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quarta-feira, 31 de julho de 2024

Márcia Sousa Da Ponte

 


Natural da freguesia de Rabo de Peixe, concelho da Ribeira Grande, São Miguel, Açores.  Emigrou para os Estados Unidos em 2008.

Licenciada em Gestão de Empresas pela Universidade dos Açores, concluída em 2000.  Economista e Técnica Oficial de Contas, na empresa Lucromais, Lda sob a gerência do Economista, Mário Fortuna, de 1999 a 2007.

- Técnica de Contabilidade na Fabrica de Cervejas Melo Abreu, nos anos de

2000 e 2001.

- Formadora nas Escolas Profissionais da Ribeira Grande e Eprosec em Ponta

Delgada, 1999 a 2004.

- Economista em parceria na realização de Estudos económicos e estratégicos

e preparação de candidaturas a sistemas de incentivos de empresas regionais

e de Câmaras Municipais, de 2001 a 2007.



-Diretora Administrativa e Financeira da Fundação para o Desenvolvimento

Sócio-Profssional e Cultural da Ribeira Grande; de 2004 a 2007.

- Assistente Técnica do Vice-Consulado de Portugal em Providence, inicio de

funções em Setembro de 2010.

- Desempenhou funções de Vice-cônsul, de Fevereiro de 2014 a Março de

2018, sendo Encarregada do Vice-Consulado de Portugal em Providence. No

desempenho desta função, assumiu as tarefas administrativas, com incidência

em atos de registo civil e notariado, emissão de documentos de identificação e

viagem, contas de gerência, representação em atividades culturais, entre

outras.

- Desempenhou o cargo de Diretora de Operações e Importação, na Empresa

Henry Gonsalves, de 2 de Abril de 2018 a 13 de Maio de 2019.

- Em Agosto de 2021, inicia a sua atividade de consultora da Portugal

Solutions, Professional Services, localizada em East Providence, Estado de

Rhode Island.




sábado, 27 de julho de 2024

Manuel de Medeiros da Costa Canto e Albuquerque

 

Manuel de Medeiros Costa Canto e Albuquerque  nasceu em Ponta Delgada, São Sebastião, 10 de Abril de 1798  e faleceu em Ponta Delgada, São Pedro a  28 de Abril de 1847. Foi o  1.º Barão das Laranjeiras, Fidalgo de Cota de Armas partidas dum cortado de de Medeiros e de Araújo e de Albuquerque com timbre de de Medeiros e coroa de Barão.


Foi um rico terratenente da ilha de São Miguel que se distinguiu como o líder do movimento liberal que levou à revolta de 1821 em Ponta Delgada. Foi um dos principais financiadores da expedição do Exército Libertador comandada por D. Pedro que culminou no desembarque do Mindelo.




sexta-feira, 26 de julho de 2024

Praia dos Açores em Santa Catarina Brasil

 


A Praia dos Açores é um verdadeiro refúgio no sul da Ilha de Santa Catarina, oferecendo uma experiência única para os visitantes em busca de tranquilidade e contato com a natureza. Com uma extensa faixa de areia que se estende por aproximadamente 3 km, essa praia é ideal para quem busca sossego e diversão em família.


Suas águas azuladas e um pouco mais frias refletem a influência das correntes oceânicas, proporcionando um ambiente sereno para relaxar e se refrescar. Embora seja um local recente na ocupação moderna da região, a Praia dos Açores possui uma história fascinante, marcada pelo desenvolvimento urbano e pelo crescimento gradual da comunidade.



Ao chegar à praia, os visitantes são recebidos por uma passarela de madeira que se abre entre a vegetação, guiando-os até a areia. A vista para as ilhas no horizonte, incluindo as Três Irmãs e as Moleques do Sul, adiciona um toque especial à experiência. Estas ilhas são verdadeiros santuários da vida marinha e avifauna, contribuindo para a riqueza ecológica da região.


Com sua atmosfera tranquila e preservada, esta praia oferece aos visitantes a oportunidade de se encontrar  com a natureza e desfrutar de momentos inesquecíveis em um ambiente único.


