Páginas

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Lista de emigrantes Açorianos para o Brasil


1. Agostinho Machado Fagundes (Santa Luzia, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, c. 1642 - Brasil, c. 1718) casado com Genebra Leitão de Vasconcelos.

2. Ana Margarida de Jesus de Sousa Breves (Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, Portugal, c. 1772 - Piraí, Rio de Janeiro, Janeiro de 1852) casada com Francisco Luís Gomes.

3.Ana Maurícia Rosa (Santa Bárbara, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Mateus Lourenço Coelho.

4. Ana de Santiago (Santa Bárbara, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? -Brasil, ?) casada com Manuel de Medeiros e Sousa.

5. Ana Ursula da Conceição (São Bento, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Martinho José da Costa.

6. António Gonçalves Borges (São Miguel Arcanjo, Terceira, Angra Do Heroísmo, Açores, Portugal, c. 1748 - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, ?) casado com Joana Rosa Pereira Fortes.

7.  António José de Matos (Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Catarina Antónia da Encarnação.

8.  António Nunes Corvelo (Altares, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 16 de Abril de 1696 - Santo Amaro, Rio Grande do Sul, 13 de Outubro de 1793) casado com Maria De Melo e Maria Francisca da Conceição de Melo.

9.  António Nunes Corvelo, Filho (Altares, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 17 de Agosto de 1732 - Canguçu, Rio Grande do Sul, 13 de Outubro de 1810) casado com Ana Maria do Nascimento.

10. António da Silveira Goulart (Nossa Senhora da Ajuda, hoje Pedro Miguel, Angra, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 8 de Dezembro de 1696 - Araçariguama, São Paulo, 2 de Setembro de 1771) casado com Maria Leite da Silva.

11. António de Sousa Breves (Santa Luzia , Angra do Heroísmo, Ilha de São Jorge, Açores, Portugal, c. 1720 - São João Marcos, Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 1814) casado com Maria de Jesus Fernandes. O "Velho Cachoeira", como ficou conhecido em idade tenra , foi patriarca da família Breves no Brasil.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Dr. Jorge Monjardino

O Dr. Jorge Monjardino pertencia aquela geração de médicos que fazia jus ao pensamento do Professor Abel Salazar: “Um médico que só sabe medicina nem medicina sabe”. Homem de vasta cultura e profundamente humanista o Dr. Jorge Monjardino recusava uma medicina tecnicista e desumanizada, procurando e preferindo sempre tratar doentes em vez de apenas a doença. Exercia a cirurgia no ambiente esterilizado do bloco operatório, para depois contaminar na enfermaria os seus doentes com a adequada dose de carinho e conforto; era assim dia a dia, mês a mês, ano a ano, durante uma vida dedicada aos outros. Senhor de uma grande envergadura intelectual, a sua actividade não podia jamais reduzir-se apenas e só à medicina. A sua participação cívica estendeu-se à política e à cultura.

Melómano convicto, amava a música e contribuiu empenhadamente para a sua divulgação, tendo sido sócio fundador do coro da Academia Musical da Ilha Terceira e presidente da direcção da referida academia. Recordaremos o Dr. Jorge Monjardino, nas palavras de Fernando Pessoa: “O Valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.

.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

George Perry


George Perry nasceu a 12 de abril de 1953, em Lompoc, Santa Bárbara, Califórnia.
Os seus avós são oriundos das ilhas do Pico e de Santa Maria (Açores), e emigraram para os Estados Unidos da América no início do século XX. Radicaram-se na Califórnia. Três gerações mais tarde, George Perry torna-se no primeiro membro da sua família a frequentar a universidade.
É professor de Biologia e Decano da Faculdade de Ciências, na Universidade do Texas, em San Antonio, sendo um dos mais destacados cientistas a nível mundial, na área da Neurologia, com uma importante e valiosa contribuição para a pesquisa sobre a doença de Alzheimer.
Em dezembro de 2009, foi-lhe atribuída uma distinção invulgar ao ser eleito Membro Estrangeiro da prestigiada Real Academia de Ciências de Espanha.
Em 2010 foi eleito Membro Correspondente da Academia Mexicana de Ciências (AMC).
Também é membro Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Craig Mello


Craig Cameron Mello nasceu a 19 de Outubro de 1960, em New Haven, Connecticut, nos Estados Unidos da América. É de ascendência açoriana e filho de James Mello (paleontólogo), e de Sally Mello (artista).
Professor de Medicina Molecular na Universidade de Massachussets e investigador do Instituto de Medicina Howard Hughes, em Maryland, é graduado em Bioquímica pela Universidade de Brown e doutorado em Biologia Celular e do Desenvolvimento pela Universidade de Harvard.
Em 2006, conjuntamente com Andrew Fire, recebeu o Prémio Nobel da Medicina pela descoberta do mecanismo fundamental para o controlo dos fluxos de informação genética, que pode ajudar a explicar algumas doenças, entre as quais alguns tipos de cancro. Além deste, recebeu vários prémios científicos, destacando-se: 2003 - Prémio em Biologia Molecular da Academia Americana de Ciências e o Prémio Wiley em Ciências Biomédicas da Universidade Rockefeller; 2005 - Prémio Brandeis University's Lewis S. Rosenstiel, o Prémio Gairdner Foundation International e o Prémio Massry; 2006 - Prémio Paul Ehrlich e Ludwig Darmstaedter.
A Universidade dos Açores decidiu, a 26 de Janeiro de 2012, atribuir-lhe o grau de doutor ‘honoris causa’ por esta descoberta, tendo sido apadrinhado na cerimónia realizada em Ponta Delgada, por Maria Leonor Medeiros, professora catedrática de Bioquímica do Departamento de Ciências Tecnológicas e Desenvolvimento.
Na primeira vez que visitou os Açores, em Julho de 2009, Craig Mello deixou no Arquipélago o diploma e a medalha do Prémio Nobel, numa iniciativa destinada a “inspirar os jovens açorianos a estudar ciência.”
Na altura, admitiu que o seu conhecimento sobre o Arquipélago resultava apenas das “histórias” contadas pelo avô (Frank Melo) e pelo pai, referindo que o bisavô “depois de ter saído dos Açores, nunca mais regressou.”
Os bisavós
Eugénio Castanho de Melo e Maria da Glória Barracôa, nasceram na freguesia da Maia, em S. Miguel, e emigraram para os EUA no início do século XX.
É um dos conselheiros do projecto "Rede Prestige Azores".


