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sábado, 23 de abril de 2016

Vitorino Nemésio


Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (Praia da Vitória, 19 de Dezembro de 1901 — Lisboa, 20 de Fevereiro de 1978) foi um poeta, escritor e intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Filho de Vitorino Gomes da Silva e Maria da Glória Mendes Pinheiro, na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, uma vez que foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, facto que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores.  Do período do Liceu de Angra, apenas guardou boas recordações de Manuel António Ferreira Deus dado, professor de História, que o introduziu na vida das Letras.

Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames, como aluno externo do Liceu Nacional da Horta. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus, em 16 de Julho de 1918, com a qualificação de dez valores.
A sua estadia na Horta foi curta, de maio a Agosto de 1918. A 13 de Agosto o jornal O Telégrafo dava notícia de que Nemésio, apesar de ser um fedelho, um ano antes de chegar à Horta, havia enviado um exemplar de Canto Matinal, o seu primeiro livro de poesia (publicado em 1916), ao director de O Telégrafo, Manuel Emídio.


Apesar da tenra idade, Nemésio chegou à Horta já imbuído de alguns ideais republicanos, pois em Angra do Heroísmo já havia participado em reuniões literárias, republicanas e anarco-sindicalistas, tendo sido influenciado pelo seu amigo Jaime Brasil, cinco anos mais velho (primeiro mentor intelectual que o marcou para sempre) e por outras pessoas tal como Luís da Silva Ribeiro, advogado, e Gervásio Lima, escritor e bibliotecário.

Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Horta possuía um intenso comércio marítimo e uma impressionante animação nocturna, uma vez que se constituía em porto de escala obrigatória, local de reabastecimento de frotas e de repouso da marinhagem. Na Horta estavam instaladas as companhias dos Cabos Telegráficos Submarinos, que convertiam a cidade num "nó de comunicações" mundiais. Esse ambiente cosmopolita contribuiu, decisivamente, para que ele viesse, mais tarde a escrever a obra mítica que dá pelo nome de Mau Tempo no Canal, trabalhada desde 1939 e publicada em 1944, cuja acção decorre nas quatro principais ilhas do grupo central açoriano: Faial, Pico, São Jorge e Terceira, sendo que o núcleo da intriga se desenvolve na Horta.


Este romance evoca um período (1917-1919) que coincide em parte com a sua permanência na ilha do Faial e nele aparecem pessoas tais como o Dr. José Machado de Serpa, senador da República e estudioso, o padre Nunes da Rosa, contista e professor do Liceu da Horta, e Osório Goulart, poeta.
Em 1919 iniciou o serviço militar, como voluntário na arma de Infantaria, o que lhe proporcionou a primeira viagem para fora do arquipélago. Concluiu o liceu em Coimbra, em 1921, e inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica da mesma Faculdade.

Na primeira viagem que faz a Espanha, com o Orfeão Académico, em 1923, conhece Miguel Unamuno, escritor e filósofo espanhol (1864-1936), intelectual republicano, e teórico do humanismo revolucionário anti franquista, com quem trocará correspondência anos mais tarde.
A 12 de Fevereiro de 1926 desposou, em Coimbra, Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, de quem teve quatro filhos: Georgina (Novembro de 1926), Jorge (Abril de 1929), Manuel (Julho de 1930) e Ana Paula (Dezembro de 1931).


Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa  onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica,  com elevadas classificações, começando desde logo a leccionar literatura italiana. A partir de 1931 deu inicio à carreira académica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou Literatura Italiana e, mais tarde, Literatura Espanhola.
Em 1934 doutorou-se em Letras pela Universidade de Lisboa com a tese A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Entre 1937 e 1939 leccionou na Vrije Universiteit Brussel tendo regressado, neste último ano, ao ensino na Faculdade de Letras de Lisboa.
Em 1958 leccionou no Brasil. A 19 de Julho de 1961 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, a 17 de Abril de 1967, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. A 12 de Setembro de 1971, atingido pelo limite legal de idade para exercício de funções públicas, profere a sua última lição na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde ensinara durante quase quatro décadas, passando a ser Catedrático Jubilado.
Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia entre 11 de Dezembro de 1975 a 25 de Outubro de 1976.

Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX, tendo recebido em 1965, o Prémio Nacional de Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne.
Faleceu a 20 de Fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. Mas pediu mais: que os sinos tocassem o Aleluia em vez do dobre a finados. O seu pedido foi respeitado.
A 30 de Agosto de 1978 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a título póstumo. Em 1978, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua na zona da Quinta de Santa Clara, na Ameixoeira.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Francisco Cota Fagundes


Francisco Cota Fagundes nasceu na freguesia da Agualva, Concelho da Praia da Vitória, ilha Terceira, Açores e emigrou para os Estados Unidos da América, em 1963.
Tendo feito apenas a quarta classe no seu país de origem, frequentou o Los Angeles Valley College (1967-1970), em Van Nuys, Califórnia e a Universidade da Califórnia, Los Angeles (1970-1976), obtendo o seu doutoramento (PhD) em Línguas e Literaturas Hispânicas, em 1976.
Professor de Português na Universidade de Massachusetts Amherst, onde lecciona desde 1976, já assinou, coordenou, co-coordenou, traduziu e co-traduziu 28 livros (alguns deles permanecendo inéditos). Entre eles, assinou A Poet’s Way with Music: Humanism in Jorge de Sena’s Poetry (1988), Metamorfoses do Amor: Estudos sobre a Ficção Breve de Jorge de Sena (1991), In the Beginning Thee Was Jorge de Sena’s GENESIS: The Birth of a Writer (1992), Desta e da Outra Margem do Atlântico: Estudos sobre Literatura Açoriana e da Diáspora (2003), “Sou um Homem de Granito”: Miguel Torga e Seu Compromisso (coord.; 1997), Um Passo Mais no Português Moderno: Gramática Avançada, Leituras, Composição e Conversação (2004; 2ª edição 2010), Oral and Written Narratives and Cultural Identity: Interdisciplinary Approaches (co-ed.; 2007), Narrativas em Metamorfose: Abordagens Interdisciplinares (co-coord.; 2009), and Jorge de Sena Cá e Lá: Novas Perspectivas, 30 Anos Depois (co-coord.; 2009).

Também publicou A Lagoa dos Castores e Outras Narrativas da Minha Diáspora (2010), No Vale dos Pioneiros: Narrativas da Minha Diáspora (2008) e Hard Knocks: An Azorean-American Odyssey (memoir) (2000). Tradutor para o inglês de Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio e de O Barão, de Branquinho da Fonseca e co-tradutor dos volumes de poesia Metaformoses e Arte de Música, de Jorge de Sena.
Recentemente traduziu a sua própria autobiografia para o português, assim como as autobiografias de emigrantes açorianos The Open Door (A Porta Aberta), de Laurinda Andrade and Never Backward (Para Trás Anda o Caranguejo), de Lawrence Oliver. Francisco Cota Fagundes tem pronta uma segunda autobiografia inspirada pela luta do seu filho, Evan Anthony, contra um tumor no cérebro: ‘Not Born to Be Happy’: A Journey Through Darkness".
É autor de cerca de 70 artigos editados em revistas científicas e livros, e já apresentou mais de uma centena de comunicações sobre áreas da sua especialidade nos Estados Unidos, Portugal, Brasil e Espanha.

As suas principais áreas de interesse actual são a Poesia e o Conto Contemporâneos; a Narrativa Oral e Sua Representação Literária; Literatura e Identidade; a Diáspora Portuguesa , com particular relevo para as Literaturas da Emigração e Étnica nos Estados Unidos; Literaturas da Macaronésia; Literatura de Viagens Moderna; a Interrelação das Artes (poesia e música, literatura em geral e artes visuais)
Está a organizar, com Susana Antunes, um volume de estudos senianos em honra de Dona Mécia de Sena – Trinta e Tantos Anos de Devoção: Estudos Senianos em Honra de Mécia de Sena.
Já orientou, e está a orientar, várias teses de doutoramento sobre literatura portuguesa, dos PALOPs e Luso-Americana.
Francisco Fagundes foi distinguido com a Comenda do Infante Dom Henrique, atribuída pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, em 2001.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Manuel Carlos George Nascimento da ilha do Corvo Açores