Entre 1748 e 1756 chegaram a Florianópolis cerca de 6 mil açorianos, com o sonho de uma terra fértil e prosperidade. Os recém-chegados eram compostos principalmente por casais em busca de uma nova oportunidade. Partiram, principalmente, da Ilha da Madeira e do Arquipélago dos Açores, na Europa.


Aos poucos, foram percebendo que as terras na ilha de Florianópolis não eram tão férteis quanto tinham lhes falado. Apesar disso, a troca com a cultura indígena local permitiu que esses novos moradores aprendessem o cultivo da mandioca, por exemplo. Além disso, a pesca tornou-se outro ponto de troca de aprendizado entre as culturas. 


Dessa maneira, foi possível que os açorianos se fixassem em comunidades conhecidas como freguesias. Nesse sentido, fundaram bairros que até hoje existem na capital catarinense, como a Lagoa da Conceição, o Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa. 



quinta-feira, 25 de julho de 2024

Manuel Matos Souto

 


Manuel Matos de Sousa Souto  nasceu na Piedade, Lajes do Pico, ilha do Pico Açores e faleceu no  Rio de Janeiro.  Foi um benemérito e filantropo de origem açoriana que fez fortuna como emigrante no Brasil e deixou importantes legados a diversas instituições açorianas, com destaque para o que permitiu a criação da Escola Agrícola Matos Souto na sua freguesia natal.

Emigrou da ilha do Pico, deixando a sua freguesia em tenra idade, emigrando para o Brasil, onde fez fortuna. Doou à freguesia da Piedade, aí por 1908, a apreciável soma de 84 contos fortes, para construir e manter uma escola.


O Governo Português, através do Ministério do Fomento, aceitou a doação por Decreto de 17 de Maio de 1913 (publicado no Diário do Governo, n.º 118, de 22 de Maio de 1912), assinado pelo açoriano Manuel de Arriaga, então Presidente da República.



O legado serviu para criar na ilha do Pico, na freguesia da Piedade, uma escola fixa de ensino profissional especial de agricultara, destinada a habilitar indivíduos como pomicultores e viti-vinicultores, a qual se denominou Escola Profissional de Pomicultura e Viticultura Matos Souto, em terrenos adquiridos para a instalação da escola.


Adquiridos os terrenos, no centro agrícola da freguesia e construído o respectivo edifício, só em 1940 entrou aquele complexo escolar em pleno funcionamento. O "Posto Agrícola Matos Souto", como passou então a denominar-se, passou a ser uma instituição de muito valimento para o progresso e desenvolvimento da freguesia e um centro de emprego para a população local, com excelentes reflexos na vida económica e social.


Os edifícios da Escola "Matos Souto" servem agora de centro de formação agrária e de sede dos Serviços de Conservação da Natureza.




terça-feira, 23 de julho de 2024

Talhão

 



Talhão de tamanho médio, destacando-se pela decoração que apresenta em alto-relevo, na superfície exterior, constituída por motivos vegetalistas e figurativos. Este talhão pertenceu ao antigo Convento de Santo André, de Ponta Delgada, e serviu como reservatório de água. O talhão de barro era um elemento marcante na vida e no espaço doméstico dos açorianos, tendo como função essencial ser o reservatório de água da casa, servindo de apoio na vida de todos os dias.


Posicionado na cozinha, normalmente perto do forno e do poial, dele se retirava a água, sempre fresca, para beber, para a confeção de alimentos e para a higiene pessoal. Para impedir que a água fosse contaminada com impurezas, os talhões eram tapados com tampas de madeira, com uma pega ao centro, ou com alguidares, onde normalmente se encontrava também um pequeno pote ou púcaro, que servia para retirar pequenas quantidades de água do interior. Existiam talhões de vários tamanhos. 



domingo, 21 de julho de 2024

José António Morais

 


José António Morais nasceu nos Açores, na cidade da Ribeira Grande. Emigrou para o Canadá com a família, na década de 70, ainda era um adolescente. Cientista, investigador, professor universitário e um grande humanista, desde cedo que colabora com a Casa dos Açores do Quebeque (CAQ). Igualmente dedicado às causas sociais, foi um dos fundadores do Grupo Reviver, a funcionar na sede da CAQ. U espaço especialmente dedicado à ocupação e à convivência dos cidadãos mais vulneráveis, nomeadamente os idosos. Este Grupo reúne-se duas vezes por mês e praticam atividades físicas e jogos, adaptados às suas condições físicas.



