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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Escultor Ernesto do Canto Faria e Maia


Ernesto do Canto Faria e Maia nasceu em Ponta Delgada, a 15 de maio de 1890, filho de António Cardoso Machado de Faria e Maia e de Maria Ernestina Leite do Canto. A sua origem familiar permitiu-lhe o desafogo financeiro e o ambiente culto e estimulante que possibilitou, desde cedo, enveredar por uma carreira totalmente voltada para as artes, nomeadamente a escultura.
Canto da Maia termina os seus estudos liceais, em 1907, no Liceu de Ponta Delgada, matriculando-se, no ano imediato, na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde concluiu, em 1911, o Curso Geral de Desenho. Matriculou-se, seguidamente, no curso de Arquitectura da mesma escola, o qual abandona antes de terminar o primeiro ano.
Em 1912, expõe pela primeira vez em Lisboa e nesse mesmo ano, ruma a Paris, onde frequenta a Escola de Belas Artes e a “Académie de la Grande Chaumiére”.


Parte depois para Genebra, onde estuda na Escola de Belas Artes, sendo aluno de um escultor ligado ao simbolismo.
Em 1916, faz uma permanência em Madrid e no ano seguinte, regressa a Ponta Delgada.
A partir de meados da década de 1920, evidencia-se um crescente reconhecimento da sua obra no meu artístico francês e à sua participação em exposições oficiais, onde lhe são atribuídos vários prémios de escultura, de entre os quais destacam-se: Medalha de Ouro da “Exposição Internacional das Artes Decorativas, em Paris, Grand Prix /Sculpture, Exposição Internacional das Artes e Técnicas na Vida Moderna.

Em 1941, é-lhe atribuído o Grau de Oficial da “Ordem Militar de Santiago de Espada”.
Em 1953, regressa definitivamente aos Açores, fixando-se na sua cidade natal. Com esta decisão fechava-se o círculo da vida de um dos artistas açorianos de maior projecção e o mais internacional escultor português da primeira metade do século XX .

Canto da Maia está representado em diversas colecções públicas e particulares, destacando-se as seguintes: Museu Municipal de Boulogne-Billancourt, em Paris, Museu do Chiado, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa e no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, instituição que lhe reservou, a partir de 1979, uma sala de exposição permanente.
A cidade de Ponta Delgada dedicou o seu nome a uma das suas artérias, tal como Lisboa, na freguesia de Campolide.
Canto da Maia é também patrono de uma das principais escolas de Ponta Delgada, a Escola Básica e Integrada Canto da Maia.

Faleceu, em Ponta Delgada, a 5 de Abril de 1981.

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