sábado, 29 de abril de 2017
Pedro Resendes mais conhecido por Pauleta
Pedro Miguel Carreiro Resendes, mais conhecido por Pauleta, foi jogador de futebol profissional. Nasceu no dia 28 de Abril de 1973, na freguesia de São Roque, ilha de São Miguel – Açores.
Com apenas 8 anos, começou a jogar futebol na equipa da Comunidade Jovem de São Pedro. Posteriormente, representou o União Micaelense e, no escalão de juvenis, transitou para o Clube Desportivo Santa Clara.
As suas exibições chamaram a atenção de grandes clubes portugueses, nomeadamente no Sport Lisboa e Benfica, onde esteve à experiência. Posteriormente, na época 1990/1991 ingressou na equipa júnior do Futebol Clube do Porto. No entanto, acabou por regressar ao Santa Clara.
Na época de 1992, transferiu-se para o Clube Operário Desportivo. Em 1994, mudou-se para Angra do Heroísmo, para representar o Sport Angrense, mas acabou por regressar ainda nessa época à ilha de São Miguel, para jogar no União Micaelense.
Na temporada seguinte, 1995-1996, deu o salto para a Liga de Honra do futebol nacional, ao assinar pelo Estoril Praia.
Os 19 golos apontados na primeira época com a camisola dos “canarinhos” foram a rampa de lançamento para uma carreira de sucesso no futebol profissional. Em 1996-1997, representou os espanhóis do Salamanca, então na segunda divisão do futebol espanhol. Foi um dos principais responsáveis pela subida da equipa ao principal escalão do futebol daquele país. Em 1998, assinou pelo Desportivo da Corunha, tendo-se sagrado campeão e vencedor da Supertaça espanhola na temporada de 1999-2000. No ano seguinte, rumou a França, para representar o Bordéus. Em 2003, transferiu-se para o Paris St. Germain, onde se manteve até 2008, ano em que terminou a carreira profissional.
Venceu a Taça de França em 2004 e 2005 (Paris S. G.) e a Taça da Liga Francesa em 2002 (Bordéus). Foi o melhor marcador do campeonato francês em 2001-2002 (22 golos), 2005-2006 (21) e 2006-2007 (15). Foi considerado, por duas vezes , o melhor jogador do ano em França (2002 e 2003). É o melhor marcador da história do Paris St. Germain, com 100 golos apontados.
Fez a sua estreia com a Selecção Nacional no dia 20 de Agosto de 2007, frente à Arménia. Com 47 golos marcados, em 88 internacionalizações ao serviço da Selecção portuguesa, é considerado o melhor marcador de sempre, a par de Cristiano Ronaldo.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Carlos Nascimento da ilha do Corvo Açores foi o primeiro editor a trabalhar com o poeta chileno Pablo Neruda
Manuel Carlos George Nascimento (Carlos Nascimento) nasceu na ilha do Corvo no dia 18 de Abril de 1885. Depois de passar toda a infância na ilha, em 1905, com 20 anos de idade, mudou-se para o Chile para trabalhar com Juan Nascimento, seu tio, na sua livraria. Em 1917, após a morte de Juan Nascimento, recebeu como herança parte da livraria. Adquiriu as restantes partes do negócio e tornou-se no único proprietário da livraria. A impressão da segunda edição do livro “Geografia Elemental”, de Luís Caviedes, foi a primeiro trabalho que a Editorial Nascimento realizou. Em 1923 criou a sua própria editora.
Carlos Nascimento foi o primeiro editor a trabalhar com o poeta chileno Pablo Neruda, Nobel da Literatura em 1971, na sua obra “Crepusculário”, a primeira do poeta, em 1923.
A sua editora, extinta em 1986, publicou mais de 5 mil títulos, entre eles a série autobiográfica “Quién es Quién en las letras chilenas?”, um ciclo de conferencias realizadas pela “Agrupación de Amigos del Libro”, entre 1976 e 1985, onde cada um dos escritores convidados, grandes nomes da literatura chilena, realizava uma autobiografia.
Carlos Nascimento faleceu no dia 12 de Janeiro de 1966.
sábado, 22 de abril de 2017
Mário Silva foi distinguido pelo presidente francês
O político Mário Silva nasceu a 11 de Junho de 1966, no Concelho da Ribeira Grande, ilha de S. Miguel – Açores.
