quarta-feira, 4 de março de 2020
Rui Vaz Gago, do Trato
Rui Vaz Gago, do Trato, natural de Beja e filho de Lourenço Anes Gago, Fidalgo, morador em Ponta Delgada veio para S. Miguel no tempo de Rui Gonçalves da Câmara, Terceiro Capitão Donatário, que lhe deu grandes dadas de terras. Foi primeiramente morador em Vila Franca e depois nos Fenais, termo da cidade de Ponta Delgada. Era muito rico, sendo em 1587 a sua fazenda avaliada em 1.300 moios de trigo de renda anual. Fez testamento a 26.10.1493, em que vinculou a terça para seu filho primogénito, que morreu sem filhos, sucedendo-lhe a filha mais velha Beatriz Rodrigues Raposo. O seu testamento é o mais antigo da ilha de S. Miguel. Casou com Catarina Gomes Raposo, que depois de viúva casou com João do Outeiro (Frutuoso, Liv.º IV, Cap.º XII).
O testamento de Rui Vaz Gago, do Trato, foi aprovado a 26.10.1493. Nele fala em seu sobrinho Diogo Vaz e em seu cunhado Bento Gomes. Sua mulher Catarina Gomes Raposo fez testamento em Vila Franca a 27.4.1518, sendo já viúva do primeiro marido e casou com João do Outeiro, Cavaleiro de Cristo. Neste testamento deixa a sua terça vinculada a seu segundo marido e depois a sua filha (dela e dele João do Outeiro) Maria e seus descendentes, e faltando estes a seu filho Pedro Rodrigues Raposo e não tendo este filhos a sua filha Beatriz Rodrigues Raposo e seus descendentes. Fala numa sobrinha sua, Mécia Gomes, filha de seu irmão Pedro Gomes. Fez primeiro codicilo em 1520, em Vila Franca e nele fala em sua filha Isabel, mulher de Sebastião Álvares. Fez segundo codicilo em Porto de Mós, em casa de seu genro D. Gil Eanes da Costa (marido de sua filha Maria), sendo já viúva do segundo marido, que morreu em Lisboa. Os bens vinculados eram 5 moios de terra no Morro da Ribeira Grande, que depois de prolongada demanda entraram na Casa de Jácome Correia.
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