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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real

Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real, nasceu em Angra, em 8 de Maio de 1762, filho de André Diogo Martins Pamplona Corte Real e de sua mulher Josefa Jacinta Merens de Távora, ambos da melhor aristocracia açoriana. O pai era fidalgo-cavaleiro da Casa Real e 8.º administrador do morgado dos Pamplonas e da Casa da Salga, na ilha Terceira, e a mãe pertencia à família Merens, da governança da cidade de Angra desde os tempos da colonização da ilha.


A sua data de nascimento foi durante muito tempo incerta, pois o próprio ao longo da sua vida se encarregou de a confundir, pois Pamplona costumava mostrar-se mais jovem, principalmente perante a administração francesa, para manter abertas as perspetivas de promoção ou mesmo de atrasar a sua passagem à reforma, chegando a usar em documentos 1766 e 1769 como anos de nascimento. Em sentido oposto, vário autores apontaram 3 de junho de 1760 como data de nascimento.  Contudo, o registo de nascimento constante nos arquivos paroquiais de Angra do Heroísmo não deixa dúvidas: nasceu na freguesia da Sé de Angra no dia 8 de maio de 1762.



Fez os seus estudos menores em Angra, depois foi afastado da proteção da casa familiar e encaminhado como aluno interno para o Real Colégio de Mafra  e depois para o Colégio dos Agostinianos em Lisboa. Na sua passagem pelo Real Colégio de Mafra desenvolveu o gosto pela leitura dos clássicos e pela escrita, hábito que o acompanhou por toda a vida. Sendo um jovem nascido nos Açores e sem particulares ligações à aristocracia da corte, a sua passagem por Mafra, escola que ao tempo frequentavam os jovens da nobreza por estar encerrado o Colégio dos Nobres, permitiu-lhe estabelecer conhecimentos e amizades que perdurariam por toda a vida. Entre estes conhecimentos figura D. Francisco José Maria de Britto (1759–1825), sobrinho de frei Manuel do Cenáculo, bispo de Beja e confessor do príncipe D. José (1761–1788), o filho primogénito da rainha D. Maria I e herdeiro putativo da coroa. Francisco José Maria de Britto viria a ser embaixador em Paris e Bruxelas, o que lhe daria depois um papel importante na vida de Pamplona.




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