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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

A viagem aos Açores em 1589

A Viagem aos Açores de 1589, também conhecida como Terceira Viagem de Cumberland, foi uma série de conflitos que ocorreu nos Açores entre Agosto e Setembro de 1589 por uma expedição militar chefiada por George Clifford, 3.º Conde de Cumberland, durante a guerra anglo-espanhola.

Todas as ilhas atacadas pelos ingleses foram defendidas em conjunto pelos espanhóis e portugueses.  Durante a operação foi capturado um grande número de navios portugueses e espanhóis, e o forte e a principal cidade foram capturados, saqueados e incendiados na batalha do Faial. Os ingleses regressaram vitoriosos com treze naus capturadas.


A expedição também foi considerada científica pela participação do matemático e cartógrafo, Edward Wright, que realizou os estudos de navegação que detalharam a base matemática da projeção de Mercator.



terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Amigas uma tradição com mais de 100 anos

 


Calcula-se que esta tradição tenha cerca de 100 anos. Nas várias freguesias de cada ilha do Arquipélago dos Açores as pessoas reuniam-se às quintas-feiras, conhecidas como noites de serões, para escolher o trigo e outros cereais que seriam utilizados nas comemorações do Espírito Santo. Durante a noite eram declamadas poesias e cantigas que exaltavam a amizade.


Com o passar dos anos, a tradição manteve-se, mas o objectivo evoluiu ao sabor das vontades e a acompanhar os novos tempos.



As quatro quintas-feiras, antes do Carnaval, são dedicadas a um encontro diferente e diferenciado, os açorianos dedicam estes quatro dias a festejos muito particulares. Festejos estes, que começam com os amigos, passam para as amigas, seguem com os compadres e terminam nas comadres.



domingo, 21 de janeiro de 2024

ilha de São Jorge Açores








Rocha dos Bordões ilha das Flores Açores






A Rocha dos Bordões é uma formação geológica, caracterizada por enormes colunas de basalto, localizado no sítio denominado por Cabo Baixo das Casas, na freguesia do Mosteiro, concelho das Lajes das Flores. Trata-se de um imponente acidente geológico único do seu género nos Açores, que se caracteriza pela solidificarão da rocha basáltica em altas colunas prismáticas verticais com forma alongada.

Esta formação ter-se-á formado dentro de um cone vulcânico que ao longo de milhares de anos foi sendo sujeito a um processo erosivo pelos elementos expondo o seu interior.



Esta rocha teve origem numa espessa camada de basalto que arrefeceu com rapidez e por esse facto terá sido sujeito a uma disjunção prismática, ficando assim com o aspecto de um enorme conjunto de bordões feitos de pedra. Esta formação geológica é maior que a famosa Calçada dos Gigantes (Giant's Causeway) de Antrim, na Irlanda do Norte, hoje classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.

Por estas rochas basálticas descem vários cursos de água que à medida que vão descendo a formação geológica se juntam para dar forma a uma queda de água. Junto do sopé desta formação existe outra singularidade geológica a que foi dado simplesmente o nome de Águas Quentes, que são na sua essência caldeiras ferventes de água sulfurosa de pequena dimensão.


sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

António Veríssimo de Sousa

 

António Veríssimo de Sousa   nasceu  em Santa Cruz da Graciosa a  1860  e  faleceu em 1934. Foi um militar do Exército Português, onde atingiu o posto de coronel, que se distinguiu nas campanhas de pacificação de Angola. Foi Comandante Militar dos Açores (1917-1919) e governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo (1921).


Integrou a força expedicionária enviada para o sul de Angola durante a Primeira Guerra Mundial sob o comando do general Pereira de Eça, tendo participado na Campanha de Angola (1914-1915) contra as forças alemãs da Schutztruppe da colónia do Sudoeste Africano Alemão e nas campanhas de pacificação dos povos locais que entretanto se haviam sublevado contra as autoridades coloniais portuguesas. Como comandante militar da região dos Gambos distinguiu-se na campanha de pacificação e ocupação do território do Baixo Cunene, em Angola, levada a cabo durante o ano de 1915. A sua acção em Angola valeu-lhe vários louvores.

