sexta-feira, 22 de agosto de 2025
José Rodrigo da Câmara que casou com uma Princesa
D. José Rodrigo da Câmara nasceu em São Miguel Açores em 1665 . Membro da família Gonçalves da Câmara, era filho de Manuel Luís Baltazar da Câmara, primeiro conde da Ribeira Grande, vindo a exercer o cargo de 11.º capitão do donatário da ilha de São Miguel . Foi também segundo conde da Ribeira Grande.
Foi educado em Lisboa. Tendo-lhe falecido o pai aos 8 anos de idade, ficou o governo da capitania entregue a ouvidores que respondiam perante sua mãe e tutora. Aos 19 anos casou em Paris, por procuração, com a princesa Constância Emília de Rohan, filha dos príncipes de Soubisse, tendo como padrinhos os reis de França.
Este capitão pouco tempo passou na sua capitania. Terá estado em São Miguel de 1691 a 1693 e depois por volta de 1701. A única iniciativa conhecida foi a montagem de uma fábrica têxtil na Ribeira Grande de lanifícios, que terá fundado em conjunto com o seu filho primogénito Luís Manuel da Câmara, que então residia em Paris, onde contratou pessoal especializado (um contramestre e 52 operários franceses) para ali trabalharem. Faleceu em Lisboa no ano de 1724, um ano depois da morte do seu filho primogénito.
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
João Dias Homem foi um dos primeiros povoadores da ilha de São Jorge, Açores
João Dias Homem, foi um dos primeiros povoadores da ilha de São Jorge, Açores.
Foi o primeiro provedor da Misericórdia das Velas, que ajudou a fundar em 15 de Abril de 1543. Tendo exercido o cargo de Provedor entre 1543 e 1547. Foi Ouvidor Geral da ilha de São Jorge em 1543 e Vereador da Câmara Municipal de Velas em 1571.
Era filho de Sebastião Dias e Salazar e Senhorinha Gonçalves, senhora nobre com origem no paço real.
Casou nas Velas com Susana Gonçalves Teixeira em 1540 casamento realizado na referida Vila das Velas, São Jorge.
O Pirata Almeidinha dos Açores
José Joaquim Almeida, nasce na ilha de São Miguel Açores em 1777 e faleceu a 14 de Fevereiro de 1832. Foi um pirata da Barbária e corsário português que combateu na Guerra anglo-americana de 1812 e na Guerra da Independência da Argentina. Na historiografia açoriana é referido como o "pirata Almeidinha", ligado à ilha do Corvo.
Filho de José de Almeida e de sua esposa Ana, desde muito jovem dedicou-se a atividades ligadas ao mar. Emigrou para os Estados Unidos em 1796, aos 19 anos de idade, estabelecendo-se em Baltimore, no estado de Maryland, onde obteve a cidadania, dedicou-se ao tráfico mercantil e, alguns anos depois, desposou a jovem imigrante Teresa Ana. Em alguns anos tornou-se reputado em Baltimore como "Joseph", pai de dez filhos, proprietário de uma casa na Duke Street e herói de guerra.
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Parabéns Angra do Heroísmo - 491 anos
A Capitania-Geral dos Açores foi uma estrutura de governo político, civil e militar criada pelos diplomas de 2 de Agosto de 1766, assinados pelo rei D. José I de Portugal, por proposta de Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, que os concebeu. Instituída numa conjuntura de crise fiscal, a instituição da capitania geral marcou uma profunda ruptura na história política e institucional dos Açores, ainda presente na auto-consciência açoriana. Com a chegada do primeiro capitão general, D. Antão de Almada, foram introduzidas profundas alterações na estrutura do governo político e jurídico e, consequentemente, na rede de poderes restabelecida após o termo, em 1643, do domínio espanhol nos Açores.
Situada no centro do arquipélago, cidade e sede da Diocese de Angra desde 1534, Angra foi erguida à condição de capital dos Açores, ficando nela estabelecida a residência do capitão-general, nela se concentrando as principais instituições do governo, nomeadamente a Junta Criminal, a Junta da Fazenda e o comando militar, todas presididas pelo capitão-general.
