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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Quadros dos Açores na Casa Branca

 


O antigo presidente norte-americano Roosevelt tinha na Casa Branca, além do quadro referenciado pela sua neta sobre os Açores, um outro alusivo a uma batalha que opôs ingleses e americanos no Faial, segundo o investigador Sérgio Rezendes.


O docente e historiador do Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa, referiu, em declarações à agência Lusa, que "o presidente Franklin D. Roosevelt nunca esqueceu os Açores" e, "na sua coleção, não tinha apenas uma pintura do arquipélago, mas duas".


Além do quadro da baía de Ponta Delgada como recordação da sua estadia nos Açores enquanto subsecretário de Estado da Marinha, Rooselvet possuía um outro quadro, denominado "O general Armstrong rodeado pela frota britânica em Faial, Açores", de Emanuel Leutze, adquirido em 1926, com "grande destaque na Casa Branca, enquanto foi presidente" dos Estados Unidos da América.


Em declarações à agência Lusa em 16 de outubro de 2018, Laura Roosevelt, neta do antigo presidente, que participou em Ponta Delgada no Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt, referiu que a paisagem e as pessoas dos Açores deixaram no seu avô uma "forte impressão", o que o fez querer ter uma imagem do arquipélago.


O quadro, que pretende assinalar a sua passagem pelos Açores numa escala a caminho da Europa, efetuada em 16 de julho de 1918, apresenta em primeiro plano o seu navio, 'USS DYer', atracado na maior cidade do arquipélago.


Uma réplica deste quadro, que depois Roosevelt levou consigo quando abandonou a Casa Branca, foi oferecida, segundo o professor universitário Mário Mesquita, ex-membro da FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, por esta fundação ao presidente do Governo dos Açores de então, Carlos César.

O quadro a que alude agora o investigador Sérgio Rezendes, doutorado pelo Instituto de História Contemporânea, representa uma batalha que "ocorreu em 26 de setembro de 1814 na baía do porto da Horta, junto ao forte de Santa Cruz".


De acordo com o historiador, comandado pelo capitão Samuel C. Reid, o navio 'General Armstong' foi alvo de três ataques por parte de três navios da 'Royal Navy', que acabaram por o neutralizar.


Para o docente, a relação de Roosevelt com os Açores "era relativamente íntima, não tendo esquecido as ilhas sob diferentes formatos".


( Cortesia ao Sábado )



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