Republicano convicto, o militar graciosense desempenhou nos Açores os cargos de governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, de 6 de Junho a 1 de Novembro de 1921, e de Governador Militar dos Açores (1917-1919).


Na sua brilhante folha de serviços constam diversas condecorações, entre as quais a medalha de ouro da Medalha de Valor Militar, a maior condecoração militar portuguesa da época, a comenda da Ordem da Torre e Espada e a medalha comemorativa da defesa de Ponta Delgada, obtida quando era Comandante Militar dos Açores e a cidade foi bombardeada por um submarino alemão.


A primeira escola pós-primária da ilha Graciosa, criada em Outubro de 1971, foi em sua honra denominada Escola Preparatória Coronel Veríssimo de Sousa. A escolha de Coronel Veríssimo de Sousa para patrono da escola prendeu-se com o facto de a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa considerar útil "trazer bem vivo na memória dos graciosenses, alguém que foi um dos seus filhos mais representativos na vida nacional, ficando no entanto, a certeza de que para o futuro será mais facilmente recordado".



terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Morreu há 193 anos




Pedro Francisco Machado (Porto Judeu, 1760 - Richmond, 16 de Janeiro de 1831), referido como Peter Francisco nos EUA, foi um Português, nascido na freguesia do Porto Judeu, Concelho de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, destacou-se como herói na Guerra da Independência dos Estados Unidos da América.



Conhecido como "O Gigante da Virgínia", o "Gigante da Revolução" e, ocasionalmente, como o "Hércules da Virgínia", é homenageado pela comunidade portuguesa em New Bedford (Virginia) a 15 de Março1 . Lutou ao lado de George Washington e do marquês de Lafayette, tendo sofrido numerosos ferimentos em combate, em defesa da independência de sua pátria de adopção.


A sua biografia está cercada de uma aura de lenda, sendo-lhe atribuídos feitos extraordinários. As suas origens são relativamente obscuras. Foi encontrado em tenra idade (presumivelmente cinco anos), uma tarde em 23 de Junho de 1765, a chorar, nas docas de City Point, na Virgínia. Quando se acalmou o suficiente para falar, percebeu-se que não falava o inglês e sim uma língua parecida com o Castelhano. Embora nada possuísse que o identificasse, as suas roupas eram de boa qualidade e, na fivela do cinto, liam-se as iniciais "P.F.".


Eventualmente foi capaz de contar a sua história: afirmou que "estava num local lindo com palmeiras, a brincar com a sua pequena irmã, quando dois homens grandes apanharam ambos. A irmã conseguiu libertar-se dos captores mas o menino não, e foi levado para um navio grande que acabou por conduzí-lo a City Point.





Sobre as suas origens, o investigador John E. Manahan identificou que, nos registos de nascimentos da ilha Terceira, nos Açores, existe um Pedro Francisco nascido em Porto Judeu, a 9 de Julho de 1760.



A criança foi acolhida pelo juiz Anthony Winston, de Buckingham County na Virgínia, um tio de Patrick Henry. Quando atingiu idade suficiente para trabalhar, foi instruído como ferreiro, devido ao seu enorme tamanho e força (ultrapassou os 1,98 metros e pesava cerca de 120 kg). O escritor Samuel Shepard, que observou o jovem no seu trabalho, registou:




"Os seus ombros são como os de uma antiga estátua, como uma figura da imaginação de Miguel Ângelo, como o seu Moisés mas não como David. A sua queixada é longa, forte, o nariz imponente, a inclinação da testa parcialmente ocultada pelo seu cabelo negro de aspecto desgrenhado. A sua voz era suave, surpreendendo-me, como que se um touro ganisse."


