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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Ilha das Flores Açores




João Moniz Corte Real

 


Nasceu em Angra, filho de Francisco Moniz Corte Real e de D. Mariana Josefa do Rego, de quem herdou o morgadio familiar. Destinado à vida militar, alistou-se como voluntário no Batalhão de Angra, em 3 de Outubro de 1801, passando para a 2.ª Divisão da Brigada da Marinha. Foi cadete em 1802, alferes em 1809, tenente em 1813, capitão em 1820. Foi reformado em major.


Combateu valorosamente na Guerra Peninsular, entre 1809 e 1814, o que lhe mereceu honrosa menção nas Ordens do Exército, razão pela qual recebeu a Cruz de Ouro] n.° 6 e foi os hábitos de cavaleiro da Ordem de Cristo e da Ordem de Avis. Foi promovido a capitão, em 1820, reformando-se da sua carreira militar como major de Infantaria.


Em Lisboa envolveu-se na Revolução de 1820, mas em breve aderiu à causa do absolutismo. Aspirando em 1823 ao governo da ilha de São Miguel ou Faial, o lugar foi-lhe negado devido às suas convicções políticas. Aquando da entrada em vigor da Carta Constitucional foi, devido à sua posição política, desligado do serviço, regressando à ilha Terceira, onde se fixou na Terra Chã.


Na Terceira, foi um entusiasta da aclamação de D. Miguel, em Maio de 1828. Foi chamado pelo capitão-general para precaver o levantamento militar do Batalhão de Caçadores n.º 5 a favor da Carta, o que não conseguiu. Com a revolta de 27 de Junho de 1828, que estabeleceu a Carta, organizou a resistência realista com base nas ordenanças, ocupando a vila da Praia e aclamando D. Miguel, mas foi derrotado no recontro do Pico do Seleiro, em Outubro de 1828, a que não assistiu por estar recolhido devido a uma queda.



Conseguiu escapar às prisões que se seguiram e ainda organizou a resistência com base nas guerrilhas que actuavam principalmente na área de Terra Chã, onde ele próprio tinha propriedades. Ficaram lendárias essas acções. Desiludido com a falta de apoio externo e incapaz de derrotar os liberais, e com a cabeça a prémio, saiu da ilha em 1829, passando por São Miguel, onde se encontrou com o capitão-general absolutista, Sousa Prego. Seguiu para Lisboa, sendo recebido pelo rei D. Miguel a quem expôs a situação na Terceira. Foi mandado embarcar como ajudante-de-ordens do coronel José António de Azevedo, na esquadra que ia subjugar a Terceira. Assistiu ao desastre dessa expedição na baía da Praia, em 11 de Agosto de 1829, não chegando a desembarcar.


Foi intransigente partidário do miguelismo pelo qual combateu. Em 1832, escreveu uma espécie de relatório: «Fatalidades do Povo da Ilha Terceira na sua política contenda contra os rebeldes», onde faz uma descrição das suas atividades e do que se passava na Ilha durante aquele tempo.


Casou por duas vezes, primeiro com D. Joaquina do Carmo Moura Portugal e depois com D. Maria Carolina de Oliveira.



sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Ilha do Faial Açores




José de Arriaga

 


José de Arriaga Brum da Silveira nasceu na Horta a  8 de Março de 1844  e faleceu  em Lisboa a 25 de Fevereiro de 1921.  Conhecido por José de Arriaga, foi um historiador e escritor. 


José de Arriaga nasceu na casa do Arco, no centro da cidade da Horta, ilha do Faial, filho de Sebastião José de Arriaga Brum da Silveira e de sua esposa Maria Cristina Pardal Ramos Caldeira. Foi irmão de Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente da República Portuguesa. Pertencente à melhor sociedade faialense, o pai era um dos mais ricos comerciantes da cidade, último administrador do morgadio familiar e grande proprietário. A família, com pretensões aristocráticas, traçava as suas origens até ao flamengo Joss van Aard, um dos povoadores iniciais da ilha. Foi neto do general Sebastião José de Arriaga Brum da Silveira, que se distinguiu na Guerra Peninsular, e sobrinho-neto do desembargador Manuel José de Arriaga Brum da Silveira, que em 1821 e 1822 foi deputado pelos Açores às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa.