Manuel Carlos George Nascimento (Carlos Nascimento) nasceu na ilha do Corvo no dia 18 de Abril de 1885. Depois de passar toda a infância na ilha, em 1905, com 20 anos de idade, mudou-se para o Chile para trabalhar com Juan Nascimento, seu tio, na sua livraria. Em 1917, após a morte de Juan Nascimento, recebeu como herança parte da livraria. Adquiriu as restantes partes do negócio e tornou-se no único proprietário da livraria. A impressão da segunda edição do livro “Geografia Elemental”, de Luís Caviedes, foi a primeiro trabalho que a Editorial Nascimento realizou. Em 1923 criou a sua própria editora.
Carlos Nascimento foi o primeiro editor a trabalhar com o poeta chileno Pablo Neruda, Nobel da Literatura em 1971, na sua obra “Crepusculário”, a primeira do poeta, em 1923.
A sua editora, extinta em 1986, publicou mais de 5 mil títulos, entre eles a série autobiográfica “Quién es Quién en las letras chilenas?”, um ciclo de conferencias realizadas pela “Agrupación de Amigos del Libro”, entre 1976 e 1985, onde cada um dos escritores convidados, grandes nomes da literatura chilena, realizava uma autobiografia.

Carlos Nascimento faleceu no dia 12 de Janeiro de 1966.

sábado, 16 de abril de 2016

Lília Cabral com ascendência Açoriana


Lília Cabral (Lília Cabral Bertolli Figueiredo), de descendência açoriana por parte da mãe, natural da ilha de S.Miguel –Açores e italiana pela via paterna, nasceu a 13 de Julho de 1955, em S. Paulo, Brasil.
Iniciou a sua carreira de actriz actuando, pela primeira vez, no teatro com a peça “Feliz Ano Novo”, baseada na obra de Marcelo Rubens Paiva.
Em 1981, estreou-se como actriz televisiva, com a telenovela “Os Adolescentes”, produzida pela Rede Bandeirantes.
Três anos depois, transferiu-se para a Rede Globo, onde permanece até à actualidade, para participar em “Corpo a Corpo”.
Em 1989, participou na telenovela de grande sucesso “Tieta” onde interpretou a personagem de Amorzinho.
Em 1995, participou em diversas séries como “História de Amor” e, em 1998, integrou o elenco de “Anjo Mau”.
No ano seguinte, protagonizou a personagem da mãe de Tati em “Malhação”.
Em 2000, desempenhou o papel de Ingrid em “Laços de Família”. Nos dois anos seguintes, participou em “Estrela Guia” e, posteriormente, em “Sabor da Paixão”. Já em 2003, deu vida à personagem da vilã cómica Bárbara em “Chocolate com Pimenta”.
Em 2007, participou em “Páginas da Vida” e, um ano depois, desempenhou o papel de Catarina em “A Favorita”. Por fim, no ano de 2009, entrou em “Diva” e, ainda no mesmo ano, desempenhou o papel da sensível mãe Teresa, na tão célebre telenovela “Viver a Vida”.

Além do vasto leque de telenovelas que fazem parte do seu trabalho também participou em diversas minisséries de grande sucesso, entre as quais “Dona Flor e seus Dois Maridos” em que encarnou a personagem de Violeta.
Em 1999, participou na afamada série brasileira “Malhação” e, em 2002, interpretou a personagem de Hera em “Sítio do Pica-pau Amarelo”. Para além das minisséries, participou em variadíssimos programas especiais e em diversas peças de cinema.
O reconhecimento público da sua grande competência como atriz , fica demonstrado nos muitos prémios que lhe foram atribuídos:
- Em 2006, foi premiada com o Troféu Imprensa, para a categoria de Melhor Atriz, na telenovela “Páginas da Vida”;

