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sábado, 29 de novembro de 2014

Manuel Álvares Correia

Manuel Álvares Correia nasceu a 19 de Agosto de 1867, na freguesia de Santa Bárbara. Agricultor de profissão vivia como toda a comunidade  na altura. A pacatez  da vida rural lenta, mas saudável, onde permitia uma visão mais profunda sobre o que o rodeava.
Com esta visão e a inquietude de quem quer avançar no tempo, progredindo, melhorando o espaço onde nasceu e a vida daqueles com quem dia a dia trabalhava e sentiam a necessidade de novos desafios para uma vida melhor, para eles e  gerações vindouras.

Manuel Álvares Correia homem respeitado e sábio, como diziam muitos que o conheceram.Assumiu o cargo de Presidente da junta da freguesia de 1940 a 1945, dando certamente o seu melhor dentro das competências que na altura o cargo lhe permitia. Foi graças a homens como este que a freguesia chegou  aos nossos dias, com os seus costumes e tradições, valorizando as suas instituições e mantendo a sua própria identidade que deve ser sempre motivo de orgulho de todos os Barbarenses. Estando o seu nome e testemunho em atas de arquivo, na junta de freguesia em homenagem a todo o trabalho que fez por Santa Bárbara.
Manuel Álvares Correia faleceu a 18 de Abril de 1952.


( Cortesia a Norberto Messias e junta de freguesia de Santa Bárbara)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

D. Ana Sieuve de Menezes da Rocha Alves


D. Ana Sieuve de Menezes da Rocha Alves [1913-2005]
Ana Raymundo da Cunha Sieuve de Menezes da Rocha Alves. Nasceu em Angra do Heroísmo, filha do 3º Conde de Sieuve de Menezes. Casou com o médico e político terceirense, Dr. Joaquim da Rocha Alves.
Grande benemérita, dedicou a vida a causas sociais e filantrópicas. A sua acção no âmbito da acção social, desenvolvida em consonância com as instituições diocesanas, foi durante décadas da maior importância para a sociedade terceirense.
Dirigente muito activa e dinâmica da Acção Católica e da Caritas Diocesana, a sua influência ter-se-é feito sentir de forma determinante na criação de várias instituições de apoio a crianças e a adolescentes em situação precária e teve igualmente papel maior no apoio aos presidiários, através da Obra da Cadeia.
Colaborou durante longos anos nos jornais angrenses e com associações culturais locais, entre as quais o Grupo de Teatro Alpendre, do qual foi sócia fundadora.
Foi distinguida pelo Papa João Paulo II com uma benção apostólica especial e agraciada com a Medalha de Mérito Municipal (Ouro) de Angra do Heroísmo e com o grau de Comendadora da Ordem de Benemerência (Ordem de Mérito).