Depois de concluídos os estudos preparatórios na cidade da Horta, em 1860 foi para Coimbra na companhia do seu irmão Manuel de Arriaga, quatro anos mais velho, que se matriculara em Direito na Universidade de Coimbra. Depois de concluir os seus estudos preparatórios naquela cidade, em 1863 matriculou-se também no curso de Direito.

Tendo aderido, como o irmão, ao ideário do republicanismo democrático, o pai, um monárquico conservador com laivos de miguelismo, recusou-se a pagar-lhe os estudos, tendo então que recorrer à ajuda do irmão, que dava aulas particulares de inglês, e à escrita de artigos para diversos periódicos. Em 1869 tornou-se bacharel em Direito.



sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Juan de Urbina nos Açores

 


Juan de Urbina (século XVI - século XVII), frequentemente referido na literatura lusófona por D. João de Horbina, foi um militar espanhol que se destacou na conquista dos Açores em 1583 e depois como governador do Castelo de São Filipe do Monte Brasil e como governador militar os Açores.


Exerceu as funções de Mestre-de-Campo e primeiro governador militar dos Açores, ficando instalado em Angra quando da conquista daquela cidade por D. Álvaro de Bazán, após o desembarque da Baía das Mós em 27 de Julho de 1583.


Urbina mantinha uma estreita relação com Miguel de Cervantes, de quem terá sido companheiro de armas na batalha de Lepanto.



segunda-feira, 4 de novembro de 2024

António Taveira da Neiva Brum da Silveira

 

António Taveira da Neiva Brum da Silveira  nasceu na cidade da  Horta a 22 de Julho de 1706   e faleceu  2 de junho de 1775. 


Formado pela Universidade de Coimbra, lecionou nesta instituição. Foi ordenado diácono em 28 de Dezembro de 1736 e presbítero em 1 de Janeiro de 1737. Foi nomeado arcebispo de Goa (logo, Primaz do Oriente) em 17 de Novembro de 1749, por Dom João V, sendo a nomeação ratificada pela Santa Sé em 19 de Janeiro de 1750, pelo Papa Bento XIV.

Foi sagrado em 8 de Março de 1750, na Sé de Lisboa, pelo patriarca Dom Tomás de Almeida, indo para Goa com o vice-rei Francisco de Assis de Távora, seu amigo de longa data. Foi, durante alguns períodos, presidente do Conselho para governar a Índia Portuguesa e entre 1757 e 1758, foi governador interino.

Após os anos na Índia, já cansado e fatigado, apresenta sua renúncia e retorna a Portugal, mais concretamente à sua cidade natal (Horta) onde pretendia ser enterrado na Capela que financiara na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, mas durante a viagem, veio a falecer, tendo o seu corpo sido atirado ao mar próximo ao Cabo da Boa Esperança.




sábado, 2 de novembro de 2024

As batalhas do Vale dos Tabuleiros e do Pico das Contendas

 


Ao meio-dia em ponto, estavam por parte da ilha incorporados 8 000 portugueses, franceses e ingleses e tinha ficado em Angra uma suficiente guarnição, a cargo dos capitães Miguel da Cunha, Sebastião do Canto, que servia na fortaleza, e Tomás de Porras Pereira. Na vila da Praia deixou o conde duas companhias.


Achava-se também no seu campo 400 homens de cavalo; e em todos os corpos deste exército reinava o maior entusiasmo de valor, tocando caixas, pífaros, tambores e outros instrumentos bélicos, dispondo-se já cair impetuosamente sobre o inimigo.


Destinava o conde acometer o campo do marquês com todas as suas forças; e contudo sobre isto houve diferentes pareceres, decidindo-se finalmente que por ora se destacasse gente a escaramuçar e impedir a fortificação, e que ao mesmo tempo se cortasse a marcha sobre a estrada da beira-mar, que vai ao caminho da Salga, por onde ele podia facilmente recolher-se à cidade; enquanto o conde estendia uma linha para encadear as duas montanhas com o vale, tomando a frente do inimigo, de forma que lhe não restasse esperança de salvamento senão retirando-se outra vez ao mar.



