António Baptista nasceu na cidade da Horta a 16 de dezembro de 1865 e faleceu no Capelo, ilha do Faial a 22 de julho de 1927. Foi um jornalista, autor dramático e actor, considerado como um dos mais prolíficos autores teatrais açorianos. Destacou-se no campo da dinamização cultural, como ator e no campo do jornalismo local, sendo uma das principais figuras do panorama cultural açoriano das primeiras décadas do século XX.
Depois de ter frequentado o ensino secundário na cidade da Horta, dedicou-se ao jornalismo e à escrita. Partiu para Lisboa, onde residiu alguns anos e trabalhou como jornalista. Nesse período frequentou os círculos intelectuais liboetas, com destaque para os ligados ao teatro.
Regressou à Horta, onde se manteve ligado ao jornalismo local e se revelou um dos mais prolíficos autores teatrais açorianos. Também se revelou bom ator, tendo fundado e dirigido uma companhia amadora que levou muitas das suas peças à cena no Faial e no Pico.
A sua produção dramática contribuiu para animar a vida teatral da Horta nas décadas iniciais do século XX, escrevendo dramas, comédias e revistas especificamente destinadas a serem localmente representadas. Destas peças deixou publicadas mais de uma dezena.
Como jornalista, e particularmente como diretor e editor de periódicos, marcou profundamente o jornalismo açoriano em geral e o faialense em especial, dirigindo, entre 1899 e a sua morte, mais de 15 periódicos. Entre estes periódicos merecem destaque as 3ª e a 4ª séries (1906-1909) de O Faialense, jornal de que era proprietário e em cuja tipografia editou boa parte da sua obra. Como jornalista destacou-se no combate político e como polemista. Como escritor, cultivou uma elegante prosa literária, publicando, para além das suas peças teatrais, alguns contos.
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