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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Toda a história da família Caixeta que passou pela ilha do Pico Arquipélago dos Açores



FAMÍLIA CAIXETA – Actualização Histórica da síntese 1 – 11/11/2011 – Actualizada em 25 de Julho de 2016.
ANTÓNIO CAIXETA·DOMINGO, 24 DE JULHO DE 2016
António Caixeta – 30 anos pesquisando! Vila Rica de Ouro Preto, a primeira cidade habitada pela Família Caixeta. – 13/8/1731.
Inicialmente, remontemos às prováveis origens dessa estirpe, de indubitável procedência europeia. Duas versões estão sendo pesquisadas: uma antecede a era cristã. Refere-se aos Celtas, habitantes da Península Ibérica (Espanha , Portugal , Gibraltar e Andorra), dos quais descendemos. A outra se refere aos chamados cristãos novos, oriundos de Portugal, de procedência judaica. Segundo Cornélio Dias, Professor  e Editor do Portal da Teologia, (Cabana do Pensador, de 30/03/2010), em sua monografia “A Situação Histórica no Antigo Oriente”, com o fim dos Hititas, na época da consolidação de Israel, em torno de 1200 A.C., vieram novos imigrantes chamados CAIXETAS, migração aramei. É provável que esse povo ou tribo Caixeta possa ser originário do Cáucaso, povo indo-europeu, ou seja, os mesmos Cassitas  (Kashshú)  (povos do mar) que  reinaram de 1595-1155 A.C., sendo seus sucessores os Elamitas. Podemos ou não, ser da mesma linhagem. A pesquisa continua. Milhares de Caixetas existem ao redor do mundo e que não são descendentes da Família Caixeta brasileira, porém, devem ser descendentes dos ancestrais Caixetas que não migraram para o Brasil Colônia entre 1725 e 1730.
Em antigos documentos, consta que, na  antiga Península Ibérica, esse sobrenome era utilizado por membros da nobreza, da armada e do clero.

A origem do sobrenome Caixeta é ainda nebulosa. Na Idade Média, era usual a utilização de terminologia habitacional e ocupacional, para identificar o cidadão. Supõe-se que o sobrenome Caixeta tanto possa ter origem habitacional: oriundo da localidade, imaginária e legendária Vila Caixeta, distrito ou freguesia de Portalegre, em Portugal (fronteira com a Espanha); de Caixaria próximo a Lisboa; da localidade de Caixas, Languedoc-Roussillon, Catalunha, na França (próximo  Andorra), e de Caixans, (Barcelona – Catalunha), na Espanha. Quanto à terminologia ocupacional o sobrenome pode ter sido oriundo do ofício de tesoureiro real (caixa ou caixeiro), como também da fabricação de caixas de madeira para transporte marítimo. Comprovadamente o sobrenome CAIXETA, aparece no século XVI, época da perseguição aos CRISTÃOS NOVOS, NO PERÍODO DE 1536 A 1821.

Consta no Ciuro das Armas (promessa de armas) que: “Caixeta, sobrenome de origem Ibérica, que surgiu em meados do século XVI, na pessoa de Juan Caixeta, é descendente da antiga família CAIXAS, que tomou esse apelido como alcunha. Alguns membros desta família migraram para Portugal e outros para a Itália onde perpetuaram o sobrenome através de numerosa descendência”. Ressalte-se que a numerosa Família Caixas habita ainda hoje, uma grande extensão que abrange a Catalunha, o País Basco, Portugal, sobretudo Portalegre e norte do país, como também o Brasil. (caixa, do latim capsa).

