A Fábrica de Chá Porto Formoso localiza-se na freguesia de Porto
Formoso, concelho da Ribeira Grande, na costa norte da ilha de São Miguel, nos
Açores.
Foi fundada por Frederico Alexandre Borges Pacheco na década de 1920,
tendo operado até à década de 1980, produzindo chá não apenas para o mercado
nacional, mas também para exportação.
Em 1998 deu-se inicio à recuperação das suas instalações, atualmente
associadas a uma componente museológica, como forma de compensar a sua pequena
produção, limitada pelas características insulares. Desse modo, o visitante
pode desfrutar de visitas guiadas às suas instalações, dentro do horário de
funcionamento da fábrica.
A visita acompanha as diferentes fases da produção dos chás,
iniciando-se pelo laboratório onde é feito o controlo da qualidade. Ao fim do
percurso, é servido um chá numa sala recuperada segundo inspiração das cozinhas
tradicionais da ilha de São Miguel, ou numa esplanada de onde se descortina
ampla vista sobre as várias plantações de chá e a freguesia de Porto Formoso.
Todos os anos, na Primavera, na altura da apanha da folha para chá, aqui
é recriada uma apanha das folhas com trajes típicos do século XIX.
Processo de produção do chá[editar | editar código-fonte]
O processo de produção de chá é regido por processos bastante antigos e
rígidos, em que se pode dizer que a delicadeza para com a planta é a principal
preocupação.
O período da apanha das folhas acontece por um espaço temporal que se
estende entre os meses de Abril e Setembro, e isto para que seja numa época
estival em que pelo facto de chover menos, também a planta cresce menos, o que
confere ao chá uma melhor qualidade, tanto a nível da paladar como de taninos.
Após a apanha inicia-se um processo de transformação da folha, que
passar pelo murchamento, a enrolagem, a oxidação e a secagem. Após concluído
esse processo é que se inicia a selecção.
Desta selecção resultam três tipos de chá, conforme a qualidade das
folhas que lhes deu origem. O chá tido por mais perfeito e forte é o denominado
"Orange Pekoe", sendo obtido apenas do botão e da primeira folha do
rebento. Essa denominação foi uma homenagem aos príncipes Neerlandeses da Casa
de Orange, os primeiros no continente europeu a comercializar o chá. O segundo
termo refere-se ao da língua chinesa que significa "jovem".
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