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domingo, 31 de julho de 2016

Vasco Gil Sodré está na origem de boa parte das famílias da ilha da Graciosa Arquipélago dos Açores


Vasco Gil Sodré (Montemor-o-Novo, ca. 1450 — Santa Cruz da Graciosa, ca. 1500) foi um navegador português e um dos primeiros povoadores da ilha Graciosa. Embora tenha tentado obter o cargo de capitão do donatário na ilha, não o conseguiu. Está na origem de boa parte das famílias graciosenses.
Natural de Montemor-o-Novo , filho de Gil Sodré, neto de John de Sudley, de ascendência nobre inglesa , aportuguesado para João de Sodré, em que Sodré é corruptela do locativo inglês Sudeley ou Sudley. Este John Sudley seria por sua vez descendente do nobre inglês William le Boteler, bem como de Ralph de Hereford (e por conseqüência de Eduardo, o Confessor) por linhagem materna, o que explica a comunalidade de armas usadas na Inglaterra e em Portugal pelas famílias Boteler (Butler) e Sodré .
Vasco Gil Sodré terá sido casado duas vezes: a primeira com Iria Vaz do Couto, irmã de Duarte Barreto do Couto, que foi o primeiro capitão do donatário na Graciosa; e a segunda com Beatriz Gonçalves da Silva, que foi quem o acompanhou na sua ida para aquela ilha. Não se conhece o fim da primeira mulher, nem se houve geração.
Esta Beatriz Gonçalves da Silva é apontada por Gaspar Frutuoso como sendo Beatriz Gonçalves de Bectaforte, natural do castelo de Bectaforte de Inglaterra, o que é seguramente confusão com uma das antepassadas de Vasco Gil Sodré  . Deste casamento tiveram Diogo Vaz Sodré, Fernão Vaz Sodré, Mécia Vaz, Leonor Vaz e Inês Vaz, e outros, num total de 10 filhos, tronco da maioria das primeiras famílias que povoaram a ilha Graciosa .

Duarte Barreto do Couto, irmão da primeira mulher de Vasco Gil Sodré, era casado com Antónia Sodré, o que fazia dos dois homens duplamente cunhados. Embora sejam escassas as evidências documentais, Duarte Barreto do Couto, mais conhecido por Duarte Barreto, fidalgo do Algarve, foi capitão do donatário na parte sul da ilha, no território que depois corresponderia ao hoje extinto concelho da Praia da Graciosa.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Pedro Correia da Cunha Capitão Donatário da ilha Graciosa Arquipélago dos Açores


A capitania da parte norte da ilha, constituída por terras mais férteis e amplas, foi entregue a Pedro Correia da Cunha, natural da ilha do Porto Santo e co-cunhado de Cristóvão Colombo, que, a partir de 1485, obteve o cargo de capitão do donatário em toda a ilha, unificando-lhe a administração. Fixou-se com a família em Santa Cruz, o que fez com que este povoado, em pouco tempo, suplantasse a Praia como sede do poder administrativo na ilha. Logo no ano seguinte, Santa Cruz foi elevada a vila e sede de concelho, abrangendo todo o território da ilha e, com ele, as duas paróquias então existentes: Santa Cruz e São Mateus da Praia.
Iniciado povoamento e estruturadas as primeiras povoações, como nas demais ilhas do arquipélago, registou-se um rápido aumento da população, graças ao sistema de datas que permitia aos capitães entregar parcelas de terra aos homens bons que as solicitasse e se comprometessem a tê-las desbravadas num período máximo de dois a cinco anos. Nesta fase, o influxo de povoadores fez-se, segundo alguns historiadores, das Beiras, do Minho e mesmo da Flandres, de modo a que, já em 1486, o povoado de Santa Cruz recebeu carta de foral, sendo elevado a vila, de acordo com frei Agostinho de Monte Alverne ("Crónicas da Província de S. João Evangelista das Ilhas dos Açores"). A cabeça da outra capitania, o lugar de São Mateus da Praia também recebeu carta de foral, concedida por João III de Portugal, em 1 de Abril de 1546.

Com a criação do segundo concelho ficou completa a estruturação administrativa da ilha que ficou assim dividida: o concelho de Santa Cruz, abrangendo a vila do mesmo nome e os lugares da zona aplainada da metade noroeste da ilha que constituem a actual freguesia de Guadalupe; e o concelho da Praia, abrangendo a vila do mesmo nome e os povoados do Sul que constituem a actual freguesia da Luz.

