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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Francisco Dias do Carvalhal

Francisco Dias do Carvalhal foi o depositário em Angra, actual cidade de Angra do Heroísmo dos cofres de ouro da casa real, que vinham da índia e de São Jorge da Mina, Estado Português da Índia e África. Em Angra do Heroísmo exerceu também os cargos de juiz ordinário e vereador da Câmara (Câmara Municipal de Angra do Heroísmo).

Os descendentes desta família nos Açores, são, uns, de Francisco Dias do Carvalhal, e, outros, de seu irmão Gonçalo Dias do Carvalhal, os quais passaram à ilha Terceira no 2.° quartel do século XVI, no seu regresso da índia, onde militaram alguns anos. Eram conhecidos pelos “Cavaleiros” por serem condecorados com uma das ordens militares do reino.

Segundo Francisco Ferreira Drummond, pertenciam à antiga família Carvalhal, que teve seu assento em Guimarães, no Casal de Carvalhal, freguesia de Santa Marinha da Costa (Guimarães). Casal, este que passou a pertencer à casa de Vila Pouca de Aguiar.
O solar desta família, na dita ilha Terceira era a Casa de Vale de Linhares, com Capela sob a invocação da Divina Pastora, na freguesia de São Bento (Angra do Heroísmo).

Francisco Dias do Carvalhal, foi durante muitos anos depositário, em Angra do Heroísmo dos cofres de ouro da casa real, que vinham da índia e Mina. Na dita cidade exerceu também os cargos de juiz ordinário e vereador da câmara, em cuja qualidade assinou a carta que esta corporação dirigiu a el-rei de França, Henrique III de França em 6 de Junho de 1581, manifestando-lhe o seu reconhecimento pelo modo benigno como acolheu o António I de Portugal, prior do Crato, e pedindo-lhe ao mesmo tempo que o auxiliasse até que ele pudesse ser restituído ao reino e posto a salvamento dos seus adversários. Casou em 1533 na ilha Terceira, com Catarina Alvares Neto de que nasceram:

1 - João Dias do Carvalhal, Maria Borges Abarca

2 - Manuel do Carvalhal.

3 - Diogo do Carvalhal.

4 - Isabel do Carvalhal, que faleceu a 18 de Março de 1575 tendo casado com Fernão Vaz Rodovalho.

5 - Francisca Neto do Carvalhal, mulher de Manuel Pacheco de Lima.



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

David Simas

David é filho de António Simas, do Faial da Terra, São Miguel, Açores, e de Deolinda Matos Simas, de Abela, Alentejo. Os dois portugueses emigraram para Taunton, em Massachusetts, nos anos 1960.
David Simas conta que a morte do seu avô açoriano, Manuel Pereira, aos 96 anos, em Fevereiro deste ano, lhe trouxe muitas recordações.

"No funeral, em Massachusetts, em Taunton, estava pensando como ele começou trabalhando como pedreiro em São Miguel e aqui estou eu, por causa do trabalho que ele fez, por causa do seu sacrifício, trabalhando para o Oresidente dos Estados Unidos", lembrou David Simas.
O político, que tem uma irmã, Melissa, que apresentou o noticiário de um canal afiliado da NBC até 2012, diz que o percurso da sua família "é uma das razões porque este país é um país de oportunidades, um país de trabalho, em que qualquer pessoa pode fazer o que quer."
O político, que tem uma irmã, Melissa, que apresentou o noticiário de um canal afiliado da NBC até 2012, diz que o percurso da sua família "é uma das razões porque este país é um país de oportunidades, um país de trabalho, em que qualquer pessoa pode fazer o que quer."

David Simas é licenciado em Ciência Política e Direito. Tornou-se conhecido na comunidade portuguesa ao exigir às companhias de televisão por cabo que incluíssem a RTP Internacional nos seus pacotes.

Já como advogado, tornou-se colunista de um jornal da comunidade e participou em programas de rádio.
Acabou por ser contratado para o Congresso de Massachusetts e, em 2007, foi nomeado chefe de gabinete do governador Deval Patrick. Há cinco anos, o homem que inventou o slogan "Yes We Can", David Axelrod, convidou-o para a Casa Branca.

Durante a última campanha presidencial, foi diretor de sondagens dos democratas. Nos primeiros dois anos de mandato de Barack Obama, serviu como assessor do conselheiro David Axelrod.

No ano passado, foi nomeado assessor e conselheiro de Obama na área da comunicação e estratégia. Agora, vai agora tentar garantir o sucesso dos democratas nas eleições intercalares de Novembro para o Senado e a Câmara dos Representantes.

Dizendo-se "honrado por ter a oportunidade de servir o presidente da maneira que ele quiser", Simas explica que vai "supervisionar um escritório cuja responsabilidade é, primeiro, ser o principal ponto de contacto na Casa Branca para o Comité Democrata Nacional e para os grupos políticos locais."

"Em segundo lugar, vou dar ao presidente uma variedade de informação política, tentar determinar o nível de apoio para as suas políticas e prioridades e tentar mantê-lo informado do ambiente político no país", acrescenta.
O orgulho que tenho de ser filho de emigrantes é uma coisa de que me lembro todos os dias", diz David Simas, em português.



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Lista de Emigrantes da cidade de Ponta Delgada Açores que partiram para o Brasil

 1.  António Augusto Monteiro de Barros (Santa Maria, Ponte Delgada, Açores, Portugal, c. 1790 - Rio de Janeiro, Brasil, 16 de Novembro de 1843) casado com Virgínia Amália Carneiro de Campos e Maria Constança da Graça Rangel.

2.  António Carvalho Tavares (São Sebastião, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - Salvador, Bahia, ?) casado com Margarida Teresa de Negreiros.