Com aqueles objectivos, o conde Manuel da Silva Coutinho destacou o comendador de Chaste, com os seus franceses, para assenhorear-se do Pico dos Cornos, ao levante do arraial inimigo; e ordenou ao capitão António da Silva que com 2 000 portugueses ocupasse as faldas do Pico das Contendas da parte do poente, defendendo a sobredita estrada da beira-mar.


Entretanto o conde com o resto do exército defendia o centro do vale, postando-se no campo plano a que chamam Tabuleiros, lugar eminente, no princípio do qual estava o marquês senhor dos fortes e terreno a eles contíguo.



Não cessavam as escaramuças na vanguarda dos exércitos, com grande valor de parte a parte; e sendo conhecida a vantagem da gente da ilha, pelo uso das lanças e dardos, com que duas vezes tinham ganhado as primeiras trincheiras, e da terceira vez chegado às segundas, ordenou o marquês prover os seus de um grande número daquelas armas, com que em breve tempo repeliu e fez retirar os portugueses por estarem já muito cansados da vigília da noite e dos trabalhos daquele dia.


Sem embargo daquela vantagem, não ganhou o marquês terreno algum para a frente, ainda que bem mostraram ser homens de experiência e valor (segundo a descrição que António de Herrera faz da batalha) Manuel da Veiga, Agustín de Herrera, Vicente Castellolin, Juan de Texeda, Luiz de Guevara, D. António de Passas Soutomayor, D. Juan de Luna, e outros muitos.



sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Ilha Graciosa Açores




Francisco de Arruda Furtado

 


Francisco de Arruda Furtado nasceu em Ponta Delgada a 17 de Setembro de 1854  e faleceu na  Fajã de Baixo a 21 de Junho de 1887.  Foi um naturalista português.

Furtado dedicou os seus estudos à malacologia e à antropologia.

Sendo contemporâneo de Charles Darwin e adepto da teoria da evolução concebida por este e descrita no livro A Origem das Espécies, trocaram diversa correspondência relativa à evolução das espécies.  Após a morte de Darwin, Arruda Furtado, querendo homenagear o cientista britânico, escreveu um artigo na revista O Positivismo com o título Embryologia Também se encontra colaboração da sua autoria na revista Era Nova   (1880-1881) dirigida por Teófilo Braga.


Foi membro honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Leeds Philosophical and Literary Society.



Ilha Terceira Açores




Ermida de Santa Catarina ilha Terceira Açores

 

A Ermida de Santa Catarina é uma ermida localizada na freguesia dos Biscoitos, concelho de Praia da Vitória, ilha Terceira, arquipélago dos Açores.


Para esta ermida foram trasladados os restos mortais do general Manuel Inácio Martins Pamplona, que chegou a Ministro Assistente ao Despacho num dos governos de D. João VI de Portugal, da família Pamplona, edificada em 1525 e em torno da qual cresceu o lugar da Arrochela.




domingo, 27 de outubro de 2024

Parque Municipal do Relvão ilha Terceira Açores

 

O Parque Municipal do Relvão localiza-se no sopé da vertente Leste do Monte Brasil, na freguesia da Sé, no centro histórico da cidade e Concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, nos Açores.


Estende-se das muralhas da Fortaleza de São João Baptista até à baía de Angra do Heroísmo, em um sítio histórico, de vez que o chamado "Relvão" serviu como campo de manobras militares no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) e como local de castigos e de execuções por fuzilamento, nomeadamente por determinação da Junta Provisória na sequência do Combate do Pico do Seleiro (4 de Outubro de 1828).



Com a chegada à Terceira do conde de Vila Flor e de Pedro IV de Portugal, o campo do Relvão passou a ser utilizado principalmente para paradas militares, onde pouco a pouco se foi formando o Exército Libertador, que partiu mais tarde para a ilha de São Miguel e desta para Desembarque do Mindelo, nos arredores da cidade do Porto.


