Páginas

domingo, 31 de dezembro de 2017

Memórias! Sismo 1 de Janeiro de 1980 ilha Terceira Açores


O sismo dos Açores de 1980, ou sismo d'oitenta, foi um sismo que ocorreu às 15h42 (hora local) do dia 1 de Janeiro de 1980, no qual entre seis a sete dezenas de pessoas faleceram e mais de 400 ficaram feridas, causando sérios danos na Ilha Terceira e afectando Graciosa e São Jorge. Com uma magnitude de 7.2 na escala de Richter, também se fez sentir nas ilhas Pico e Faial, resultando numa fractura de deslize, algo típico no historial de sismos do Arquipélago dos Açores.
Depois do sismo, o então Presidente da República Portuguesa António Ramalho Eanes anunciou três dias de luto nacional, enquanto os esforços de ajuda humanitária, iniciados pela Força Aérea Portuguesa, foram rapidamente enviados ao local por agências governamentais.
O sismo ocorreu às 15h42 (hora local) do dia 1 de Janeiro de 1980, foi de magnitude 7.2 na escala de Richter e deu-se a cerca de 35 quilómetros a su-sudoeste de Angra do Heroísmo.  Isso causou danos consideráveis em três ilhas: Terceira, São Jorge e Graciosa,  destruindo vários edifícios.

De acordo com os relatórios locais, cerca de 70% das casas da Ilha Terceira foram demolidas, incluindo o bairro histórico da capital da ilha, Angra do Heroísmo.  Em termos gerais, os edifícios públicos como as sedes governamentais e as igrejas permaneceram intactas, enquanto outros edifícios cederam.  Serviços essenciais, como a electricidade e a água, ficaram cortadas em várias áreas.
Inicialmente, o numero de mortes foi fixado em 52,  mas posteriormente contabilizou-se 61 e, mais tarde ainda, 73.  Além disso, foram contabilizadas cerca de 300 pessoas feridas, embora posteriormente o número tenha ultrapassado as 400. Pelo menos vinte mil pessoas ficaram desalojadas, e danos menores foram registados nas ilhas do Pico e do Faial. Na Base aérea das Lajes, onde se encontra colocada a Força Aérea Portuguesa, um destacamento da Força Aérea dos Estados Unidos e, na época, um destacamento da Marinha dos Estados Unidos, não houve nenhuma baixa e os danos foram mínimos.
A Força Aérea Portuguesa, a Marinha dos Estados Unidos e a Força Aérea dos Estados Unidos, estacionados na base das Lajes, trabalharam em ajuda às populações locais,  abrigando mais de 150 famílias;  a Força Aérea Portuguesa levaram mantimentos e bens essenciais às vítimas do sismo, enquanto a corveta João Coutinho da Marinha Portuguesa levou médicos para o local. O Presidente da República, Ramalho Eanes, voou num avião até ao local, acompanhado por pessoal médico e suprimentos.

Os funcionários locais, incluindo a PSP, GNR e os bombeiros, abriram caminhos e limparam vias de circulação para a passagem de meios de transporte com suprimentos e pessoal médico. Em resposta ao sismo, estes funcionários públicos também estiveram envolvidos na busca de sobreviventes nos escombros.  Imediatamente após o desastre, foram instaladas tendas para substituir temporariamente as casas destruídas para aproximadamente 200 famílias. Casas portáteis também foram construídas pelo projecto People and Prople International, o que resultou em mais 100 abrigos.

Três dias de luto nacional foram declarados por Ramalho Eanes.  Depois dos esforços de socorro às populações, dezanove estações sismográficas foram instaladas pela região para monitorizas as actividades sísmicas. Onze destas instalações foram usadas para monitorizar a actividade sísmica, enquanto as outras oito também serviam para a recolha de informações sobre as áreas geotérmicas.  O sismo ajudou a que centenas de pessoas das ilhas decidissem emigrar para os Estados Unidos.

Sem comentários:

Enviar um comentário