Formou-se na Universidade de Toronto, onde obteve o bacharelato em Ciências Políticas – Relações Internacionais. Mais tarde, estudou na Universidade de Sorbonne, em Paris, França, onde recebeu o “Certificat de Langue Francaise”. Recebeu o grau de Mestre em Direito Internacional dos Direitos Humanos na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Possui um doutoramento tirado na Faculdade de Direito, da Universidade Nacional da Irlanda, em Galway.
Foi eleito vereador da cidade de Toronto e vice-presidente da autarquia entre 1994 e 2004. De 2004 a 2011 esteve como membro do Parlamento Federal do Canadá (Partido Liberal), eleito pelo círculo de Davenport (Toron
to).
Integrou diversas direcções de Organismos Provinciais de Toronto, nomeadamente as de: Hydro, Comissão do Trânsito, Hospital do Monte Sinai e da Companhia de Ópera.
Enquanto membro do parlamento, Mário Silva desempenhou, entre outras, as funções de presidente do Comité Parlamentar do Antisemitismo, vice-presidente da Câmara dos Comuns para o Comité do Ambiente e também do Comité para os Direitos Humanos Internacionais.
Tem sido convidado para proferir palestras em várias universidades e já publicou diversos artigos em revistas jurídicas, como o “International Journal of Rights and Security”, o “California Western International Law Journal” ou o “Florida Journal of International Law” entre outros.
Foi distinguido, pelo presidente francês, com o Título de Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra e premiado com o título Ordem de Mérito de Portugal e com a Insígnia da Região Autónoma dos Açores. No dia 14 de Setembro de 2012, recebeu a Comenda da Ordem do Rio Branco, atribuída pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pelo seu envolvimento, enquanto deputado, no reforço do diálogo entre Canadá e Brasil e pelo apoio prestado à comunidade brasileira residente em Toronto.
No dia 15 de Dezembro de 2011, foi nomeado pelo Primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, para presidir, em 2013, à Task Force for International Cooperation on Holocaust Education, Remembrance and Research (ITF).
Actualmente, é presidente do Internacional Forum for Rights and Security (IFFRAS).
quarta-feira, 19 de abril de 2017
David Lee Roth ex-vocalista dos Van Halen com origens nos Açores
David Lee Roth, também conhecido como Diamond Dave (Bloomington, 10 de Outubro de 1954), é um vocalista de rock que se tornou conhecido por seu trabalho nos Van Halen. Filho de Nathan Roth, um proeminente oftalmologista judeu, David foi morar em Pasadena (Califórnia, Estados Unidos) na adolescência após morar em Swampscott (Massachusetts, Estados Unidos). Manny Roth, tio de David, é proprietário de um influente clube nocturno em Nova York. David que tem avós paternos e maternos nascidos em S. Miguel Arquipelago dos Açores.
As características mais marcantes de David são suas performances acrobáticas, com golpes de artes marciais, sua voz e seu senso de humor.
Em Abril de 1985 David saiu do Van Halen, embora algumas fontes digam que na verdade ele foi mandado embora da banda. Segundo foi dito, as maiores discordâncias vinham de David com Eddie Van Halen, já que Eddie queria incorporar ao som da banda teclados, sintetizadores e baladas. Em sua autobiografia lançada em 1988, Crazy From the Heat, David caracterizou a música do Van Halen logo antes da sua partida como "tediosa". Dizem que David queria gravar um álbum rapidamente e logo depois sair em turnê, e então lançar um filme, Crazy From the Heat, mas seus companheiros de banda estavam apáticos, letárgicos e afundados em drogas. David também não gostou da participação de Eddie na música Beat It, gravada por Michael Jackson em 1983. Eddie nunca contou a David que iria participar da gravação, por medo de que David tentasse impedi-lo. As razões exactas pelas quais David deixou a banda continuam não-totalmente esclarecidas. Desde 1985, David e seus antigos companheiros de banda isolaram-se.
domingo, 16 de abril de 2017
Escritor Ermelindo Ávila
Ermelindo Ávila nasceu na Vila das Lajes do Pico, Ilha do Pico, Açores, a 18 de Setembro de 1915. É um dos mais proeminentes cidadãos lajenses. Desempenhou na sua centenária vida vários cargos públicos de relevo, tendo sido homenageado com a Comenda da Ordem de Mérito e várias outras distinções oficiais.
É um nome incontornável da cultura açoriana, com quase três dezenas de livros publicados e um sem número de artigos dispersos nos mais importantes órgãos da imprensa local e regional, nas áreas da história, etnografia e cultura locais.