3.  Bárbara da Conceição (Santa Bárbara , Ponte Delgada, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 13 de Junho de 1703 - Viamão, Rio Grande do Sul, 23 de Julho de 1794) casada com Diogo Pacheco Louro.

4.  Diogo Pacheco Louro (Santa Bárbara , Ponte Delgada, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 4 de Dezembro de 1699 - Viamão, Rio Grande do Sul, 2 de Julho de 1790) casado com Barbara da Conceição.

5.  Francisco Rodrigues Alves (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, 7 de Fevereiro de 1758 — Vassouras, 21 de Julho de 1846), foi proprietário rural brasileiro, pioneiro do povoamento e um dos fundadores do município fluminense de Vassouras, e ancestral da antiga família fluminense Rodrigues Alves Barbosa.

6.  José António do Rego (NS dos Anjos, Ponte Delgada, Ilha de S. Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Teodora Maria Soares.

7.  José Caetano Pereira (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Eugénia Maria de Figueiredo.

8.  José Inácio Borges do Canto (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, c. 1732 - Brasil, ?) filho de José Caetano Pereira e Eugénia Maria de Figueiredo

9.  José de Medeiros e Albuquerque (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Portugal, c. 1756 - Rio Grande do Sul, 30 de Julho de 1823) casado com Ana Joaquina Leocádia da Fontoura.~

10.  Luzia Francisca da Assunção (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Manuel de Medeiros e Sousa.

11.  Manuel de Medeiros e Sousa (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, 27 de Julho de 1716 - Florianópolis, Santa Catarina, 16 de Setembro de 1804) casado com Luzia Francisca da Assunção e Ana de Santiago.

12.  Maria Leopoldina Machado de Câmara (Ponta Delgada, Açores 1812 - Rio de Janeiro, 1849) casou-se com Francisco José de Assis, foi a mãe de Joaquim Maria Machado de Assis.

13.  Maria Teresa de São José (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, c. 1734 - Brasil, ?) filha de José Caetano Pereira e Eugénia Maria de Figueiredo.

14.  Maria Teresa de São José (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) filha de António Pereira De Frias e Francisca Rosa, casada com Ventura José Sanhudo.

15.  Nicolau Henriques (São Pedro, Ponta Delgada, Ilha das Flores, Azores, Portugal, ? - Brasil, c. 1841) casado com Josefa del Jesus.


16.  Pedro Medeiros da Costa (Santo António, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - São Paulo, c. 1762) casado com Isabel dos Reis.



domingo, 22 de fevereiro de 2015

Lista de Emigrantes da cidade da Horta ilha do Faial para o Brasil

1.   Ana Inácia de Jesus (Praia do Almoxarife, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1760 - Brasil, ?) casada com Francisco Inácio de Medeiros.

2.  Ana Felícia do Nascimento (Horta, Faial, Açores, Portugal, 27 de Novembro de 1746 - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 15 de Agosto de 1818) casada com Diogo Inácio de Barcelos.

3.  Ana Maria (Feteira, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Manuel da Rosa Pereira, Neto.

4.  Antónia da Graça de Aguiar, uma das 3 Ilhoas (Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila da Horta, bispado de Angra, Ilha do Faial, Açores, Portugal, 21 de Fevereiro de 1687 - Brasil, ?) casada com Manuel Gonçalves da Fonseca.

5.  António Garcia da Rosa (Cedros, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1726 - Taquari, Rio Grande do Sul, c. 1807) casado com Ana Maria de Espínola.

6.  António de Oliveira (Horta, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Genebra Leitão de Vasconcelos.

7.  António de Vargas (Praia do Almoxarife, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1761 - Brasil, ?) casado com Ana Inácia.

8.  António Pereira da Terra (Flamengos, Faial, Horta, Açores, Portugal, c. 1741 - Brasil, ?) casado com Ana Silveira.

9.  Antonio Silveira Coelho (Cedros, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Teresa Maria de Jesus.

10.  António Xavier de Sampaio (Freguesia de São Salvador, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1779 - Brasil, 30 de Junho de 1864) casado com Maria Clara de Jesus, pai de Luísa Antónia Sampaio, Baronesa de Mucuri.

10.  Catarina Cândida de São José (N.S. das Angustias, Horta, Açores, Faial, Portugal, 25 de Agosto de 1721 - São João del Rey, Minas Gerais, 30 de Junho de 1787) casada com Caetano de Carvalho Duarte.

11.  Catarina Maria de Jesus da Silveira (Cedros, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1725 - Encruzilhada do Sul, Rio Grande do Sul, 2 de maio de 1820) casada com José da Rosa Pereira.

12.  Catarina de São José (Cedros, Horta, Faial, Açores, 1720, Falecida no Rio Grande do Sul) casada com Francisco da Rosa Nunes, (Celão/Salão-Horta-Fayal e falecido em Rio Pardo, Rio Grande do Sul, Brasil). Este é um dos casais açorianos pioneiros no Rio Grande do Sul

13.  Diogo Garcia(Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila da Horta, bispado de Angra, Ilha do Faial, do arquipélago dos Açores, 13 de Março de 1690 - São João Del Rei, Minas Gerais, 16 de Abril de 1762) casado com Julia Maria da Caridade, uma das 3 Ilhoas.

14.  Francisco António de Bittencourt (Matriz, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1735 - Brasil) casado com Maria Madalena de Nazareth.

15.  Francisco António da Silveira (Conceição, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, c. 1795 - Santo António da Patrulha, Rio Grande do Sul, 25 de Novembro de 1820) casado com Antónia Maria de Jesus.