Morais é considerado “um grande amigo da Casa dos Açores do Quebeque”, demonstrado pela presença assídua nos muitos eventos organizados por esta Casa, como também pelo apoio constante, ao Grupo Reviver, desde a sua fundação.



O Dr. Morais licenciou-se em Medicina pela Universidade de Montreal, em 1987. Após ter terminado uma residência em Medicina Interna, em 1991, e uma Bolsa de Investigação em Medicina Geriátrica, em 1993, no Royal Victoria Montreal, em Montreal, Canadá, concluiu, em 1996, o pós doutoramento em Nutrição e Metabolismo no McGill Nutrition and Food Science Center, da McGill University. É, desde 1996, clínico-investigador independente nesse mesmo centro. Em 2008 foi nomeado Professor Associado de Medicina e assumiu o cargo de Diretor da Divisão de Medicina Geriátrica em 2009, tanto na McGill University Health Centre e no Jewish General Hopsital. Posteriormente, em 2010, foi nomeado Diretor Associado da FRQS – Network for Research in Aging e, em 2012, Diretor do Centre of Excellence in Aging and Chronic Disease da McGill. As suas áreas de interesse a nível de investigação referem-se à avaliação do metabolismo das proteínas e às necessidades com a idade, fragilidade e diabetes utilizando a metodologia de isótopos estáveis.




quinta-feira, 18 de julho de 2024

Alexandre Linhares Furtado

 


Alexandre José Linhares Furtado nasceu nos Açores, na Fajã de Baixo, em São Miguel, no dia 22 de Agosto de 1933.


Licenciou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra com a nota final de 19 valores.


Doutorou‐se pela mesma Universidade, em 26 de Fevereiro de 1965, com a dissertação “Regeneração hepática experimental – alguns aspectos cirúrgicos”, trabalho que mereceu a classificação de “Muito Bom com distinção e louvor”.


Linhares Furtado iniciou a sua actividade à frente do Serviço de Urologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, já com o objetivo de dar inicio à transplantação renal, pondo este sonho em prática em apenas dois anos.


Em Junho de 1969, perante a generalizada surpresa dos meios médicos portugueses, realizava em Portugal a primeira transplantação renal. A colheita dos rins foi feita em dador vivo.


A este médico também se a introdução de terapêuticas médicas complementares ou neoadjuvantes na área oncológica. Merece referência especial a terapêutica hormonal neoadjuvante no carcinoma da próstata, que ao permitir o “downstaging” da doença, pode transformá‐la numa indicação para a cirurgia radical prostática curativa.



Sob a sua direção, o Serviço de Urologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra passou a dispor de uma Unidade de Diálise.


Em 29 de Junho de 1980, Linhares Furtado e a sua equipa realizaram nos Hospitais da Universidade de Coimbra a primeira colheita de rins de cadáver e, no dia seguinte, a primeira transplantação renal de cadáver, com pleno êxito.


No domínio, ainda, da transplantação hepática, destaca‐se o programa de transplantação hepática pediátrica que ajudou a implementar, o qual, rapidamente se impôs a nível nacional e esteve na origem, a nível mundial, da expansão e optimização de novas técnicas no âmbito da transplantação.




Manuel Goulart de Medeiros

 


Manuel Goulart de Medeiros  nasceu na cidade da Horta,  a 24 de Março de 1861  ilha do Faial  Açores.  E faleceu em  Lisboa a  18 de Fevereiro de 1947.  Foi um militar, oficial do Exército Português, político e maçon que, entre outras funções de destaque, foi deputado, senador e Ministro da Instrução Pública durante a Primeira República Portuguesa.  


Filho de Manuel Francisco Venâncio de Medeiros, bacharel formado em Medicina e líder distrital do Partido Progressista,  e de sua mulher Maria Alexandrina Goulart de Medeiros, descendente de famílias das ilhas do Faial e Pico, Açores.  Foi irmão de Alberto Goulart de Medeiros e Augusto Goulart de Medeiros.