Sabe-se, conforme os processos de inventários pesquisados no Fórum  de Patos de Minas, que os Caixetas estão no Brasil desde o início ou meados do século XVIII, (1725-1731), constando como pioneiros Alferes IGNÁCIO PEREIRA CAIXETA e sua esposa  MARIA ANTONIA DE OLIVEIRA “CAIXETA”. Tiveram cinco filhos e trinta e sete netos. Descobriu-se também que o ancestral  JOÃO PEREIRA CAIXETA, nascido em 1700, casou-se com CAETANA DO ROSÁRIO em 1725 na localidade ou freguesia de São Julião dos Serafão, (fronteira Portugal/Espanha), Portalegre, Portugal, Termo da Vila de Guimarães, Arcebispado de Braga.  Consta também nos Arquivos Históricos da Comarca do Rio das Mortes, e no Acervo do Museu Regional de São João Del Rei (UFSJ/IPHAN), o Inventário e o Testamento de CAETANA DO ROSÁRIO, (Filha de David Correa e Antônia do Rosário) datados de 1773 e 1774,( 164 páginas), cujo inventariante  e testamenteiro foi  seu esposo JOÃO PEREIRA CAIXETA, (Filho de Manoel Gonçalves Caixeta e Isabel Gonçalves), natural da cidade do Porto.  Tinham fazenda ao Pé da Serra do Camapuã, localidade na região de Congonhas do Campo, Conselheiro Lafaiete e Entre Rios de Minas. Tinham oito filhos, nascidos em Vila Rica de Ouro Preto: Manoel Caetano Caixeta, 42 anos, solteiro, Joaquim Pereira Caixeta c.c. Antônia Maria, José Pereira Caixeta (1738 – 1806) c.c. Izabel Branca Benedicta de Toledo, Antônio Pereira Caixeta c.c Maria Antônia, Maria do Rosário c.c. Manoel Ferreira Guimarães, Anna Maria do Rosário,  (1733) c.c. Manoel de Sousa Pinto e tiveram 24 filhos.
João Pereira Caixeta (1740) e Ignácio Pereira Caixeta (1742) c.c. Maria Antônia de Oliveira. João Pereira Caixeta tinha, provavelmente, dois irmãos, JOSÉ PEREIRA CAIXETA e MANOEL PEREIRA CAIXETA, também portugueses, provavelmente nascidos no Porto. José era casado com MARIA TEIXEIRA DOS SANTOS e em 1749, com permissão de Dom João V, retornou, por motivos de saúde, à cidade do Porto com sua esposa, filhos e parentes. Manoel  Pereira Caixeta, também residiu em Vila Rica, entre 1730 e 1749. Daí conclui-se que os dois prováveis irmãos portugueses retornaram à Portugal. JOSÉ PEREIRA CAIXETA residia em Vila Rica de Ouro Preto. Provavelmente a FAZENDA CAIXETA, no Distrito de Rodrigo Silva, tenha lhe pertencido.  MANOEL PEREIRA CAIXETA tinha fazenda na Serra  dos Caixetas, (foi o primeiro morador), em Suaçuí, Minas Gerais (hoje Distrito de Serra do Caixeta, Mun. De Queluzito).  Estes 3 Caixetas portugueses que migraram para a Colônia, certamente foram atraídos pela doação de terras e extracção  de ouro (Sesmarias), que durou até 1822, ou talvez, tenham sido degredados, tese pouco provável. Sabe-se que a inquisição portuguesa (1536-1821) vigorava no Reino e na Igreja Católica, e que, a pena para os cristãos novos, de procedência judaica, ciganos, era o exílio para as Colônias. Naquela época, 1700, a Colônia Brasileira tinha apenas 300 mil habitantes. Vila Rica, a partir de 1711, era a capital de Minas. Dessa forma está praticamente desvendado o enigma das centenas de milhares de Caixetas que não são descendentes do Alferes Ignácio Pereira Caixeta, mas parentes, como Anna Caixeta, crismada em 01/06/1820, na cidade de Lambari-MG, filha de Antônio Pereira Caixeta e de Clementina Eufrázia das Neves “Caixeta”. Dúvidas existem também a respeito de: Bárbara Caixeta, crismada em 01/01/1819, em Lambari-MG, filha de Vicente Pereira Caixeta e de Anna Dionízia da Anunciação;  Brígida Caixeta, crismada em 29/05/1821, em Lambari, filha de João Pereira Caixeta e de Felizarda Francisca “Caixeta”; Também, à Maximília Emília Caixeta, (Filha de QUINKAS CAIXETA) 1835-1923, casada com o italiano Celestino Caproni e falecida em Douradinho. José Pereira Caixeta, nasceu em Vila Rica, em 1738 e  faleceu em Douradinho/Machado, em 1806. Este José Pereira Caixeta casado com Izabel Branca Benedicta de Toledo Pizza deixou uma enorme descendência no sul de Minas. Manoel Pereira Caixeta, português, primeiro habitante da Serra dos Caixetas, (Queluzito) , próximo a Entre Rios de Minas, dele nada sabemos Tudo indica, portanto, que a linhagem é bem maior e que o Alferes IGNÁCIO PEREIRA CAIXETA não era português, mas, brasileiro, filho de João e Caetana.. Ainda é necessário pesquisar o Arquivo Ultramarino de Lisboa, Torre do Tombo e arquivos distritais de Portugal e da Espanha, nos quais estão guardados os termos de batismos, casamentos e óbitos antigos, do século XVI para cá, bem como arquivos das igrejas católicas na região de Ouro Preto e de São João Del Rei e sul de Minas. Assim sendo, a Família Caixeta é UMA SÓ, excetuando os Caixetas descendentes de escravos que herdaram o sobrenome de seus senhores quando da libertação em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, Lei Imperial  número 3.353.