A estrutura administrativa bicéfala da ilha sobreviveu até ao século XIX, quando por força da reestruturação administrativa que se seguiu à aprovação do segundo código administrativo do liberalismo, o concelho da Praia foi extinto em 1855, sendo o seu território integrado no concelho de Santa Cruz da Graciosa. Embora o decreto de extinção tenha apenas sido executado em 1867, com a extinção do concelho, a Praia perdeu a categoria de vila, estatuto que só recuperaria em 2003, por força do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2003/A, de 24 de Junho, aprovado pelo parlamento açoriano.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Descoberta e Povoamento da ilha Graciosa Arquipélago dos Açores


Desconhece-se a data do seu primeiro avistamento mas, como as vizinhas ilhas do Grupo Central do arquipélago dos Açores, a Graciosa terá sido explorada por navegadores portugueses durante o primeiro quartel do século XV. A data de 2 de Maio de 1450, tradicionalmente assinalada como a de seu descobrimento, carece de suporte documental. É certo que, no início da década de 1440, por determinação do então donatário das ilhas, o Infante D. Henrique, já havia sido lançado gado miúdo na ilha, criando condições para um futuro povoamento.
Desconhece-se ainda quem terão sido os seus primeiros povoadores, embora se admita que, por volta de 1450, tenham chegado à ilha, provavelmente arraia miúda e escravos. O primeiro grupo de colonos de que há notícia, enviados com sanção oficial do donatário, foi liderado por Vasco Gil Sodré, um "homem bom" natural de Montemor-o-Velho, que chegou à ilha acompanhado pela família e criados em meados da década de 1450. Estabeleceram-se no Carapacho, local onde terão aportado, uma zona de costa baixa e abrigada no extremo sudoeste da ilha, à vista da costa da ilha de São Jorge.

Dada a baixa fertilidade dos solos na zona e a sua vulnerabilidade em relação ao mar, o povoamento foi-se internando para o interior, em busca de solos mais férteis e aplainados. Em poucos anos o principal núcleo populacional estava estabelecido na costa norte da ilha, aproveitando as facilidades de desembarque que as calhetas da Barra e de Santa Cruz ofereciam, e a facilidade com que era possível escavar poços de maré naquele litoral. Este foi o embrião da actual vila de Santa Cruz da Graciosa.
Embora Vasco Gil Sodré tenha diligenciado no sentido de obter para si o cargo de capitão do donatário na ilha, e de ter mesmo chegado a construir um edifício para casa da alfândega, diligências em que foi sucedido por seu cunhado, Duarte Barreto do Couto, apenas logrou, e mesmo isso não é seguro, governar a parte sul da ilha, estruturada em torno do que viria a ser a vila da Praia.

domingo, 24 de julho de 2016

Toda a história da familia Caixeta que passou pela ilha do Pico Arquipélago dos Açores


FAMÍLIA CAIXETA – Actualização Histórica da síntese 1 – 11/11/2011 – Actualizada em 25 de Julho de 2016.
ANTÓNIO CAIXETA·DOMINGO, 24 DE JULHO DE 2016
António Caixeta – 30 anos pesquisando! Vila Rica de Ouro Preto, a primeira cidade habitada pela Família Caixeta. – 13/8/1731.  
Inicialmente, remontemos às prováveis origens dessa estirpe, de indubitável procedência europeia. Duas versões estão sendo pesquisadas: uma antecede a era cristã. Refere-se aos Celtas, habitantes da Península Ibérica (Espanha , Portugal , Gibraltar e Andorra), dos quais descendemos. A outra se refere aos chamados cristãos novos, oriundos de Portugal, de procedência judaica. Segundo Cornélio Dias, Professor  e Editor do Portal da Teologia, (Cabana do Pensador, de 30/03/2010), em sua monografia “A Situação Histórica no Antigo Oriente”, com o fim dos Hititas, na época da consolidação de Israel, em torno de 1200 A.C., vieram novos imigrantes chamados CAIXETAS, migração aramei. É provável que esse povo ou tribo Caixeta possa ser originário do Cáucaso, povo indo-europeu, ou seja, os mesmos Cassitas  (Kashshú)  (povos do mar) que  reinaram de 1595-1155 A.C., sendo seus sucessores os Elamitas. Podemos ou não, ser da mesma linhagem. A pesquisa continua. Milhares de Caixetas existem ao redor do mundo e que não são descendentes da Família Caixeta brasileira, porém, devem ser descendentes dos ancestrais Caixetas que não migraram para o Brasil Colônia entre 1725 e 1730.
Em antigos documentos, consta que, na  antiga Península Ibérica, esse sobrenome era utilizado por membros da nobreza, da armada e do clero.

 A origem do sobrenome Caixeta é ainda nebulosa. Na Idade Média, era usual a utilização de terminologia habitacional e ocupacional, para identificar o cidadão. Supõe-se que o sobrenome Caixeta tanto possa ter origem habitacional: oriundo da localidade, imaginária e legendária Vila Caixeta, distrito ou freguesia de Portalegre, em Portugal (fronteira com a Espanha); de Caixaria próximo a Lisboa; da localidade de Caixas, Languedoc-Roussillon, Catalunha, na França (próximo  Andorra), e de Caixans, (Barcelona – Catalunha), na Espanha. Quanto à terminologia ocupacional o sobrenome pode ter sido oriundo do ofício de tesoureiro real (caixa ou caixeiro), como também da fabricação de caixas de madeira para transporte marítimo. Comprovadamente o sobrenome CAIXETA, aparece no século XVI, época da perseguição aos CRISTÃOS NOVOS, NO PERÍODO DE 1536 A 1821.

