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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Pintor Domingos Maria Xavier Rebelo


Domingos Maria Xavier Rebelo nasceu no dia 3 de Dezembro de 1891, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores.
Estudou no Instituto Fisher, em Ponta Delgada, tendo, desde muito cedo, revelado inclinação para a pintura e desenho. Ingressou depois na Escola de Artes e Ofícios Velho Cabral, antecessora da Escola Secundária Domingos Rebêlo, no curso de desenho.

Com apenas 13 anos, expôs a sua primeira obra, numa montra de uma loja no centro da cidade de Ponta Delgada. O seu trabalho impressionou os Condes de Albuquerque que se ofereceram para pagar os seus estudos artísticos. Com 15 anos, mudou-se para Paris, onde frequentou a Académie Juliene e um curso livre na Académie de la Grande Chaumière. Ao longo de seis anos, conviveu com grandes mestres franceses e pintores portugueses, que passaram pela capital francesa, como Amadeu de Sousa Cardoso e Emmerico Nunes.

Em 1913, regressou a Ponta Delgada, onde permaneceu durante 30 anos. Dedicou-se ao ensino, ao mesmo tempo que pintava e expunha a sua obra na Região e em Lisboa.
A devoção pela sua terra natal está patente na grande maioria das suas obras, nas quais retratou costumes, tradições e usos do povo açoriano. Este foi o período mais rico e criativo da sua carreira. Foi distinguido com uma medalha de prata numa exposição no Rio de Janeiro, Brasil. Em 1925, ganhou a medalha da Sociedade Nacional das Belas Artes. Em 1939, participou numa exposição em São Francisco, Estados Unidos da América, onde uma das suas obras foi adquirida pela organização. Um ano mais tarde, foi nomeado director da, então, Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada.
Em 1942, mudou-se para Lisboa, onde se estabeleceu definitivamente.


Foi director e vogal da Academia Nacional das Belas Artes, entre 1947 e 1970. Foi, também, director da Biblioteca-Museu do Ensino Primário, em Lisboa.
É autor de quatro painéis que decoram o Salão Nobre do Palácio de São Bento, dos frescos da Igreja de São João de Deus, em Lisboa e dos frescos que servem de fundo às salas de audiência dos tribunais de Angra do Heroísmo e de Ponta Delgada. Pertencem-lhe ainda algumas das obras mais emblemáticas da iconografia dos Açores. Entre elas encontra-se a obra “Os Emigrantes”.

Faleceu no dia 11 de Janeiro de 1975, em Lisboa.


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