Páginas

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Antepassados da ilha de São Miguel Açores




Dom Paulo José Tavares

Filho do camponês José Evaristo Tavares e de Maria Luísa de Amaral Tavares, nasceu no dia 25 de Janeiro de 1920 em Rabo de Peixe, na Ilha de São Miguel, nos Açores.

Estudou no Seminário Episcopal de Angra de 1931 a 1941. Na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, de 1941 a 1945, onde obteve a láurea em Direito Canónico com a tese «A Concordata entre a Santa Sé , Portugal e a Situação Jurídica da Igreja Católica em Portugal e alguns dos seus principais aspectos» de 1940; e na Pontifícia Academia Eclesiástica de 1945 a 1947. Entretanto, durante os seus estudos em Roma, no dia 24 de Abril de 1943, foi ordenado sacerdote católico na Basílica de São João de Latrão.

Considerado muito próximo do futuro Papa Paulo VI, Paulo José Tavares foi nomeado Bispo de Macau no dia 24 de Agosto de 1961 pelo Papa João XXIII. Foi sagrado bispo na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, no dia 21 de Setembro de 1961, sendo o seu sagrante o Cardeal Secretário de Estado Amleto Giovanni Cicognani e os seus consagrantes o monsenhor Angelo Dell'Acqua e o Bispo de Leiria, D. João Pereira Venâncio.



Antepassados da ilha de Santa Maria Açores




segunda-feira, 21 de julho de 2025

Amaro de Azevedo Gomes

 


Amaro Justiniano de Azevedo Gomes  nasceu na Piedade (Lajes do Pico) a 19 de Janeiro de 1852 e faleceu em  Lisboa a 3 de Dezembro de 1928. Foi um militar da Armada Portuguesa.


Filho de António de Ávila Gomes e de sua esposa, Maria José de Azevedo e Castro, foi irmão de Manuel de Azevedo Gomes (1847-1907), também oficial da Armada Portuguesa.


Assentou praça na Armada em 1873 e, depois de frequentar o curso da Escola Naval, foi promovido a guarda-marinha (1875). Iniciou então uma carreira naval que o levou a segundo-tenente em 1879, a primeiro-tenente em 1885, a capitão-tenente em 1891, a capitão-de-fragata em 1901 e a capitão-de-mar-e-guerra em 1908.

Nas suas funções navais, prestou serviço em múltiplas unidades militares, incluindo nas colónias ultramarinas em África. Entre outros cargos regeu a Escola de Pilotagem em Macau, foi instrutor na Escola Prática de Artilharia, comandou várias canhoneiras, foi subdirector da Cordoaria Nacional (1908-1910), chefiou o Departamento Marítimo do Centro, capitaneou por várias vezes o porto de Angra do Heroísmo e foi presidente do Conselho de Guerra da Marinha.

Quando prestava serviço em Macau, desposou, a 9 de Agosto de 1882, Lília Carlota Gonzaga de Melo, filha de António Alexandrino de Melo, segundo barão do Cercal.


Integrou o Governo Provisório da República Portuguesa formado imediatamente após a implantação da República Portuguesa (Outubro de 1910), exercendo o cargo de Ministro da Marinha e do Ultramar no período de 7 de Outubro de 1910 a 3 de Setembro de 1911.



Açores 9 ilhas




sexta-feira, 18 de julho de 2025

Fernando Pessoa descendente de açorianos pelo lado materno oriundos da ilha Terceira Açores

 

Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal, Fernando António Nogueira Pessoa, nascido em Lisboa no dia 13 de Junho de 1888, é descendente de açorianos, pelo lado materno, oriundos da ilha TerceiraAçores.

Os seus primeiros anos de vida foram passados em Lisboa. Em 1893, faleceram o pai e o irmão Jorge.

Terá sido neste período que surgiu o primeiro heterónimo do poeta: Chevalier de Pás.