Consta no Ciuro das Armas (promessa de armas) que: “Caixeta, sobrenome de origem Ibérica, que surgiu em meados do século XVI, na pessoa de Juan Caixeta, é descendente da antiga família CAIXAS, que tomou esse apelido como alcunha. Alguns membros desta família migraram para Portugal e outros para a Itália onde perpetuaram o sobrenome através de numerosa descendência”. Ressalte-se que a numerosa Família Caixas habita ainda hoje, uma grande extensão que abrange a Catalunha, o País Basco, Portugal, sobretudo Portalegre e norte do país, como também o Brasil. (caixa, do latim capsa).

Sabe-se, conforme os processos de inventários pesquisados no Fórum  de Patos de Minas, que os Caixetas estão no Brasil desde o início ou meados do século XVIII, (1725-1731), constando como pioneiros Alferes IGNÁCIO PEREIRA CAIXETA e sua esposa  MARIA ANTONIA DE OLIVEIRA “CAIXETA”. Tiveram cinco filhos e trinta e sete netos. Descobriu-se também que o ancestral  JOÃO PEREIRA CAIXETA, nascido em 1700, casou-se com CAETANA DO ROSÁRIO em 1725 na localidade ou freguesia de São Julião dos Serafão, (fronteira Portugal/Espanha), Portalegre, Portugal, Termo da Vila de Guimarães, Arcebispado de Braga.  Consta também nos Arquivos Históricos da Comarca do Rio das Mortes, e no Acervo do Museu Regional de São João Del Rei (UFSJ/IPHAN), o Inventário e o Testamento de CAETANA DO ROSÁRIO, (Filha de David Correa e Antônia do Rosário) datados de 1773 e 1774,( 164 páginas), cujo inventariante  e testamenteiro foi  seu esposo JOÃO PEREIRA CAIXETA, (Filho de Manoel Gonçalves Caixeta e Isabel Gonçalves), natural da cidade do Porto.  Tinham fazenda ao Pé da Serra do Camapuã, localidade na região de Congonhas do Campo, Conselheiro Lafaiete e Entre Rios de Minas. Tinham oito filhos, nascidos em Vila Rica de Ouro Preto: Manoel Caetano Caixeta, 42 anos, solteiro, Joaquim Pereira Caixeta c.c. Antônia Maria, José Pereira Caixeta (1738 – 1806) c.c. Izabel Branca Benedicta de Toledo, Antônio Pereira Caixeta c.c Maria Antônia, Maria do Rosário c.c. Manoel Ferreira Guimarães, Anna Maria do Rosário,  (1733) c.c. Manoel de Sousa Pinto e tiveram 24 filhos.