Atualmente o parque constitui-se em uma importante área de lazer, com diversos equipamentos onde se destacam quadras de vólei e basquete, pista para caminhadas/corridas, parque infantil com diversos brinquedos e outros.




ilha de Santa Maria Açores





quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Desembarque da Baía da Mós ou batalha da ilha Terceira Açores

 


No contexto da crise de sucessão de 1580, os Açores declararam-se a favor de D. António, o Prior do Crato, e, sob a liderança do corregedor Ciprião de Figueiredo, prepararam-se para a resistência armada.


Aconselhada pelo capitão do donatário na ilha, Rui Gonçalves da Câmara, futuro 1.º conde de Vila Franca em prémio dos seus serviços a Castela, a aristocracia micaelense aderiu ao partido de Filipe II de Espanha, entregando a ilha voluntariamente.


Pelo contrário, na Terceira, a nobreza e o povo de Angra, sede do bispado açoriano e residência do corregedor, decidiu manter a sua adesão à causa antonina, tornando-se o principal centro de resistência à união com Castela.


Numa primeira tentativa de conciliação, Filipe II enviou emissários à ilha, com promessas de perdão pela rebeldia e generosas honrarias, as quais foram rejeitadas. Face ao insucesso da diplomacia, em Julho de 1581 enviou uma expedição militar para submissão da ilha, a qual acabou derrotada na batalha da Salga, sendo obrigada a retirar.


No Verão do ano seguinte, já quando o rei D. António I se encontrava nos Açores com uma armada francesa comandada por Filippo Strozzi, Filipe II enviou uma nova e mais poderosa armada às águas dos Açores. Tendo D. António retomado parcialmente o controlo da ilha de São Miguel, as armadas acabaram por dar batalha ao largo daquela ilha, num recontro que ficou conhecido como a Batalha Naval de Vila Franca, de que resultou o desbarato das forças luso-francesas. Perdida definitivamente a ilha de São Miguel, D. António refugiou-se na Terceira, de onde partiu novamente para o exílio em França.


Dada a importância geoestratégica do arquipélago, Filipe II resolveu preparar uma poderosa expedição, entregando o seu comando a D. Álvaro de Bazán, o seu mais experiente almirante. Foi essa armada que em Julho de 1583 partiu de Lisboa à conquista da Terceira.


A descrição  é retirada dos Anais da Ilha Terceira, de Francisco Ferreira Drummond.




A Dinastia Filipina na ilha Terceira Açores


No contexto da Crise de sucessão de 1580, António de Portugal, Prior do Crato foi aclamado e coroado rei, sendo derrotado pelas forças espanholas sob o comando do duque de Alba na batalha de Alcântara (25 de Agosto de 1580).



Diante da instalação da Dinastia Filipina em Portugal, D. António passou a governar o país a partir da Terceira, nos Açores. Após a vitória na batalha da Salga (25 de Julho de 1581, na Terceira, e da derrota na Batalha Naval de Vila Franca (26 de Julho de 1582), nas águas da ilha de São Miguel, a resistência da Terceira persistiu até ao Verão de 1583. Nesse período, enquanto sede da monarquia portuguesa, a ilha chegou a ter, além da presença do soberano, órgãos como a Casa da Suplicação, as Mesas de Desembargo do Paço e Casa da Moeda.


Após subjugarem a resistência local, na sequência do desembarque da Baía das Mós (26 e 27 de Julho de 1583), os Castelhanos organizaram na Terceira um governo-geral.


Com a aclamação de João IV de Portugal (1640), as ilhas do arquipélago aderiram imediatamente à Restauração da Independência, o que, contudo, foi dificultado pela existência de uma grande resistência castelhana em Angra do Heroísmo, que perdurou até à rendição da Fortaleza de São João Baptista em Março de 1642.




domingo, 20 de outubro de 2024

Navegador Diogo de Teive nos Açores

 


Diogo de Teive era filho de Lopo Afonso de Teive, escudeiro da Casa do Infante e juiz ordinário na cidade do Porto, e de sua mulher Leonor Gonçalves Ferreira, irmã do bispo de Coimbra, D. Álvaro Ferreira, que governou aquela diocese entre 1431 e 1444.  Casou com Maria Gonçalves de Vargas, casamento de que nasceram o navegador João de Teive e Catarina de Teive de Gusmão. Tal como seu pai, foi escudeiro da casa do Infante D. Henrique.