Em 1895, a mãe casou-se com João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban, África do Sul. No ano seguinte, Fernando Pessoa mudou-se para este país do continente africano.


Em 1899, ingressou no Liceu de Durban, onde permaneceu três anos. No mesmo ano, criou o pseudónimo Alexander Search. Em 1901, foi aprovado com distinção no primeiro exame, o Cape School High Examination. Nesse mesmo ano, escreveu os primeiros poemas em inglês. Ainda em 1901, regressou a Portugal, tendo visitado a ilha Terceira.

De regresso à África do Sul, matriculou-se na Durban Commercial School, no ensino nocturno, enquanto de dia estudava disciplinas humanísticas para entrar na universidade.

Em 1903, candidatou-se à Universidade do Cabo da Boa Esperança, tendo obtido a melhor nota no ensaio de estilo inglês da prova de admissão, no qual participaram 899 indivíduos. Tal feito valeu-lhe o Queen Victoria Memorial Prize.


Um ano depois, ingressou novamente na Durban High School. Os seus estudos na África do Sul terminaram com o Intermediate Examination in Arts, na Universidade, prova na qual obteve uma boa classificação.

Em 1905, regressou a Lisboa e, no ano seguinte, ingressou no Curso Superior de Letras. A partir de 1908, dedicou-se à tradução de correspondência comercial.

Em 1912, iniciou a sua actividade de ensaísta e critico literário ao publicar os artigos “A Nova Poesia Portuguesa Sociologicamente Considerada”, “Reincidindo…” e “A Nova Poesia Portuguesa no seu aspecto Psicológico”.

 Paralelamente, começou a frequentar a tertúlia literária que se formou em torno de Henrique Rosa, no café “A Brasileira”, em Lisboa.

Em 1915, participou na revista literária “Orpheu”, a qual lançou um movimento modernista em Portugal. Em 1924, juntamente com o artista plástico Ruy Vaz, lançou a revista “Athena”, na qual publicou poesias dos heterónimos Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.

Em 1934, publicou o livro “Mensagem”, composto por 44 poemas e vencedor, nesse mesmo ano, do Prémio Antero de Quental, na categoria “poema ou poesia solta”.

Toda a obra do poeta está marcada pela invenção heteronímica, sendo esta considerada como a grande criação estética de Fernando Pessoa.


Faleceu com 47 anos, no dia 30 de Novembro de 1935, em Lisboa.



Encontre os seus anteopassados

 


*** RAIZES ***

Para nascer precisamos de:

2 Pais

4 Avós

8 Bisavós

16 Trisavós

32 Tetravós

64 Pentavós

128 Hexavós

256 Heptavós

512 Oitavós

1024 Eneavós

2048 Decavós

Apenas o total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTROS, tudo isso em aproximadamente 300 anos antes de eu ou você nascer!

Pare um momento e pense...

- De onde eles vieram?

- Quantas lutas já lutaram?

- Por quanta fome já passaram?

- Quantas guerras já viveram?

- Quantas vicissitudes sobreviveram os nossos antepassados?

Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos, nos legaram? 

Quanto da sua força para sobreviver, cada um deles tiveram e deixaram dentro de nós para que hoje estejamos vivos. 

Só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.

Então, é nosso dever honrar nossos antepassados!

É preciso ter GRATIDÃO E AMOR a todos os nossos ANTEPASSADOS, porque sem eles cada um de nós não teria a felicidade de conhecer este plano terrestre e desfrutar da vida!!! 

(Fernanda Strobino)





terça-feira, 15 de julho de 2025

Ambrósio Francisco Ferro

 

Ambrósio Francisco Ferro, natural dos Açores.  Ordenado sacerdote, chegou ao Brasil onde, a partir de 1636, atuou como pároco na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação em Natal, Capitania do Rio Grande.

No dia 3 de Outubro de 1645, após sofrer diversas torturas, Ambrósio foi martirizado ao lado de outros fiéis pela unidade militar holandesa liderada por Jacob Rabbi.

Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 5 de Março de 2000, ao lado de André de Soveral, Mateus Moreira e demais companheiros.

Ambrósio, de igual modo os demais Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, é considerado Protomártir do Brasil e patrono do estado do Rio Grande do Norte.



Raízes familiares


 

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Inácio Correia Pamplona no Brasil

 

Inácio Correia Pamplona  nasceu na Sé, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira em 1731  e faleceu  em  São José del-Rei, freguesia de Prados em  1810. Foi um comerciante, mestre de campo e político português. Ele é mais conhecido por ser um dos delatores da conspiração com pretensões de independência de Portugal, denominada Inconfidência Mineira, onde foram delatados Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e outros participantes do movimento.

Em seu Processo de Justificação, impetrado em 1804, onde relata supostos fatos dos 40 anos de sua vida a serviço do Rei na Capitania Mineira para, ao final, pedir prêmios e honrarias, ele nega ter sido um traidor, mas, sim, uma espécie de espião do governador Barbacena, infiltrado para combatê-la, juntando documentos para provar que esse Governador o encarregara das prisões do Padre Rolim e de Luís Vaz de Toledo Piza, irmão do Padre Carlos Correia de Toledo, bem como do Padre José Lopes de Oliveira, irmão do Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes, ambos também inconfidentes, entre outros. O que foi desmentido claramente pelos julgadores de sua Justificação.

O processo de 1789 contra os inconfidentes, então chamado de Devassa, foi baseado nas denúncias de Joaquim Silvério dos Reis. As denúncias dos demais denunciantes, Basílio de Brito Malheiro do Lago, Francisco de Paula Freire de Andrade, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Domingos de Abreu Vieira e Domingos Vidal Barbosa Lage e inclusive de Pamplona, chegaram tarde e, por isso, não foram consideradas e nem premiadas.



Gerações


 

sábado, 5 de julho de 2025

Fernão Dulmo

 


Ferdinand van Olmen . Foi um flamengo que foi um dos primeiros povoadores da ilha Terceira, Açores, a quem o rei D. João II, por carta de doação de 1486, concedeu a capitania da ilha das Sete Cidades e de quaisquer terras que descobrisse a oeste dos Açores.


E por já ter deixado a ilha Terceira, associou-se às iniciativas de exploração do Atlântico Ocidental levadas a cabo durante o reinado de D. João II. A 3 de Março de 1486, D. João II emitiu as respectivas cartas de privilégio, outorgando-lhe quaisquer ilhas ou continentes que por si ou por qualquer outro sob as suas ordens «as ter descoberto ou achado» – a oeste dos Açores.



Para que nunca se apague os nomes dos nossos antepassados!

 


Tomás José da Silva comerciante no Brasil

 

Tomás José da Silva  nasceu em Angra  do Heroísmo a  7 de Dezembro de 1779  e faleceu em Pernambuco, Brasil a 1839.  Foi um grande negociante, exportador de laranja, e político, membro da vereação da cidade de Angra, nomeado em 1819 para o cargo de Inspector da Agricultura nos Açores.


Nasceu na freguesia da Sé  em Angra do Heroísmo,  filho do comerciante João Correia da Silva, originário de São Miguel de Rebordosa, e de sua esposa Ana Inácia Vitorina. Era tio paterno de João Illion e Silva, comerciante no Rio de Janeiro e ofertante do busto de D. Pedro IV existente no salão nobre dos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo.


Inicialmente destinado à vida eclesiástica, depois de ter tomado ordens menores decidiu dedicar-se ao comércio, obtendo carta de matrícula como negociante na praça de Angra a 9 de Março de 1809. Nesse mesmo ano ingressa na política autárquica, sendo eleito pela vereação como «depositário público» e depois exercendo por dois mandatos as funções de «procurador do concelho» e de «almotacé». Por sua iniciativa e sob a sua direcção foram ladrilhadas algumas ruas, desviada uma grota que corria ao longo da estrada de São Pedro e construído um edifício para o mercado do peixe.