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva


Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva  (Praia da Vitória, 19 de Dezembro de 1901 — Lisboa, 20 de Fevereiro de 1978) foi um poeta, escritor e intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Filho de Vitorino Gomes da Silva e Maria da Glória Mendes Pinheiro, na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, uma vez que foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, facto que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores. Do período do Liceu de Angra, apenas guardou boas recordações de Manuel António Ferreira Deus dado, professor de História, que o introduziu na vida das Letras.
Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames, como aluno externo do Liceu Nacional da Horta. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus, em 16 de Julho de 1918, com a qualificação de dez valores.
A sua estadia na Horta foi curta, de maio a Agosto de 1918. A 13 de Agosto o jornal O Telégrafo dava notícia de que Nemésio, apesar de ser um fedelho, um ano antes de chegar à Horta, havia enviado um exemplar de Canto Matinal, o seu primeiro livro de poesia (publicado em 1916), ao director de O Telégrafo, Manuel Emídio.
Apesar da tenra idade, Nemésio chegou à Horta já imbuído de alguns ideais republicanos, pois em Angra do Heroísmo já havia participado em reuniões literárias, republicanas e anarco-sindicalistas, tendo sido influenciado pelo seu amigo Jaime Brasil, cinco anos mais velho (primeiro mentor intelectual que o marcou para sempre) e por outras pessoas tal como Luís da Silva Ribeiro, advogado, e Gervásio Lima, escritor e bibliotecário.
Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Horta possuía um intenso comércio marítimo e uma impressionante animação nocturna, uma vez que se constituía em porto de escala obrigatória, local de reabastecimento de frotas e de repouso da marinhagem. Na Horta estavam instaladas as companhias dos Cabos Telegráficos Submarinos, que convertiam a cidade num "nó de comunicações" mundiais. Esse ambiente cosmopolita contribuiu, decisivamente, para que ele viesse, mais tarde a escrever a obra mítica que dá pelo nome de Mau Tempo no Canal, trabalhada desde 1939 e publicada em 1944, cuja acção decorre nas quatro principais ilhas do grupo central açoriano: Faial, Pico, São Jorge e Terceira, sendo que o núcleo da intriga se desenvolve na Horta.
Este romance evoca um período (1917-1919) que coincide em parte com a sua permanência na ilha do Faial e nele aparecem pessoas tais como o Dr. José Machado de Serpa, senador da República e estudioso, o padre Nunes da Rosa, contista e professor do Liceu da Horta, e Osório Goulart, poeta.
Em 1919 iniciou o serviço militar, como voluntário na arma de Infantaria, o que lhe proporcionou a primeira viagem para fora do arquipélago. Concluiu o liceu em Coimbra, em 1921, e inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica da mesma Faculdade.


Na primeira viagem que faz a Espanha, com o Orfeão Académico, em 1923, conhece Miguel Unamuno, escritor e filósofo espanhol (1864-1936), intelectual republicano, e teórico do humanismo revolucionário antifranquista, com quem trocará correspondência anos mais tarde.
A 12 de Fevereiro de 1926 desposou, em Coimbra, Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, de quem teve quatro filhos: Georgina (Novembro de 1926), Jorge (Abril de 1929), Manuel (Julho de 1930) e Ana Paula (Dezembro de 1931).
Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica, com elevadas classificações, começando desde logo a leccionar literatura italiana. A partir de 1931 deu inicio à carreira académica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou Literatura Italiana e, mais tarde, Literatura Espanhola.
Em 1934 doutorou-se em Letras pela Universidade de Lisboa com a tese A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Entre 1937 e 1939 leccionou na Vrije Universiteit Brussel , tendo regressado, neste último ano, ao ensino na Faculdade de Letras de Lisboa.
Em 1958 leccionou no Brasil. A 19 de Julho de 1961 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, a 17 de Abril de 1967, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. A 12 de Setembro de 1971, atingido pelo limite legal de idade para exercício de funções públicas, profere a sua última lição na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde ensinara durante quase quatro décadas, passando a ser Catedrático Jubilado.
Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia entre 11 de Dezembro de 1975 a 25 de Outubro de 1976.
Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX, tendo recebido em 1965, o Prémio Nacional de Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne.
Faleceu a 20 de Fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. Mas pediu mais: que os sinos tocassem o Aleluia em vez do dobre a finados. O seu pedido foi respeitado.
A 30 de Agosto de 1978 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a título póstumo.

sábado, 22 de novembro de 2014

Álvaro Pereira da Silva Leal Monjardino


Álvaro Pereira da Silva Leal Monjardino (Angra do Heroísmo, 6 de Outubro de 1930) é um advogado e político português.
Licenciado em Direito e habilitado com o Curso Complementar de Ciências Jurídicas, foi deputado independente à Assembleia Nacional do Estado Novo, eleito nas listas da ANP, por Angra do Heroísmo (1973-1974), integrou a Junta Regional dos Açores e foi deputado, pelo PSD, eleito nos Círculos da Graciosa e Terceira, e primeiro presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores (1976-1984). Ocupou o cargo de Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro no IV Governo Constitucional, de 1978 a 1979.
Distinguiu-se como historiador e estudioso de matérias jurídicas, tendo publicado vários escritos. Foi presidente da Direcção do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1984-1999), e é sócio correspondente da Academia Portuguesa de História. Foi um dos principais obreiros do processo que levou à classificação do centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade na lista da UNESCO. Foi director do diário A União, periódico da cidade de Angra do Heroísmo no qual mantinha assídua colaboração.
Mantém um escritório de advocacia, situado em Angra do Heroísmo, e faz parte da administração de diversas empresas.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Pedro Francisco Machado

