sexta-feira, 30 de julho de 2021
Origem étnica Açoriana
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Solar Villa Maria, ilha terceira Açores
A Villa Maria localiza-se junto à orla costeira, anexa à Baía de Villa Maria, no concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, nos Açores.
Trata-se de uma propriedade da família Noronha, que foi residência de José Pimentel Homem de Noronha, casado com Maria Adelaide Barcelos Machado de Bettencourt, filha Francisco de Paula de Barcelos Machado de Bettencourt vogal da Comissão Distrital de Junta Geral do Distrito de Angra do Heroísmo, senhor e herdeiro da casa vincular e morgadio que os seus antepassados tinham instituído na ilha Terceira e foi baptizado na Igreja da Sé, freguesia da Sé, concelho de Angra do Heroísmo. Pessoa que esteve desde sempre ligado à aristocracia da ilha Terceira e que foi um grande latifundiário na mesma ilha com terras principalmente na zona dos Cinco Picos, incluindo a área geográfica onde se situa a Lagoa do Ginjal.
Nas suas terras, no cimo de uma elevação, ao norte da planície da Achada mandou construir a Ermida de Santo Antão, que ficou concluída em 1897 que manteve à sua custa. Era dedicada a Santo Antão o protector dos animais e a Santo Isidro.
O José Pimentel Homem de Noronha foi pai de Alberto de Barcelos e Noronha casado com uma da mulheres mais ricas da ilha de São Jorge, Ambrosina Beatriz da Silveira Noronha, e governador civil do Distrito de Angra do Heroísmo, no período de 1893 a 1895 e padrinho de baptismo do Régulo de Fumó, Roberto Frederico Zichacha, filho Ngungunhane, último monarca da Dinastia Jamine e último imperador do Império de Gaza, no território que actualmente é Moçambique.
Do casamento acima referido viriam a nascer quatro filhos, sendo que somente dois chegaram á idade adulta, Carlos Alberto da Silveira Moniz do Canto e Noronha e José Orlando Moniz do Canto e Noronha.
Esta propriedade antes de ter sido a residência de José Pimentel foi a residência de seu pai o morgado João Inácio de Bettencourt Noronha, pelo período estimado de 1840 até 8 de Janeiro de 1908, data em que faleceu nesta mesma propriedade.
João Inácio de Bettencourt Noronha, nasceu na localidade do Topo, actual concelho da Calheta, ilha de São Jorge, em 9 de Fevereiro de 1820, desconhecendo-se a data exacta em que passou a viver definitivamente no solar, embora o tenha feito para os fins da sua vida, altura em que repartia o tempo entre a casa senhorial que possuía na Terra Chã, a Quinta de Santa Luzia, cuja data da primitiva construção recua a 1602 e esta propriedade que ocupava principalmente no Verão, dada a sua situação junto à costa.
Será da sua autoria a idealização do solar actualmente existente, e quem adquiriu os terrenos de uma propriedade datada da casa de 1502, que depois de adaptada daria origem à actualmente existente.
A propriedade inicia assim a sua história como tendo pertencido a um arcediago da cúria do Bispado da Diocese Angra do Heroísmo, até ser adquirida pelo referido João Inácio Bettencourt de Noronha.
Nela destaca-se o solar, que possui cinco séculos de história em sua parte mais antiga. São testemunhos deste período não apenas uma antiga iconografia onde se encontram figuradas a propriedade e a casa originais, mas também uma antiga epigrafia com a data de 1502, recuperada durante trabalhos de manutenção sobre a porta da actual adega que, à época, poderia ter assinalado a entrada principal.
O solar foi ampliado por volta de 1700, com o adquirir da propriedade ao seu antigo proprietário por João Inácio Noronha, descendente dos membros da família Noronha, família essa que chegou aos Açores na pessoa de D. Luísa de Noronha , filha de Pedro Ponce de Leão e de D. Helena de Noronha, no século XVI e casada com Heitor Homem da Costa, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo e senhor de uma tença anual de 20$000 R
eis, por mercê de Filipe II de Espanha datada de 1589, e herdeiro da casa e morgadio de seus pais e avós, e da de seu tio, João Homem da Costa . O seu bisavô foi Heitor Anes Homem, pai do 1º capitão donatário da vila da Praia, e fundador da vila de Angra, actual cidade de Angra do Heroísmo, Álvaro Martins Homem.
domingo, 25 de julho de 2021
José Armas Gomes da ilha das Flores Açores
José Armas Gomes, nasceu na ilha das Flores em 1943.
Dedicou-se profissionalmente à lavoura e à pesca.
Em 1969 foi nomeado Regedor da Freguesia, cargo que manteve até à sua extinção em 1976. No mesmo ano, foi eleito Presidente da Direção da Cooperativa de Lacticínios da Fazenda.