Matriculando-se na Escola Politécnica de Lisboa, manifestou logo uma viva inteligência. Não obstante ser filho do chefe do Partido Progressista na Horta, patenteou, desde as bancadas da escola, ideias republicanas, que manteve inalteráveis até à morte.


Assentou praça no Exército Português,  como voluntário no Batalhão de Caçadores n.º 8, em 30 de Outubro de 1880 e passou a alferes-aluno a 10 de Novembro daquele ano, iniciando naquela data a frequência do curso de Artilharia da Escola do Exército. Três anos depois, em 10 de Janeiro de 1883, foi promovido a oficial  com o posto de alferes,  sendo promovido nesse mesmo ano ao posto de tenente (segundo-tenente à época). Prestou serviço inicialmente na Companhia n.º 2 do Regimento de Artilharia de Guarnição de Lisboa, sendo depois sucessivamente transferido para o Regimento de Artilharia n.º 3 e para o Regimento de Artilharia n.º 4.

Republicano desde estudante,  ainda no tempo da Monarquia Constitucional, tomou parte notável na Comissão Promotora aquando da Comemoração do Centenário da Morte do Marquês de Pombal, em 1882. Desde cedo, interessou-se pelos assuntos do ensino e da instrução popular, tendo fundado a Sociedade Promotora da Instrução.


Em 28 de Janeiro de 1885 foi promovido a primeiro-tenente e colocado no Regimento de Artilharia de Guarnição, sendo aí a 30 de Julho de 1892 promovido a capitão. Foi transferido novamente para o Regimento de Artilharia n.º 4 em 1907. Foi promovido a major em 17 de Junho de 1909 e transferido, a 3 de Dezembro daquele ano, para o Estado-Maior de Artilharia e nomeado inspector do Serviço de Artilharia do Comando Militar da Madeira.



quarta-feira, 17 de julho de 2024

Cerâmica Açoriana

 

No final do século XV, os açorianos usavam peças de olaria feitas nas ilhas, com influência hispano-mourisca. Exemplo disso era o talhão da ilha de Santa Maria de barro vermelho, que servia de reservatório de águas nas cozinhas de Santa Maria e São Miguel. Dada a mistura de civilizações na Península Ibérica, outras influências se juntam nas nossas louças, como a grega e a romana. Estas revelam-se no traço e na cor de graciosas originalidades, as quais se encontram nas louças quer de Santa Maria, quer de Vila Franca do Campo e, mais tarde, na louça branca vidrada da Lagoa.



Na Lagoa, existem memórias de pequenas olarias de barro vermelho, semelhantes às existentes na ilha de Santa Maria e de Vila Franca do Campo. Isto ainda antes da fundação da primeira fábrica de louça vidrada, criada por Bernardino da Silva em 1862, no Porto dos Carneiros da Lagoa. Esta fábrica, denominada por Cerâmica Vieira, é dos poucos patrimónios industriais e artísticos que têm resistido ao longo de cinco gerações familiares. A sua produção continua a ser artesanal e a sua decoração, para além dos desenhos tradicionais, é deixada ao livre arbítrio dos artesãos da fábrica. As suas louças apresentam uma decoração muito característica, onde predomina a cor azul. São vulgarmente conhecidas por “LOUÇA DA LAGOA”.




domingo, 14 de julho de 2024

Manuel de Medeiros

 


Manuel de Medeiros  nasceu no dia 12 de Novembro 1941 na Lombinha, Bretanha, São Miguel, Açores e emigrou, aos 14 anos, com a respectiva família, para São Paulo, Brasil, aportando, ali, no dia 13 de Junho de 1956.

Seu primeiro emprego, ainda adolescente, ocorreu no LANIFÍCIO MINERVA, Vila Carrão, onde a família se estabeleceu, exercendo a função de maquinista. Na sequência trabalhou na empresa “PINA” na confecção de pistolas de pintura. Em seguida foi admitido na “HOLLANDER” também uma indústria de equipamentos de pintura.


Em 1965, Manuel fundou a sua própria empresa a “EQUIPAMENTOS PARA PINTURA MAJAM”, detentora dos produtos “ARPREX”, líderes no mercado brasileiro e exportados para toda a América Latina. Fundou ainda, em 1978, duas instituições educacionais voltadas ao ensino de nível fundamental e médio, onde lecionou por 12 anos.