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

David Macedo


David Macedo é natural da freguesia de São Bartolomeu dos Regatos, concelho de Angra do Heroísmo, Terceira – Açores. Nasceu a 2 de maio de 1956 e é o mais novo de doze irmãos que se encontram espalhados pela Diáspora, nomeadamente no Brasil, Canadá e Estados Unidos da América.
Em 1969, emigrou com a família para o Canadá, radicando-se em Toronto.
O comércio de produtos alimentares, no ramo vinícola, nomeadamente vinhos, uvas, seus derivados e utensílios a eles associados, é desenvolvido por David Macedo, desde 1985, na empresa Macedo Wine Grape Juice. Esta tem origem no negócio dos três irmãos – Francisco, António e David – iniciado nos primeiros anos da década de 70. Tal como na sua origem, a empresa continua a ser de cariz familiar. O negócio foi crescendo e com o passar dos anos, David Macedo abriu mais empresas, todas ligadas ao ramo vinícola.
É um dos maiores comerciantes portugueses na área de Toronto. Possui quatro estabelecimentos em funcionamento. É o português que mais de uva importa da Califórnia, para consumo final e fabrico de vinho.
Esta actividade movimenta, anualmente, milhões de dólares canadianos e emprega dezenas de trabalhadores, principalmente na época alta, sendo, estes, na sua maioria de origem portuguesa.
Recentemente, inaugurou um espaço inovador, a Evolution Wines, uma adega e boutique de vinhos portugueses, canadianos, italianos e argentinos, especializada na importação de vinhos para venda ao consumidor.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Mário Bettencourt Resendes


Jornalista, Mário Resendes (Mário Waddington Bettencourt Resendes) nasceu a 23 de Junho de 1952 em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel – Açores.
Depois de cumprido o percurso liceal na sua cidade natal, ingressou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras e, no quinto ano do curso de Económicas, partiu para Paris (1974) para fazer um curso de Jornalismo.
Iniciou-se como redactor estagiário no “Diário de Notícias”, em 1975, integrou a equipa fundadora do “Jornal Novo”, passou pela revista “Opção”, e regressou ao “Diário de Notícias”, em Novembro de 1976. Neste jornal, foi, sucessivamente, redactor de Política Nacional, editor do suplemento “Análise DN”, coordenador das sessões de Política Nacional, Economia e Trabalho, director-adjunto, director (1992-2004) e, finalmente, administrador. Foi comentador político na TSF e na SIC Notícias e leccionou na Escola Superior de Comunicação Empresarial.
Assumiu, ainda, a vice-presidência da Comissão Directiva Europeia da Associação de Jornalistas Europeus, a presidência da Assembleia-Geral da Secção Portuguesa e foi nomeado membro Conselho Consultivo dos Utilizadores (1994), pela Comissão Europeia.
À data do seu falecimento, 2 de Agosto de 2010, era provedor dos leitores do Diário de Notícias (desde 2007) e porta-voz do Movimento de Informação e Liberdade (desde 2008), com o objectivo de ser interlocutor em todos os processos de discussão de matérias de interesse para a classe dos jornalistas como a auto regulação e o acesso à profissão.
Foi galardoado, em 1933, com o Prémio Europeu de Jornalismo, atribuído pela Associação de Jornalistas Europeus.
Recebeu a Insígnia autonómica de reconhecimento (a título póstumo), pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores, a 10 de Junho de 2011.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Fafá de Belém