Por Decreto de 12 de Julho de 1819, emitido pelo rei D. João VI no Rio de Janeiro, foi nomeado Inspector da Agricultura dos Açores, adido à Junta do Melhoramento da Agricultura então criada junto do Capitão General dos Açores. Para essa Junta desenvolveu alguns estudos sobre a agricultura açoriana, os quais foram depois publicados em Lisboa.


Como comerciante dedicava-se principalmente à exportação de laranja para Inglaterra, sendo na década de 1810 um dos principais exportadores daquele género a partir da ilha Terceira.

Cedo aderiu aos ideais liberais, tendo sido em 1821 um dos fundadores da Sociedade Patriótica Filantropia, um agrupamento de carácter maçónico fundado em Angra.  A sua proximidade ao capitão-general Francisco António de Araújo, o grande mentor da Junta do Melhoramento da Agricultura e o aforador dos terrenos do Escampadouro (antigos baldios concelhios localizados na freguesia de São Bartolomeu), seguramente influíram no seu percurso, já que foi um dos principais mentores da tentativa de revolta liberal ocorrida em Angra a 2 de Abril de 1821, durante a qual o próprio Francisco António de Araújo seria morto a tiro pelos soldados amotinados. Num atestado justificativo apresentado no Desembargo do Paço, afirma que na ocasião da morte de Araújo se encontrava «junto dele, e na casa da sessão do Governo Constitucional na ocasião em que se rebelou a tropa que ensanguentou a Constituição».

Em consequência daquela revolta liberal fracassada, o capitão-general Francisco de Borja Garção Stockler ordenou a prisão de Tomás José da Silva, que entrou na cadeia de Angra a 10 de Abril de 1821 aí permanecendo em rigorosa prisão, como «contemplando-o preso de Estado» até 17 de Maio daquele ano.


Após a revolução de 1823 e o restabelecimento do absolutismo, em consequência das lutas civis e da perseguição aos liberais que se segui foi obrigado a emigrar para o Brasil, estabelecendo-se como comerciante por grosso e industrial em Pernambuco, onde faleceu. A sua filha foi educada no Rio de Janeiro, sendo aluna de outro dos exilados liberais terceirenses daquele período, Tibúrcio António Craveiro.



quarta-feira, 2 de julho de 2025

Arquipélago dos Açores


 

Vicente José Ferreira Cardoso da Costa

 

Vicente José Ferreira Cardoso da Costa  nasceu na Bahia a 5 de Abril de 1765  e faleceu em  Ponta Delgada a  14 de Agosto de 1834. Foi um jurista, magistrado, político e intelectual, poeta e autor de numerosas obras sobre temas de Direito e de política.


Filho do desembargador José Ferreira Cardoso da Costa, natural a cidade do Porto, e de sua mulher Clara Joana Teixeira Coelho. Terminados os estudos primários, mas ainda muito jovem, transferiu-se para Lisboa, onde estudou no colégio da Congregação do Oratório. Terminados os estudos preparatórios, matriculou-se em 1779 no curso de Leis da Universidade de Coimbra, onde obteve o doutoramento em 22 de Julho de 1785.  Em Coimbra revelou-se poeta e foi amigo de Manuel Maria Barbosa du Bocage.


Terminados os estudos, e propondo-se ingressar na docência universitária, foi nomeado opositor e regeu extraordinariamente uma cadeira na Universidade, ali lecionando até 1789. Nas suas aulas ficou conhecido pelas suas lições sobre a jurisprudência de prazos dos morgados, a sucessão de bens da coroa e a enfiteuse, publicando um compêndio de referência intitulado Elementa juris emphyteutici commoda methodo juventuti academicæ adornata, saído a público 1789.  Também preparou projetos de lei sobre arrendamentos de longo prazo e sobre a remissão de encargos enfitêuticos. Em 1789 optou pela magistratura, iniciando uma carreira que o levaria a juiz desembargador do Tribunal da Relação do Porto, nomeado por decreto de 25 de  Maio de 1799.