16.  Francisco da Costa Matos (Conceição, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Rosa Maria Garcia.

17.  Francisco Dutra da Costa (Praia do Almoxarife, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Maria Furtada e Águeda Maria de São José.

18.  Francisco Inácio de Medeiros (Pedro Miguel, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1757 - Brasil, ?) casado com Ana Inácia de Jesus.

19.  Francisco Pereira da Terra (Flamengos, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Teresa de Jesus.

20.  Guilherme Teles Ribeiro (Horta, Faial, Açores, Portugal, 16 de Abril de 1827 - Rio de Janeiro, Brazil, 13 de Junho de 1893) casado com Ana Joaquina de Sousa Meireles e Friederike Maria Hermine Huder.

´21.  Helena Maria (Angústias, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Manuel Martins.

22.  Helena Maria de Jesus Gonçalves, uma das 3 Ilhoas (Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila da Horta, bispado de Angra, Ilha do Faial, Açores, Portugal, 03 de Outubro de 1708 - Prados, Minas Gerais, 29 de Março de 1772) casada, em 3 de Outubro de 1726, com João de Resende Costa.

23.  Inácia Rosa de Jesus (Feteira, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, 14 de Janeiro de 1814) filha de José Silveira de Brum e Catarina de Matos.

24.  Inês Francisca (Horta, Faial, Açores, Portugal, 16 de Fevereiro de 1730 - Rio Grande, Rio Grande do Sul, 15 de Outubro de 1761) casada com Manuel Dutra de Medeiros.

25.  João Luiz Poissão (Horta, Ilha do Faial, Portugal, 5 de Novembro de 1731 - Santa Catarina, Brasil, 10 de Setembro de 1816) casado com Marcelina Rodrigues da Silva.

26.  João Pereira Duarte (Castelo Branco, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, 10 de Janeiro de 1727 - Rio Grande, Rio Grande do Sul, 4 de Agosto de 1795) casado com Anna Joaquina de Medeiros.

27.  Joaquina Maria da Conceição (Angústias, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com João Inácio da Costa.

28.  José Alvernaz (Pedro Miguel, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, 18 de marco de 1735 - Brasil, ?) casado com Rosa Maria de Belém.

29.  José António da Silveira (Feteira, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, c. 1730 - São José do Norte, Rio Grande do Sul, 25 de maio de 1800) casado com Maria Ignácia da Silva.

30.  José da Costa Matos (Conceição, Horta, Faial, Açores, Portugal, 6 de Dezembro de 1734 - Brasil, ?) casado com Maria da Conceição.

31.  José Francisco Pereira (Cedros, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Encruzilhada do Sul, Rio Grande do Sul, 12 de Março de 1804) casado com Eugénia Maria de Carvalho.

32.  José Pereira Garcia (Divino Espírito Santo, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, ? - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, 10 de Janeiro de 1776) casado com Teresa Maria de Jesus.

33.  José Silveira De Ávila (Praia do Almoxarife, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1742 - Pelotas, Rio Grande do Sul, 20 de Julho de 1832) filho de João Silveira De Ávila e Ana Maria Francisca de Jesus.

34.  Josefa Francisca de São Francisco (Pedro Miguel, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, ? - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, 25 de maio de 1819) casada com Manuel Francisco da Silveira.

35.  Josefa Maria Alvernaz (Pedro Miguel, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, 9 de Abril de 1740 - Brasil. ?) casada com António de Azevedo Saldanha.

36.  Josefa Maria de Matos (Conceição, Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1743 - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, c. 1811) casada com Miguel Pereira Simões.

37.  Júlia Maria da Caridade, uma das 3 Ilhoas (Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila da Horta, Angra, Ilha do Faial, Açores, 8 de Fevereiro de 1707 - São João Del Rei, Minas Gerais, c. 1784) casada com Diogo Garcia.

38.  Manuel Dutra de Medeiros (Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1725 - Brasil, ?) casado com Inês Francisca.

39.  Manuel Gonçalves da Fonseca (Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila da Horta, Angra, Ilha do Faial, Açores, Portugal, c. 1687 - Brasil, ?) casado com Antónia da Graça de Aguiar, uma das 3 Ilhoas.

39.  Manuel Silveira do Amaral (Feteira, Faial, Açores, Portugal, c. 1762 - Brasil, ?) casado com Teresa Maria de Jesus.

40.  Manuel Silveira Duarte (Feteira, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, c. 1700 - Brasil, ?) casado com Maria do Rosário.

41.  Margarida Da Silveira (Praia do Almoxarife, Horta, Faial, Açores, Portugal, 30 de Abril de 1733 - Brasil, ?) casada com Bartolomeu Bueno da Silva.

42.  Maria Eufrázia da Silveira (Horta, Faial, Açores, Portugal, c. 1732 - Rio Grande, Rio Grande do Sul, 9 de Outubro de 1822) casada com Francisco Pires Casado.

43.  Maria Jacinta (Praia do Almoxarife, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Rio Grande, Rio Grande do Sul) casada com António de Vargas.

44.  Maria Rosa (Matriz, Horta, Faial, Açores, Portugal, 19 de Agosto de 1741 - São José, Santa Catarina, c. 1777) casada com Luís da Silveira.

45.  Maria do Rosário (Feteira, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Manuel Silveira Duarte.

46.  Maria Silveira d'Ávila da Silva (Praia do Almoxarife, Faial, Açores, Portugal, ? - Pelotas, Rio Grande do Sul, 8 de Abril de 1849) casada com Jerónimo José Coelho da Silva.

47.  Páscoa Maria da Ressurreição (Freguesia de Santa Maria (?), Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, c. 1697 - Rio Grande, Rio Grande do Sul, 13 de Fevereiro de 1781) casada com Manuel da Silva Varges.

