Em Julho e Agosto se desenvolveu de tal modo
que foi necessário estabelecer casas de saúde. Foram enfermeiros, cuidando dos
doentes carinhosamente, os padres Franciscanos que, com caridade evangélica,
tratavam, amezinhando e curando os enfermos. Faleceram, em toda a ilha, cerca
de 7.000 pessoas de ambos os sexos, grandes e pequenos, cujos cadáveres se
sepultaram nas igrejas, adros, cemitérios e cerrados. Durou esta calamidade até
20 de Janeiro de 1600. Tomaram as Câmaras da ilha, por padroeiro, o mártir São
Sebastião, fundando-se ermidas próprias que foram desaparecendo com os
terramotos e substituídas por edifícios públicos.
Durante muitos anos se fazia em toda a ilha a
festividade de São Sebastião, a expensas das Câmaras, acorrendo povo de toda a
parte, aterrorizado ainda pelo que havia presenciado.
O cemitéje se encontra a ermida do Livramento, que dantes se chamava de São Roque.
Nos primeiros anos vinham romarias a visitar o lugar onde tantos dos seus jaziam.
Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 131, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.rio, onde se enterrou a maior parte
dos mortos.
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