Angra do Heroísmo foi capital do reino de Portugal em circunstâncias críticas, por duas vezes. A primeira, entre 5 de Agosto de 1580 e 5 de Agosto de 1582, quando D. António, Prior do Crato, ali estabeleceu o seu governo. Após a instalação da Junta Provisória, em nome de D. Maria II de Portugal, em 1828, a cidade foi uma vez mais nomeada capital do reino, por Decreto de 15 de Março de 1830. As honras e os títulos que lhe foram outorgados, “Sempre leal cidade”, em 1641, e “mui nobre, leal e sempre constante cidade de Angra do Heroísmo”, em 1837, atestam a nobreza de carácter e o sentido de lealdade das suas gentes. Angra do Heroísmo foi pioneira em muitos domínios: primeira povoação do arquipélago a ser elevada à condição de cidade, em 1534, primeira cidade europeia do Atlântico, em 1831, a sua Câmara Municipal foi a primeira do país a ser eleita e, finalmente, em 1983, a primeira cidade portuguesa a ser inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO. Angra do Heroísmo tem acordos de geminação com a cidade de Salvador da Bahia, Brasil, e com a cidade de Porto Novo, na Ilha de Santo Antão, Cabo Verde.
1643 - Por Alvará de 2 de Abril, D. João IV de Portugal concede à cidade de Angra o título de "Mui nobre e leal", pela sua bravura durante a Guerra da Restauração;
1828 - Decreto (não revogado) de 28 de Outubro que declara Angra a Capital da Província dos Açores, com o seguinte preâmbulo: “Tendo sido esta cidade condecorada com o título de: Muito nobre e sempre leal cidade de Angra, pelos feitos heróicos praticados por seus fiéis habitantes na restauração de Portugal em 1641, e tendo outrossim estas ilhas sido declaradas adjacentes ao reino de Portugal por alvará de 26 de Fevereiro de 1771, e ultimamente (1828) contempladas como província do reino, §. 1.º, artigo 2.º, título 1.º da Carta Constitucional: há por bem esta Junta Provisória, encarregada de manter a legítima autoridade d'el-rei o Sr. D. Pedro IV, declarar em nome do mesmo Augusto Senhor, que todas as nove ilhas dos Açores são uma só e única província do reino, e que esta cidade de Angra é a capital da província dos Açores. As autoridades a quem competir assim o tenham entendido, cumpram e façam executar: e o Secretário dos Negócios Interinos faça dirigir cópia deste decreto às estações competentes e autoridades na forma do estilo. - Angra, 28 de Outubro de 1828. - Deocleciano Leão Cabreira. - João José da Cunha Ferraz. - José António da Silva Torres. - Referendado; Alexandre Martins Pamplona Corte Real.”
1830 - Por força do Decreto de 15 de Março - Angra é nomeada capital do Reino de Portugal.
1837 - Por Carta Régia, pelos serviços prestados durante a Guerra Civil, a cidade de Angra acrescenta aos seus títulos o de "Heroísmo" e de "Sempre Constante", tornando-se a "Mui Nobre, Leal e Sempre Constante Cidade de Angra do Heroísmo"; a sua Câmara Municipal é condecorada com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito, recebendo um novo brasão de armas;
O Centro Histórico de Angra do Heroísmo encontra-se, desde 1983, classificado como Património Mundial pela UNESCO.
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
D. Frei Bartolomeu do Pilar
Nasceu na vila de Velas, na Ilha de São Jorge, Açores, onde foi batizado na respectiva Matriz a 21 de Setembro de 1667, filho de João de Ávila Bettencourt e de Maria da Silveira.
Vestiu o hábito dos Carmelitas da Antiga Observância no Convento do Carmo, dos carmelitas calçados, da então vila da Horta, em 31 de outubro de 1686, com 19 anos de idade, e professou naquele instituto em 1 de Novembro do ano seguinte. Tomou como apelido Pilar, o orago da Ermida de Nossa Senhora do Pilar que existe no Morro das Velas, próximo da casa onde nasceu.
Ainda no Convento do Carmo da Horta, demonstrou grande interesse pelas questões da ciência e dedicou-se aos estudos teológicos. Foi aí escolhido para lente de Teologia da escola que funcionava anexa àquele convento. Visando aperfeiçoar os seus conhecimentos teológicos, foi transferido para o Colégio do Carmo de Coimbra para frequentar o curso de Teologia na Universidade de Coimbra, onde foi admitido em 21 de Outubro de 1691. Terminada a formatura, defendeu conclusões públicas na presença do geral da Ordem do Carmo.
