Nascido a 19 de Janeiro de 1868 na Fazenda, que no tempo pertencia à freguesia e ao concelho de Lajes das Flores, era filho de Francisco José Trigueiro e de Maria de Jesus Freitas Trigueiro.
Ainda muito jovem, emigrou para a Califórnia nos últimos anos do século XIX, onde já tinha diversos irmãos. Dotado de uma inteligência privilegiada e dispondo de uma excelente instrução primária efetuada em Lajes das Flores, logo procurou melhorar os seus estudos, quer em inglês, quer em português.
Contava-se que chegou a ter uma instituição bancária que, devido à instabilidade do ramo ocorrida nos anos difíceis da economia americana, após a recessão de 1929, viria a ser absorvida pelo Portuguese American Bank, de San Francisco, onde Félix Trigueiro passou a trabalhar nas funções de encarregado da caixa forte .
Em 1898 veio à sua terra natal em visita de saudade, regressando diretamente aos Estados Unidos da América a bordo do navio português “Peninsular” que, em 24 de Outubro, passara na sua viagem regular pela ilha das Flores.
Detentor de grande capacidade para as letras, apesar de não ter cursado universidades, colaborava com certa regularidade na imprensa californiana, quer na de língua portuguesa, quer na de língua inglesa. Junto da comunidade portuguesa era considerado – “o pena de ouro” – , conforme me afirmou um florentino seu contemporâneo .
Pela importância que tinha junto da comunidade portuguesa e pela cultura que possuía, desempenhou por várias vezes as funções de Vice-Cônsul de Portugal em San Francisco, cargo de que veio a ser substituído por outro florentino, Guilherme Armas do Amaral, natural de Santa Cruz das Flores.
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