48.  Quitéria de Brum (Feteira, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com João Caetano de Moraes e Francisco Coelho Borges.

49.  Raimundo Alvernaz (Pedro Miguel, Horta, Faial, Açores, Portugal, 1 de Janeiro de 1738 - Rio Pardo, Rio Grande do Sul, 21 de Janeiro de 1799) casado com Maria Teresa de Jesus.

50.  Rosa Maria Garcia (Flamengos, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Francisco da Costa Matos.

51.  Rosa Maria de Jesus Faria (Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, c. 1770 - Brasil, ?) casada com Joaquim Correia Pereira da Silva.

52.  Teresa Maria de Jesus (Flamengos, Horta, Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil, 2 de Dezembro de 1746) casada com António Silveira Coelho.

53.  Teresa Maria de Jesus (Divino Espírito Santo, Horta, Ilha do Faial, Açores, Portugal, ? - Brasil. ?) casada com José Pereira Garcia.




sábado, 21 de fevereiro de 2015

Domitila de Castro Canto e Melo filha de um Terceirense


Filha de João de Castro Canto e Melo, o primeiro visconde de Castro e de Escolástica Bonifácia de Oliveira Toledo Ribas, pertencia uma tradicional família Paulista, era neta do coronel Carlos José Ribas, tetraneta de Simão de Toledo Piza, patriarca da família em São Paulo.
O brigadeiro João de Castro Canto e Melo nascera na ilha Terceira, nos Açores, em 1740 e morreria no Rio de Janeiro em 1826. Era filho de João Batista do Canto e Melo e de Isabel Ricketts, e descendia de Pedro Anes do Canto, da Ilha Terceira. Passou a Portugal, assentando praça de cadete aos 15 anos em 1 de Janeiro de 1768, nomeado Porta Bandeira em 17 de Outubro de 1773. Tinha 21 quando, em 1774, foi para o Rio de Janeiro e meses depois para São Paulo. Foi transferido para o regimento de linha de Infantaria de Santos, promovido a alferes em 1775 e a tenente no mesmo ano, a Ajudante em 1778; era Capitão em 1798, major no mesmo ano, em 1815 tenente-coronel. Mais tarde, depois dos amores da filha com o imperador, foi feito Gentil-Homem da Imperial Câmara e ainda recebeu o título nobiliárquico de visconde de Castro em 12 de outubro de 1825.

Primeiro casamento

Em 13 de Janeiro de 1813, Domitila, aos quinze anos de idade, casou-se com um oficial do segundo esquadrão do Corpo dos Dragões da cidade de Vila Rica, o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça (1789–1833), citado por diversos historiadores como um homem violento, que a espancava e violentava, e de quem se divorciou em 21 de maio de 1824.
Do casamento nasceram três filhos, Francisca, Felício e João (morto com poucos meses, pois, durante sua gravidez, Domitila foi espancada e esfaqueada pelo marido em 1819).
Na manhã de 6 de março de 1819, foi esfaqueada duas vezes pelo marido, na coxa e na barriga. Pediu a separação, mas só o conseguiu cinco anos depois, quando já era amante do imperador. Os detractores  de Domitila a acusariam depois de ter sido agredida porque traía Felício.

Em 1822, Domitila conheceu Dom Pedro de Alcântara (1798–1834) dias antes da proclamação da Independência do Brasil, em 29 de agosto de 1822. O Príncipe-Regente estaria voltando de uma visita a Santos quando recebeu, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, duas correspondências (duas missivas da imperatriz Leolpoldina e uma de José Bonifácio de Andrada e Silva) que o informava sobre as decisões da corte portuguesa, em que Pedro deixava de ser Regente para apenas receber e acatar as ordens vindas de Lisboa. Indignado por essa "ingerência sobre seus actos como governante", e influenciado por auxiliares que defendiam a ruptura com as Cortes, especialmente por José Bonifácio, decidiu pela separação do reino de Portugal e Algarves.
Domitila não foi a única amante de D. Pedro, mas foi a mais importante e a que mais tempo se relacionou com ele. Antes mesmo de se casar com D. Leopoldina, o príncipe se envolvera com uma bailarina francesa, chamada Noémi Thierry, com quem teve um filho. Durante seu relacionamento com Domitila teve outros casos paralelos, como com a esposa do naturalista francês Aimé Bonpland, Adèle Bonpland. Outra francesa foi a modista Clemence Saisset, cujo marido tinha loja na Rua do Ouvidor. Clemence teve um filho com D. Pedro. Além das francesas a própria irmã de Domitila, Maria Bendita de Castro Pereira, Baronesa de Sorocaba, teve um filho com o imperador.

Dom Pedro e Domitila romperam em 1829, quando segundo o comentário da época (pois nada se comprovou) ela tentou balear a sua própria irmã Maria Benedita (baronesa de Sorocaba), ao descobrir seu relacionamento com o Imperador – que teve como fruto: Rodrigo Delfim. Porém, o maior motivo para a separação foi devido as segundas núpcias de D. Pedro I com Amélia de Leuchtenberg. Ele procurava desde 1827 uma noiva nobre de sangue e seu relacionamento com Domitila e os sofrimentos causados a Leopoldina por este, eram vistos com horror pelas cortes europeias e várias princesas recusaram-se a casar-se com Pedro. Uma das cláusulas do contrato nupcial de Amélia e Pedro dizia que ele deveria afastar-se para sempre de Domitila e bani-la da corte.



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Lista de Emigrantes das Lages da ilha do Pico para o Brasil

1. Isabel de Brum da Silveira (Lajes, Ilha do Pico, Açores, Portugal, 29 de Outubro de 1746 - Brasil, 2 de Abril de 1822) casada com Faustino Manuel Corrêa.

