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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Luiz António de Assis Brasil


Luiz António de Assis Brasil (Luis António de Assis Brasil e Silva) é descendente de açorianos, oriundos das ilhas Terceira, São Jorge, Pico e São Miguel, e nasceu em 1945, em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul – Brasil.
Parte da sua infância foi passada com a família no município de Estrela (RGS), na capital. Em 1962, começou a estudar violoncelo e no ano seguinte terminou o Curso Clássico no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, dos padres jesuítas. Em 1964, ano do golpe militar, ingressou no exército, para o cumprimento do serviço militar obrigatório.
Um ano mais tarde, ingressou no curso de Direito da PUCRS e passou a integrara a OSPA - Orquestra Sinfónica de Porto Alegre – como violoncelista, onde permaneceu por 15 anos. Em 1970, formou-se em Direito e exerceu esta profissão durante dois anos.
Em 1975, ingressa como Professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, função que mantém até hoje; no mesmo ano iniciou-se como colaborador na imprensa com artigos históricos e literários.
Em 1976, estreou o romance “Um quarto de légua em quadro”, que foi apresentado na 32ª Feira do Livro de Porto Alegre, tendo-lhe granjeado o Prémio “Ilha de Laytano”. Em 1976, iniciou a sua trajectória de administrador cultural, primeiramente na Prefeitura de Porto Alegre (Chefe da Secção de Actividades Artísticas) e depois no Estado do Rio Grande do Sul (Diretor do Instituto Estadual do Livro – 1983); 1978, foi também o ano do lançamento de “A prole do corvo”. Em 1981, publicou “Bacia das almas”. No ano seguinte, “Manhã transfigurada”. Nesse mesmo ano (1981), assumiu a direcção do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre.
No inverno 1984/1985, foi à Alemanha, como bolsista do Goethe-Institute (Rothenburg-ob-der-Tauber, na Francônia). Em 1985, lançou aquele que, segundo o autor, é o seu livro com maior carga emocional, “As virtudes da casa” e começou a ministrar a Oficina de Criação Literária do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, em actividade, até hoje. Em 2005, recebeu o Prémio “Fato Literário”, da RBS/Banrisul, ao completar 20 anos de actividades ininterruptas.
Em 1986, lançou mais uma obra, “O homem amoroso”, uma novela com forte acento autobiográfico. Em 1987, “Cães da província”, retoma o ciclo histórico. O romance dá o título de Doutor em Letras ao autor e faz jus ao Prémio Literário Nacional, do Instituto Nacional do Livro.
Em 1988, recebeu da Câmara Municipal de Porto Alegre o Prémio “Érico Veríssimo”, pelo conjunto de sua obra. “Videiras de cristal”, que recriou a saga dos Muckers, foi lançado em 1990. “Nova experiência” é um romance em três volumes. “Um castelo no pampa”, que se divide em “Perversas famílias” (1992 -vencedor do Prémio Pégaso de Literatura, da Colômbia), “Pedra da memória” (1993) e “Os senhores do século” (1994). “Concerto campestre”, “Breviário das terras do Brasil” e “Anais da Província-boi” saíram em 1997, ano em que o romancista foi eleito Patrono da 43ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Em 1998, foi palestrante convidado na Brown University, em Providence, USA e em 2000 participou o programa Distinguished Brazilian Writer in Residence, na Berkeley University, Califórnia.
Em 2001, publicou “O pintor de retratos”, que recebeu o Prémio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.
Em 2003, lançou o livro “A margem imóvel do rio”, o qual foi contemplado com três prémios: Prémio Portugal Telecom de Literatura Brasileira (o único romance de entre os três primeiros classificados), Prémio Jabuti (finalista menção honrosa) e Prémio Açorianos de Literatura.
Ainda em 2003, apresentou três publicações fora do Brasil: “O pintor de retratos” em Portugal pela editora Ambar, do Porto; “O homem amoroso” publicado pela editora l´Harmattan, de Paris (l´Homme Amoureux), e em Espanha, pela editora Akal, de Madrid, lançou a tradução de “Concerto Campestre” (Concierto Campestre). No mesmo ano, publicou um livro de ensaios literários pela editora Salamandra, de Lisboa: “Escritos açorianos: tópicos acerca da narrativa açoriana pós-25 de Abril”. Em 2005, foi publica em França, pela editora Les temps des Cérises, o “Breviário das terras do Brasil” (Bréviaire des Terres du Brésil).
Em 2006, participou, com conferências na Alemanha (Tübingen, Leipzig, Berlim), do programa oficial do Ministério da Cultura do Brasil.
“Música Perdida” foi lançado em 2006, o qual venceu, em 2007, a Copa de Literatura Brasileira e recebeu indicação ao Jabuti. Em 2008, publicou “Ensaios Íntimos e Imperfeitos”, uma coleção de pequenos textos de carácter poético e ensaístico.
Em 2010, continuou com a sua coluna quinzenal no jornal “Zero Hora”, de Porto Alegre, e proferiu conferências nas Universidades de Paris-Sorbonne e na Universidade de Toronto.
No dia 3 de Janeiro de 2011, Assis Brasil assumiu a chefia da Secretaria de Estado da Cultura (SEDAC) do Rio Grande do Sul, após ter sido convidado pelo governador Tarso Genro. De acordo com seu discurso de posse, pretende realizar para retomar o diálogo com a comunidade de artistas e gestores, bem como fortalecer os laços da Secretaria com o Conselho Estadual de Cultura, órgão responsável pela aprovação de projectos beneficiados pela Lei de Incentivo à Cultura.

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