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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

João Teixeira Soares de Sousa

 

João Teixeira Soares de Sousa  nasceu nas Manadas a  12 de Setembro de 1827  e faleceu em  Ponta Delgada a  1 de Fevereiro de 1875,  em geral citado como Dr. João Teixeira Soares.


O Dr. João Teixeira Soares nasceu nos Terreiros, freguesia de Manadas, concelho de Velas, filho do grande morgado e político Miguel Teixeira Soares de Sousa e de sua mulher Maria Angélica Soares de Albergaria, família das mais abastadas da ilha, detentora de importantes áreas agrícolas e ligada à produção de vinho e de laranja.


Seguindo o percurso típico dos jovens da classe abastada insular, aparentemente com o objectivo de cursar medicina, em Outubro de 1849 matricula-se na Universidade de Coimbra, onde obtém o grau de bacharel em Matemática em 1853 e de Filosofia em 1854. Tendo iniciado o curso de Medicina em 1852, acabou por abandonar a Universidade sem o concluir.


Em 1854 regressou a São Jorge onde assumiu a direcção dos negócios familiares, ingressando quase de imediato na política local: nos anos imediatos é escolhido para vereador da Câmara Municipal de Velas e depois nomeado juiz substituto na comarca respectiva.


Nas eleições gerais de 1864 foi eleito deputado, pelo novel círculo de S. Jorge e Graciosa, partindo para Lisboa nos finais daquele ano. Durante a sua estadia em Lisboa iniciou um percursos de investigação da documentação histórica referente à sua ilha natal, em particular no Arquivo da Torre do Tombo. Desse labor resultou a transcrição de numerosos documentos e a localização de outros que depois utilizará nos seus artigos sobre história local.


A solicitação de Teófilo Braga, recolheu numerosos contos, proverbios ditos e cantigas populares, num trabalho pioneiro na recolha do cancioneiro e romanceiro jorgense, transformando-se num dos principais colaboradores da obra Cantos Populares do Archipelago Açoriano que Teófilo Braga editaria em 1876. É também na revista Era Nova (1880-1881), dirigida por Teófilo Braga, que se encontram dois textos da sua autoria, editados postumamente: "Camões nas ilhas dos Açores" e "Os doze de Inglaterra" (estudo crítico-histórico). Também de forma póstuma se encontra colaboração da sua autoria na Revista de Estudos Livres   (1883-1886) dirigida pelo mesmo.

Aproveitando a proliferação que na época ocorreu na imprensa açoriana, manteve diversos jornais em São Jorge, nos quais, a par de outros da ilha Terceira e da ilha de São Miguel, publicou numerosos estudos históricos e etnográficos.


Com apenas 54 anos de idade faleceu na ilha de São Miguel, ilha onde tinha ido procurar aconselhamento médico após prolongada doença.




domingo, 1 de dezembro de 2024

Ilha do Corvo Açores




Guilherme Read Cabral

 


Guilherme Read Cabral  nasceu em Inglaterra a  1821  e faleceu em  Ponta Delgada a 18 de Junho de 1897.

Guilherme Read Cabral foi Director das alfândegas de Ponta Delgada, tendo, sob esse título publicado um Compêndio da legislação fiscal em 1869.


Colaborou com o semanário literário Revista dos Açores e no periódico O paquete do Tejo (1866-1867).


Entre 1873 e 1874 foi proprietário e redactor do periódico o Cultivador, publicado mensalmente em Ponta Delgada .  Em 1879 publicou o livro de poesias Em pleno Atlântico.



Em 1889 novo livro de poesia inspirado na história de Portugal Glórias e primores de Portugal.

Em 1895 publicou o romance histórico Ângela Santa Clara, e o conto de ficção-científica Um novo mundo.


Em 1897 volta ao tema com um "romance científico" denominado No interior da terra e nas profundezas do mar.


Foi condecorado como Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e Comendador da Ordem Militar de Cristo.


Foi sócio ordinário da Sociedade de Geografia de Lisboa.