Depois da Autonomia da Região colaborou na fundação da União das Cooperativas de Lacticínios da Ilha das Flores, onde a cooperativa da Fazenda ficou integrada.
Em 1987 foi o Presidente da comissão instaladora da Associação Agrícola da Ilha das flores, tendo sido eleito para Presidente da Direcção durante 3 mandatos.
Foi igualmente Presidente da Federação Agrícola dos Açores, durante cerca de um mandato tendo pertencido à Direcção Nacional da Confederação Agrícola de Portugal.
Exerceu funções como deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, pelo Partido Social Democrata, entre Junho de 93 e Abril de 94.
sexta-feira, 23 de julho de 2021
Execução dos prisioneiros no ilhéu de Vila Franca em 1582
terça-feira, 20 de julho de 2021
Cecilía Benevides de Carvalho Meireles é descendente de Açorianos
domingo, 18 de julho de 2021
Mário de Azevedo Gomes
Mário de Azevedo Gomes nasceu em Angra do Heroísmo a 22 de Dezembro de 1885 e faleceu em Lisboa a 12 de Dezembro de 1965. Foi um silvicultor, botânico, professor universitário e político português. Entre outras funções de relevo foi responsável pelo ministério da Agricultura de 24 de Dezembro de 1923 a 28 de fevereiro de 1924.
Mário de Azevedo Gomes foi filho do comandante Manuel de Azevedo Gomes e de sua esposa Alice Hensler, a filha de Elise Hensler, a condessa de Edla.
Licenciou-se em Engenharia Agronómica em 1907, enveredando por uma carreira na área da silvicultura e da investigação e docência universitária.
Foi admitido como docente do Instituto Superior de Agronomia em 1914, exercendo funções docentes até 1946. Voltou à docência em 1951, jubilando-se em 1955.
Foi fundador e primeiro diretor da Estação Agrícola Nacional e dirigiu os programas de extensão rural, então designados por instrução agrícola, entre 1919 e 1925.
Entre Dezembro de 1923 e Fevereiro de 1924, foi ministro da Primeira República Portuguesa, integrando o executivo presidido por Álvaro de Castro.
Após o Golpe de 28 de Maio de 1926 aderiu à oposição democrática, sendo uma das figuras mais ilustres da oposição anti-salazarista.
Foi colaborador da Seara Nova e membro da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática (MUD), à qual presidiu. Em 1946, foi-lhe instaurado um processo disciplinar por ter redigido um manifesto crítico sobre o posicionamento de Portugal face à Organização das Nações Unidas (ONU), de que resultou a sua demissão do lugar de professor da Universidade Técnica de Lisboa. Foi readmitido em 1951, jubilando-se em 1955.
Em 1948, já depois da extinção do MUD, presidiu à comissão central da candidatura a Presidência da República o general Norton de Matos.
Foi o primeiro subscritor do Programa para a Democratização da República (1961), um manifesto da oposição democrática assinado por outras figuras de grande prestígio nacional, entre as quais Jaime Cortesão.
Na década de 1950 elaborou vários estudos sobre os solos, clima e aspetos florestais do Parque da Pena, em Sintra.
Casou em Sintra com Cristina Leopoldina Sousa de Menezes Marcellin Chambica (1891-1982), com quem teve 7 filhos.
A 30 de junho de 1980, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
terça-feira, 13 de julho de 2021
Francisco Pereira de Macedo Barão e Visconde do Cerro Formoso Brasil
domingo, 11 de julho de 2021
Laurinda Andrade foi editora e directora da edição, semanal, do Jornal “Tribuna”, de Newark, em New Jersey
Laurinda Andrade (Laurinda C. Andrade) nasceu em 1899, na ilha Terceira-Açores.
Emigrou com 18 anos, para os Estados Unidos da América.
Formou-se na Pembroke College of Brown University, em Providence, Rhode Island.
Foi editora e directora da edição, semanal, do Jornal “Tribuna”, de Newark, em New Jersey.
Em 1942, regressou a New Bedford para introduzir o ensino da língua portuguesa na escola secundária da referida cidade. Lecionou inglês e francês e encontrou muita resistência à introdução da língua e cultura portuguesas. Após uma luta considerável, foi criado, em 1955, o primeiro departamento de língua portuguesa, no colégio da cidade de New Bedford.
Em 1944, com a colaboração do proprietário e director do “Diário de Noticias” fundou a Portuguese Educational Society, em New Bedford, para promover o intercâmbio cultural entre os EUA, Portugal e Brasil.
Em 1948, fez o mestrado, no departamento espanhol da Columbia University, em New York, concentrando-se no grande escritor brasileiro Luiz António Machado de Assis.
Em 1950, foi convidada a assistir ao primeiro Colóquio Luso-Brasileiro, realizado na biblioteca do Congresso.