Fafá de Belém, nome artístico de Maria de Fátima Palha de Figueiredo, nasceu a 9 de Agosto de 1956, em Belém, no estado do Pará, Brasil. Esta artista, de descendência açoriana, sempre gostou de cantar, tendo iniciado a sua carreira ainda adolescente. É considerada um símbolo da música brasileira e detentora de uma das mais poderosas vozes do Brasil. A sua música extravasa a geografia do seu país e emociona, há mais de três décadas, multidões pelo mundo fora.
Sendo uma das artistas com maior expressão de vendas de discos no mercado nacional, conquistou o estatuto de estrela na canção popular brasileira.
Em 1973, conheceu o baiano Roberto Santana, produtor do grupo “Quinteto Violado” e músico da “Polygram”, que a aconselhou a investir na carreira fonográfica. Incentivada por este, apresentou-se em alguns lugares do Rio de Janeiro, S. Salvador e Belém.
Em 1973, estreou-se como cantora profissional no teatro principal de Belém, “Theatro da Paz”. Foi fortemente influenciada por cantores consagrados da MPB como Maysa, Roberto Carlos, Cauby Peixoto e pelos grupos Jovem Guarda e Beatles, além de outros géneros, como jazz, música clássica, e os grandes ídolos da rádio.
O amplo leque de sua formação musical está reflectido na selecção do seu repertório, pelo que gravou vários géneros musicais, nomeadamente, música regional, pérolas do cancioneiro popular, como “Que Queres Tu De Mim”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, ou “Você Vai Gostar” (Casinha Branca), de Elpídio dos Santos. Rock, boleros, ritmos caribenhos, guarânias, afoxé, lambadas, sambas-canções, composições dos grandes nomes da música popular brasileira, marcha-rancho, sertanejo, e muitos outros ritmos. Refira-se ainda a polémica apresentação que a musa das directas deu ao Hino Nacional, contestada pela justiça e ovacionada pela plateia, cada vez mais numerosa nos seus espectáculos.
Em 1976, lançou o primeiro LP, intitulado “Tamba Taja” e o álbum “Água” em 1977, que atingiu cerca de 95 mil cópias vendidas.
Em 1979, apresentou o seu maior sucesso com a música \\\"Sob medida\\\" (Chico Buarque), que integrou o reportório de um dos melhores discos da sua carreira – “Estrela”.
O seu trabalho mais recente foi a edição de um CD/DVD gravado ao vivo, em 2007, e lançado pela gravadora EMI – única multinacional que ainda não havia editado qualquer trabalho da artista.
Também aceitou o desafio de ser actriz e encarnou a personagem Ana Luz, na telenovela da Rede Record “Caminhos do Coração”, do autor Tiago Santiago.
Participou no especial “Mulher 80”, da Rede Globo.
A convite do Governo dos Açores, esta descendente, actuou em S. Miguel, representando a comunidade açoriana no Brasil.
 Foi-lhe atribuída a “Medalha de Mérito Turístico 2011”, pela promoção de Portugal como destino turístico no mundo.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Carlos Ávila de Borba

Carlos Ávila de Borba nasceu a 14 de Junho de 1963, no concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores.
 Treinador profissional especializado em várias modalidades desportivas,fez a sua carreira pelos Estados Unidos da América, Alemanha, Finlândia e Japão, sendo preletor em ações de formação e congressos um pouco por todo o mundo.
 Estudou desporto em Portugal, nos Estados Unidos (San Diego) e fez a sua licenciatura em Alto Rendimento Desportivo na Academia de Mainz, na Alemanha.
 Detentor de uma carreira brilhante, Ávila de Borba foi treinador e preparador físico de grandes figuras mundiais do desporto, como Mao Asada (medalha de prata em patinagem artística nos Jogos Olímpicos de inverno de Vancouver e medalha de ouro nos Campeonatos Mundiais de 2008 e 2010), Koji Murofushi (medalha de ouro no lançamento do martelo nos Jogos Olímpicos de Atenas e bronze em Sydney), Miki Ando (campeã mundial de patinagem artística em 2007 e 2011), a italiana Carolina Kostner (campeã mundial e europeia) e, esteve presente nos Jogos Olímpicos de inverno de Turim em 2006, como treinador do atleta japonês Daisuke Takahashi. Em 2006, foi também comentador da cadeia televisiva Eurosport nos campeonatos do mundo de patinagem artística em Calgary, no Canadá.
 Ao longo do seu percurso, trabalhou ainda como treinador e preparador físico de patinagem artística no Centro Olímpico de Munique e como colaborador na Karl-Heinz Riedl Soccer Academy (ambos na Alemanha), e foi conselheiro desportivo na Urheiluakatemia Pohjois-Savon (academia de desporto, Finlândia).
 Entre 2007 e 2010, foi professor de metodologia do treino desportivo e alto rendimento na Universidade de Chukyo (Nagoya - Japão).


Em 2011, esteve presente nos Jogos Olímpicos da Ásia, realizados no Cazaquistão, como treinador do patinador artístico Denis Ten, atleta que viria a conquistar a medalha de ouro na competição.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Queijo Vaquinha de João Cota


Quando, há quinze anos atrás, começou a produzir o Queijo Vaquinha, João Cota, de 62 anos, natural da freguesia das Cinco Ribeiras, em Angra do Heroísmo, já sabia o que pretendia para a produção da mais antiga marca de queijos da ilha Terceira: uma fábrica que, além da manufactura, trabalha a arte de bem receber. Uma máxima que tanto se aplica à comunidade onde se insere, às populações locais que compram e saboreiam o queijo no local, como aos turistas e estrangeiros cujos circuitos de visitação já incluem de forma habitual, uma paragem na Fábrica do Queijo Vaquinha, associada da GRATER.
Isto porque, explica o proprietário, além da produção da fábrica para venda em diversos estabelecimentos comerciais na ilha e fora dela, hoje a marca está virada para o turismo. Um intuito que foi assim planeado e concretizado: “já na altura, quando fizemos investimentos, pensámos que seria usado também para quem nos visita, para os turistas”.
É por isso que, anos mais tarde, em 2002, decide investir não só na modernização da fábrica, como na ampliação da sala de visitação e de provas para apostar nos momentos de degustação e de convívio in loco. Um investimento co-financiado pelo PRORURAL/FEADER, apoiado por via da GRATER, no valor de 54 mil euros.
Uma estratégia, conta, comercial e a pensar o futuro: “se estivéssemos só a produzir queijo, o negócio não se justificaria”.