Com os rumores de secessão alastrando-se entre a população da Virgínia, Francisco alistou-se aos 16 anos no 10º Regimento da Virgínia. Estava presente, junto à igreja de St. John em Richmond, quando Patrick Henry fez o seu famoso discurso "Liberdade ou Morte". Em Setembro de 1777, serviu sob o comando do general George Washington em Brandywine Creek na Pensilvânia, onde as forças dos colonos tentaram deter o avanço de 12.500 soldados britânicos que avançavam em direcção à Filadélfia. Não está claro se foi nesse momento que o jovem Francisco salvou a vida a Washington, apesar de se reconhecer que o jovem foi aqui alvejado. Alguns relatos afirmam que ele se tornou guarda-costas pessoal do general, enquanto outros dão conta de que ele era apenas um soldado agressivo e vigoroso, que lutou a seu lado.


Foi Washington quem determinou que uma espada especial, adequada ao seu tamanho, fosse confeccionada para Francisco. Foi esta espada, com 6 pés de comprimento, que aterrorizou os britânicos. Washington terá eventualmente se referido posteriormente a Francisco: "Sem ele teríamos perdido duas batalhas cruciais, provavelmente a guerra e, com ela, a nossa liberdade. Ele era verdadeiramente um Exército de um Homem Só."


Após servir nesta comissão por três anos, Francisco realistou-se e combateu numa das maiores derrotas sofridas pelas forças dos colonos no conflito. Na batalha de Camden (16 de Agosto de 1780, terá realizado um dos seus mais famosos feitos, quando, após os colonos se terem retirado diante dos britânicos, deixando no terreno uma imensa peça de artilharia com aproximadamente 1000 libras, afirma-se que Francisco a colocou às costas e a terá transportado para que não caísse nas mãos do inimigo. Em homenagem a esse feito, os correios dos Estados Unidos emitiram em 1974 um selo comemorativo.



Em pouco tempo, as histórias a respeito de Francisco foram sendo espalhadas e as suas histórias de bravura e vigor foram divulgadas em muitos jornais e romances à época, inspirando ânimo e incentivando a resistência entre as forças dos colonos.


Embora a maior parte dessas histórias careça de fontes documentais, Frances Pollard, da Virginia Historical Society, que apresentou uma exposição sobre o conflito que incluiu uma secção sobre Francisco com o colete gigante que costumava usar, afirmou:



"Acho que uma das coisas que tive dificuldade em documentar foi a sua participação em muitas das batalhas onde realizou feitos históricos. Nunca consegui separar a lenda dos factos, nem encontrar provas da sua participação em algumas destas batalhas. Acho que existe alguma mitologia associada a alguém com aquele tamanho tão fora do vulgar."


Posteriormente, em 1850, o historiador Benson Lossing registou no "Pictorial Field Book of the Revolution" que "um bravo virginiano deitou abaixo 11 homens de uma só vez com a sua espada. Um dos soldados prendeu a perna de Francisco ao seu cavalo com uma baioneta. E enquanto o atacante, assistido pelo gigante, puxava pela baioneta, com uma força terrível, Francisco puxou da sua espada e fez uma racha até aos ombros na cabeça do pobre coitado!"



Mais tarde, enquanto se recuperava, Francisco tornou-se amigo de Lafayette.



Francisco sofreu mais seis ferimentos enquanto a serviço do seu país, tendo morto um número incerto de britânicos e sido condecorado ao final do conflito por generais estadunidenses que se certificaram de que ele estava presente na rendição do general Charles Cornwallis e dos britânicos em Yorktown, a 19 de Outubro de 1781.

De acordo com a tradição, após o conflito, devido às lendas criadas em torno de si, muitos aventureiros foram ao seu encontro para testarem a sua força. Neste período foi apelidado de "o homem mais forte da América", enquanto as crianças aprendiam sobre a sua forças e bravura nas escolas primárias do novo país.


sábado, 13 de janeiro de 2024

Carlos Alberto Moniz






Carlos Alberto de Menezes Moniz  nasceu na Ilha Terceira, Açores a 2 de Agosto de 1948.  É um artista, apresentador, maestro, músico e compositor português.   Participou em espectáculos em Portugal e no estrangeiro com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, com os quais gravou vários discos.

