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domingo, 14 de maio de 2023

Pedro Laureano Mendonça da Silveira

 


Pedro Laureano Mendonça da Silveira   nasceu na Fajã Grande a 5 de Setembro de 1922  e faleceu em Lisboa a  13 de Abril de 2003.  Mais conhecido por Pedro da Silveira, foi um poeta, tradutor, crítico literário e investigador, com vasta colaboração dispersa em periódicos e revistas. Fez parte do conselho de redação da revista Seara Nova (até 1974), colaborou nos números 40 e 47 da revista Mundo Literário  (1946-1948) e é autor de várias obras de poesia e de recensão literária, estreando-se com o livro A Ilha e o Mundo (1953). É autor de duas antologias de poetas açorianos, a primeira das quais com um prefácio em que autonomiza a literatura deste arquipélago em relação a todas as outras literaturas de expressão lusófona. Integrou a comissão de gestão Biblioteca Nacional de Lisboa, da qual se aposentou como diretor dos Serviços de Investigação e de Actividades Culturais.

Depois de ter cursado as primeiras letras na sua freguesia natal, na costa oeste da ilha das Flores, período em que demonstrou a sua inteligência e interesse pelas letras, partiu para a Terceira, ilha onde completa sua formação básica e contacta com o corpus mais relevante da literatura lusófona do tempo.



A partir de 1945 transfere-se para Ponta Delgada, cidade onde integra o grupo intelectual que se formou em torno do jornal A Ilha, periódico no qual colabora assiduamente.


Em 1951 muda-se para Lisboa, cidade onde viveria o resto da sua vida. Aí começou por se empregar como delegado de propaganda médica, promovendo produtos farmacêuticos, ao mesmo tempo que inicia um percurso de estudo e investigação histórico-literária que o levaria em 1982 a funcionário da Biblioteca Nacional, da qual se aposentou como diretor dos Serviços de Investigação e Actividades Culturais.


Ao longo do seu percurso intelectual e profissional dedicou-se à crítica literária, à tradução, à criação poética e à investigação de temas da história e etnografia açorianas. Com opiniões pouco conformistas, entre as quais a defesa de um único concelho para a sua ilha natal, foi uma voz incómoda, em geral mal amada pelos poderes instituídos.


Foi um dos promotores da elaboração da Enciclopédia Açoriana, projeto que abraçou com grande entusiasmo. Participou ainda em múltiplos estudos relacionados com a cultura açoriana e em especial com a história e a etnografia da ilha das Flores.







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