Por volta de 1450, e na sequência da doação da capitania da ilha Terceira a Jácome de Bruges, terá participado numa viagem de exploração àquela ilha, onde é apontada a sua presença em 1451. Por esse ano, e no ano seguinte, realizou pelo menos duas viagens de exploração para oeste do arquipélago dos Açores.



Em resultado dessas viagens, no ano de 1452 é atribuída a Diogo de Teive e João de Teive, seu filho do casamento com Leonor Gonçalves Vargas, a descoberta das ilhas das Flores (Flores e Corvo), as últimas a serem reconhecidas no arquipélago dos Açores. Esta descoberta ocorreu no regresso da sua segunda viagem, sendo aquelas ilhas inicialmente consideradas um novo arquipélago, com o nome de ilhas Floreiras ou ilhas Foreiras. 


Por finais da década de 1460 passou à ilha Terceira, como ouvidor, uns dizem que do capitão Jácome de Bruges outros, talvez com mais razão, ouvidor do duque donatário. Na ilha Terceira fez as vezes de capitão, distribuindo dadas de terras e entrou em litígio com Jácome de Bruges devido à disputa pela posse da Serra de Santiago na Praia. Alguns investigadores sugerem que esteve relacionado com o desaparecimento do flamengo Jácome de Bruges, capitão do donatário da ilha Terceira. Essas sugestões fundamentam-se na historiografia tradicional, apoiada nos cronistas, que o indica como responsável pela morte do capitão Bruges, a quem teria mandado assassinar.



Com o seu filho, João de Teive, deteve direitos sobre as ilhas das Flores e Corvo até 1474, ano em que D. Fernão Teles de Meneses, 4.º senhor de Unhão, casado com D. Maria de Vilhena, comprou os direitos sobre as referidas ilhas. Essa compra foi confirmada por carta régia de 25 de Janeiro de 1475, e por ela fica-se a saber que Diogo de Teive foi senhor daquela ilha e que a transmitiu a seu filho João de Teive e que já tinha morrida nessa data. O problema é saber desde quando detinha o senhorio da ilha, porque não resta dúvida que a ilha das Flores e a do Corvo integraram a donataria do Infante D. Henrique e de D. Fernando. Possivelmente foi senhor das Flores depois da morte do infante D. Fernando, em 1470.




sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Carta régia de D. Afonso V dando licença ao Infante D. Henrique para povoar as sete ilhas dos Açores em 1439

 

Carta de El-Rei D. Afonso V dando licença ao Infante D. Henrique para povoar as sete ilhas dos Açores, onde já mandara lançar ovelhas, de 2 de Julho de 1439.


"Dom Afomso etc. A quantos esta carta virem fazemos saber, que o Ifante Dom Anrrique meu tio nos envyou dizer q el mandara lançar ovelhas nas ssete Ilhas dos Açores, e que se nos aprouguese que as mandaria pobrar. E porq a nos dello praz lhe damos lugar e licença q as mande pobrar. E porem mandamos aos nosos veedores da fazenda corregedores juizes e justiças e a outros quaaesquer q esto ouverem de veer que lhas leixe mandar pobrar e lhe nom ponham sobre ello enbargo. E al nom façades. Dada em cidade de Lixboa doos dias de Julho.


EI-Rey o mandou com autoridade da Sra. rrainha sua madre como sua tetor e curador que he com acordo do Ifante do Ifante  Dom Pedro seu tio defensor por el dos ditos regnos e senhorio. Paay Roiz a fez screpver e ssoscrepveo per sua maão. Anno do naçimento de nosso Senhor Jhu Christo de mil e iiii xxxix."


A.N.T.T., Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 19, fólio 14.