Pedro Francisco Machado (Porto Judeu, 1760 - Richmond, 16 de Janeiro de 1831), referido como Peter Francisco nos EUA, foi um Português, nascido na freguesia do Porto Judeu, Concelho de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, destacou-se como herói na Guerra da Independência dos Estados Unidos da América.
Conhecido como "O Gigante da Virgínia", o "Gigante da Revolução" e, ocasionalmente, como o "Hércules da Virgínia", é homenageado pela comunidade portuguesa em New Bedford (Virginia) a 15 de Março1 . Lutou ao lado de George Washington e do marquês de Lafayette, tendo sofrido numerosos ferimentos em combate, em defesa da independência de sua pátria de adoção.
A sua biografia está cercada de uma aura de lenda, sendo-lhe atribuídos feitos extraordinários. As suas origens são relativamente obscuras. Foi encontrado em tenra idade (presumivelmente cinco anos), uma tarde em 23 de Junho de 1765, a chorar, nas docas de City Point, na Virgínia. Quando se acalmou o suficiente para falar, percebeu-se que não falava o inglês e sim uma língua parecida com o Castelhano. Embora nada possuísse que o identificasse, as suas roupas eram de boa qualidade e, na fivela do cinto, liam-se as iniciais "P.F.".
Eventualmente foi capaz de contar a sua história: afirmou que "estava num local lindo com palmeiras, a brincar com a sua pequena irmã, quando dois homens grandes apanharam ambos. A irmã conseguiu libertar-se dos captores mas o menino não, e foi levado para um navio grande que acabou por conduzí-lo a City Point.
Sobre as suas origens, o investigador John E. Manahan identificou que, nos registos de nascimentos da ilha Terceira, nos Açores, existe um Pedro Francisco nascido em Porto Judeu, a 9 de Julho de 1760.
A criança foi acolhida pelo juiz Anthony Winston, de Buckingham County na Virgínia, um tio de Patrick Henry. Quando atingiu idade suficiente para trabalhar, foi instruído como ferreiro, devido ao seu enorme tamanho e força (ultrapassou os 1,98 metros e pesava cerca de 120 kg). O escritor Samuel Shepard, que observou o jovem no seu trabalho, registou:
"Os seus ombros são como os de uma antiga estátua, como uma figura da imaginação de Miguel Angelo, como o seu Moisés mas não como David. A sua queixada é longa, forte, o nariz imponente, a inclinação da testa parcialmente ocultada pelo seu cabelo negro de aspecto desgrenhado. A sua voz era suave, surpreendendo-me, como que se um touro ganisse."
Com os rumores de secessão alastrando-se entre a população da Virgínia, Francisco alistou-se aos 16 anos no 10º Regimento da Virgínia. Estava presente, junto à igreja de St. John em Richmond, quando Patrick Henry fez o seu famoso discurso "Liberdade ou Morte". Em Setembro de 1777, serviu sob o comando do general George Washington em Brandywine Creek na Pensilvânia, onde as forças dos colonos tentaram deter o avanço de 12.500 soldados britânicos que avançavam em direcção à Filadélfia. Não está claro se foi nesse momento que o jovem Francisco salvou a vida a Washington, apesar de se reconhecer que o jovem foi aqui alvejado. Alguns relatos afirmam que ele se tornou guarda-costas pessoal do general, enquanto outros dão conta de que ele era apenas um soldado agressivo e vigoroso, que lutou a seu lado.
Foi Washington quem determinou que uma espada especial, adequada ao seu tamanho, fosse confeccionada para Francisco. Foi esta espada, com 6 pés de comprimento, que aterrorizou os britânicos. Washington terá eventualmente se referido posteriormente a Francisco: "Sem ele teríamos perdido duas batalhas cruciais, provavelmente a guerra e, com ela, a nossa liberdade. Ele era verdadeiramente um Exército de um Homem Só."
Após servir nesta comissão por três anos, Francisco realistou-se e combateu numa das maiores derrotas sofridas pelas forças dos colonos no conflito. Na batalha de Camden (16 de Agosto de 1780, terá realizado um dos seus mais famosos feitos, quando, após os colonos se terem retirado diante dos britânicos, deixando no terreno uma imensa peça de artilharia com aproximadamente 1000 libras, afirma-se que Francisco a colocou às costas e a terá transportado para que não caísse nas mãos do inimigo. Em homenagem a esse feito, os correios dos Estados Unidos emitiram em 1974 um selo comemorativo.