OBRAS PUBLICADAS
Nossa Senhora de Lourdes 1858-2008, 2015.
Filarmónica Liberdade Lajense – 150 Anos, 2014.
Lajes do Pico – Primeira povoação da ilha, 2011.
Álbum da Ilha do Pico, Publiçor, 2010.
A Balada das Baleias (com Sérgio Ávila e Sidónio Bettencourt), Veraçor, 2007.
Figuras & Factos, Vol. II, 2005.
Crónicas da Minha Ilha, Vol. II, 2002.
Sociedade Filarmónica Recreio Ribeirense – 1900-2000, 2000.
Concelho das Lajes do Pico, 1997.
Emigrados Imigrantes, 1996.
Crónicas da Minha Ilha (1968-1974), Jornal de Cultura, 1995.
Um Picoense Imigrante nos Estados Unidos da América – Herói nas Lutas contra os Índios, Separata da Revista Insulana do Instituto Cultural de Ponta Delgada.
Por Terras do Oriente, 1993.
Figuras & Factos (Notas Históricas), Associação de Defesa do Património da Ilha do Pico, 1993.
Conferências da Semana dos Baleeiros 1992 (coordenação de Ermelindo Ávila), 1993.
Comunicações e Transportes, Separata da Revista Insulana do Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1992.
As Festas da Vila – Semana dos Baleeiros, 1992.
Um Século de Baleação – Museu dos Baleeiros das Lajes do Pico, Separata da Revista Açoreana, Sociedade Afonso Chaves, 1992.
Temática Baleeira na Literatura Açoriana, Separata da Revista Insulana do Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1991.
Conventos Franciscanos na Ilha do Pico (Notas Históricas), Câmara Municipal de S. Roque, 1990.
No Centenário do Nascimento do Tenente-Coronel José Agostinho – Duas Palavras de Homenagem, Separata do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1988.
Ilha do Pico – Suas Origens e Suas Gentes (Notas Históricas), 1988.
A Ilha do Pico – Crises económicas, Separata do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1988.
Centenário de São Francisco de Assis – O franciscanismo na Ilha do Pico, Separata do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1986.
Emigrados Imigrantes, 1983.
Lurdes nas Lajes do Pico: 1883-1983, 1983.
Dr. Luís Ribeiro – (Um Testemunho Simples), Separata do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, 1982.
Ilha do Pico (Roteiro Histórico e Paisagístico), 1979.
John (Portugee) Phillips – Herói Português em Terras Americanas, Separata do Boletim do Núcleo Cultural da Horta, 1962.
sábado, 15 de abril de 2017
Fabrica de Chá do Porto Formoso do Engenheiro José António Pacheco
A Fábrica de Chá Porto Formoso localiza-se na freguesia de Porto Formoso, concelho da Ribeira Grande, na costa norte da ilha de São Miguel, nos Açores.
Foi fundada por Frederico Alexandre Borges Pacheco na década de 1920, tendo operado até à década de 1980, produzindo chá não apenas para o mercado nacional, mas também para exportação.
Em 1998 deu-se inicio à recuperação das suas instalações, actualmente associadas a uma componente museológica, como forma de compensar a sua pequena produção, limitada pelas características insulares. Desse modo, o visitante pode desfrutar de visitas guiadas às suas instalações, dentro do horário de funcionamento da fábrica.
A visita acompanha as diferentes fases da produção dos chás, iniciando-se pelo laboratório onde é feito o controlo da qualidade. Ao fim do percurso, é servido um chá numa sala recuperada segundo inspiração das cozinhas tradicionais da ilha de São Miguel, ou numa esplanada de onde se descortina ampla vista sobre as várias plantações de chá e a freguesia de Porto Formoso.
Todos os anos, na Primavera, na altura da apanha da folha para chá, aqui é recriada uma apanha das folhas com trajes típicos do século XIX.
O processo de produção de chá é regido por processos bastante antigos e rígidos, em que se pode dizer que a delicadeza para com a planta é a principal preocupação.
O período da apanha das folhas acontece por um espaço temporal que se estende entre os meses de Abril e Setembro, e isto para que seja numa época estival em que pelo facto de chover menos, também a planta cresce menos, o que confere ao chá uma melhor qualidade, tanto a nível da paladar como de taninos.
