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Oriunda dos Estados Unidos da América, a família Dabney instalou-se na Horta em 1806, quando John Bass Dabney foi nomeado Cônsul Geral dos Estados Unidos para os Açores pelo presidente americano, Thomas Jefferson.
Três membros da família Dabney, John (pai), Charles (filho) e Samuel (neto), exerceram sucessivamente o cargo ao longo do século XIX, ficando a sua presença registada na ilha do Faial através da toponímia, da arquitectura e da botânica.
John Bass Dabney especializou-se no comércio marítimo, fomentou a exportação do vinho e da laranja, adquiriu navios, armazéns e estaleiros destinados ao abastecimento e à reparação naval, dando assim origem a uma das mais poderosas casas comerciais do arquipélago dos Açores.
Com Charles Dabney, a família continuou a expandir os seus negócios, incrementando o movimento do porto da Horta, sobretudo através do abastecimento e reparação dos navios baleeiros americanos que aqui deixavam o óleo de baleia. Os Dabney exportavam-no para a Costa Leste dos Estados Unidos. Asseguravam ainda a ligação entre continente americano e os Açores e com o desenvolvimento da navegação a vapor passaram a ser os principais fornecedores de carvão dos navios que aportavam no porto da Horta.
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Do património arquitectónico pertencente a esta família, destaca-se a Casa de Veraneio em Porto Pim, adquirida por Charles William Dabney, em 1854. Edificada na paisagem única do Monte da Guia e incluída num complexo residencial composto por uma casa com cisterna, cais e abrigo para dois botes, um miradouro e uma pequena área de vinhas que se estendia pela encosta em direção à baía de Porto Pim, possuía ainda uma adega, onde atualmente está patente uma exposição que retrata o percurso de uma família americana, originária de Boston.
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