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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Igreja do Santíssimo Salvador, Sé Catedral do Arquipélago dos Açores

A Igreja do Santíssimo Salvador da Sé, também referida apenas como Sé de Angra do Heroísmo, localiza-se na freguesia da Sé, no centro histórico da cidade e concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nos Açores.
Remonta a uma primitiva igreja paroquial, iniciada por Álvaro Martins Homem em 1461. Sob a invocação de São Salvador, deve ter sido concluída em 1496, data da nomeação do seu primeiro vigário.  Sobre esta primitiva igreja pouco ou nada se sabe.
Com o aumento da população e a criação do Bispado de Angra, pela bula Æquum reputamus de 3 de Novembro de 1534, a Câmara Municipal formulou um pedido para que se construísse um novo edifício para a Sé, no mesmo local.  Assim em 1536, a mando do Bispo, e de comum acordo com a Câmara de Angra, fizeram lembrar ao João III de Portugal a necessidade de cumprir o seu compromisso de instalar a sede da diocese.
Apesar disso o soberano não deu seguimento a este pedido, tratando antes dos aspectos organizativos. Este fato levou a Câmara de Angra, em 1557, a mandar nova mensagem ao rei a solicitar construção do novo templo, aproveitando para informá-lo, contudo, que os moradores de Angra não estavam em condições financeiras de contribuir para esse fim.

Finalmente, a 10 de Janeiro de 1568, já no reinado do Cardeal D. Henrique é que a Coroa tomou a decisão de mandar construir a nova Sé às suas expensas. A opção foi no sentido de se construir um novo templo no mesmo sítio do já existente, mas alargando muitíssimo o espaço, que acabou por ocupar todo um quarteirão no centro da cidade, delimitado pelas rua da Sé, Carreira dos Cavalos, da Rosa e do Salinas. Para esse fim foram destinados 3 mil cruzados anuais dos direitos régios sobre o pastel na ilha de São Miguel, enquanto durassem as obras.
A pedra fundamental foi lançada em 18 de Novembro
de 1570, em cerimónia solene, tendo os seus trabalhos se estendido por meio século, com, pelo menos um período de interrupção nos finais do século XVI, durante a Crise de sucessão de 1580.

O edifício começou a construir-se pela fachada principal, para que a antiga Igreja de São Salvador pudesse continuar a servir o culto. Esta é ladeada por duas torres sineiras e, ente ambas, um templete para o relógio, colocado em 1782.

Adossadas ao corpo da Igreja foram construídas quatro capelas, com recursos de particulares e das irmandades, e as sacristias. No início do século XVII foi construído um claustro, conhecido pelo sítio, que serviu no século XIX de cemitério e desapareceu na década de 1950 para dar lugar ao arranjo que atualmente existe na frente para a rua da Rosa. No século XVIII, também nas traseiras, adicionou-se-lhe a Sacristia Grande e a Sala do Tribunal Eclesiástico.

O templo foi reconsagrado em 1808.

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