Manuel António Lino nasceu em Angra do Heroísmo a 4 de Janeiro de 1865 e faleceu em Angra do Heroísmo a 15 de Junho de 1927 . Foi um médico, professor liceal e político açoriano que, entre outras funções de relevo, foi governador civil do Distrito da Horta. Foi também poeta e dramaturgo de nomeada e distinguiu-se no campo da música e da jardinagem.
Manuel António Lino nasceu na cidade de Angra do Heroísmo no seio de famílias de origens modestas, filho de um tanoeiro. Após ter completado os estudos secundários no Liceu de Angra, em 1884 matriculou-se em Coimbra nos estudos preparatórios para frequentar o cursos de Medicina. Terminados com êxitos esses estudos, em 1885 matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tendo concluído em 1892 o bacharelato em Medicina e Cirurgia. Considerado um aluno de excelência durante todo o seu curso, premiado em todos os anos da licenciatura, apesar de convidado para continuar na Universidade de Coimbra regressou nesse ano a Angra do Heroísmo, cidade onde abriu consultório.
No seu consultório exerceu clínica geral e oftalmologia, sendo em 1895 nomeado facultativo do partido municipal da Praia da Vitória, cargo que acumulava com a clínica privada. Obteve igual nomeação em 1896 para o Município de Angra do Heroísmo. Em 1899 foi escolhido pela Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo para integrar uma missão que foi estudar a montagem e funcionamento dos postos de desinfecção e as medidas de profilaxia e controlo da peste bubónica em Espanha, França e Inglaterra, tendo permanecido algum tempo na cidade do Porto, onde então grassava um surto epidémico daquela doença. A experiência obtida no Porto ser-lhe-ia muito útil no combate ao surto epidémico que em 1908 ocorreu na ilha Terceira.
Após a viagem de estudo, em 1900 foi nomeado Delegado de Saúde no Distrito de Angra do Heroísmo, funções que exerceu até 1919, ano em que foi promovido a Guarda-Mor de Saúde daquele Distrito. Foi promovido a Subinspector-Geral de Saúde em 1926, cargo que exerceu até falecer.
Para além da sua carreira como médico, em 1918 foi nomeado professor provisório de Ciências Naturais e de Química do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, funções que exerceu até falecer. Como professor deixou gratas recordações, conforme testemunhado na sessão de homenagem realizada aquando da inauguração do seu busto no Jardim Duque da Terceira.
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