2. Isabel Francisca (Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com Bernardo Gonçalves da Cruz.

3. Francisco Cardoso (Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, Portugal, 4 de Outubro de 1736 - Brasil, ?) casado com Francisca do Sacramento Ferreira.

4. Joana da Conceição (São João, Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casada com José de Brum da Silveira.
5. João Inácio da Costa (Feteira, Calheta de Nesquim , Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Joaquina Maria da Conceição.

6. João Paulino de Azevedo e Castro (Piedade, Lajes do Pico, Açores, Portugal, 11 de Novembro de 1813 - Brasil, ?) casado com Maria Constança de Sousa.

7. José de Brum da Silveira ( Lajes, Ilha do Pico, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Joana da Conceição.

8. José de Brum da Silveira, Filho (Vila das Lajes, Ilha do Pico, Açores, Portugal, 3 de Agosto de 1740 - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 22 de Fevereiro de 1798) casado com Maria Dias da Conceição.

9. Luís da Silveira (Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, Portugal, 9 de Setembro de 1738 - Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, ?) casado com Maria Rosa.

10. Manuel de Azevedo Mattos (Piedade, Lajes do Pico, Açores, Portugal, c. 1699 - Pati dos Alferes, Rio de Janeiro, c. 1788) casado com Antónia Ribeira do Pilar Werneck.
11. Manuel de Macedo Brum Silveira (Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, Portugal, 28 de Setembro de 1763 - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 7 de Agosto de 1816) pai de Francisco Pereira de Macedo, barão e visconde do Cerro Formoso.

12. Maria da Conceição (São João, Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, Portugal, 28 de abril de 1729 - Brasil, ?) casada com José da Costa Matos.

13. Tomé Cardoso de Mendonça (Ribeiras, Lajes do Pico, Ilha do Pico, Azores, Portugal, 17 de Dezembro de 1715 - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 26 de Dezembro de 1793) casado com Isabel Maria da Conceição.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Francisco Coelho de Aguiar

 Francisco Coelho de Aguiar era natural da Ilha Terceira. Estabeleceu-se em Vitória antes de 1830, tendo sido Conselheiro Geral de 1830 a 1834. Seu único filho, Veríssimo, nos deu vasta descendência, entre eles os bisnetos João Duckla de Aguiar e Augusto Manoel de Aguiar Filho, deputados estaduais, Aristeu Borges de Aguiar, presidente do estado (1928-1930), e membro da Academia Espírito-santense de Letras. Os trinetos Eurico Salles de Aguiar, deputado federal e ministro de estado, homenageado com seu nome no Aeroporto de Vitória, e Jefferson de Aguiar, deputado estadual e senador. Não existe ligação, a princípio, entre essa família e os Aguiar do governador Francisco Lacerda de Aguiar, posto que esta última tem origem em Bananal (SP), e, remotamente, em Angra do Heroísmo, ou seja, na mesma Ilha Terceira. Pesquisas na própria Ilha, levariam a uma conclusão mais acertada.



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Pedro Lourenço Machado


Pedro Lourenço Machado (c.1545 São Jorge, Açores - ?), filho de Afonso Lourenço (c.1518, Vila Viçosa, Évora, Portugal - ?) e de Marquesa Alves Machado ó Marquesa Alves (Gonçalves) Machado (c.1525, Calheta, Ribeira Seca - ?), filha de Gonçalo Anes da Fonseca (ca.1475 Faro, Lagos, Portugal -?) e de Mécia de Andrade Machado
Gonçalo Anes da Fonseca era filho de João da Fonseca (c.1435 Lagos, Faro, Portugal - ?), filho de Gonçalo Vaz da Fonseca (c.1415 - ?)

Pedro Lourenço casou com Catarina Dias Vieira e tiveram:

1. Gaspar Lourenço Machado casou com Paula de Freitas

2. Francisco Pires Machado (c.1565 - ?) casou com Apolónia Dias Teixeira

3. João Machado casou com Maria Domingas Gonçalves

4. Maria Vieira Machado casou com Jorge Gomes

5. Bárbara Dias Vieira Machado (? - 22 de Janeiro 1620 Santa Bárbara das Nove Ribeiras, Porto,
Portugal) casou com Antão Martins Fagundes, Capitão do Exército Português.

6. Isabel Vieira Machado


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Francisco Joaquim Moniz de Bettencourt