Daí que nas épocas altas do Verão, acrescenta, “90 por cento do nosso queijo é levado pelos turistas e vendida aqui”. No restante ano, a venda do Queijo Vaquinha acontece em estabelecimentos comerciais, desde as grandes superfícies aos pequenos mercados e lojas.
Nos Açores, os produtos Vaquinha chegam às ilhas de São Miguel e Faial. Fora das ilhas, os produtos são vendidos em Lisboa, através do “Espaço Açores – Tradição & Gourmet”, localizado na baixa da capital: “duas vezes por mês, estamos enviando queijo para Lisboa”.
João Cota diz que lhe interessa o mercado nacional e o da Madeira e, não fossem os custos relacionados com o transporte, essa intenção já estaria mais rapidamente concretizada e implementada além-lhas.
Para já, adianta, estão estabelecidos contactos com uma grande superfície no arquipélago vizinho. Uma oportunidade de negócio que a empresa familiar vê com bons olhos. Até porque, acrescenta, parecem existir semelhanças nos paladares insulares: “os madeirenses que nos visitam gostam muito do nosso queijo e levam muito queijo consigo”.
Além de pretender, de forma tranquila, conquistar outros mercados, o empresário refere necessitar, com mais premência, de aumentar a zona de visitação: “a sala já está a ficar pequena”
Pequena é igualmente a estrutura humana que sustenta esta conhecida marca terceirense. A empresa familiar não poderia ser mais … familiar. A trabalhar ao lado de João Costa está, não só a esposa, como os dois filhos do casal e duas cunhadas. Junta-se ainda ao grupo um ou outro ajudante, consoantes as altura do ano, mas o centro deste empreendimento é composto assim por forte ligações familiares.
O empresário, esposo, pai, cunhado diz-se orgulhoso de ter a família unida em torno do Queijo Vaquinha, sobretudo quando se trata dos filhos que darão continuidade ao seu trabalho: “quem é que não se sentia orgulhoso?”., não deixe de salientar, é o horário de abertura: “estamos abertos todos os dias, ou seja, 365 dias por ano, das 10H00 às 22H00. Como nós, só os chineses!”.
Actualmente a marca Queijo Vaquinha é composta por cinco tipos de queijos: o Vaquinha Tradicional (em formato barra); o Vaquinha Ilha Terceira Pequeno; o Vaquinha Picante; o Vaquinha Ilha Terceira Grande (tipo ilha); e o Vaquinha Fresco do dia.
Além dos queijos, a empresa lançou em 2010 uma gama de iogurtes, sendo actualmente composta por dez sabores.
Como novidade a explorar, mas ainda sem data de lançamento, está a criação do Queijo Vaquinha Fundido. Um produto que, refere o empresário João Cota, poderá ter grande aceitação, não só pelo selo de garantia do sabor do queijo Vaquinha, como por não existirem muitos produtos de fabrico local do género no mercado.




quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Nellie Leal Pedro


Nellie Leal Pedro nasceu a 20 de Setembro de 1960, na ilha Terceira, Açores. Emigrou com a sua família para o Canadá em 1970. No início dos anos 80, ingressou no Instituto Politécnico de Ryerson, onde obteve o diploma em Artes da Rádio e Televisão.

Em 1983, criou, com o marido, uma empresa destinada à produção de vídeos. Dois anos depois, concluiu o curso de bens imobiliários na Universidade de George Brown e, em 1986, terminou a especialização na sua área, ao completar o curso TREB (Toronto Real Estate Board) do ICI de Direito Imobiliário, Imóveis e Gestão.

Entre 1986 e 1997, os investimentos bem sucedidos no mercado imobiliário, granjearam-lhe vários prémios.

Desde 1997, até à aactualidade é produtora e apresentadora do"Gente da Nossa T.V.", programa da T.V. Multicultural CHIN, transmitido em português. Realizou também o programa "Gente Jovem", da Rogers Mosaic Produções.

Foi a primeira mulher a exercer o cargo de presidente da Federation Portuguese Canadian Business and Professionals, Inc, entre 1990 e 1991, e vice-presidente entre 1988 e 1989. É a única luso canadiana que recebeu o prémio de mérito Salesperson, pelo TREB, em 1992, atribuído a quem se voluntária e contribui para a comunidade, gerindo, ao mesmo tempo, a sua carreira profissional com sucesso.

Em 1993, foi-lhe atribuída a Medalha Comemorativa dos 125 anos do Canadá.

Nellie Pedro foi membro da United Way Community Iniciative Funding Committee, da United Way Campaign Cabinet e da presidência da United Way Portuguese Community Committee.

Envolveu-se ,activamente , na vida política, em diversas campanhas, entre 1985 e 2003.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ernest Jeffrey Moniz


Ernest Jeffrey Moniz nasceu a 22 de Dezembro de 1944, em Fall River, Massachussetts, nos Estados Unidos da América. É descendente de pais açorianos, oriundos da ilha de São Miguel. No âmbito da sua formação académica, a física teórica nuclear, destaca-se como área principal de pesquisa.

A 28 de Outubro de 1997, foi destacado pelo Senado dos EUA como subsecretário do Departamento de Energia. No âmbito destas funções, assessoria o secretário e, supervisionava a pesquisa do DOE em várias áreas, nomeadamente, as energias fóssil, renováveis, nuclear, a ciência e tecnologia, a gestão ambiental e de resíduos radioactivos.

Supervisionou igualmente o sistema nacional de laboratórios e programas de segurança nacional, tendo sido também responsável pela revisão completa do programa nuclear.
Antes de ingressar no DOE, foi professor de Física e Chefe do Departamento de Física no Massachusetts Institute of Technology (MIT), tendo sido responsável pelos programas educacionais daquele departamento. Foi director associado de Ciência do Gabinete de Política Científica e Tecnológica, cargo para o qual foi nomeado, em Junho de 1995, pelo Presidente Clinton.