João Pereira Caixeta (1740) e Ignácio Pereira Caixeta (1742) c.c. Maria Antônia de Oliveira. João Pereira Caixeta tinha, provavelmente, dois irmãos, JOSÉ PEREIRA CAIXETA e MANOEL PEREIRA CAIXETA, também portugueses, provavelmente nascidos no Porto. José era casado com MARIA TEIXEIRA DOS SANTOS e em 1749, com permissão de Dom João V, retornou, por motivos de saúde, à cidade do Porto com sua esposa, filhos e parentes. Manoel  Pereira Caixeta, também residiu em Vila Rica, entre 1730 e 1749. Daí conclui-se que os dois prováveis irmãos portugueses retornaram à Portugal. JOSÉ PEREIRA CAIXETA residia em Vila Rica de Ouro Preto. Provavelmente a FAZENDA CAIXETA, no Distrito de Rodrigo Silva, tenha lhe pertencido.  MANOEL PEREIRA CAIXETA tinha fazenda na Serra  dos Caixetas, (foi o primeiro morador), em Suaçuí, Minas Gerais (hoje Distrito de Serra do Caixeta, Mun. De Queluzito).  Estes 3 Caixetas portugueses que migraram para a Colônia, certamente foram atraídos pela doação de terras e extracção  de ouro (Sesmarias), que durou até 1822, ou talvez, tenham sido degredados, tese pouco provável. Sabe-se que a inquisição portuguesa (1536-1821) vigorava no Reino e na Igreja Católica, e que, a pena para os cristãos novos, de procedência judaica, ciganos, era o exílio para as Colônias. Naquela época, 1700, a Colônia Brasileira tinha apenas 300 mil habitantes. Vila Rica, a partir de 1711, era a capital de Minas. Dessa forma está praticamente desvendado o enigma das centenas de milhares de Caixetas que não são descendentes do Alferes Ignácio Pereira Caixeta, mas parentes, como Anna Caixeta, crismada em 01/06/1820, na cidade de Lambari-MG, filha de Antônio Pereira Caixeta e de Clementina Eufrázia das Neves “Caixeta”. Dúvidas existem também a respeito de: Bárbara Caixeta, crismada em 01/01/1819, em Lambari-MG, filha de Vicente Pereira Caixeta e de Anna Dionízia da Anunciação;  Brígida Caixeta, crismada em 29/05/1821, em Lambari, filha de João Pereira Caixeta e de Felizarda Francisca “Caixeta”; Também, à Maximília Emília Caixeta, (Filha de QUINKAS CAIXETA) 1835-1923, casada com o italiano Celestino Caproni e falecida em Douradinho. José Pereira Caixeta, nasceu em Vila Rica, em 1738 e  faleceu em Douradinho/Machado, em 1806. Este José Pereira Caixeta casado com Izabel Branca Benedicta de Toledo Pizza deixou uma enorme descendência no sul de Minas. Manoel Pereira Caixeta, português, primeiro habitante da Serra dos Caixetas, (Queluzito) , próximo a Entre Rios de Minas, dele nada sabemos Tudo indica, portanto, que a linhagem é bem maior e que o Alferes IGNÁCIO PEREIRA CAIXETA não era português, mas, brasileiro, filho de João e Caetana.. Ainda é necessário pesquisar o Arquivo Ultramarino de Lisboa, Torre do Tombo e arquivos distritais de Portugal e da Espanha, nos quais estão guardados os termos de batismos, casamentos e óbitos antigos, do século XVI para cá, bem como arquivos das igrejas católicas na região de Ouro Preto e de São João Del Rei e sul de Minas. Assim sendo, a Família Caixeta é UMA SÓ, excetuando os Caixetas descendentes de escravos que herdaram o sobrenome de seus senhores quando da libertação em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, Lei Imperial  número 3.353.

Com o passar dos tempos, o sobrenome vem sofrendo alterações através de registros, tendo até hoje, as seguintes variações: Caixás, Caixas, Caixans, Caixão, Cajero, Caixeiro, Caxeta, Caxêta, Caexeta, Caixita, Caixete, Caxita, Caixinhas, Kaixeta, Kaicheta, Cacheta, Kaecheta, Caicheta, Caixeita, Caixerta, Caixetta, Caixetha, Cayxeta, Caixetah, Caixerta, Casseta, Cassita, Cascetta, Kaschet, Caixeto, Caixêta.
Sabe-se que os descendentes dessa família, no Brasil, se concentraram inicialmente nas regiões de Patos de Minas, Pântano, Santana, Guimarânia, Carmo do Paranaíba, Presidente Olegário, Araxá, Estrela do Sul, Patrocínio, Vazante, Buritis, Abadia dos Dourados, Paracatu, Paraguaçu, Lagamar, Coromandel, Monte Carmelo, Uberaba, Uberlândia, Araguari, Machado, Vila Rica, São João Del Rei, Prados, Conselheiro Lafaiete, Teófilo Otoni, Jeceaba, São Brás do Suaçuí, Carrancas, Congonhas do Campo, Lambari, Campestre, Muzambinho, Campanha, Carvalhópolis, Arceburgo, Douradinho, Entre Rios de Minas, Guarda-Mor, Pedralva, Baependí, Natércia, Queluz, Queluzito, Unaí, São Gotardo, Santa Juliana, Santa Luzia, São Benedito, Santo Antônio do Monte, Serra do Salitre, Sacramento, Desemboque, Lavras, Belo Horizonte, Rio das Mortes, São Gonçalo do Sapucaí, Pouso Alegre e Lagoa Formosa, etc. Migraram posteriormente para outros Estados, com significante concentração no Estado de Goiás, nas regiões que abrangem Catalão, Ouvidor, Três Ranchos, Cristalina, Luziânia, Silvânia, Orizona, Pires do Rio, Vianópolis, Goiânia, Anápolis e Ipameri. Migraram também em grandes números para o Distrito Federal  e São Paulo. É interessante ressaltar que o Triângulo Mineiro, antigo Sertão da Farinha Podre, que pertencia à Capitania de São Paulo até 1748, foi anexado à Capitania de Goiás e recebeu o nome de Julgado do Desemboque. Só a partir de 1816 a região foi anexada a Minas Gerais, tendo influência, inclusive, de Dona Beija e/ou Anna Jacinta de São José (1800). Portanto os Caixetas nascidos naquele Julgado entre 1748 a 1816 (68 anos) eram goianos! Uma grande parte de Caixetas descendem também de Dona Beija. Descobrimos também que Antônio Pereyra Cacheta, natural do Porto, tinha dois filhos padres, Joaquim e Francisco. Joaquim ingressou na Faculdade de Coimbra em 1745 e já era padre. Foi aprovado em exame privado de licenciamento e graduação sem penitenciamento e com três louvores, na seleta e rigorosa Universidade. Com certeza descendentes desses Cachetas e/ou Caixetas portuenses migraram também para os Açores, principalmente, a Ilha do Pico, (Picaroto) onde deixaram uma grandiosa descendência, entrelaçando-se com as famílias Vieira, Gonçalves, Pereira, Ávila, Brum, Mancebo, Serra Terra, Da Rosa, Bittencourt, Silveira, Pedreiro, Bagaço, etc. Ainda falta o elo de ligação direta que foi perdido nas águas do Atlântico Norte, entre os Caixetas do Porto e da Ilha do Pico.