Francisco Joaquim Moniz de Bettencourt (Praia da Vitória, 8 de Dezembro de 1847 — Évora, 9 de Setembro de 1905), mais conhecido pela alcunha e pseudónimo Mendo Bem, foi um bibliófilo, filantropo, poeta e jornalista açoriano. Publicou uma vasta obra poética de carácter impressionista e deixou dispersos na imprensa lusófona da época inúmeros trabalhos jornalísticos, na maior parte crónicas. A sua rica biblioteca constituiu o núcleo inicial da Biblioteca Municipal de Angra do Heroísmo, hoje integrada na Biblioteca e Arquivo Regional daquela cidade.
Nascido na então vila da Praia, Mendo Bem acompanhou o seu pai nas diversas transferências de residência que a sua carreira de alto funcionário obrigou. Residiu em Angra do Heroísmo durante a maior parte da sua infância e adolescência, tendo estudado na Escola Régia da Sé e depois no Liceu daquela cidade, estabelecimento em que foi colega de uma plêiade de homens que viriam a marcar a vida intelectual e política açoriana nas décadas seguintes. Apesar de ter frequentado parte dos seus estudos secundários em Coimbra, não prosseguiu estudos superiores.
O seu primeiro emprego foi como amanuense na Caixa Económica Angrense, instituição que seu pai fundara quando fora Governador Civil do distrito. Ingressou depois no funcionalismo público, na Repartição de Fazenda, exercendo funções nas cidade de Angra do Heroísmo, Ponta Delgada, Lisboa, Porto, Guarda e Évora, sendo nesta última cidade também Delegado do Tesouro, cargo em que faleceu.
Mendo Bem desde cedo manifestou vocação literária, colaborando, em verso e prosa, nas colunas de diversos jornais açorianos, e depois de várias cidades portuguesas e brasileiras. Como jornalista e poeta as suas produções publicadas nos diversos jornais em que colaborou granjearam-lhe notoriedade, integrando-o no círculo intelectual do tempo. Apesar das acesas polémicas que dominavam a imprensa de então, manteve-se afastado das questões políticas, publicando poesia e produzindo crónicas essencialmente voltadas para a arte, de um lirismo quase poético.
A sua produção literária, para além dos múltiplos trabalhos dispersos pela imprensa periódica, traduziu-se na publicação de vários livros de poesia, e alguma prosa essencialmente lírica, de carácter impressionista, nela se revelando um poeta sentimental e simples e um prosador inspirado, elegante e primoroso.1 Faleceu deixando vários inéditos.
Mendo Bem foi um distinto bibliófilo, especializando-se em livros de temática açoriana, coleccionando ao longo da sua vida uma excepcional biblioteca, a qual incluía muitas raridades. A colecção, que ele denominava de Biblioteca Insulana, incluía livros, folhetos, folhas avulsas, jornais e muitos outros documentos.
Por sua decisão, comunicada em 1902, o espólio deste Terceirense enriqueceu a biblioteca da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, à qual fez a valiosíssima oferta de 3 000 livros. Em consequência, a municipalidade de Angra do Heroísmo, na sua sessão extraordinária de 25 de Setembro de 1902, sob proposta do seu presidente Jacinto Carlos da Silva, o 1.º visconde da Agualva, consignou na acta um voto de louvor e profundo agradecimento por tão preciosa dádiva e deliberou colocar na sala da biblioteca, que foi ampliada, o retrato do oferente. Pediu ainda ao governador civil do Distrito de Angra do Heroísmo para que fizesse levar ao conhecimento de Sua Majestade este meritório facto, para que possa da Régia administração receber o devido galardão.
Entre o espólio oferecido à cidade de Angra encontra-se um álbum, conhecido como o Álbum de Mendo Bem, contendo 146 folhas de cartolina com autógrafos, em verso e prosa, das principais figuras da intelectualidade açoriana da época (incluindo Antero de Quental), complementados com desenhos, aguarelas, fotografias e selos e lacres de diversas entidades de quase todas as ilhas dos Açores. Esse precioso álbum, nunca publicado, encontra-se à guarda da Biblioteca Pública de Angra do Heroísmo.

Mendo bem foi filho do conselheiro Nicolau Anastácio de Bettencourt e de D. Balbina Cândida de Brito (Praia, 15 de Agosto de 1810 - Angra do Heroísmo, 9 de Fevereiro de 1879). Mendo Bem casou com D. Maria Adelaide Botelho (3 de Agosto de 1846 -?).

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Dr. Luís Artur Falcão de Figueiredo Morais de bettencourt

Dr. Luís Artur Falcão de Figueiredo Morais de bettencourt, filho de Artur  Morais Bettencourt e de Maria Figueiredo e Sousa Velho Falcão Morais Bettencourt, nasceu a 3 de Janeiro de 1933 em Vila do Porto ilha de Santa Maria.
Frequentou a escola primária e o curso de liceus, na cidade de Ponta Delgada, tendo -se Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1961.
Foi Assessor Principal do Quadro da Inspecção-Geral do Trabalho/Instituto do Desenvolvimento e Inspecção  Nacional das condições de Trabalho.
Foi Subdelegado do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência no Distrito de Beja entre 1964 e 1970, data em que iniciou funções como Delegado desse mesmo Instituto no então Distrito de Angra do Heroísmo, exercendo, em regime de acumulação, as funções de Presidente da Caixa de Previdência e Abono de Família do mesmo Distrito e ainda as funções de Juiz do Tribunal do Trabalho.
Foi coordenador do Ministério do Trabalho para a região Autónoma dos Açores, ocupando em 1979 o lugar de Secretário Regional dos Assuntos Sociais na Região.
Durante quatro anos ocupou o lugar de Inspector-Geral do Trabalho, tendo exercido entre 1985 e 1990 as funções de Presidente da Direcção do INATEL, desenvolvido actividades .
Apesar do mérito que o Dr. Luís Falcão ao longo da vida em termos profissionais, considera-se uma das maiores virtudes era a disponibilidade que tinha para ajudar os mais desprotegidos, tendo ajudado muitos açorianos em Lisboa quando ali se deslocavam por motivos de doença.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Dr. Manuel Velho Monteiro Arruda