Manuel de Medeiros é formado em Engenharia, Pedagogia, Matemática, Física e Direito.

Pelos idos de 1974, vem-lhe à mente    mobilizar a comunidade açoriana de São Paulo para construir e fundar uma Casa dos Açores na cidade, com o objetivo de difundir e preservar a cultura açoriana   e realizar, anualmente, a Festa do Espírito Santo.


A fundação da CASP é concretizada, sob a sua liderança, em 22 de junho de 1980. Oficialmente a CASP foi inaugurada no dia 21 de Abril de 1986 por João Bosco da Motta Amaral, então Presidente do Governo Regional dos Açores.


Manuel de Medeiros foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa e nomeado Comendador, por dedicação diferenciada à divulgação da cultura açoriana.




sexta-feira, 12 de julho de 2024

Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda

 


Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda  nasceu em Vassouras a  18 de Maio de 1864  e faleceu no Rio de Janeiro a  5 de Julho de 1925. Foi um magistrado e político brasileiro.

Filho do Açoriano  João Augusto Pereira de Lacerda que pertencia a uma das principais famílias da nobreza açoriana, os Lacerdas da ilha  Faial, descendentes das nobres famílias dos Pereiras, senhores da Feira e dos Lacerdas, descentes dos reis de Castela e Leão e dos de França  que se estabeleceu em Vassouras e se casou com uma mulher de família influente, descendente de Francisco Rodrigues Alves, o primeiro sesmeiro da cidade de Vassouras. Depois de algum tempo, seus pais passaram a residir em uma chácara no distrito de Comércio, dedicando-se à agricultura, com a produção e venda de café e mangas, que eram distribuídos por meio de trem na estação que passava dentro da fazenda, estação ferroviária que hoje leva o seu nome.



Tinha um tio materno influente, professor da Faculdade de Direito de São Paulo, que o auxiliou nos estudos. Depois de algum tempo rompeu com o tio, quando, opondo-se a este, passou a defender a implantação de um regime republicano e a abolição da escravidão.


Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1884. Foi eleito deputado federal em 1894.



Comandou o Ministério dos Transportes, entre 13 de Novembro de 1897 e 27 de Junho de 1898, no governo de Prudente de Morais.

Foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal em 5 de Novembro de 1912.


Pai do político, tribuno e escritor Maurício de Lacerda e avô do político, jornalista e escritor Carlos Lacerda.  Seus filhos Maurício de Lacerda, Paulo de Lacerda e Fernando de Lacerda foram dirigentes do Partido Comunista Brasileiro (PCB).


Residiu, sempre que podia, e também após a aposentadoria, na chácara em que seus pais haviam residido, na localidade de Comércio, Vassouras.  Em sua homenagem, o nome da localidade foi alterado, sendo atualmente denominado distrito de Sebastião Lacerda.



quarta-feira, 10 de julho de 2024

Félix de Freitas Trigueiro da ilha das Flores Açores

 

Nascido a 19 de Janeiro de 1868 na Fazenda, que no tempo pertencia à freguesia e ao concelho de Lajes das Flores, era filho de Francisco José Trigueiro e de Maria de Jesus Freitas Trigueiro.


Ainda muito jovem, emigrou para a Califórnia nos últimos anos do século XIX, onde já tinha diversos irmãos. Dotado de uma inteligência privilegiada e dispondo de uma excelente instrução primária efetuada em Lajes das Flores, logo procurou melhorar os seus estudos, quer em inglês, quer em português. 


Contava-se que chegou a ter uma instituição bancária que, devido à instabilidade do ramo ocorrida nos anos difíceis da economia americana, após a recessão de 1929, viria a ser absorvida pelo Portuguese American Bank, de San Francisco, onde Félix Trigueiro passou a trabalhar nas funções de encarregado da caixa forte . 



Em 1898 veio à sua terra natal em visita de saudade, regressando diretamente aos Estados Unidos da América a bordo do navio português “Peninsular” que, em 24 de Outubro, passara na sua  viagem  regular pela ilha das Flores. 