Em pouco tempo, as histórias a respeito de Francisco foram sendo espalhadas e as suas histórias de bravura e vigor foram divulgadas em muitos jornais e romances à época, inspirando ânimo e incentivando a resistência entre as forças dos colonos.
Embora a maior parte dessas histórias careça de fontes documentais, Frances Pollard, da Virginia Historical Society, que apresentou uma exposição sobre o conflito que incluiu uma secção sobre Francisco com o colete gigante que costumava usar, afirmou:
"Acho que uma das coisas que tive dificuldade em documentar foi a sua participação em muitas das batalhas onde realizou feitos históricos. Nunca consegui separar a lenda dos factos, nem encontrar provas da sua participação em algumas destas batalhas. Acho que existe alguma mitologia associada a alguém com aquele tamanho tão fora do vulgar."
Posteriormente, em 1850, o historiador Benson Lossing registou no "Pictorial Field Book of the Revolution" que "um bravo virginiano deitou abaixo 11 homens de uma só vez com a sua espada. Um dos soldados prendeu a perna de Francisco ao seu cavalo com uma baioneta. E enquanto o atacante, assistido pelo gigante, puxava pela baioneta, com uma força terrível, Francisco puxou da sua espada e fez uma racha até aos ombros na cabeça do pobre coitado!"
Mais tarde, enquanto se recuperava, Francisco tornou-se amigo de Lafayette.
Francisco sofreu mais seis ferimentos enquanto a serviço do seu país, tendo morto um número incerto de britânicos e sido condecorado ao final do conflito por generais estadunidenses que se certificaram de que ele estava presente na rendição do general Charles Cornwallis e dos britânicos em Yorktown, a 19 de Outubro de 1781.
De acordo com a tradição, após o conflito, devido às lendas criadas em torno de si, muitos aventureiros foram ao seu encontro para testarem a sua força. Neste período foi apelidado de "o homem mais forte da América", enquanto as crianças aprendiam sobre a sua forças e bravura nas escolas primárias do novo país.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Devin Nunes


Devin Nunes (nascido em 01 de outubro de 1973) serviu na Câmara dos Deputados desde 2003. Ele representa atualmente distrito congressional 22 da Califórnia, que está localizado no Vale de San Joaquin e inclui porções de Tulare e Fresno Concelhos. Ele e sua esposa têm três filhas.
Nunes é o autor do livro A restauração da República, que foi publicado em setembro de 2010. A revista Time nomeou-o uma das estrelas em ascensão da política americana, em sua lista de "40 under 40"; isto é, os melhores quarenta líderes civis com menos de 40 anos de idade. Nunes é membro de duas das comissões mais poderosas na Câmara dos Deputados, Formas e Meios e Permanente Select Committee on Intelligence. No início do Congresso 113, ele foi selecionado para servir como presidente da Subcomissão de Comércio de Formas e Meios.
Nunes nasceu em Tulare, Califórnia. A sua família é de ascendência Portuguêsa,  tendo emigrado dos Açores para a Califórnia. Desde a infância, ele trabalhou  numa  fazenda que sua família  é proprietária  em Tulare County por três gerações. Ele criava gado como um adolescente, usou as  suas economias para começar um negócio de colheita, e depois comprou sua própria terra com seu irmão. Ele permanece ativo na agricultura hoje.
 Graduou-se  em  Tulare Union High School. Ele é o segundo membro do Congresso para participar União Tulare, seguindo medalhista de ouro olímpico Bob Mathias, que serviu na Câmara dos Deputados de 1967 a 1975. Após o trabalho de associado no Colégio das Sequoias, Nunes  formou -se  na Cal Poly San Luis Obispo, onde ele recebeu um diploma de bacharel em negócios agrícolas e um mestrado na agricultura.

