João Falcão de Sousa (século XVII - Vila do Porto, 12 de Dezembro de 1657) foi o 10º capitão do donatário na ilha de Santa Maria, nos Açores.
No contexto da Restauração da Independência, serviu como voluntário no cerco à Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira (1641-1642),[1] tendo sido louvado por seus feitos militares.[carece de fontes]
Governou a ilha de Santa Maria na menoridade de Brás Soares de Sousa na qualidade de Capitão-mor conforme Alvará Real passado em 1654,[2] até à sua morte, em 12 de Dezembro de 1657.
Exerceu o cargo de Superintendente das Obras de Fortificação da ilha, no contexto da Primeira Guerra Anglo-Holandesa, ascendendo as armadas de cada um dos lados a mais de uma centena de navios de guerra e receando-se um possível ataque à ilha. Nessa função, diligenciou completar a defesa da ilha, não apenas em Vila do Porto, como em todos os pontos do litoral por onde havia facilidade em um inimigo entrar. Para concluir as obras empreendidas, chegou mesmo a empenhar os seus bens pessoais. À data de sua morte, Sua Majestade devia-lhe um conto e novecentos mil réis, montante que ele, e sua mãe, Dona. Margarida de Sousa, tinham adiantado para as obras de fortificação, e que mais tarde, com muita dificuldade, esta senhora cobrou.
Juntamente com a sua mãe, Margarida de Sousa, foi responsável pela edificação da Ermida de Nossa Senhora da Boa Nova em Vila do Porto. O seu nome também está ligado à edificação da primitiva Ermida de Nossa Senhora da Saúde.
Foi sepultado na capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, em Vila do Porto.
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