Com o passar dos tempos, o sobrenome vem sofrendo alterações através de registros, tendo até hoje, as seguintes variações: Caixás, Caixas, Caixans, Caixão, Cajero, Caixeiro, Caxeta, Caxêta, Caexeta, Caixita, Caixete, Caxita, Caixinhas, Kaixeta, Kaicheta, Cacheta, Kaecheta, Caicheta, Caixeita, Caixerta, Caixetta, Caixetha, Cayxeta, Caixetah, Caixerta, Casseta, Cassita, Cascetta, Kaschet, Caixeto, Caixêta.
Sabe-se que os descendentes dessa família, no Brasil, se concentraram inicialmente nas regiões de Patos de Minas, Pântano, Santana, Guimarânia, Carmo do Paranaíba, Presidente Olegário, Araxá, Estrela do Sul, Patrocínio, Vazante, Buritis, Abadia dos Dourados, Paracatu, Paraguaçu, Lagamar, Coromandel, Monte Carmelo, Uberaba, Uberlândia, Araguari, Machado, Vila Rica, São João Del Rei, Prados, Conselheiro Lafaiete, Teófilo Otoni, Jeceaba, São Brás do Suaçuí, Carrancas, Congonhas do Campo, Lambari, Campestre, Muzambinho, Campanha, Carvalhópolis, Arceburgo, Douradinho, Entre Rios de Minas, Guarda-Mor, Pedralva, Baependí, Natércia, Queluz, Queluzito, Unaí, São Gotardo, Santa Juliana, Santa Luzia, São Benedito, Santo Antônio do Monte, Serra do Salitre, Sacramento, Desemboque, Lavras, Belo Horizonte, Rio das Mortes, São Gonçalo do Sapucaí, Pouso Alegre e Lagoa Formosa, etc. Migraram posteriormente para outros Estados, com significante concentração no Estado de Goiás, nas regiões que abrangem Catalão, Ouvidor, Três Ranchos, Cristalina, Luziânia, Silvânia, Orizona, Pires do Rio, Vianópolis, Goiânia, Anápolis e Ipameri. Migraram também em grandes números para o Distrito Federal  e São Paulo. É interessante ressaltar que o Triângulo Mineiro, antigo Sertão da Farinha Podre, que pertencia à Capitania de São Paulo até 1748, foi anexado à Capitania de Goiás e recebeu o nome de Julgado do Desemboque. Só a partir de 1816 a região foi anexada a Minas Gerais, tendo influência, inclusive, de Dona Beija e/ou Anna Jacinta de São José (1800). Portanto os Caixetas nascidos naquele Julgado entre 1748 a 1816 (68 anos) eram goianos! Uma grande parte de Caixetas descendem também de Dona Beija. Descobrimos também que Antônio Pereyra Cacheta, natural do Porto, tinha dois filhos padres, Joaquim e Francisco. Joaquim ingressou na Faculdade de Coimbra em 1745 e já era padre. Foi aprovado em exame privado de licenciamento e graduação sem penitenciamento e com três louvores, na seleta e rigorosa Universidade. Com certeza descendentes desses Cachetas e/ou Caixetas portuenses migraram também para os Açores, principalmente, a Ilha do Pico, (Picaroto) onde deixaram uma grandiosa descendência, entrelaçando-se com as famílias Vieira, Gonçalves, Pereira, Ávila, Brum, Mancebo, Serra Terra, Da Rosa, Bittencourt, Silveira, Pedreiro, Bagaço, etc. Ainda falta o elo de ligação direta que foi perdido nas águas do Atlântico Norte, entre os Caixetas do Porto e da Ilha do Pico.