Nunes foi eleito pela primeira vez para um cargo público como um dos mais jovens curadores comunidade universitária da Califórnia na história do Estado com a idade de 23. Como um membro do College of the Sequoias Board 1996-2002, ele foi um defensor para o ensino à distância e da expansão da programas disponíveis para estudantes do ensino médio. Em 2001, ele foi nomeado pelo presidente George W. Bush para servir como Diretor do Estado da Califórnia para os Estados Unidos Departamento de seção de Desenvolvimento Rural da Agricultura. Ele deixou este post para concorrer a 21 distrito congressional da Califórnia e agora serve no distrito 22, como resultado de redistricting em 2010.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Alberto Romão Madruga da Costa

Alberto Romão Madruga da Costa  (Horta, 15 de abril de 1940 – Ponta Delgada, 14 de novembro de 2014) foi um político açoriano. Militante do PSD, foi deputado à Assembleia Regional dos Açores e Secretário Regional dos Transportes e Turismo no I e no II Governo Regional dos Açores, tendo ocupado ainda por duas vezes a presidência do parlamento açoriano, entre 1978 e 1979 e entre 1991 e 1995.
Nascido na cidade da Horta, Madruga da Costa realizou o estudos básicos e secundários nessa cidade e depois em Ponta Delgada. Ingressou na Universidade de Lisboa, transferindo-se para a Universidade de Coimbra, onde fez o 4.º ano de Filologia Germânica.

Regressada ao Açores ingressou nos quadros do Banco Português do Atlântico, desenvolvendo uma carreira como bancário ns cidade da Horta. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974 foi militante do PPD/PSD, ingressando na vida política como deputado regional, pelo círculo da ilha do Faial, cargo que exerceu durante seis legislaturas consecutivas (24 anos), entre 1976 e 2000.
Entre 1978 e 1995, foi eleito, em três períodos, presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, tendo também assumido o cargo de vice-presidente daquele Parlamento e de líder da bancada do PSD. No âmbito partidário, desempenhou vários cargos, nomeadamente opresidente da Comissão Política do Faial, de vice-presidente da Comissão Política Regional e de presidente da Mesa do Congresso em diversas ocasiões.
Foi Secretário Regional dos Transportes e Turismo no I e no II Governo Regional e Presidente do Governo Regional dos Açores, na sequência da demissão de Mota Amaral, de 20 de outubro de 1995 a 9 de novembro de 1996. Durante este período distinguiu-se por um perfil discreto e pouco interventivo.
Em junho de 1995, Madruga da Costa foi agraciado pelo Presidente da República com a grã-cruz da Ordem do Mérito4 e, em maio de 2006, a Assembleia Regional atribuiu-lhe a Insígnia Autonómica de Valor.
Afastado da vida política ativa na sequência das eleições legislativas de 1996, Madruga da Costa teve uma breve incursão na comunicação social, como diretor, durante cerca de um ano, do jornal Correio da Horta, propriedade da Diocese de Angra e entretanto extinto.
Foi nomeado administrador não executivo da EDA - Empresa de Electricidade dos Açores.

sábado, 15 de novembro de 2014

Roberto de Mesquita Henriques


Roberto de Mesquita Henriques nasceu em Santa Cruz das Flores a 19 de Junho de 1871, filho de Maria Amélia de Freitas Henriques e do seu primo e marido António Fernando de Mesquita Henriques, proprietário, secretário da Administração do Concelho de Santa Cruz e pagador das Obras Públicas na ilha das Flores. A família estava ligada à pequena aristocracia florentina, tendo na ilha vasta parentela. Tinha também ligações familiares no Faial e na Terceira.