Após a apanha inicia-se um processo de transformação da folha, que passar pelo murchamento, a enrolagem, a oxidação e a secagem. Após concluído esse processo é que se inicia a selecção.
Desta selecção resultam três tipos de chá, conforme a qualidade das folhas que lhes deu origem. O chá tido por mais perfeito e forte é o denominado "Orange Pekoe", sendo obtido apenas do botão e da primeira folha do rebento. Essa denominação foi uma homenagem aos príncipes Neerlandeses da Casa de Orange, os primeiros no continente europeu a comercializar o chá. O segundo termo refere-se ao da língua chinesa que significa "jovem".
Foi fundada por Frederico Alexandre Borges Pacheco na década de 1920, tendo operado até à década de 1980, produzindo chá não apenas para o mercado nacional, mas também para exportação.
Em 1998 deu-se inicio à recuperação das suas instalações, actualmente associadas a uma componente museológica, como forma de compensar a sua pequena produção, limitada pelas características insulares. Desse modo, o visitante pode desfrutar de visitas guiadas às suas instalações, dentro do horário de funcionamento da fábrica.
A visita acompanha as diferentes fases da produção dos chás, iniciando-se pelo laboratório onde é feito o controlo da qualidade. Ao fim do percurso, é servido um chá numa sala recuperada segundo inspiração das cozinhas tradicionais da ilha de São Miguel, ou numa esplanada de onde se descortina ampla vista sobre as várias plantações de chá e a freguesia de Porto Formoso.
Todos os anos, na Primavera, na altura da apanha da folha para chá, aqui é recriada uma apanha das folhas com trajes típicos do século XIX.
O processo de produção de chá é regido por processos bastante antigos e rígidos, em que se pode dizer que a delicadeza para com a planta é a principal preocupação.
O período da apanha das folhas acontece por um espaço temporal que se estende entre os meses de Abril e Setembro, e isto para que seja numa época estival em que pelo facto de chover menos, também a planta cresce menos, o que confere ao chá uma melhor qualidade, tanto a nível da paladar como de taninos.
Após a apanha inicia-se um processo de transformação da folha, que passar pelo murchamento, a enrolagem, a oxidação e a secagem. Após concluído esse processo é que se inicia a selecção.
Desta selecção resultam três tipos de chá, conforme a qualidade das folhas que lhes deu origem. O chá tido por mais perfeito e forte é o denominado "Orange Pekoe", sendo obtido apenas do botão e da primeira folha do rebento. Essa denominação foi uma homenagem aos príncipes Neerlandeses da Casa de Orange, os primeiros no continente europeu a comercializar o chá. O segundo termo refere-se ao da língua chinesa que significa "jovem".
terça-feira, 11 de abril de 2017
Conheça D. Violante Cabral pode ser um dos descendentes dela
D. Violante Cabral foi uma senhora da nobreza de portuguesa e umas das poucas mulheres que foram raiz de importantes famílias nas ilhas dos Açores.
Os descendentes desta família provem uns, de Violante Cabral, irmã de Frei Gonçalo Velho Cabral, que foi comendador, na Ordem de Cristo, do Castelo de Almourol, da Beselga, Cardiga e das Pias e descobridor da ilha de Santa Maria e da ilha de São Miguel.
Outros descendem de Fernão Cabral, que passou aos Açores na segunda metade do século XVI, indo estabelecer a sua residência na cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira; são outros descendentes de João Rodrigues Pereira Cabral, que vivia na dita cidade na segunda metade do século XVII; e outros, finalmente descendem de Manuel Cabral de Melo, que deve ter nascido nos fins do século XVII ou princípios do século XVIII.
Todos estes ramos são procedentes da nobre geração e linhagem dos Cabrais, que tiveram a alcaideria-mor do Castelo de Belmonte, bem como o senhorio de Azurara, Folhada, Guarda, Manteigas, Moimenta, Tavares, Valhelhas, e de outras terras.
D. Violante Cabral, casou com Diogo Gonçalves de Travassos, que foi vedor e escrivão da puridade de Pedro de Portugal, Duque de Coimbra, filho do rei D. João I, e do conselho do rei D. Afonso V, casamento de que nasceram 5 filhos:
1 – Rui Velho.
2 – Pedro Velho Cabral, natural da ilha de São Miguel e casado com Catarina Afonso.
3 – Nuno Velho de Travassos e Melo que casou duas vezes, a primeira na ilha de São Miguel com Isabel Afonso e a segunda vez na ilha de Santa Maria com África Anes.