O seu pendor ideológico a favor do liberalismo levou a que no ano de 1810, no contexto das invasões francesas, fosse envolvido no processo que ficaria conhecido pela Setembrizada. Em consequência foi preso e deportado para a ilha Terceira a bordo da fragata Amazona, acusado de jacobino e de partidário dos franceses.  Ficou inicialmente preso na Fortaleza de São João Baptista do Monte Brasil, mas depois foi autorizado a residir na cidade de Angra.




Família

 


Igreja de Santa Bárbara , Cedros ilha do Faial Açores

 


De acordo com o historiador António Lourenço da Silveira Macedo este templo deverá datar do ano de 1594. O escritor Marcelino de Almeida Lima argumenta porém que a sua fundação deverá ser anterior àquele ano "porque Gaspar Frutuoso, que visitou o Faial, segundo se presume, no terceiro quartel do século XVI, já a menciona nas Saudades da Terra", informando ser "igreja de três naves sobre cinco colunas com uma coluna do lado esquerdo".


Marcelino Lima prossegue e explica que Silveira Macedo fundamentou a sua asserção certamente na inscrição que se encontra no cimo da porta do lado do sul a qual reza: "Esta capela fez António Martins em 1596", e que, a ser verdade, como se regista na legenda, deve tratar-se de uma reedificação.




Antepassados


 

Francisco António de Araújo e Azevedo

 

Francisco António Pereira Pinto de Araújo e Azevedo  nasceu em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1772 e faleceu em  Angra do Heroísmo a  4 de Abril de 1821.  Foi um oficial general do Exército Português e administrador colonial, que faleceu no posto de general de brigada.


Pertencia à casa de Sá e Lage, de Ponte de Lima, sendo irmão de António de Araújo e Azevedo ,  1.º conde da Barca, um influente político da época. Foi nomeado capitão-general dos Açores a 20 de Agosto de 1816, tendo desembarcado em Angra a 11 de Maio de 1817 e tomado posse no dia 14 do mesmo mês, sendo o 7.º titular do cargo de Governador e Capitão-General dos Açores.

Foi um dos capitães-generais mais entusiastas quanto à introdução de reformas de natureza fundiária. Influenciado pelas teorias fisiocráticas e pelo pensamento de Tomás José da Silva, seu colaborador próximo, durante o seu governo tomou medidas em prol do arroteamento de terras incultas, forçou a conclusão das obras da estrada Angra-Praia pela Achada e promoveu a alteração das rodas dos carros de bois, cujos pregos, salientes, danificavam os caminhos.


Considerando que as cabras que viviam em regime semi-livre nos baldios comunitários eram daninhas para a agricultura e motivavam as populações a resistir aos arroteamentos que pretendia fazer nesses baldios, mandou abater as cabras que viviam à solta nos terrenos baldios como forma de controlo dos rebanhos e para obrigar a uma agricultura mais progressiva e menos de subsistência. Tais medidas foram mal-interpretadas pela população em geral, que lhe devotou um ódio desmedido e o apelidou de o «Mata-Cabras». Por aquilo que representava de imposição do poder colonial, e por algumas das medidas que tomou, era detestado por praticamente toda a fidalguia local e odiado profundamente pela população terceirense, que não lhe reconhecia os serviços prestados, mas antes a severidade com que exercera as suas funções.


Receando que a crise diplomática entre Portugal e a Espanha, desencadeada pela ocupação de Montevidéu, na Província Cisplatina, por tropas portuguesas em 1817 fosse causa de represálias contra os Açores, promoveu não apenas uma profunda reforma da estrutura militar no arquipélago, como também o restauro e construção de novos fortes, como o de São José, o de São Caetano e o de São João.