Documentos registados no Instituto Histórico de Patos de Minas comprovam a marcante atuação da Família Caixeta na vida social, cultural, política e econômica durante a formação da cidade de Patos. Além do desbravamento de terras, ela legou efetiva contribuição ao desenvolvimento da agricultura e da pecuária naquelas regiões.
Quanto ao perfil dos Caixetas, são tradicionalmente considerados hospitaleiros, caridosos, pacíficos, conciliadores, trabalhadores e honestos.
Diz António Caixeta, por Jô Drumond, “Caçador de Caixetas”: “Comecei a pesquisa em Julho de 1986, com o simples intuito de conhecer minhas origens e de, talvez, editar posteriormente um pequeno livro sobre a genealogia de minha família. No entanto,  como diria a poeta Josina Nunes Drumond [Caixeta] “pescando reminiscências com o anzol da memória” fiz uma enorme pescaria e não sei o que fazer com o pescado encalhado. Meu levantamento já consta de 60 volumes de aproximadamente 500 páginas cada, e de mais de 100 quadros/bandejas e outras peças. O volume 61, está em andamento. Não tenho intenção de parar a pesquisa. Continuarei com meu “elefante branco” indefinidamente. Não sei a que servirá, a quem servirá, quando servirá, nem como servirá. Não sei tampouco, como consolidar tantas informações históricas. Ando atormentado com as proporções que minha bolinha de neve atingiu, sem saber o que fazer com ela. Espero que algum órgão público, como o Instituto Histórico e Geográfico ou que alguma instituição histórico-cultural apoie e dê andamento a esse trabalho desenvolvido durante várias décadas. Espero também que, quando eu partir para outra dimensão essa pesquisa não seja esquecida dentro de algum baú, nem jogada na lixeira. Trata-se de um importante registro concernente a mais de um milhão de brasileiros, a partir de 1700, (entre mortos e vivos), incluindo aqueles que perderam o sobrenome pelo machismo que ainda impera, ou ainda os filhos que herdavam apenas o sobrenome do pai assim como as filhas que mantiveram apenas o sobrenome da mãe. Trata-se, no Brasil, de 316 anos e 13 gerações! Todos os descendentes dos 3  portugueses pioneiros, JOÃO PEREIRA CAIXETA e CAETANA DO ROSÁRIO, JOSÉ PEREIRA CAIXETA e MARIA TEIXEIRA DOS SANTOS e MANOEL PEREIRA CAIXETA, assim como as futuras gerações, terão  assegurados uma memória e um acervo histórico, a partir desse registro em andamento”. A PESQUISA CONTINUA.....  
Adm. ANTÔNIO CAIXETA – Heptaneto de Manoel Gonçalves Caixeta, Hexaneto de João Pereira Caixeta, Pentaneto do Alferes Ignácio Pereira Caixeta, Tetraneto de Ignácio Pereira Caixeta, Trineto de Manoel Ignácio Caixeta, Bisneto de José Caixeta da Cunha, Neto de Pedro Pereira Caixeta da Cunha, Filho de Manoel Caixeta.

sábado, 23 de julho de 2016

Piratas e corsários na ilha de São Jorge Arquipélago dos Açores


No decorrer da sua história, a ilha foi sujeita a ataques de piratas e corsários, como por exemplo os assaltos às Velas (1589 e 1590) e de piratas da Barbária durante todo o século XVI (dos quais o mais importante registou-se em 1597). Estes últimos promoveram um grande ataque à Calheta em 1599, tendo escravizado habitantes da Fajã de São João em 1625. No século seguinte, a calmaria foi rompida pelo ataque à vila das Velas pelos corsários franceses sob o comando de René Duguay-Trouin (20 de Setembro de 1708), a caminho do Rio de Janeiro. Embora a população tenha resistido durante vinte e quatro horas, não conseguiu, no entanto, evitar o desembarque. Os invasores foram detidos no sítio das Banquetas, impedidos assim de ocuparem e saquearem as povoações vizinhas. Nessa defesa, destacou-se a acção enérgica do Sargento-mor Amaro Soares de Sousa.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Descoberta e povoamento da ilha de São Jorge Arquipélago dos Açores