De um casamento anterior, o pai tinha duas filhas; o primeiro filho do casal foi Carlos Fernando de Mesquita Henriques, o poeta Carlos de Mesquita, nascido em 1870, que viria a ser professor da Universidade de Coimbra.

Roberto de Mesquita iniciou os seus estudos no Outono de 1878, matriculando-se na escola régia de Santa Cruz das Flores, estabelecimento que frequentou até Junho de 1875, altura em que foi aprovado no exame do segundo grau da instrução primária. Entretanto, no ano anterior, o seu irmão Carlos já havia concluído o ensino primário e fora enviado para a cidade de Angra do Heroísmo onde iniciara os estudos liceais, razão pela qual em Setembro de 1875 Roberto de Mesquita partiu para a Terceira, onde também se matriculou no Liceu de Angra do Heroísmo.

Os irmãos Mesquita Henriques ficam hospedados em casa de um florentino, de nome Dionísio, onde partilham um quarto. Têm como encarregado de educação Luís da Costa, aparentemente um parente residente na Terceira. Parece datar deste ano passado na Terceira a iniciação dos irmãos na literatura e na poesia, mas, apesar disso, são ambos mal sucedidos nos estudos, regressando às Flores em Julho de 1876 sem ter obtido aprovação. Roberto nem fora admitido a exame.

Perante o insucesso na Terceira, atribuído à influência de um professor florentino hostil à família, no ano imediato optam por se matricular no Liceu da Horta, partindo para aquela cidade em Outubro de 1876. No Faial conseguem o almejado sucesso académico e aprofundam o seu interesse pela literatura, talvez mesmo pela criação poética. Dois dos seus professores, Rodrigo Alves Guerra e Ludovico de Meneses, estimulam essa veia literária dos jovens estudantes, introduzindo-os na tertúlia literária criada em torno da redacção do periódico O Açoreano de que Rodrigo Alves Guerra era redactor.

Roberto de Mesquita consegue aprovação em todas as disciplinas do 1.º ano logo em 1887, o mesmo acontecendo no ano imediato, tendo mesmo conseguido uma distinção na disciplina de Português. Em Julho de 1889 termina as disciplinas do 3.º ano liceal, com excepção de Latim e Matemática, disciplinas em que foi eliminado sem admissão a exame. No ano imediato continua no Liceu da Horta, aparentemente para completar o 3.º ano, mas não existem registos que o comprovem.

Foi neste ano de 1890, qunado ainda era estudante liceal, que ocorreu a estreia literária do jovem Roberto de Mesquita, que sob o pseudónimo de Raul Montanha, publica o soneto Fé no periódico O Amigo do Povo, de Santa Cruz das Flores (Março), a que se segue o poema O Último Olhar, saído no Diário de Anúncios de Ponta Delgada.
Um ano mais tarde, em 1891, continua a estudar na Horta, agora só, já que o irmão Carlos já estava em Coimbra a cursar Direito. Neste ano já subscreve com o seu nome os poemas com que colabora na Ilha das Flores e no O Açoreano. Conclui o 3.º ano liceal, mas parece não ter iniciado a frequência do 4.º ano (então o ano final do curso), manifestando então o desejo de partir para Lisboa, onde pretendia frequentar a Escola do Exército.

Aparentemente por insuficiência económica da família, que já sustentava em Coimbra o irmão mais velho, os planos de partir para Lisboa goram-se e Roberto de Mesquita regressa às Flores no Verão de 1891, interrompendo definitivamente os estudos.