Os descendentes desta família provem uns, de Violante Cabral, irmã de Frei Gonçalo Velho Cabral, que foi comendador, na Ordem de Cristo, do Castelo de Almourol, da Beselga, Cardiga e das Pias e descobridor da ilha de Santa Maria e da ilha de São Miguel.
Outros descendem de Fernão Cabral, que passou aos Açores na segunda metade do século XVI, indo estabelecer a sua residência na cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira; são outros descendentes de João Rodrigues Pereira Cabral, que vivia na dita cidade na segunda metade do século XVII; e outros, finalmente descendem de Manuel Cabral de Melo, que deve ter nascido nos fins do século XVII ou princípios do século XVIII.
Todos estes ramos são procedentes da nobre geração e linhagem dos Cabrais, que tiveram a alcaideria-mor do Castelo de Belmonte, bem como o senhorio de Azurara, Folhada, Guarda, Manteigas, Moimenta, Tavares, Valhelhas, e de outras terras.
D. Violante Cabral, casou com Diogo Gonçalves de Travassos, que foi vedor e escrivão da puridade de Pedro de Portugal, Duque de Coimbra, filho do rei D. João I, e do conselho do rei D. Afonso V, casamento de que nasceram 5 filhos:
1 – Rui Velho.
2 – Pedro Velho Cabral, natural da ilha de São Miguel e casado com Catarina Afonso.
3 – Nuno Velho de Travassos e Melo que casou duas vezes, a primeira na ilha de São Miguel com Isabel Afonso e a segunda vez na ilha de Santa Maria com África Anes.
domingo, 9 de abril de 2017
O Charrua, José de Sousa Brasil continua a ser considerado como o maior poeta popular de sempre dos Açores
JOSÉ DE SOUSA BRASIL, O Charrua, nasceu nas Cinco Ribeiras, Ilha Terceira, em 25 de Junho de 1910 (segundo o registo baptismal) ou em 24 de Junho do mesmo ano, segundo ele próprio, data em que sempre festejou o seu aniversário. Continua a ser considerado como o maior poeta popular de sempre dos Açores, tanto pelo povo como pelos seus pares cantadores.
Desde muito cedo revelou uma inteligência penetrante e uma vontade enorme de adquirir conhecimento, qualidades que mereceram a atenção do professor e do pároco. Porém, os magros recursos da família não lhe permitiram ir além dos estudos primários na escola da freguesia.
Sabia ler e escrever, mas não completou o ensino elementar, conforme era corrente na época; foi, então, trabalhador agrícola, funileiro, assalariado, vendedor de pão, ao mesmo tempo que nele se revelavam singulares talentos de poeta e de improvisador, que, ainda jovem adolescente, havia de por à prova perante Manuel Borges Pêssego, dito O Bravo, um dos maiores poetas populares de sempre e o maior de então, por quem o jovem poeta nutria uma enorme admiração.
Antes de Pêssego, nas cantorias usava-se a quadra popular tradicional, como no Continente ainda se usa, na qual rimam apenas o 2.º e o 3.º versos, forma em que, no século XIX, António Inácio e o Terra se haviam exercitado com louvada mestria. Foi o Bravo quem introduziu «a cantiga rimada às quatro rimas», isto é, a quadra de rima cruzada (1.º verso com o 3.º e o 2.º com o 4.º), da qual o povo na época, pasmado, dizia que era «duas cantigas numa» e que Charrua veio a designar por «quadra literária».
Isto trazia ao jovem poeta uma carga maior de responsabilidade. Mas depressa veio a revelar-se exímio e imponente não só na nova quadra como também na sex tilha, na oitava e na décima. Este impulso transformou a cantoria ao desafio e compeliu quantos haviam iniciado carreira antes, com a quadra antiga, a se adaptarem à nova quadra em que já Charrua era rei.
Não é por acaso que à quadra de rimas cruzadas chama «literária». Para compensar a impossibilidade de prosseguir estudos e de se alcandorar a um nível de instrução que a sua brilhante inteligência reclamava, Charrua leu Camões, Camilo, João de Deus, Junqueiro, talvez Cesário e outros, nomes maiores do Romantismo Literário português, autores que haviam de marcar profundamente o seu espírito e formar o seu ideário para o resto da vida, neles bebendo as modulações, as figuras de estilo e as corretas medidas dos versos, que, por surpreendente que pareça, procurou cultivar com esmero no improviso.