Integrou o corpo docente do MIT em 1973 e foi director da Linear Accelerator Center Bates, em 1983.

Trabalhou em várias universidades, laboratórios nacionais, associações profissionais e órgãos do governo, onde desempenhou funções consultivas.

Obteve um bacharelato em física, no Boston College em 1966, e um doutoramento em física teórica na Universidade de Stanford, em 1971. Com uma bolsa de pós-doutorado da National Science Foundation, realizou pesquisas no Centro d\'Etudes de Saclay Nucleaires em Gif-sur-Yvette, França, e na Universidade da Pensilvânia, de 1971 a 1973. Fez um doutoramento honorário na Universidade de Atenas, em 1997. É membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência, da Fundação Humboldt e da American Physical Society.
É assessor de Ciência e Tecnologia do Conselho do Presidente Obama.
Actualmente, é director do Laboratório de Energia e Meio Ambiente do MIT e da MIT Energy Initiative.
Pela sua visão e liderança na área da simulação científica avançada, foi distinguido com o Seymour Cray HPCC Industry Recognition Award.

No dia 4 de Março de 2013 foi nomeado Secretário da Energia por Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos da América.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Sociedade Filarmónica União Católica da Serra da Ribeirinha

Sociedade Filarmónica União Católica da Serra da Ribeirinha é uma Sociedade Filarmónica portuguesa fundada a 29 de Junho de 1904, tendo como Padroeiro, São Pedro. No entanto só muitos anos depois da sua fundação, é que procedeu à inauguração da sua sede, mais propriamente em 21 de Janeiro de 1965.A sua acção tem sido marcada pela realização de diversas danças populares, bailinhos de Carnaval tradicionais da ilha Terceira e comédias, movimentando nestes acontecimentos centenas de pessoas.As suas actuações tem sido deslocadas pelas diversas freguesias da ilha Terceira, outras ilhas dos Açores e pelos Estados Unidos. Os Órgãos Sociais da Sociedade são compostos por: Mesa da Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal.
 Ribeirinha é uma freguesia suburbana do concelho de Angra do Heroísmo, com 7,90 km² de área e 2 684 habitantes (2011), o que corresponde a uma densidade populacional de 339,7 hab/km². O centro da freguesia situa-se a cerca de 4,5 km a leste do centro da cidade de Angra do Heroísmo, numa posição sobranceira na encosta da Serra da Ribeirinha.
Esta freguesia que se estende subindo a Serra da Ribeirinha, tem uma antiga igreja dedicada a de São Pedro, a Igreja Paroquial São Pedro da Ribeirinha tratando-se de um Edifício do século XVI, e que foi ampliado no Século XVIII. Tem um altar-mor em talha dourada, e uma Imagem do Senhor Santo Cristo do século XVI. Possui ainda quatro impérios do Espírito Santo, três dos quais do Século XIX.

Segundo alguns historiadores a origem desta freguesia e da sua primitiva população está num flamengo de nome Fernão Dulmo, que com a maior parte da sua gente se deslocou das 4 Ribeiras para os lados de Angra porque esse lugar não não era seu agrado.

Fernão Dulmo é o nome porque ficou conhecido o flamengo Ferdinand van Olm, um dos primeiros povoadores - da segunda viagem com colonos - da ilha Terceira.

Foi-lhe dado terras em Sesmarias na Ribeirinha. Os colonos que o acompanharam formaram povoado.

Em 1486, e por já ter deixado a ilha Terceira, associou-se às iniciativas de exploração do Atlântico Ocidental levadas a cabo durante o reinado de D. João II. A 3 de Março de 1486, D. João II emitiu as respectivas cartas de privilégio, outorgando-lhe quaisquer ilhas ou continentes que por si ou por qualquer outro sob as suas ordens «as ter descoberto ou achado» - a oeste dos Açores.

Em 1486, a primitiva igreja, era uma Capelinha  sujeita à Paróquia de Santana de Porta Alegre, que se localizava no Paul, junto dos Cinco Picos - freguesia do Porto Judeu; Jurisdição Eclisiástica desta paróquia.

Em 1502, A Carta Régia de D. Manuel, cria a Vila de S. Sebastião, com sede no povoado Porto Judeu (junto do porto de pescas). Em 1503 é revogada esta carta que transfere a sede para o povoado da Ribeira de Frei João (abaixo do Arrebaldo). Por força desta alteração (em 1502) deixa a Ribeirinha de pertencer ao Porto Judeu, passando a Curato.

Em 1568 aparece como freguesia independente, por carta régia datada de 30 de Junho desse ano.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Francisco Augusto da Costa Martins


Francisco Augusto da Costa Martins (Sé, Angra do Heroísmo, 4 de Outubro de 1858 – Matriz, Horta, 18 de Abril de 1938) foi coleccionador numismata e militar do Exército português, com a patente de Coronel.
Foi presidente da Câmara Municipal da Horta com início de mandato em 1926 e tido como uma pessoa de elevado conhecimento cultural, facto que o tornaram notável. Manteve uma paixão pelo coleccionismo que o levou a ser o grande pioneiro da numismática nos Açores, e a fazer disso uma ciência. Foi filatelista reconhecido. As suas colecções estenderam-se por várias vertentes e assuntos em que se salientam móveis de origem açoriana, medalhas everónicas, postais, esculturas religiosas de marfim e madeira, objectos de marfim, (dentes e osso de cachalote), relógios, livros, gravuras, registos de santos entre outras curiosidades, como um razoável espólio de cartografia insular.