Por escolha do padre Bartolomeu de Quental, fundador da Congregação do Oratório, foi mandado para Pernambuco. Foi ali professor de Teologia e Filosofia, durante 12 anos, e viria a ocupar o lugar de prefeito dos Congregados do Oratório no Brasil. Nestas funções distinguiu-se pela qualidade dos discípulos que formou na casa da Congregação do Oratório, no Recife, onde chegou no princípio do ano de 1696.
Frei Bartolomeu do Pilar foi eleito bispo de Grão-Pará, por D. João V, em 9 de Novembro de 1717, e apresentado à Santa Sé para ser o primeiro bispo do Gran Pará. Foi confirmado pelo papa Clemente XI, no dia 4 de Março de 1720, aos 52 anos de idade.
terça-feira, 12 de agosto de 2025
Silvina Furtado de Sousa
Silvina Carmen Furtado de Sousa nasceu na Horta a 19 de Janeiro de 1877 e faleceu na Horta a 6 de Setembro de 1973. Conhecida nos meios literários pelo pseudónimo de Iracema, foi uma professora de música e activista cultural que se distinguiu como poetisa.
Nasceu no seio de uma família urbana com importante participação na vida social e cultural local, filha de Virgínia Adelaide Furtado de Sousa e de Cândido Maria de Sousa, funcionário da Alfândega e talentoso amador teatral. O seu tio-avô era José Leal Furtado, consagrado organista e mestre da capela da Matriz da Matriz.
Os pais separaram-se em 1882, quando Silvina tinha 5 anos de idade. Os seus dois irmãos mais novos ficaram a viver com a mãe, mas Silvina acompanhou o pai, que se transferiu para Lisboa para ocupar um lugar de escrivão judicial naquela cidade. A mãe emigraria para o Brasil em 1883, numa separação definitiva, pois jamais retomou o contacto com a filha. Silvina cresceu em Lisboa, onde além de uma sólida cultura literária, estudou piano, pintura e dactilografia. O pai faleceu repentinamente, vítima de tísica pulmonar, no dia em que Silvina fazia 16 anos de idade .
O falecimento do pai forçou o seu regresso à Horta, onde ficou a viver com a família do seu tio José Cândido Bettencourt Furtado. Nunca casaria, mantendo-se sempre na esfera da família Furtado, desenvolvendo uma sentimentalidade que transparece na vasta obra poética que assinaria sob o pseudónimo de Iracema. A partir de 1926 foi funcionária do Banco Fayal, o que fez dela a primeira mulher a trabalhar numa instituição bancária açoriana.
A vasta obra literária de Iracema foi publicando em múltiplos órgãos da imprensa açoriana da época, com destaque para O Telégrafo, A Ordem, Sinos da Aldeia, Correio da Horta, Horta Desportiva, Diário dos Açores, Correio dos Açores, O Dever, Bom Combate e Vigília. Para além da poesia, género em que se destacou, escreveu contos. Também foi autora de muitos artigos em prosa que publicou ao longo da sua longa vida, quase sempre sob o título genérico de Aguarelas.
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Adam Lindsay Gordon nasceu na ilha do Faial Açores
Adam Lindsay Gordon nasceu na cidade da Horta, Faial, Açores a 19 de Outubro de 1833 e faleceu em Brighton, Austrália a 24 de Junho de 1870. Poeta, praticante de desportos equestres e político australiano. Célebre em finais do século XIX e considerado o poeta nacional da Austrália, é autor de baladas cheias de vitalidade e de poemas onde perpassa o romantismo victoriano. É o único poeta australiano com um busto no Poet´s Corner da Abadia de Westminster, em Londres.
Nasceu nos arredores da cidade da Horta, Faial, único rapaz dos cinco filhos do capitão escocês Adam Durnford Gordon, reformado do regimento britânico de cavalaria de Bengala e professor de língua hindustânica, e de sua esposa Harriet Elizabeth Gordon. Os pais eram primos direitos e descendentes de Adam o'Gordon, um aristocrata e militar lembrado numa balada escocesa pelas suas proezas guerreiras. A família vivia numa situação financeira confortável, já que Harriet herdara £20,000, o que lhes permitia viajar. À data do nascimento, o casal encontrava-se nos Açores procurando as vantagens do clima das ilhas na cura de uma afecção pulmonar que afligia a esposa.