Filho de Alberto Moniz da Costa  Que nasceu em Angra do Heroísmo, Sé a 17 de Novembro de 1911  e faleceu em  Lisboa em 3 de Abril de 1999. E de sua mulher Maria Aida de Meneses de Bettencourt  que nasceu na Praia da Vitória a  9 de Setembro de 1922.



Depois do divórcio de Maria do Amparo Pereira, com quem casou em Lisboa em 1973 e de quem tem duas filhas, a cantora e atriz Lúcia Moniz (n. 1976) e , cantora e ex-atriz e actual cabeleireira Sara Moniz (n. 1980), casou-se em Lisboa a 31 de Agosto de 1991 com Idália Serrão, de quem se divorciou em 2010 e de quem tem um filho, João Salvador Serrão de Meneses Moniz (Lisboa, 1 de Maio de 1994).


Escreveu de parceria com José Jorge Letria ao longo de 25 anos, entre outros trabalhos "Rua dos Navegantes" (Prémio "Casa da Imprensa") e a cantata intitulada "Macau um Sonho Oriental", subordinada ao tema da presença dos portugueses no Oriente.

Foi membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores por dois mandatos (em 1983 e em 1991) voltando a integrar a Direcção desta Sociedade de Novembro de 2001 a Dezembro de 2003. Também foi Presidente da Assembleia-geral do Sindicato Nacional dos Músicos de 2000 a 2004.

Outubro de 2010 foi convidado para integrar a Comissão de Patronos, constituída para as comemorações do 70º Aniversário da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Em 2011 regressa à Sociedade Portuguesa de Autores na qualidade de membro da direcção.



sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Combate da Ladeira da Velha na ilha de S. Miguel Açores






O Combate da Ladeira da Velha foi um recontro travado, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), a 3 de Agosto de 1831, entre as forças liberais vindas da ilha Terceira e forças da guarnição da ilha de São Miguel, fiéis a Miguel I de Portugal.
Após o desembarque das forças Liberais no Pesqueiro da Achadinha (concelho de Nordeste, sob o comando do 7.º conde de Vila Flor (1831), o combate feriu-se nas encostas do vale que da Ribeira do Limo e Cerrado Novo sobem até à Ladeira da Velha, na freguesia de Porto Formoso, concelho da Ribeira Grande, tendo as forças miguelistas sido vencidas, abrindo o caminho à conquista da ilha pelos liberais.
Entre a freguesia do Porto Formoso e a Ponta de Santa Iria existe um arrebentão ao fundo do qual se abre uma enseada, onde em mil oitocentos e trinta e um desembarcaram as tropas liberais, comandadas pelo Conde de Vila Flor.


Os miguelistas, já se tinham instalado em lugar seguro, com alta serrania pelo sul e com as rochas sobre o mar, pelo norte. Os liberais começaram a subir o difícil arrebentão com a ideia de se posicionarem bem para que pudessem enfrentar e vencer os miguelistas. Com grande dificuldade e cuidado, o Conde de Vila Flor e demais liberais iam-se a pouco e pouco aproximando do lugar em que se haviam de esconder, perto da Ribeira das Limas. No cimo da ladeira encontrava-se uma velha, uma alma pura como a de muitos outros micaelenses, convencida que os liberais não eram mais que um bando de pedreiros livres e ameaçadores da coroa do Senhor D. Miguel da fé cristã.


