Eduardo Pires deixou a sua freguesia de nascimento, Santa Bárbara, na ilha açoriana da Terceira, com apenas 1 ano de idade, para ir viver com os pais nos Estados Unidos da América. Assim como aconteceu com outros emigrantes, movia-os a esperança em dias melhores. Instalaram-se numa cidade de tradição açoriana, ligada ao mar e à ex-indústria baleeira, New Bedford, e juntaram-se a familiares e a outros emigrantes açorianos. O arquipélago conta com cerca de um milhão e meio de emigrados nos Estados Unidos da América, Canadá e Bermuda, um número seis vezes superior ao da população residente nas ilhas.
Eduardo Pires tem nacionalidade americana desde os 18 anos de idade e é oficial militar no Pentágono com a patente de Tenente Coronel FGO – Field-Grand Officer, ou oficial de campo das forças armadas.
Visitou muitas vezes a terra-natal, em período de férias, o que lhe permitiu criar laços fortes com o país de origem. Guarda, por isso, da ilha Terceira, lembranças de oiro que o marcaram e moldaram, enquanto luso-americano, pois foram muitos os reencontros com os que nunca partiram. “Aprendi a nadar na Silveira e no Porto das Cinco e, como as nossas visitas eram no verão, estávamos constantemente em touradas e festas. A Terceira e Santa Bárbara são muito especiais para mim, são a fonte de muito em que fui criado, mesmo quando era adolescente nos EUA: tradições religiosas e culturais, comida deliciosa, amor pelo mar, festas e a importância da família.”
Ingressou na universidade de Massachussets onde se formou em História. Seguidamente, complementou os estudos com os mestrados em Relações Internacionais e em Segurança Nacional, na esperança de aceder um dia à CIA ou ao FBI. O serviço militar permitiu a ponte. Eduardo entrou para a Força Aérea, voou em aviões espiões no Afeganistão, como o P3 da Marinha; com o auxílio das comunicações via satélite, desenvolveu trabalhos em terra com os aviões de reconhecimento (drones) U2 e Global Hawk; cumpriu missões especiais na Europa, na Ásia e no Médio Oriente.
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