Fez os seus estudos secundários no então Liceu de Angra do Heroísmo e ingressou de seguida na Escola Politécnica e na Escola do Exército em Lisboa, cujo Conselho de Instrução lhe concedeu diploma em 2 de Janeiro de 1884.
No dia 9 do mesmo mês e ano (Janeiro de 1884), foi promovido a Alferes. Passou primeiro por exercer as suas funções no Batalhão nº 2 de Caçadores da Rainha, depois no Regimento de Caçadores nº 7 e seguidamente no Regimento de Caçadores nº 11. Passou a Tenente por força de Decreto datado de 19 de Setembro de 1889.
Passou ao posto de Capitão por Decreto datado de 23 de Dezembro de 1897, altura em é feita a sua transferência para o Regimento de Infantaria nº 21. Mais tarde é novamente transferido, desta feita para o Regimento de Caçadores nº 11, depois passa ao Regimento de Infantaria nº 26, onde por força do Decreto de 12 de Janeiro de 1908 é promovido a Capitão de 1º Classe e depois, em 29 de Julho de 1909 a Major e é colocado no Regimento de Infantaria nº 21. Deste passa ao Regimento de Infantaria nº 14 e ao nº 25.
Depois desta longa carreira militar tomou parte nas Escolas de Repetição de 1912 a 1913. Foi em 12 de Outubro de 1912 que foi elevado à categoria de Tenente-Coronel para o Estado Maior de Infantaria.
Foi Comandante do 4º Grupo de Metralhadores de Infantaria de Elvas e Estremoz. Em 30 de Junho de 1914 foi colocado em Angra do Heroísmo, no Regimento de Infantaria nº 25, como comandante, sendo de seguida promovido a Coronel para o Estado Maior de Infantaria. Em 25 de Junho de 1915 foi nomeado Comandante do Regimento de Infantaria nº 4 e Governador Militar de Faro. Passou à reserva em 14 de Abril de 1917 e à reforma em 20 de Outubro de 1928.
Foi distinguido com as medalhas de prata e de ouro da classe de Comportamento Exemplar e os graus de Cavaleiro e Grande Oficial da Real Ordem Militar de São Bento de Aviz.
Foi em 1 de Dezembro de 1914, por Ordem do CMA nº 328 e com a patente de Tenente-coronel Governador da Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira, sediada no Monte Brasil e onde actualmente se encontra alojado o Regimento de Guarnição nº 1.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Elaine Ávila

Elaine Ávila nasceu no estado do Maryland, EUA. É descendente de açorianos por parte dos avós, que são oriundos das ilhas do Pico e Faial.

Licenciada em dramaturgia, é uma escritora de teatro muito talentosa.

As suas peças já percorreram o mundo. De entre elas destacam-se Lieutenant Nun, Burn Gloom and Good Fooling. Também, é detentora de vários prémios, nomeadamente "Victoria Critic´s Circle", "Canada Council Millennium Grant", "New Works for Young Women", "Award/Residency from Tulsa University", "The A.S.K. Theatre Projects Scholarship" e o "Alden B. Dow Fellowship".

Atualmente, é presidente do Master of Fine Arts Dramatic
Writing Program, na New Mexico University.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Francisco de Paula de Barcelos Machado de Bettencourt


Francisco de Paula de Barcelos Machado de Bettencourt (Sé (Angra do Heroísmo), Ilha Terceira, 14 de Setembro de 1831 — Ilha Terceira, Açores, 19 de Abril de 1907) foi um político e membro da média nobreza portuguesa, foi fidalgo Cavaleiro da Casa Real por alvará de 28 de Abril de 1868 e agraciado com a Comenda da Ordem de Isabel a Católica.
Foi vogal da Comissão Distrital de Junta Geral do Distrito de Angra do Heroísmo e senhor e herdeiro da casa vincular e morgadio que os seus antepassados tinham instituído na ilha Terceira e foi baptizado na Igreja da Sé, freguesia da Sé, concelho de Angra do Heroísmo.
Esteve desde sempre ligado à aristocracia da ilha Terceira e foi um grande latifundiário na mesma ilha com terras principalmente na Zona dos Cinco Picos, incluindo a área geográfica onde se situa a Lagoa do Ginjal.
Nas suas terras, numa elevação, ao norte da planície da Achada mandou construir a Ermida de Nossa Senhora do Mato também conhecida como Ermida de Santo Antão, que ficou concluída em 1897 que manteve à sua custa. Entre as evocações encontrava-se uma dedicada a Santo Antão por este ser o protector dos animais e a Santo Isidro.
Era feita uma festa anual em honra do Santo protector, geralmente no dia de São João, em que participavam os donos dos terrenos, os empregados e todas as pessoas convidadas. Eram feitas as marcações com ferro quente com a insígnia do seu proprietário e uma tourada, além deste acontecimento anual, levava a efeito pela ilha Terceira touradas à corda e touradas de praça com touros das suas ganadarias.
Francisco de Paula de Barcelos Machado de Bettencourt foi padrinho de baptismo de José Frederico Molungo filho Ngungunhane, último monarca da dinastia Jamine e último imperador do Império de Gaza, no território que actualmente é Moçambique.  Como madrinha de baptismo teve a condessa de Rego Botelho, D. Maria Sieuve de Meneses esposa de António Maria Holtreman do Rego Botelho de Faria, 1º conde de Rego Botelho.