A partir das Flores continua a publicar versos no periódico faialense O Açoreano, recebendo de Coimbra livros e notícias sobre literatura e poesia, enviados por seu irmão Carlos, que entretanto se ligara aos poetas simbolistas e aos meios intelectuais progressistas, que incluíam o seu primo Fernando de Sousa, um activista republicano. Durante alguns messes de 1891 tem como companhia nas Flores o seu antigo professor, o poeta Rodrigo Guerra, agora oficial das alfândegas.

José Eliseu

Começou a cantar em rima ainda em criança, influenciado pelos serões
de cantoria, organizados pelo pai. Foi durante anos o rapaz novo das
cantigas ao desafio. Agora que assinala 30 anos de carreira, começa a
ver crescer uma nova geração de cantadores. José Eliseu partilha com
DI-XL as histórias da já longa carreira e as expectativas para aspróximas décadas.
José Eliseu, 40 anos, natural de São Bartolomeu dos Regatos, é
engenheiro de segunda a sexta e jornalista desportivo nos tempos livres.
Não é por esta descrição, no entanto, que a maioria dos
açorianos o reconhece. Entre a carreira profissional e os relatos da
bola, Eliseu arranja tempo para uma paixão com 30 anos: as cantigas ao
desafio.
Foi a sua capacidade de improvisar em rima que o tornou conhecido nas
ilhas e nas comunidades de emigrantes. Em 2011, assinala três décadas
da primeira actuação e DI-XL quis conhecer as histórias do passado e as
expectativas para o que aí vem.
Entre as melhores recordações da cantoria estão também os instantes da
primeira actuação. Faltava-lhe um mês para completar os 11 anos, quando
por iniciativa de António Plácido, José Eliseu se estreou nas Festas
de São João de Deus.
Plácido, cantador que celebrizou “as velhas” com João Ângelo, ouviu
falar de um “pequeno que dizia umas cantigas” e decidiu -
“corajosamente”, segundo José Eliseu – propor à comissão de festas queaceitasse o rapaz no grupo de cantadores. Já estavam contratados o
próprio António Plácido, João Ângelo, Mota e Galanta, mas a comissão aceitou o desafio.
E assim, a 10 de Junho de 1981, José Eliseu auta pela primeira vez em
público. Não se lembra já das quadras que cantou, mas consegue ainda
descrever com precisão o que sentiu na altura.
Quando chegou a São João de Deus, o pézinho já tinha começado. Os
cantadores estavam em fila, preparados para cantar.

Mary Astor

Mary Astor (Quincy, 3 de maio de 1906 — Los Angeles, 25 de setembro de 1987) foi uma atriz norte-americana.
Nascida Lucile Vasconcellos Laghanke, era filha de um imigrante alemão, Otto Ludwig Langhanke, e de uma estadunidense de Illinois, Helen Marie Vasconcellos, descendente de portugueses e irlandeses. Iniciou a carreira no cinema com pequenas participações, e muitas vezes não creditada, em 1921, no filme Sentimental Tommy ("Tommy, o Sentimental"), aos 15 anos de idade, em uma cena que acabou sendo cortada do filme.
Fez a partir de então pequenos papéis, até que em 1924 John Barrymore a impôs como sua parceira no filme Beau Brummel ("O Belo Brummel"). Teve uma vida agitada: um tempestuoso caso com Barrymore, quatro casamentos, foi vítima do alcoolismo e teve uma tentativa de suicídio. Quando foi ao tribunal lutar pela custódia da filha, na década de 30, a revelação de seu diário íntimo foi um dos grandes escândalos da época, e sua carreira sofreu uma queda.

Teve uma filha com o segundo marido, e um filho, Antonio, do terceiro casamento com Manuel del Campo.

Meredith Vieira

A luso-descendente, que nasceu em Providence, Rhode Island, neta de emigrantes da ilha açoriana do Faial, entra assim para os anais da história televisiva como a primeira mulher a cobrir os Jogos Olímpicos em ‘prime time’ (hora nobre).
A jornalista de 60 anos é filha de Mary Louise Rosa Silveira Vieira e de Edwin Vieira; os seus 4 avós emigraram dos Açores para a Nova Inglaterra, sendo assim 100% de origem lusa.
Há alguns anos, Meredith Vieira era detentora de um dos mais caros contratos da TV Americana, quando a cadeia NBC lhe pagava 10 milhões de dólaresw por ano para co-apresentar o espaço matinal ‘Today’, em Nova Iorque. A jornalista, contudo, renunciaria ao posto para estar mais tempo com o marido, o produtor Richard Cohen, cuja saúde exige cuidados, e de quem tem 3 filhos.

