queijadas da Graciosa ®, do fabricante Maria de Jesus Santos Bettencourt Félix, são um produto alimentar regional, de fabrico Artesanal e considerado como o doce típico e imagem de marca da Ilha Graciosa - Açores. Com raízes na mais genuína tradição, são confeccionadas com produtos naturais (100% leite açoriano, 100% manteiga açoriana e 100% açúcar açoriano) de acordo com as normas da doçaria tradicional desta ilha açoriana.



segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Katy Perry com origens nos Açores


Katheryn Elizabeth Hudson nasceu em 25 de Outubro de 1984 em Santa Bárbara, Califórnia, Estados Unidos, oriunda de uma família de classe baixa.  Ela é filha de dois pastores evangélicos, Keith e Mary Hudson, e possui dois irmãos, uma mais velha chamada Angela Hudson e um mais jovem chamado David Hudson. Katheryn possui ascendência portuguesa por parte de sua mãe, que é irmã do cineasta Frank Perry e da roteirista Eleanor Perry, ambos falecidos. Três de seus trisavós eram originários dos Açores, mais especificamente de Horta. Perry também tem ascendência alemã, irlandesa e inglesa.


Quando era criança, ela ouvia apenas música gospel e era proibida de ouvir outros estilos musicais, chamados por seus pais de "músicas seculares".  Ela participava de escolas dominicais e acampamentos religiosos, chegando a fazer aulas de dança em um salão em Santa Bárbara, onde aprendeu a dançar swing, Lindy Hop e jitterbug.

Segundo a cantora, ela competia musicalmente com sua irmã mais velha porque queria "copiar sua irmã e tudo o que ela fazia" e devido a isso, praticava seu canto com fitas cassetes, que eram frequentemente roubadas por Katheryn para treinar. Após treinar, ela cantou para seus pais e eles sugeriram para que ela aperfeiçoasse suas habilidades com aulas de canto; durante um certo período, Katheryn cantava publicamente em restaurantes e reuniões familiares. Ela foi baptizada e, aos nove anos de idade, começou a cantar no coro musical de sua igreja até os dezassete anos.  Quando adolescente, ela estudou no Colégio Dos Pueblos e depois de completar o ensino médio e receber seu diploma, ela decidiu prosseguir sua carreira musical, estudando canto até os dezasseis anos de idade e até mesmo chegando a cursar ópera na Faculdade de Música do Oeste em Santa Bárbara, mas por pouco tempo.