Foi filho de Diogo Barcelos Machado Evangelho e de Maria Madalena do Carvalhal.
Casou na sua casa situada na freguesia da Terra Chã, concelho de Angra do Heroísmo, na Ermida de Nossa Senhora do Rosário, sufragânia da Igreja paroquial de Belém, Terra Chã, Angra do Heroísmo no dia 7 de Outubro de 1846, com D. Maria Isabel Borges do Canto e Teive de Gusmão, nascida em 1825, de que teve 7 filhos:
1. D. Francisca Emília do Canto Barcelos Carvalhal, nascida em 1850 e casada com Zeferino
Norberto Gonçalves Brandão.
2. Diogo de Barcelos Machado de Bettencourt, nascido em (8 de Agosto de 1847 -?) e casado com D. Mariana Joaquim Ribeiro de Bettencourt.
3. D. Ana Isabel do Canto Barcelos Machado de Bettencourt (1 de Julho de 1849 -?), casada com Manuel Basílio Coelho Borges Rocha.
4. D. Maria Adelaide de Barcelos Bettencourt Carvalhal, casada com José Pimentel Homem de Noronha, que foi presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
5. Francisco de Barcelos Machado de Bettencourt, que foi padre.
6. D. Mariana Amélia de Barcelos Machado de Bettencourt, que casou com Francisco de Paula Rego de Meneses Camelo Borges.
7. Miguel de Barcelos Machado de Bettencourt, casado com Maria Teresa Ferraz de Noronha.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Casa dos Dabney


Oriunda dos Estados Unidos da América, a família Dabney instalou-se na Horta em 1806, quando John Bass Dabney foi nomeado Cônsul Geral dos Estados Unidos para os Açores pelo presidente americano, Thomas Jefferson.
Três membros da família Dabney, John (pai), Charles (filho) e Samuel (neto), exerceram sucessivamente o cargo ao longo do século XIX, ficando a sua presença registada na ilha do Faial através da toponímia, da arquitectura e da botânica.
John Bass Dabney especializou-se no comércio marítimo, fomentou a exportação do vinho e da laranja, adquiriu navios, armazéns e estaleiros destinados ao abastecimento e à reparação naval, dando assim origem a uma das mais poderosas casas comerciais do arquipélago dos Açores.
Com Charles Dabney, a família continuou a expandir os seus negócios, incrementando o movimento do porto da Horta, sobretudo através do abastecimento e reparação dos navios baleeiros americanos que aqui deixavam o óleo de baleia. Os Dabney exportavam-no para a Costa Leste dos Estados Unidos. Asseguravam ainda a ligação entre continente americano e os Açores e com o desenvolvimento da navegação a vapor passaram a ser os principais fornecedores de carvão dos navios que aportavam no porto da Horta.
Quando Samuel Dabney assumiu o cargo consular para dar continuidade aos interesses comerciais desenvolvidos pelo seu pai, o número de navios a ancorar no porto da Horta já tinha diminuído, pois a travessia do Atlântico era agora mais rápida em virtude da descoberta do petróleo. Por outro lado, a concorrência da casa comercial Bensaúde, a dinamização da doca de Ponta Delgada e a pressão do Governo americano, no sentido de impedir que os cônsules a tempo inteiro se dedicassem simultaneamente à actividade comercial, levaram Samuel Dabney a deixar definitivamente a ilha do Faial. Os últimos membros da família Dabney a residir na cidade da Horta partiram definitivamente para os Estados Unidos, em 1892.
Do património arquitectónico pertencente a esta família, destaca-se a Casa de Veraneio em Porto Pim, adquirida por Charles William Dabney, em 1854. Edificada na paisagem única do Monte da Guia e incluída num complexo residencial composto por uma casa com cisterna, cais e abrigo para dois botes, um miradouro e uma pequena área de vinhas que se estendia pela encosta em direção à baía de Porto Pim, possuía ainda uma adega, onde atualmente está patente uma exposição que retrata o percurso de uma família americana, originária de Boston.


domingo, 4 de janeiro de 2015

Pete Souza


Pete Souza nasceu no dia 31 de Dezembro de 1954, em New Bedford, Massachusetts - EUA. É de descendência açoriana. Os seus avós são oriundos da ilha de S. Miguel – Açores.
Tirou um bacharelato em Comunicação Pública, na Boston University, e um mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Kansas State University.
É professor assistente de foto jornalismo na Ohio University´s School of Communication Visual, encontrando-se de licença por tempo indeterminado.
Acumula uma experiência invejável a qualquer fotojornalista. Foi fotógrafo oficial do ex-presidente Ronald Reagan e, desde 2005, trabalha para Barack Obama, atual presidente dos Estados Unidos da América, na qualidade de fotógrafo oficial e diretor do Gabinete de Fotografia da Casa Branca.
Trabalhou ainda para as revistas "National Geographic" e "Life" e para o jornal "Chicago Tribune". Após os atentados de 11 de Setembro, foi um dos primeiros fotógrafos a chegar a Cabul para registar a guerra no Afeganistão.
Publicou vários livros, destacando-se o “The Rise Of Barack Obama”, que esteve na lista dos bestsellers do New York Times, e ganhou vários prémios de fotojornalismo, nomeadamente, “Pictures of the Year Annual Competition”, “The NPPA's Best of Photojournalism”, e “White House News Photographers Association's”.
Fez exposições individuais das suas fotografias, bem como coletivas no Arquivo Nacional, Museu Smithsonian de História Americana, Corcoran Gallery of Art, o Newseum, e a 92ª. Rua Y, na cidade de Nova Iorque.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Francisco Lourenço Valadão Júnior


Francisco Lourenço Valadão Júnior (Vila Nova, 3 de Outubro de 1889 — Angra do Heroísmo, 31 de Dezembro de 1969), mais conhecido por dr. Valadão Júnior, foi um advogado, político e intelectual açoriano, que entre outras funções foi secretário do governo civil e governador civil interino do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo. Foi pai de Ramiro Machado Valadão, umas das mais importantes figuras da propaganda do Estado Novo.

