A prática era usada pelos católicos para estarem mais próximos aos santos. O costume permaneceu até as primeiras noções de higiene pública, quando criaram os cemitérios. Realizar enterros dentro de templos religiosos era costume até o século XIX.
Os cemitérios normalmente eram instalados ao lado ou atrás das igrejas e o sepultamento no interior dos locais sagrados era sinal de prestígio para os católicos.
Os religiosos acreditavam que o último lugar de repouso deveria ser perto dos santos. Por isso, eram enterrados nas igrejas. Não há nada mais sagrado que um templo.
os locais mais próximos do altar eram oferecidos a pessoas de maior intimidade com a fé. Em primeiro lugar, estavam os padres. Depois, pessoas com algum destaque nas irmandades ou organizações religiosas da época. O poder aquisitivo, os nobres, também podia servir de parâmetro para o sepultamento no espaço, no entanto prevalecia a fé. Aos suicidas, por exemplo, não era reservado o direito pela prática não estar de acordo com os princípios da religião.
Ser enterrado dentro da igreja era normal nesses tempos. Quando não cabia dentro da igreja, eram dispostos do lado de fora ou ao lado. Em todos esses templos construídos até a segunda metade do século XIX vamos encontrar essa prática.
O costume só deixou de ser presente após a década de 1850, quando começaram a surgir as primeiras noções de higiene pública e os primeiros cemitérios na cidade. Segundo teorias, o ar poluído pela decomposição dos corpos poderia disseminar doenças.
Nessa época, houve mudança também de sensibilidade. Foi quando os médicos começaram a dizer que isso era mau e as pessoas passaram a perceber. Mas durante quase dois mil anos, as pessoas conviviam muito bem sem esses cuidado.
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