A ilha aparece figurada, sem identificação, no "Portulano Mediceo Laurenziano" (Atlas Laurentino, Atlas Mideceu), de 1351, actualmente na Biblioteca Medicea Laurenziana, em Florença, na Itália. Mais tarde, no Atlas Catalão, de Jehuda Cresques, de cerca de 1375, actualmente na Bibliothèque Nationale de France em Paris, encontra-se figurada e nomeada com o seu actual nome: "São Jorge".
Desconhece-se a data exacta de quando os primeiros povoadores nela desembarcaram, no prosseguimento da política de povoamento do arquipélago, iniciada cerca de 1430 pelo Infante D. Henrique. Gaspar Frutuoso, sem indicar o ano da descoberta, refere ter sido:

"(...) achada e descoberta logo depois da Terceira, pois não se sabe com certeza quem fosse o que primeiro a descobriu, senão suspeitar-se que devia ser Jácome de Burgues , flamengo, primeiro capitão da Ilha Terceira, que depois acharia a de São Jorge, e, pela achar em dia deste Santo [23 de abril], lhe poria o seu nome, ou por ventura a achou o primeiro capitão de Angra, Vascoeanes Corte Real [João Vaz Corte Real], depois de divididas as capitanias da mesma Ilha."
A mesma data será seguida pelo padre António Cordeiro, que entretanto refere o ano como 1450.  Essa data, contudo, é incorrecta, uma vez que pela carta de 2 de Julho de 1439 Afonso V de Portugal concede ao seu tio, o infante D. Henrique, autorização para o povoamento das (então) sete ilhas dos Açores, em que São Jorge já se incluía. Por outro lado, João Vaz Corte Real foi capitão do donatário da Capitania de Angra em 1474, e da de São Jorge em 1483. Raciocínio semelhante se aplica à figura de Jácome de Bruges.
Sabe-se, no entanto, que o seu povoamento terá se iniciado por volta de 1460. Estudos recentes indicam que o primeiro núcleo populacional se tenha localizado na enseada das Velas de onde se irradiou para Rosais, Beira, Queimada, Urzelina, Manadas, Toledo, Santo António e Norte Grande. Um segundo núcleo ter-se-há localizado na Calheta, com irradiação para os Biscoitos, Norte Pequeno e Ribeira Seca.

Diante do insucesso do povoamento da ilha das Flores, o nobre flamengo Willem van der Hagen (Guilherme da Silveira), por volta de 1480 veio a fixar-se no sítio do Topo fundando uma povoação, e aí vindo a falecer. Os seus restos mortais encontram-se sepultados na capela do Solar dos Tiagos.
É pacífico que a ilha já se encontrava povoada quando João Vaz Corte Real, Capitão-donatário da capitania de Angra (ilha Terceira), obteve a Capitania da Ilha de São Jorge, por carta régia de 4 de Maio de 1483 (Arquivo dos Açores, vol.3, p. 13).

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Álvaro de Ornelas foi o primeiro capitão do donatário da ilha do Pico Arquipélago dos Açores


Álvaro de Ornelas (1410-5 - ?) foi o primeiro capitão do donatário do Pico.

Filho de Lopo Esteves de Ornelas e de sua primeira mulher Maria de Ayala.
João de Barros, na Década 1, L. 1, C. 11, diz que Álvaro de Ornelas serviu o Infante D. Henrique, andou nos Descobrimentos e foi ao seu serviço para a Madeira logo no início do seu povoamento.
Como este Álvaro de Ornellas terá nascido entre 1410 e 1415, terá ido para a Madeira com seu pai Lopo Esteves de Ornelas, que já lá estava, pelo menos, em 1427.
Armou em 1446 uma caravela e fez a sua famosa expedição da Guiné e conquistou uma parte da ilha de Yomena.
O Infante D. Henrique fez-lhe doação na Madeira das terras do Caniço.
Acrescentou ao escudo da família de Ornelas duas sereias, símbolos das suas viagens.
Apesar de ser nomeado como Capitão do donatário da ilha do Pico, por volta de 1460 e depois de várias experiências de povoamento, para o que trouxe habitantes do Norte de Portugal, que chegaram a esta ilha depois de escalarem a ilha Terceira e a ilha Graciosa, nunca chegou na prática a tomar posse real da ilha.