Depois de frequentar o Liceu Nacional de Angra do Heroísmo concluiu o ensino secundário no Liceu Nacional de Ponta Delgada e formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Terminado o curso fixou-se em Angra do Heroísmo, onde abriu banca de advogado, estando activo no meio forense a partir de 1914, ganhando progressivamente fama de advogado brilhante, com larga clientela nas comarcas de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória.
Entretanto, em 1913 fora nomeado ajudante de notário e iniciou uma carreira administrativa que o levaria a presidir à comissão executiva da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo (1915) e partir de Abril de 1919 às funções de secretário-geral do Governo Civil, cargo que exerceu até se aposentar. As funções de secretário-geral fizeram dele o elemento de continuidade no funcionamento da instituição, além do substituto legal dos governadores, pelo que em múltiplas ocasiões exerceu interinamente as funções de governador civil .
Envolveu-se na vida política local e em 1918 e 1919, com início no consulado de Sidónio Pais, foi presidente da comissão administrativa da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. Conservador, foi apoiante dos partidos de direita, aderindo a partir do golpe de 28 de Maio de 1926 às políticas da Revolução Nacional e depois do Estado Novo, sendo uma das figuras mais importantes do regime na ilha Terceira. As suas funções no Governo Civil deram-lhe grande influência nas nomeações políticas para cargos administrativos locais.



Apesar do seu posicionamento no campo conservador, apoiou a opinião popular a favor da independência secular das irmandades do Divino Espírito Santo contra a vontade da hierarquia da Igreja Católica, liderada pelo bispo D. Manuel Afonso de Carvalho, de assumir o seu controlo e de impor regras ao seu funcionamento.
Interessou-se pelas questões da cultura e foi professor do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, mantendo importante colaboração na imprensa local, publicando crónicas, muitas delas relacionadas com a sua infância no Ramo Grande. Contribuiu com alguns contos para a revista Os Açores, que se publicava em Ponta Delgada .
Foi sócio fundador do Instituto Histórico da Ilha Terceira, colaborando com com alguns artigos sobre o período das lutas liberais na ilha, realçando as atrocidades cometidas e combatendo a visão mítica e heróica da adesão do povo terceirense ao campo liberal . É também autor de alguns artigos sobre matéria forense.
Fe z parte dos órgãos sociais de diversas instituições, nomeadamente do Sport Clube Angrense, do Rádio Clube de Angra e da Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral.
Na fase final da sua vida foi objecto de múltiplas homenagens e foi agraciado com a comenda da Ordem de Cristo e outras condecorações estrangeiras. O seu nome foi incluído na toponímia da freguesia da Vila Nova (logo em 1929), junto à casa onde nasceu, e a Câmara Municipal da Praia da Vitória colocou o seu retrato no salão nobre.







sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Visconde José Coelho Pamplona

José Coelho Pamplona (Porto Martins, 24 de Abril de 1843 – São Paulo, 28 de Junho de 1906), primeiro e único visconde de Porto Martim, foi um industrial e financeiro de origem açoriana, radicado em São Paulo, Brasil, que exerceu uma importante influência na sua terra natal através de importantes investimentos em prol da comunidade. A sua actividade filantrópica estendeu-se ao Brasil, onde foi mecenas de diversos artistas. Está ligado à abertura da Avenida Paulista, em São Paulo, e a importantes investimentos imobiliários e industriais naquela cidade.
José Coelho Pamplona nasceu a 24 de Abril de 1843 no lugar de Porto Martim, então parte da freguesia do Cabo da Praia, hoje freguesia de Porto Martins, no sueste da ilha Terceira, Açores. Descendente de uma das mais antigas famílias da ilha, nasceu do segundo casamento de seu pai, quando este já tinha idade avançada. A família desde há muito que mantinha relacionamento estreito com o Brasil, pelo que José Coelho Pamplona tinha fixados no Rio de Janeiro dois meio-irmãos muito mais velhos, os quais tinham enriquecido pela exploração de uma pedreira. Assim, aos 13 anos parte para o Rio de Janeiro, juntando-se a seus irmãos.

Casou com Maria Vieira Paim. Em 1874, mudou-se para a cidade de São Paulo, tendo aí fundado uma fábrica de sabão, ceras e óleos vegetais, amealhando grande fortuna.
Existe um excelento retrato a óleo do visconde de Porto Martim, de autoria do pintor brasileiro Óscar Pereira da Silva, obra de grande valor artístico e perfeição técnica.
José Coelho Pamplona recebeu o título de Visconde de Porto Martim, criado pelo rei D. Carlos I de Portugal, por Decreto de 24 de Agosto de 1905.
José Coelho Pamplona é lembrado pelo topónimo Rua Pamplona no distrito Jardim Paulista da cidade de São Paulo. O nome daquela rua, que começa na Bela Vista e termina no Jardim Paulista, foi oficializado em 1916. A Rua Luís Coelho, situada nas imediações, é uma homenagem ao filho do visconde.