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sábado, 15 de outubro de 2022

Florêncio Terra

 


Florêncio Terra  nasceu  na cidade da Horta, Açores a 18 de Maio de 1858  e faleceu na  cidade da  Horta, a 25 de Novembro de 1941). Foi um escritor, publicista, professor e político açoriano que se notabilizou como contista.

Florêncio José Terra nasceu na ilha do Faial, filho do conhecido capitão da marinha mercante Florêncio José Terra Brum e de Maria dos Anjos da Silva Sarmento. Pelo lado paterno pertencia à família do barão de Alagoa, uma das mais distintas e influentes do seu tempo. Era casado com Teresa Amélia Ribeiro Guerra, filha do segundo barão de Santana, Rodrigo Alves Guerra.

Cursou com distinção o Liceu da Horta, aí começando, em 14 de Outubro de 1888, a reger interinamente a cadeira de Introdução à História Natural.


Pretendendo seguir a carreira do magistério liceal, prestou, de seguida, brilhantes provas em Lisboa, ficando aprovado. Foi nomeado a 8 de Novembro de 1896 professor vitalício, iniciando uma carreira que manteria toda a vida. Ensinou Matemática e Ciências Naturais.

Exerceu em duas ocasiões (1907-1919 e 1928-1929) o cargo de reitor do Liceu da Horta (Liceu Manuel de Arriaga), distinguindo-se como professor e administrador.

Para além da sua actividade como professor liceal, exerceu diversos cargos públicos na administração distrital e local, entre os quais os de vereador e vice-presidente da Câmara.

Foi sócio fundador do Grémio Literário Artista Faialense em 1874.

Pertenceu a uma geração de valores notáveis naquele centro citadino, embora nem todos naturais de lá, conhecendo outras figuras de relevo cultural, da geração anterior. Conviveu com António Lourenço da Silveira Macedo, autor da História das Quatro Ilhas que Formam o Distrito da Horta, com João José da Graça, Garcia Monteiro, Manuel Joaquim Dias, os contistas Nunes da Rosa e Rodrigo Guerra e diversos intelectuais que por aqueles anos viveram na Horta.



Como jornalista, dirigiu, com Luís Barcelos, o semanário literário A Pátria (que inicou publicação a 13 de Dezembro de 1876) e, com Manuel Zerbone, o semanário literário intitulado Biscuit (iniciou publicação a 5 de Julho de 1878).


A sua maior actividade como jornalista exerceu-a no diário O Açoreano ( na 2.ª série, iniciada a 1 de Março de 1895) e no semanário literário e noticioso O Faialense, cuja 2.ª série iniciou a 5 de Novembro de 1901, de parceria com Marcelino Lima e Rodrigo Guerra.

Colaborou ainda nas publicações do Grémio Literário Artista Faialense, n’O Telégrafo, no Correio da Horta e em diversas revistas e jornais de Lisboa, nomeadamente no Ocidente, na Ilustração Portuguesa, no Branco e Negro e na revista literária de O Século.




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