Uma vez que a tentativa de povoamento não sortiu efeito esta foi por carta régia datada de 29 de Dezembro de 1482 anexada à já então existente capitania do Faial. Assim nasceu a capitania do Faial e do Pico que ficou na posse do já então capitão do Faial, Jobst van Hürter. Morreu em combate na Guiné, numa outra expedição.
Casou com Elvira Fernandes de Saavedra, da qual teve uma filha e três filhos:
Catarina de Ornelas, casada com Pedro Álvares da Câmara, com geração

Álvaro de Ornelas (c. 1440 - Ilha da Madeira, 11 de Janeiro de 1526), 1.º Senhor do Morgado do Caniço em 1499, Fidalgo de Cota de Armas em 1513, etc, casado primeira vez c. 1482 com Constança de Mendonça (c. 1465 - Ilha da Madeira, 13 de Setembro de 1495 - Madeira), com geração, e casado segunda vez d. 1495 com Branca Fernandes de Abreu (c. 1475 - ?), com geração
João de Ornelas, 1.º Senhor do Morgado das Fontainhas, casado com Catarina de Teive, com geração
Pedro de Ornelas, Vereador do Senado da Câmara do Funchal em 1481-2

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O Barão da Areia Larga nasceu na ilha do Pico Arquipélago dos Açores


Barão da Areia Larga foi um título criado por decreto de 22 de Fevereiro de 1854 e confirmado por carta de 12 de Março de 1857, do rei D. Pedro V, a favor de António Garcia da Rosa, um político açoriano, natural do lugar da Areia Larga, ilha do Pico.Foi filho do desembargador Manuel Garcia da Rosa e de sua mulher Isabel Josefa de Lacerda, uma família da melhor aristocracia faialense.
Foi uma das figuras mais destacadas da cena política faialense no período que se seguiu ao fim da Guerra Civil. Foi por várias vezes vereador da Câmara Municipal da Horta, tenente-coronel do regimento de milícias do Faial e sub  perfeito da Horta em 1833, durante o curto período em que existiu a Província dos Açores. Após a criação do Distrito da Horta, foi governador civil interino num período de grande agitação política nos Açores .
Recebeu o título de barão da Areia Larga, por decreto de 22 de Fevereiro de 1854 do rei D. Pedro V de Portugal e foi feito fidalgo da Casa Real com brasão de armas concedido por alvará de 12 de Março de 1857 .  Foi ainda agraciado com a comenda da Ordem de Cristo.
Casou a 15 de Julho de 1815 com Isabel Lacerda Peixoto.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Fernando Álvares Evangelho o primeiro habitante da ilha do Pico Arquipélago dos Açores


O primeiro local de povoamento da ilha do Pico foi junto ao Penedo Negro, na enseada do Castelete, ao Sul da actual vila das Lajes, um pouco antes de 1460. A violência do mar permitiu apenas que pusesse pé em terra firme o navegador
Fernando Álvares Evangelho. Nas novas terras ele e o seu cão viveram cerca de um ano, junto da Ribeira, à saída da vila – durante muitos anos conhecida por Ribeira Fernando Álvares (ainda hoje se conservam as ruínas da casa que então lá construiu).
Quando os companheiros de Fernando Álvares regressaram ao Pico, desembarcaram em Santa Cruz das Ribeiras. Alguns ficaram por aqui, como Jordão Álvares Caralta. Outros no sítio da Maré, junto ao local do primeiro desembarque. Além das suas habitações, edificaram ali a Ermida de S. Pedro (ainda existente), onde foi pároco da ilha, o primeiro, Frei Pedro Gigante (considerado por alguns historiadores o introdutor da casta Verdelho).

Álvaro de Ornelas foi o primeiro Capitão-Donatário nomeado para a ilha do Pico mas nunca chegou a tomar posse. Jôs d’Utra (Jobst de Van Huertere, de origem flamenga) já Capitão-Donatário do Faial, tomou a seu cargo em 1482 a Capitania do Pico.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Da Descoberta e Povoamento da ilha do Pico Arquipélago dos Açores

À época dos Descobrimentos portugueses, na fase henriquina, a ilha foi designada como ilha de São Dinis, conforme consta no testamento Infante.
Posteriormente, na cartografia do século XIV, encontra-se denominada como "ilha dos Pombos".
Acerca do seu primeiro povoador, nas Lajes do Pico, Frei Diogo das Chagas refere:
"O primeiro homem que se pratica por certo haver entrado nesta Ilha para a povoar foi um Fernando Álvares Evangelho, o qual vindo a buscar a tomou pela parte do Sul, (…) saltou em terra onde se diz o penedo negro, e com ele um cão que trazia, e o mar se levantou de modo que não deu lugar a ninguém mais saltar em terra, e aquela noite se levantou vento, de modo a que a caravela no outro dia não apareceu, e ele ficou na Ilha com seu companheiro, o cão; e nele esteve um ano sustentando-se da carne dos porcos, e outros gados bravos, que com o cão tomava (pois o Infante quando as descobriu, em todas mandou deitar gados, havia nelas, quando depois se povoaram, muita multiplicação deles) (…)." (CHAGAS, Diogo (Frei). Espelho Cristalino em Jardim de Várias Flores. Secretaria Regional de Educação e Cultura/Universidade dos Açores, 1989.)