- Em 2007, foi distinguida com os prémios APCA, “Prémio Contigo” e um Emmy para a categoria de Melhor Atriz, também em “Páginas da Vida”;
 Em 2008, venceu o Prémio “Qualidade Brasil”, na categoria de Melhor Actriz Coadjuvante em “A Favorita”;
- Em 2009, foi contemplada com os prémios “Contigo de Cinema” e Festival de Cinema Brasileiro de Miami, igualmente para a categoria de Melhor Atriz, na telenovela “Divã”. Ainda no mesmo ano, venceu o Troféu Imprensa para a mesma categoria, na telenovela “Viver a Vida”;
- Em 2010, venceu o Emmy, também na categoria de Melhor Actriz, na telenovela “Viver a Vida”.
- Em 2012 recebeu o Troféu Imprensa, “Melhores do Ano” e o “Prémio Contigo TV”, como Melhor Actriz, na telenovela “Fina Estampa”. A 20 de maio de 2012, foi convidada para entregar, em Portugal, um dos prémios da XVII Gala dos Globos de Ouro da estação de televisão SIC.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

John Mattos a excelência gráfica


John Mattos é neto de emigrantes açorianos, oriundos das ilhas do Pico e S. Jorge que, no início do século XX, se radicaram em Alvarado (actual Fremont), localidade onde, ainda hoje, existe uma importante comunidade de origem portuguesa.
Este açor descendente é um dos artistas luso-americanos, na área da ilustração, de maior sucesso nos Estados Unidos. A excelência gráfica dos seus trabalhos foi reconhecida com centenas de prémios, atribuídos por diversas revistas da especialidade. Foram-lhe atribuídas também medalhas de Ouro pela Sociedade de Ilustradores de Nova Iorque, pela \"New York Art Diretor´s Club\" e de Prata, pela Sociedade de Ilustradores de Los Angeles.
O seu trabalho pode ser visto em grandes revistas norte-americanas, como a Time, Newsweek, Forbes, Fortune, Town and Country Reader’s Digest Graphis (Seleções). Entre os seus principais clientes estão Arnold Schwarzenegger, David Copperfield, Microsoft, Disney e a Nike.
Desenvolveu também projetos institucionais, desde consultoria para Harvard, Stanford, Art Center College, NYU, à Universidade de Boston, Massachusetts Institute of Technology, Universidade do Pacífico, Brigham Young University .

Leccionou nas University of California, University of Berkeley, Stanford University, The Community College of Allegheny County (CCAC), School of Visual Arts (SVA), em Nova York. Participou em seminários na Chico State e University of California, em Santa Cruz. Foi docente de ilustração e desenho em The Anza College, Academy of Art University, California College of Arts and Crafts e possui um certificado de ensino profissional do Estado da Califórnia.
Ilustrador de eleição dos correios norte-americanos, criou o seu 11º selo, que foi posto em circulação, em 2011.
Também foi o artista gráfico escolhido, pelo Serviço de Parques dos EUA, para conceber o cartaz das comemorações do 75º aniversário da Goden Gate Bridge.

Os trabalhos deste artista estão também presentes na música e no cinema.
Os cartazes de promoção dos filmes \"The Rocketeer\", \"Indiana Jones, o Templo Perdido\" e uma ilustração da maratona de Londres usada em \"Jerry Mcguire\", são algumas das criações deste ilustrador para o cinema. Os desenhos em várias t-shirts para bandas americanas de música rock dão conta da sua intervenção na área da cultura.
Para além do desenho, arte que pratica desde os três anos, dedica-se ainda ao ensino. É consultor de várias universidades norte-americanas e mantêm uma actividade permanente na Columbia University, em Nova Iorque.