Detentor de grande capacidade para as letras, apesar de não ter cursado universidades, colaborava com certa regularidade na imprensa californiana, quer na de língua portuguesa, quer na de língua inglesa. Junto da comunidade portuguesa era considerado – “o pena de ouro” – , conforme me afirmou um florentino seu contemporâneo .

Pela importância que tinha junto da comunidade portuguesa e pela cultura que possuía, desempenhou por várias vezes as funções de Vice-Cônsul de Portugal em San Francisco, cargo de que veio a ser substituído por outro florentino, Guilherme Armas do Amaral, natural de Santa Cruz das Flores.



terça-feira, 9 de julho de 2024

Henrique Fontes

 


Henrique da Silva Fontes  nasceu em Itajaí a  15 de Março de 1885  e faleceu em  Florianópolis a 22 de Março de 1966.  Foi um advogado, educador e político Brasileiro.


Filho do comerciante e industrial Manuel Antônio Fontes, natural de Horta, Ilha do Faial Açores , e de Ana da Silva Fontes, natural do Estreito quando este pertencia a São José. Irmão do Cônego Tomás Fontes.  Seu filho, Paulo de Tarso da Luz Fontes, foi prefeito de Florianópolis.



Em 1910, passou a residir em Florianópolis, lecionando no então Gynasio Catharinense (atual Colégio Catarinense). Foi bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, em 1927. Tornou-se juiz federal e desembargador. Foi secretário da Fazenda, Viação, Obras Públicas e Agricultura no governo Adolfo Konder.

Henrique da Silva Fontes foi o fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, atualmente Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina, além de ter sido o idealizador da Cidade Universitária da UFSC na Trindade, em Florianópolis.


Foi membro fundador da cadeira 18 na Academia Catarinense de Letras, da qual é patrono João Silveira de Sousa.


Morreu em 22 de Março de 1966 no Hospital de Caridade, em Florianópolis. Foi sepultado no Cemitério São Francisco de Assis.




domingo, 7 de julho de 2024

Eduardo Pires no Pentágono

 


Eduardo Pires   deixou a sua freguesia de nascimento, Santa Bárbara, na ilha açoriana da Terceira, com apenas 1 ano de idade, para ir viver com os pais nos Estados Unidos da América. Assim como aconteceu com outros emigrantes, movia-os a esperança em dias melhores. Instalaram-se numa cidade de tradição açoriana, ligada ao mar e à ex-indústria baleeira, New Bedford, e juntaram-se a familiares e a outros emigrantes açorianos. O arquipélago conta com cerca de um milhão e meio de emigrados nos Estados Unidos da América, Canadá e Bermuda, um número seis vezes superior ao da população residente nas ilhas.


Eduardo Pires tem nacionalidade americana desde os 18 anos de idade e é oficial militar no Pentágono com a patente de Tenente Coronel FGO – Field-Grand Officer, ou oficial de campo das forças armadas.


Visitou muitas vezes a terra-natal, em período de férias, o que lhe permitiu criar laços fortes com o país de origem. Guarda, por isso, da ilha Terceira, lembranças de oiro que o marcaram e moldaram, enquanto luso-americano, pois foram muitos os reencontros com os que nunca partiram. “Aprendi a nadar na Silveira e no Porto das Cinco e, como as nossas visitas eram no verão, estávamos constantemente em touradas e festas. A Terceira e Santa Bárbara são muito especiais para mim, são a fonte de muito em que fui criado, mesmo quando era adolescente nos EUA: tradições religiosas e culturais, comida deliciosa, amor pelo mar, festas e a importância da família.”


Ingressou na universidade de Massachussets onde se formou em História. Seguidamente, complementou os estudos com os mestrados em Relações Internacionais e em Segurança Nacional, na esperança de aceder um dia à CIA ou ao FBI. O serviço militar permitiu a ponte. Eduardo entrou para a Força Aérea, voou em aviões espiões no Afeganistão, como o P3 da Marinha; com o auxílio das comunicações via satélite, desenvolveu trabalhos em terra com os aviões de reconhecimento (drones) U2 e Global Hawk; cumpriu missões especiais na Europa, na Ásia e no Médio Oriente.