A velha tinha visto muitos soldados a desembarcar no calhau e, quando se apercebeu que eram liberais que subiam à socapa, foi fazendo rolar e a atirar pelo arrebentão abaixo grandes pedras, tantas quantas pôde e as mais pesadas que encontrou. Os liberais julgaram que tinha ali um grande exército, fugiram como puderam, esconderam-se em furnas ou buracos, mas nem todos se conseguiram desviar.
Assim aquela velha, tal como fizera há muitos anos uma padeira em Aljubarrota, conseguiu dar cabo de uns tantos soldados e ajudou a vencer mais um combate e duma forma que ninguém esperava. A partir daí o povo passou a chamar àquele arrebentão Ladeira da Velha



quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

A ilha do Pico e a lenda do sonho da baleia gigante

 


Numa certa manhã, há muitas gerações atrás, ecoou por toda a ilha do Pico um som familiar; um barulho que representava a esperança de sustento e até de alguma fortuna para as famílias pobres da ilha.


A palavra espalhou-se, para a maior baleia jamais avistada naqueles mares. Observados pela imponente montanha do vulcão do Pico, os homens correram aos barcos, decididos a ganhar a batalha contra aquela silhueta gigante que se afastava no horizonte. O mais valente dos arpoadores conseguiu chegar mais perto e, com a rapidez de um relâmpago, foi arrastado pela grossa corda do arpão atada à sua cintura, desaparecendo no infinito do mar.

Depois de grande espera e sem esperança de voltar a ver o companheiro, os baleeiros voltaram para terra.


Na manhã seguinte, o amanhecer revelou de novo no horizonte aquela figura gigante. Os homens remaram com todas as forças e, ao chegarem, tiveram a visão mais fantástica da sua vida: a baleia tinha trazido o homem de volta, que os recebeu às gargalhadas, fumando um grosso cigarro de casca de milho. Reza a lenda que o arpoador de baleias nunca revelou o segredo da sua vitória, nem tão-pouco como conseguiu lume para acender o cigarro.



segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Quadros dos Açores na Casa Branca

 


O antigo presidente norte-americano Roosevelt tinha na Casa Branca, além do quadro referenciado pela sua neta sobre os Açores, um outro alusivo a uma batalha que opôs ingleses e americanos no Faial, segundo o investigador Sérgio Rezendes.


O docente e historiador do Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa, referiu, em declarações à agência Lusa, que "o presidente Franklin D. Roosevelt nunca esqueceu os Açores" e, "na sua coleção, não tinha apenas uma pintura do arquipélago, mas duas".


Além do quadro da baía de Ponta Delgada como recordação da sua estadia nos Açores enquanto subsecretário de Estado da Marinha, Rooselvet possuía um outro quadro, denominado "O general Armstrong rodeado pela frota britânica em Faial, Açores", de Emanuel Leutze, adquirido em 1926, com "grande destaque na Casa Branca, enquanto foi presidente" dos Estados Unidos da América.


Em declarações à agência Lusa em 16 de outubro de 2018, Laura Roosevelt, neta do antigo presidente, que participou em Ponta Delgada no Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt, referiu que a paisagem e as pessoas dos Açores deixaram no seu avô uma "forte impressão", o que o fez querer ter uma imagem do arquipélago.


O quadro, que pretende assinalar a sua passagem pelos Açores numa escala a caminho da Europa, efetuada em 16 de julho de 1918, apresenta em primeiro plano o seu navio, 'USS DYer', atracado na maior cidade do arquipélago.


Uma réplica deste quadro, que depois Roosevelt levou consigo quando abandonou a Casa Branca, foi oferecida, segundo o professor universitário Mário Mesquita, ex-membro da FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, por esta fundação ao presidente do Governo dos Açores de então, Carlos César.

O quadro a que alude agora o investigador Sérgio Rezendes, doutorado pelo Instituto de História Contemporânea, representa uma batalha que "ocorreu em 26 de setembro de 1814 na baía do porto da Horta, junto ao forte de Santa Cruz".


De acordo com o historiador, comandado pelo capitão Samuel C. Reid, o navio 'General Armstong' foi alvo de três ataques por parte de três navios da 'Royal Navy', que acabaram por o neutralizar.


Para o docente, a relação de Roosevelt com os Açores "era relativamente íntima, não tendo esquecido as ilhas sob diferentes formatos".


( Cortesia ao Sábado )