Frei Agostinho de Monte Alverne, entretanto, acrescenta:
"Outros dizem que os primeiros povoadores foram os que mandou Job Dutra, da ilha do Faial, porque estando à sua janela, vendo esta ilha do Pico pela parte sul, mandou um barco de gente para a povoar por esta parte, onde hoje é a freguesia de São Mateus. E é esta ilha tão fragosa, que, povoando-a estes por esta parte e os outros pela outra, dois anos estiveram sem saberem uns dos outros, nos quais o capitão Job Dutra mandou pedir a capitania e a alcançou, e uns e outros povoadores se avistaram e festejaram muito." (Frei Agostinho de Monte Alverne. Crónicas da Província de São João Evangelista (v. III). Ponta Delgada: Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1988. p. 191)
Em 29 de Dezembro de 1482, a ilha foi integrada na Capitania do Faial pela Infanta D. Beatriz, em virtude de Álvaro de Ornelas, seu primeiro capitão do donatário não ter tomado posse efectiva da ilha por volta de 1460.

Em 1501, Lajes do Pico foi elevada a Vila e sede de concelho pelo Manuel I de Portugal. Em 1542 foi a vez de São Roque do Pico e em 1712 (1723?), a de Madalena, confirmando a sua importância económica como porto de ligação com o Faial, e também como local de residência dos proprietários dos extensos vinhedos da zona, já então produtora de vinho, o Verdelho do Pico.
Além da agricultura (trigo, pastel), da pecuária e da pesca, a economia da ilha, desde o início do povoamento, foi marcada pelo cultivo da vinha e a produção de vinho. Sobre elas, o Padre António Cordeiro registou:

"O maior fruto, e mais célebre desta Ilha do Pico é o seu muito e excelente vinho, e quantas mil pipas dê cada ano (…) as outras ilhas, as armadas, e frotas, os estrangeiros o vão buscar, e o muito que vai para o Brasil, e também vem para Portugal; a razão deu-a já o antigo Frutuoso Liv. 6 cap. 41, dizendo que o vinho do Pico não só é muito, mas justamente o melhor, (…), porque é tão generoso e forte, que em nada cede ao que na Madeira chamam Malvazia; antes parece que este vence aquele, porque da Malvazia, pouca quantidade basta para alienar um homem do seu juízo, não se acomoda tanto à saúde; porém o vinho passado do Pico, emprega-se mais em gastar os maus humores, confortar o estômago, alegrar o coração, e avivar, e não fazer perder o juízo, e uso da razão, além de ser suavíssimo no gosto, e muito 'confortativo', ainda só com o cheiro; e por isso é muito estimado, (…)." (Pe. António Cordeiro. História Insulana das ilhas a Portugal Sujeitas no Oceano Ocidental. Secretaria Regional da Educação e Cultura, 1981. p. 474.)

A sua cultura foi apurada, ao longo dos séculos, com o auxílio dos frades Franciscanos, Dominicanos e, mais tarde, Jesuítas, nos séculos XVII e XVIII.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Muito obrigado a Eliseu Pereira dos Santos


Eliseu Pereira dos Santos, de ascendência cabo-verdiana, nasceu em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, a 1 de Outubro de 1983. É jogador de futebol e, na equipa, desempenha, habitualmente, as funções de defesa e extremo esquerdo.
Iniciou a sua carreira de futebolista no Marítimo Sport Clube, formação da freguesia da Conceição, concelho de Angra do Heroísmo, ilha Terceira.
Em 2002/2003 efectuou a sua estreia na divisão maior do futebol português, como jogador do Belenenses.
Na citada época fez apenas uma partida, tendo marcado um golo nesse jogo.
Em 2003/2004, participou em 24 jogos. Na época seguinte continuou em Belém, no entanto apenas participou em 10 partidas. Na temporada 2005/2006, foi emprestado ao Varzim, que competia na Liga de Honra. Em 15 jogos apontou 3 golos. Em 2006/2007 regressou a Belém, onde em 17 jogos, marcou um golo.

Em 2007/2008 assinou um contrato com o Málaga, que competia na LIGA BBVA (equivalente a Liga de Honra portuguesa).Participou em 37 jogos, apontando 3 golos. Em 2008/2009 foi uma das estrelas da formação espanhola. No início da época 2009/2010 foi anunciada a sua transferência para a Lazio, da série A italiana.
No verão de 2010, regressou ao Málaga. No dia 24 de Julho de 2014 assinou um contrato válido por duas épocas, mais uma de opção, com o Sport Lisboa e Benfica.
Em Fevereiro de 2009, Eliseu foi convocado por Carlos Queiroz para integrar os trabalhos da Selecção  Nacional, tendo em vista o jogo de preparação para a fase de qualificação do Mundial da África do Sul, realizado em 2010. No entanto, não chegaria a estrear-se pela equipa principal das Quinas. A sua primeira internacionalização teve lugar a 10 de Junho de 2009, frente à Estónia, num jogo de carácter particular, que terminou empatado a zero.

E ontem foi um dos que realizou o sonho de todos os Portugueses. Portugal  é campeão !