domingo, 10 de abril de 2016

Steve Martins


Steve Martins nasceu a 13 de Abril de 1972, em Gatineau, no Quebéc, Canadá. Foi jogador profissional de hóquei no gelo, um dos desportos com maior destaque neste país.
Em 1994, foi recrutado por Hartford Whalers para a NHL Suplemental Craft.
No ano seguinte, iniciou a sua carreira no hóquei, nos escalões inferiores. No entanto, algum tempo depois, foi solicitado para participar em 276 jogos da NHL (National Hoquei League), onde apontou 25 golos e realizou outras tantas assistências.
A sua melhor temporada, nos escalões inferiores, foi em 2005/2006 quando representava a equipa de Birghamton Senators, com 22 golos e 58 assistências.
Ao longo da sua carreira profissional, jogou em várias equipas nomeadamente Whalers, the Carolina Hurricanes, The Tampa Bay Lightning, The New York Islanders, the St. Louis Blues e Ottawa Senators.
Terminou a sua carreira como jogador nos Chicago Wolves, na época de 2008/2009.
Os anos de 1999/2000 foram, sem dúvida, o auge da sua carreira na HNL, com 5 golos e 17 assistências em 57 jogos.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A primeira grande vedeta feminina a surgir em Portugal era filha de um Açoriano


Emília das Neves de Sousa, a Linda Emília (Benfica, 5 de Agosto de 1820 — Lisboa, Santa Justa, 19 de Dezembro de 1883) foi uma actriz dramática portuguesa de grande relevo durante o século XIX, a primeira grande vedeta feminina a surgir em Portugal.
Era filha de Manuel de Sousa, um açoriano da Freguesia de São Bartolomeu dos Regatos, em Angra do Heroísmo, um dos Bravos do Mindelo, razão pela qual a freguesia lhe dedica a toponímia de um dos seus arruamentos, e filha de Benta de Sousa, nascida na freguesia de Benfica, Lisboa.
Emília das Neves Sousa foi amante de Luís da Câmara Leme e morreu no estado de solteira na sua casa do Rossio. Foi sepultada no cemitério do Alto de São João, no jazigo n.º 993 em 19 de Dezembro de 1883. Em Benfica, o arruamento que começa na Estrada da Da maia e termina na Avenida Grão Vasco, tem o seu nome.

Emília das Neves, a Linda Emília, surgiu nos teatros quando tinha 18 anos em 1838 e seria aplaudida até 1883. Trazida para o Teatro sob a égide de Alexandre Dumas, foi uma das grandes figuras do meio teatral português da geração romântica, ombreando com os os actores Epifânio, Teodorico da Cruz e Rosa-Pai. Ficaram memoráveis os seus desempenhos, em particular os seus papéis nas peças Judith, Proezas de Richelieu, Joana a Doida, Gladiador de Ravena e Maria Stuart.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Orlando Manuel Monteiro de Azevedo


Orlando Manuel Monteiro de Azevedo nasceu no dia 12 de maio de 1949, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, tendo chegado ao Brasil em 1963.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, em 1980, Orlando de Azevedo dedica-se profissionalmente à fotografia documental em projetos especiais, assim como, à criação autoral no seu estúdio em Curitiba. É especializado em expedições e projetos de longa duração.
É colaborador de várias revistas brasileiras e estrangeiras, tendo participado ativamente em exposições colectivas e individuais no Brasil e noutros países.
Foi director de Artes Visuais da Fundação Cultural de Curitiba (1993-96), tendo criado a Bienal Internacional de Fotografia e o Museu de Fotografia Cidade de Curitiba. Em 1994, realizou a exposição “A Revolta”, do artista Franz Krajcberg, visitada por mais de um milhão de pessoas.

Em 1998, foi considerado artista português de destaque no universo das artes visuais pelo Ministério das Relações Exteriores e Secretaria das Comunidades Portuguesas. Nesse mesmo ano, representou o Brasil no fórum de debates durante o encerramento do Mois de la Photo, exposição internacional de fotografia em Paris. Em 2003, recebe o prémio Talento do Paraná. Dois anos depois, a Câmara dos Vereadores de Curitiba confere-lhe o certificado de Honra e Mérito pela sua participação na Comunidade Portuguesa em Curitiba e na cultura local. Em 2007, venceu o prémio cultura e divulgação Cidade de Curitiba. Ainda neste ano, foi um dos três finalistas mundiais no campo das artes para portugueses radicados no exterior.
Ao longo da sua carreira já publicou 10 livros, o último deles intitulado “Expedição Coração do Brasil – Paranaguá, Largamar”, um seguimento do projecto “Expedição Coração do Brasil”, iniciado em 1999.