Não será descabido dizer que Charrua ficou plenamente embebido pelo ideal romântico e que foi um poeta romântico. Como tal viveu a vida, subjugado à paixão pela sua arte, com arrebatado ardor entregue à poesia e ao ideal do Poeta iluminado e profeta, que o transformou num migrante de ocupação em ocupação, vivendo acima de tudo para a sua arte, viajando inúmeras vezes para os Estados Unidos, cruzando o continente até à Califórnia, para cantar, regressando, emigrando de novo e, por fim, retornando à sua terra para nela concluir o seu percurso, sempre erguendo bem alto e acima de tudo a chama e o estro do Poeta, incorporando esse Ideal como uma ordem do Destino.
A sua consabida paixão pela grande cantadora Maria Angelina de Sousa, dita A Turlu, correspondida, de resto, e que a ambos haveria de conduzir ao altar quando já eram viúvos das primeiras núpcias, constitui um final maravilhoso da transformação em real do paradigma Romântico.
Foi, reconhecidamente, um inigualável improvisador e repentista e o mais temível adversário ao desafio, inovador e original na quadra, na sextilha e na décima. E além das cantigas sem fim que sempre garbosamente cantou ao desafio e de improviso, cultivou pela escrita outras formas literárias, como canções, danças de espada, sonetos e trovas diversas.
Os seus textos inéditos foram doados à Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, em 13 de Junho de 2008, pela sua filha, D. Maria do Socorro Costa Brasil.”
terça-feira, 4 de abril de 2017
A primeira grande vedeta feminina a surgir em Portugal era filha de um Açoriano
Emília das Neves de Sousa, a Linda Emília (Benfica, 5 de Agosto de 1820 — Lisboa, Santa Justa, 19 de Dezembro de 1883) foi uma actriz dramática portuguesa de grande relevo durante o século XIX, a primeira grande vedeta feminina a surgir em Portugal.
Era filha de Manuel de Sousa, um açoriano da Freguesia de São Bartolomeu dos Regatos, em Angra do Heroísmo, um dos Bravos do Mindelo, razão pela qual a freguesia lhe dedica a toponímia de um dos seus arruamentos, e filha de Benta de Sousa, nascida na freguesia de Benfica, Lisboa.
Emília das Neves Sousa foi amante de Luís da Câmara Leme e morreu no estado de solteira na sua casa do Rossio. Foi sepultada no cemitério do Alto de São João, no jazigo n.º 993 em 19 de Dezembro de 1883. Em Benfica, o arruamento que começa na Estrada da Da maia e termina na Avenida Grão Vasco, tem o seu nome.
Emília das Neves, a Linda Emília, surgiu nos teatros quando tinha 18 anos em 1838 e seria aplaudida até 1883. Trazida para o Teatro sob a égide de Alexandre Dumas, foi uma das grandes figuras do meio teatral português da geração romântica, ombreando com os os actores Epifânio, Teodorico da Cruz e Rosa-Pai. Ficaram memoráveis os seus desempenhos, em particular os seus papéis nas peças Judith, Proezas de Richelieu, Joana a Doida, Gladiador de Ravena e Maria Stuart.
Era filha de Manuel de Sousa, um açoriano da Freguesia de São Bartolomeu dos Regatos, em Angra do Heroísmo, um dos Bravos do Mindelo, razão pela qual a freguesia lhe dedica a toponímia de um dos seus arruamentos, e filha de Benta de Sousa, nascida na freguesia de Benfica, Lisboa.
Emília das Neves Sousa foi amante de Luís da Câmara Leme e morreu no estado de solteira na sua casa do Rossio. Foi sepultada no cemitério do Alto de São João, no jazigo n.º 993 em 19 de Dezembro de 1883. Em Benfica, o arruamento que começa na Estrada da Da maia e termina na Avenida Grão Vasco, tem o seu nome.
Emília das Neves, a Linda Emília, surgiu nos teatros quando tinha 18 anos em 1838 e seria aplaudida até 1883. Trazida para o Teatro sob a égide de Alexandre Dumas, foi uma das grandes figuras do meio teatral português da geração romântica, ombreando com os os actores Epifânio, Teodorico da Cruz e Rosa-Pai. Ficaram memoráveis os seus desempenhos, em particular os seus papéis nas peças Judith, Proezas de Richelieu, Joana a Doida, Gladiador de Ravena e Maria Stuart.
domingo, 2 de abril de 2017
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