Vieira substitui assim o veterano Bob Costas, que é desde 1988 o rosto dos olímpicos em casa dos americanos.

 Fez  história, ao apresentar em directo de Sochi, na Federação Russa, os Jogos Olímpicos de Inverno. A decisão de colocar Vieira em frente ao microfone foi tomada pela cúpula da emissora NBC, após Bob Costas ter sido afastado da cobertura olímpica por razões de saúde.

Museu do vinhos nos Biscoitos

 É um museu dos Açores localizado na freguesia dos Biscoitos, concelho da Praia da Vitória, ilha Terceira, arquipélago dos Açores.

Este museu que procura contar os 426 anos de história da cultura da vinha na freguesia dos Biscoitos e que igualmente procura integrar-se na tradicional paisagem de produção de vinho dos biscoitos, actualmente Região Demarcada, foi inaugurado em 2 de fevereiro de 1990, durante as comemorações do centésimo aniversário da Casa Agrícola Brum pelos herdeiros de Francisco Maria Brum, antigo produtor de vinha da freguesia dos Biscoitos.
Neste museu é possível ver todo o processo de produção de vinho, desde o cultivo da videira até à maturação da vinha e à transformação desta em vinho ou nos seus subprodutos. Aqui encontram-se também toda uma colectânea de alfaias agrícolas ligadas ao amanho do corrais onde a videira é cultivada de forma a ficar abrigada das inclemências dos clima.
A Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos encontra-se profundamente ligada a esta entidade museológica sendo um dos seus principais dinamizadores.
O edificio do museu propriamente dito encontra-se localizado à Canada do Caldeiro, a 50 metros do centro da Freguesia dos Biscoitos, a 18 km da cidade de Angra do Heroísmo e a 22 km da cidade da Praia da Vitória.
O museu é a fachada de uma propriedade com 10 alqueires, para além dos mais 60 que englobam a exploração de Verdelho e é constituído pelas seguintes secções: uma adega destinada ao Vinho Verdelho, uma Destilaria, uma Sala etnográfica, uma Sala de provas, uma Casa típica onde é feito o engarrafamento do Verdelho do Museu, uma Casa típica que é a sede da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, um Campo ampelográfico, uma Latada, Vários pátios que alojam peças de lagares, uma Torre, uma Eira, um palheiro com dois pisos. Neste museu encontram-se vários tipos de produtos vitivinícolas feitos com as vinhas da região como é o caso:
Brum, (I), vinho Vinho Licoroso de Qualidade Produzido em Região Determinada (VLQPRD), do tipo licoroso feito com as castas de Verdelho dos Açores e Terrantez (vestígios), que alcança teor alcoólico de 17º vol. ou 134 g/litro.

 Brum, (II), vinho VLQPRD, do tipo licoroso feito com as castas de Verdelho dos Açores e Terrantez (vestígios), que alcança teor alcoólico de 17º vol.
Donatário, vinho do tipo branco, feito com as castas de Verdelho dos Biscoitos, que alcança um teor alcoólico de 12%.
Chico Maria, (I), do tipo Seco, licoroso, elaborado com as castas de Verdelho dos Açores e que alcança um teor alcoólico de 17%.
Chico Maria, (II), do tipo meio seco e licoroso, elaborado com as castas de verdelho dos Açores e vestígios de Terrantez da Terceira, alcançado um teor alcoólico de 18%.
Chico Maria, (III), do tipo doce e licoroso, elaborado com as castas de Verdelho dos Açores e vestígios de Terrantez da Terceira, alcançado um teor alcoólico de 19%.