Manuel Monteiro Velho Arruda (Vila do Porto, 5 de Dezembro de 1873 — Coimbra, 24 de Novembro de 1950) foi um médico e historiador açoriano que durante cerca de 40 anos exerceu as funções de delegado de saúde em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel. Para além das suas funções como médico, dedicou-se ao estudo da genealogia e da história, desenvolvendo importante estudos sobre o povoamento dos Açores, em particular sobre a sua ilha natal, de Santa Maria, e sobre as viagens feitas no Atlântico Noroeste, em especial para as costas da Terra Nova e da Nova Inglaterra, por navegadores que partiram dos Açores durante o período henriquino.
Após ter feito os seus estudos primários em Vila do Porto, no ano de 1889 matriculou-se no Liceu de Ponta Delgada, ficando a residir na cidade de Ponta Delgada em casa de um seu tio, João Bernardo Rodrigues, então ali professor de piano e música. Residiu com os tios, e futuros sogros, até 1894, ano em que terminou os estudos liceais e partiu para o Continente, onde se matriculou no curso de Medicina da Universidade de Coimbra. Nos anos em que viveu em Ponta Delgada conheceu a sua futura esposa, a sua prima Irene Rodrigues, e estabeleceu uma duradoura amizade com o seu primo, e futuro cunhado, o poeta Rodrigo Rodrigues.
A sua progressão académica foi lenta, vindo a diplomar-se apenas em 1904. Durante esta década coimbrã, adquiriu uma sólida cultura humanística e conviveu com um grupo de notáveis açorianos que então ali frequentavam a Universidade, entre os quais Carlos de Mesquita, Humberto de Bettencourt e José Bruno Tavares Carreiro.
Concluído o curso regressou aos Açores (Dezembro de 1904), fixando-se na ilha de São Miguel, obtendo o partido médico da vila da Povoação.2 Em 1905 desposou Irene Arruda Rodrigues, filha do tio em casa de quem vivera enquanto estudante liceal. Deste casamento nasceriam Maria José, Violante, Leonor, Helena e Laura Rodrigues Monteiro Velho Arruda.
Em 30 de Abril de 1908 obteve o partido médico de Vila Franca do Campo, onde fixou residência e exerceu as funções de Delegado de Saúde, cargo que exerceria até se aposentar em 1948. Esta ligação profissional à Medicina não impediria contudo que continuasse a dedicar-se com afinco às questões culturais e depois ao estudo da Genealogia e da História.
O seu entusiasmo pelos estudos genealógicos levou a que se tornasse no maior especialista nas genealogias da sua ilha natal de Santa Maria, completando e documentando com recolha de material dos cartórios paroquiais e municipais e dos arquivos judiciais, os trabalhos sobre as famílias da ilha que haviam sido iniciados pelo seu parente Manuel Barbosa da Câmara Albuquerque.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

D. Violante Cabral


D. Violante Cabral foi uma senhora da nobreza de portuguesa e umas das poucas mulheres que foram raiz de importantes famílias nas ilhas dos Açores.
Os descendentes desta família provem uns, de Violante Cabral, irmã de Frei Gonçalo Velho Cabral, que foi comendador, na Ordem de Cristo, do Castelo de Almourol, da Beselga, Cardiga e das Pias e descobridor da ilha de Santa Maria e da ilha de São Miguel.
Outros descendem de Fernão Cabral, que passou aos Açores na segunda metade do século XVI, indo estabelecer a sua residência na cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira; são outros descendentes de João Rodrigues Pereira Cabral, que vivia na dita cidade na segunda metade do século XVII; e outros, finalmente descendem de Manuel Cabral de Melo, que deve ter nascido nos fins do século XVII ou princípios do século XVIII.
Todos estes ramos são procedentes da nobre geração e linhagem dos Cabrais, que tiveram a alcaideria-mor do Castelo de Belmonte, bem como o senhorio de Azurara, Folhada, Guarda, Manteigas, Moimenta, Tavares, Valhelhas, e de outras terras.
D. Violante Cabral, casou com Diogo Gonçalves de Travassos, que foi vedor e escrivão da puridade de Pedro de Portugal, Duque de Coimbra, filho do rei D. João I, e do conselho do rei D. Afonso V, casamento de que nasceram 5 filhos:
1 – Rui Velho.
2 – Pedro Velho Cabral, natural da ilha de São Miguel e casado com Catarina Afonso.
3 – Nuno Velho de Travassos e Melo que casou duas vezes, a primeira na ilha de São Miguel com Isabel Afonso e a segunda vez na ilha de Santa Maria com África Anes.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A Ermida de Nossa Senhora do Pilar na ilha de Santa Maria


A Ermida de Nossa Senhora do Pilar localiza-se no lugar da Faneca, na freguesia de São Pedro, concelho da Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, nos Açores.
De acordo com a tradição, o apóstolo São Tiago chegara à Hispânia para anunciar o Evangelho mas estava desanimado pelos insucessos. Já disposto a retornar a Jerusalém, no ano 40 da Era Cristã, Nossa Senhora apareceu-lhe no alto de um pilar junto ao rio Ebro. O local tornou-se objeto de peregrinações (Catedral de Saragoça) e a Virgem do Pilar veio a tornar-se a protetora da Espanha .
Esta ermida sob a sua invocação, foi erguida por iniciativa de Fernando de Loura Bettencourt e sua esposa, Mariana Margarida Coutinho, em 1722, junto à sua casa de campo. Foi por ambos paramentada e dotada com o património necessário à sustentação, conforme escritura datada de 4 de setembro daquele ano.
A 25 de fevereiro de 1726, Loura Bettencourt, então com 60 anos de idade, veio a falecer, ficando a ermida à conta de sua viúva, que a manteve sempre em ordem para o culto divino. Por sua vez, já em adiantada idade e sem descendentes, vivendo em cada de seu sobrinho, o licenciado padre António do Rego Coutinho, vigário confirmado da Matriz de Vila do Porto, legou-lhe, por escritura de 5 de dezembro de 1757, todos os seus bens. Passou, deste modo, o padroado da ermida para o referido religioso.
Uma década mais tarde, em 1767, iniciou-se a escrituração das receitas e despesas da ermida em livro próprio para esse fim.
Por falecimento do padre António do Rego Coutinho (22 de Setembro de 1774), os seus bens foram herdados pelo seu sobrinho, o capitão-mor da ilha de Santa Maria, José Inácio de Sousa Coutinho. Durante o padroado de Sousa Coutinho, a ermida caiu em completo abandono, a ponto de, em 1790, em visita à paróquia de São Pedro, o reverendo visitador Francisco da Câmara Sousa Carreiro ter registado:

"Visitei as Ermidas de São José e Nossa Senhora do Pillar, e como não têm Capellão, que nellas anualmente diga missa se achão com paramentos sufficientes para nellas se celebrar quando haja algum devoto; (...) E quanto a do Pillar como me consta que o sachristão se serve d'ella em cousas indecentes à Caza de Deos, e usa ainda das mesmas toalhas do Sacrifício em cousas profanas, se deve evitar este escândalo pondo a chave no tempo, em que nella se dis missa em casa de pessoa, que saiba o respeito, com que se deve tratar a Santidade do lugar: o que deicho incumbido ao cuidado do Reverendo Vigário. (...)"
Por falecimento de Sousa Coutinho, os seus bens foram herdados pelo seu filho, Francisco Barbosa de Sousa Coutinho que, como novo padroeiro, também devotou ambas as ermidas ao abandono. Seguiu-se-lhe no padroado a sua irmã, Antónia Ermelinda do Loreto Coutinho, que como procuradora havia anteriormente administrado os bens do irmão. Permanecendo as duas ermidas em estado de abandono, o vigário da paróquia de São Pedro, padre Bernardino José Toledo, em 1826 participou ao corregedor e provedor da Comarca o abandono das mesmas, detalhando-lhe as diversas faltas, entre as quais se destacava o uso do espaço para a desfolha e debulha do milho com a permissão da administradora. Da documentação trocada depreende-se ainda que desde a época dos pais da administradora os rendimentos da fábrica de cada uma das ermidas vinham sendo reduzidos, e que as missas, celebradas tradicionalmente na ermida do Pilar aos domingos e dias santos, não o vinham sendo há mais de trinta anos. A ermida e a sua sacristia, além de serem utilizadas como espaço de desfolha e debulha do milho, eram ainda utilizados como depósito e local de realização de jantares, de bailes e de jogo, "e praticar outros autos emproprios e indignos da Casa de Deos (...)". A verga da porta principal encontrava-se partida pelo meio e o forro e as pernas de madeira do teto podres e ameaçando ruína. Para ambas as ermidas era requerida a nomeação de novo "mordomo". Como resultado, foi deferido o requerimento, nomeando-se como novo provedor a José Maria da Câmara, para escrivão a Luiz Francisco Velho, e para tesoureiro a António Monteiro de Carvalho.
Enquanto isso, no ano anterior (1825), o morgado Luís de Figueiredo Velho Melo Falcão e sua esposa Joana Emília do Canto Côrte-Real, sobrinhos dos fundadores da ermida, atendendo à má localização da mesma, ao mau estado dos caminhos que lhe davam acesso, à diminuta fé do povo, e ao estado de profanação e ruína a que a mesma havia sido devotada por seus padroeiros, requereram licença, em 2 de Outubro, ao bispo de Angra, D. Frei Manuel Nicolau de Almeida, a solicitar a transladação da ermida do Pilar para o lugar de Flor da Rosa Alta, na paróquia de São Pedro, junto a uma casa que ali pretendiam edificar. Desse requerimento teve origem um Auto de Vistoria, datado de 3 de Março de 1826 detalhando o estado da edificação e paramentos, assim como os predicados do sítio para a nova ermida. Tendo sido cumpridos todos os requisitos, o bispo de Angra concedeu ao morgado e à esposa o necessário alvará para a erecção da ermida.
Em Junho do mesmo ano, o casal deu início à transladação da ermida para o novo local, tendo o morgado retirado a imagem da Senhora do Pilar da ermida na Faneca, recolhendo-a a sua residência tencionando depositá-la na igreja paroquial de São Pedro onde permaneceria até à conclusão da nova ermida. Assim que os mestres de obra iniciaram os trabalhos de demolição, e a administradora teve notícia dos mesmos, iniciou um processo visando embargá-los, autuou os mestres e denunciou o roubo da imagem, reivindicando os seus direitos de padroeira e opondo-se à transladação da ermida. Solicitou uma avaliação dos danos, visando o ressarcimento pelos mesmos,16 e iniciou-se um processo junto ao juiz de fora da ilha de Santa Maria.
Enquanto corriam os autos a administradora, visando alicerçar o seu pleito contra a transladação da ermida, e descaracterizar a acusação de abandono da mesma, solicitou o restauro da mesma, às suas inteiras expensas. Tendo iniciado os trabalhos, estes foram embargados pelo morgado. Tendo este pedido de embargo sido diferido , este não foi obedecido, tendo os trabalhos de reedificação prosseguido, conforme petição do morgado, sendo deferido pelo juiz o desmancho dos acréscimos. Posteriormente, por sentença dada em Vila do Porto, em 23 de dezembro de 1826, o juiz determinou que se prosseguisse o conserto da ermida pela antiga forma. Tendo os autos seguido para a ilha de São Miguel, foi o morgado absolvido e condenada nas custas a administradora, conforme acórdão:
"Acordão em Junta que vistos os auttos de que consta não serem os factos da demolição e remoção indicada na Petição foilhas sette, caso de Querela, julgão nulla a de folhas sette, e todo este processo de acusação por virtude della formado contra o Reo, absolvem a este, mandão que se lhê baixa na Culpa, e condenão a Autora nas Custas.
Ponta Delgada, 23 de agosto de 1830. (...)"
Com isso, o morgado desistiu do translado da ermida, que ficou reconstruída por Dna. Antónia Ermelinda, a sua última administradora.
Ao final da década de 1950, a ermida encontrava-se a cargo da Junta de Freguesia de São Pedro