Em 1966, apresentou a sua autobiografia, tendo a mesma sido publicada em 1968. Esta encontra-se entre as colecções da biblioteca do Congresso.
Em 1971, e após a aposentação de Laurinda Andrade, a língua portuguesa era leccionada em quatro escolas públicas de New Bedford. Cerca de 300 pessoas, com apelidos portugueses, frequentavam esta escola.
Faleceu em Setembro de 1980, com 80 anos de idade.
sexta-feira, 9 de julho de 2021
A Lenda das Varas do Espírito Santo é uma tradição oral da ilha de São Jorge Açores.
Há muitos séculos, a população da ilha tinha caído num grande desleixo para com o seu semelhante: havia desavenças por todo e qualquer motivo e todo o tipo de abusos. Nas igrejas os padres pregavam pedindo penitência e humildade e anunciavam castigos de Deus. Mas o povo não se emendava, continuava com os seus abusos e desavenças, maltratando-se uns aos outros.
No dia 1 de Maio de 1808 começaram a sentir-se grandes tremores de terra por toda a ilha, aconteceram grandes terramotos. Toda a ilha era abalada com violência. No cimo da serra central da ilha deu-se então uma grande erupção. Cinzas vulcânicas e lavas desceram das serras, aterrorizando as populações que nas partes baixas da ilha viam as lavas incandescentes a vir na sua direcção. O castigo para os pecados tinha chegado, gritavam os padres nos altares e as pessoas de boa alma nas ruas.
Segundo reza a lenda, a erupção aconteceu próximo da localidade de Santo António, nas imediações do Pico da Esperança. Foram atiradas pedras incandescentes até grandes alturas e a lava correu vulcão abaixo numa ribeira lenta, muito quente e caudalosa, em direcção ao mar.
Nas aldeias muitas pessoas choravam e rezavam, impotentes, perante a violência da natureza. Outras desorientadas, corriam de um lado para o outro numa tentativa vã de encontrar abrigo. Foi então que um padre franciscano, dotado pela população do epíteto de "o Malagueta", e que tinha o cargo de guardião do convento e dos demais padres seculares, teve a ideia de todos, cheios de fé saírem numa procissão fazendo preces a Deus para que parasse a erupção. Com eles levavam coroa do Espírito Santo de um dos Impérios da Vila das Velas e iam dentro de um quadro formado por varas do Espírito Santo.
Seguiram pelas ruas da localidade de Santo António, cujas casas se encontravam no caminho do rio de lava. Aproximaram-se o mais possível da lava que corria lenta e pastosa, e nesse local atiraram as varas do Espírito Santo para o chão, de forma a que formassem um traçado, um caminho que queriam que a lava tomasse, que a levasse ao mar.
Fizeram-no com tanta fé que pouco depois o rio de lava começou a mudar a sua trajectória, encaminhando-se para o mar, seguindo assim o caminho traçado pelas varas do Espírito Santo. A população ainda chorosa e atónita, estarrecida de medo e admiração, começou a agradecer ao Divino Espírito Santo. Fizeram-Lhe muitas promessas por os ter protegido da lava.
Foi então assim, reza a lenda, que se começaram a fazer outros impérios e a distribuir muitas esmolas aos mais pobres por ocasião das festas do Espírito Santo.
terça-feira, 6 de julho de 2021
O Açoriano que fundou a cidade de Vassouras no Brasil e ancestral da antiga família fluminense Rodrigues Alves Barbosa
domingo, 4 de julho de 2021
Solar de Santo António na ilha de São Jorge Açores
O Solar de Santo António é um solar português do século XIX localizado no caminho entre a freguesia da Calheta e a freguesia da Ribeira Seca no concelho da Calheta, ilha de São Jorge, Açores.
Apresenta-se como uma construção sólida dotada de excelente cantaria de basalto de cor negra que se podem ver tanto em redor das janelas e das portas, mas também das esquinas.
Sobre a porta principal do solar é possível ler a inscrição: MASS 1822, que será a data de edificação do solar.
Anexa a este solar encontra-se a Ermida de Santo António que foi construída em 1816.
quinta-feira, 1 de julho de 2021
João Inácio de Sousa
João Inácio de Sousa nasceu em Santo Amaro vila das Velas ilha de São Jorge e faleceu a 28 de Março de 1849 e faleceu em Bakersfield (Califórnia) a 5 de Abril de 1925 foi um filantropo de origem açoriana.
Emigrante nos Estados Unidos onde fez fortuna, legou a sua enorme fortuna à Santa Casa da Misericórdia de Velas e ao Asilo de Mendicidade de São Jorge, hoje denominado Casa de Repouso João Inácio de Sousa.
Foi erguido um monumento em sua homenagem na praça principal da vila de Velas.