Destinado a seguir a carreira militar, em 1848 matriculou-se na Royal Military Academy de Woolwich, que frequentaria de 1848 a 1851. Na academia foi contemporâneo e amigo de Charles George Gordon (com o qual não tinha parentesco, mais tarde conhecido por Gordon de Khartoum) e de Thomas Bland Strange (mais tarde conhecido por Gunner Jingo).
Tendo falhado a tentativa de obter formação militar, regressou a Cheltenham, matriculando-se novamente no Cheltenham College em 1851. Contudo, não permaneceu durante muito tempo na instituição, já que deixou de a frequentar em meados de 1852, embora não se conheça documentação que comprove que foi expulso. Nesse mesmo ano regressou à Royal Worcester Grammar School, mas começava a apresentar sérios problemas de comportamento, contraindo dívidas e levando uma vida que causava grande ansiedade a seus pais.
Esses problemas, e a impossibilidade de obter admissão na carreira militar, levaram o seu pai a forçar a sua ida para a Austrália, ao tempo vista como uma terra de grandes oportunidades. Com o objectivo de procurar um novo princípio para a sua vida, em 1853, com 19 anos de idade, recebeu do pai uma passagem para a Austrália e uma carta de recomendação dirigida a Sir Henry Young, o governador da Austrália do Sul, solicitando a sua admissão na polícia montada daquela colónia.
terça-feira, 5 de agosto de 2025
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Cantora Marisa Monte descendente de José de Castro e Silva da ilha de São Miguel Açores
José de Castro e Silva é o ancestral de todos os Castro e Silva Brasileiros
Joseph de Castro e Silva nasceu na Ilha de São Miguel Açores a 20 de Setembro de 1709 e faleceu em Aracati, Ceará em 1780. Foi um mercador açoriano que migrou e se estabeleceu no Ceará na segunda década do Século XVIII.
Filho dos também açorianos Manoel Dias da Ponte e Maria Lopes, casou-se com a brasileira Anna Clara da Silva. É o ancestral de todos os Castro e Silva brasileiros. Também conhecido como José de Castro e Silva, não deve ser confundido com o filho ou o neto, ambos políticos e que lhe são homônimos.
Os descendentes do primeiro José de Castro e Silva, destacam-se seu neto, José de Castro e Silva. O nome exatamente igual dado ao filho e ao neto, sem acompanhamentos do tipo "júnior" ou "neto" era procedimento comum na época. Também descendem do açoriano a cantora de música popular brasileira Marisa Monte e o escritor e filósofo italobrasileiro Alexey Dodsworth Magnavita de Carvalho.
Maria Guilhermina Pimentel foi a fundadora da Cozinha Económica Angrense
Maria Guilhermina Bettencourt de Sousa Rocha de Mesquita Pimentel nasceu em Angra do Heroísmo, ilha Terceira Açores a 12 de Dezembro de 1839 e faleceu em Angra do Heroísmo a 7 de Julho de 1907. Mais conhecida por Maria Guilhermina de Bettencourt Mesquita, foi uma poetisa e benemérita, fundadora da Cozinha Económica Angrense.
É elevado o número das suas produções em prosa e verso, que foram publicadas em vários jornais dos Açores.
Aos elevados sentimentos liberais, alia-se uma alma bem formada. Foi incontestavelmente digna, pelos serviços beneméritos a favor da sua terra. À sua vontade, e assíduos esforços se deve a criação da Cozinha Económica Angrense, que foi inaugurada a 17 de Abril de 1897.
A Cozinha Económica Angrense é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, fundada a 17 de Abril de 1897, por iniciativa da terceirense Maria Guilhermina de Bettencourt Mesquita. Os primeiros Estatutos datam de 5 de Agosto daquele ano e foram aprovados pelo Governo Civil de Angra a 9 de Novembro do mesmo ano.























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