Documentos registados no Instituto Histórico de Patos de Minas comprovam a marcante atuação da Família Caixeta na vida social, cultural, política e econômica durante a formação da cidade de Patos. Além do desbravamento de terras, ela legou efetiva contribuição ao desenvolvimento da agricultura e da pecuária naquelas regiões.
Quanto ao perfil dos Caixetas, são tradicionalmente considerados hospitaleiros, caridosos, pacíficos, conciliadores, trabalhadores e honestos.
Diz António Caixeta, por Jô Drumond, “Caçador de Caixetas”: “Comecei a pesquisa em Julho de 1986, com o simples intuito de conhecer minhas origens e de, talvez, editar posteriormente um pequeno livro sobre a genealogia de minha família. No entanto,  como diria a poeta Josina Nunes Drumond [Caixeta] “pescando reminiscências com o anzol da memória” fiz uma enorme pescaria e não sei o que fazer com o pescado encalhado. Meu levantamento já consta de 60 volumes de aproximadamente 500 páginas cada, e de mais de 100 quadros/bandejas e outras peças. O volume 61, está em andamento. Não tenho intenção de parar a pesquisa. Continuarei com meu “elefante branco” indefinidamente. Não sei a que servirá, a quem servirá, quando servirá, nem como servirá. Não sei tampouco, como consolidar tantas informações históricas. Ando atormentado com as proporções que minha bolinha de neve atingiu, sem saber o que fazer com ela. Espero que algum órgão público, como o Instituto Histórico e Geográfico ou que alguma instituição histórico-cultural apoie e dê andamento a esse trabalho desenvolvido durante várias décadas. Espero também que, quando eu partir para outra dimensão essa pesquisa não seja esquecida dentro de algum baú, nem jogada na lixeira. Trata-se de um importante registro concernente a mais de um milhão de brasileiros, a partir de 1700, (entre mortos e vivos), incluindo aqueles que perderam o sobrenome pelo machismo que ainda impera, ou ainda os filhos que herdavam apenas o sobrenome do pai assim como as filhas que mantiveram apenas o sobrenome da mãe. Trata-se, no Brasil, de 316 anos e 13 gerações! Todos os descendentes dos 3  portugueses pioneiros, JOÃO PEREIRA CAIXETA e CAETANA DO ROSÁRIO, JOSÉ PEREIRA CAIXETA e MARIA TEIXEIRA DOS SANTOS e MANOEL PEREIRA CAIXETA, assim como as futuras gerações, terão  assegurados uma memória e um acervo histórico, a partir desse registro em andamento”. A PESQUISA CONTINUA.....
Adm. ANTÔNIO CAIXETA – Heptaneto de Manoel Gonçalves Caixeta, Hexaneto de João Pereira Caixeta, Pentaneto do Alferes Ignácio Pereira Caixeta, Tetraneto de Ignácio Pereira Caixeta, Trineto de Manoel Ignácio Caixeta, Bisneto de José Caixeta da Cunha, Neto de Pedro Pereira Caixeta da Cunha, Filho de Manoel Caixeta.

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