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quinta-feira, 19 de junho de 2025

As festas Sanjoaninas começaram logo após o povoamento

 

As festas Sanjoaninas são consideradas as maiores festas profanas do arquipélago. Iniciadas logo após o povoamento na cidade Património Mundial de Angra do Heroísmo  Ilha Terceira Açores


A Terceira é uma das nove ilhas dos Açores, integrante do chamado "Grupo Central". Primitivamente denominada como Ilha de Nosso Senhor Jesus Cristo das Terceiras, foi em tempos o centro administrativo das Ilhas Terceiras, como era designado o arquipélago dos Açores. A designação Terceiras aplicava-se a todo o arquipélago do Açores visto terem sido as terceiras ilhas descobertas no Atlântico (o arquipélago das Canárias era designado de Ilhas Primeiras e o arquipélago da Madeira por Ilhas Segundas, segundo a ordem cronológica de Descoberta). Com o avançar dos anos esta ilha passou a ser conhecida apenas por Ilha Terceira.


A riqueza da sua história e património edificado levou a que a Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo fosse classificada como Património Mundial pela UNESCO a 7 de Dezembro de 1983.  A cidade é sede do Regimento de Guarnição n.º 1, uma das mais antigas unidades militares portuguesas.

As Sanjoaninas, festas dedicadas a S. João, ocupam as ruas de Angra do Heroísmo durante dez dias do mês de Junho. Cortejos, concertos musicais, touradas (de praça ou à corda), tasquinhas de petiscos, espectáculos de teatro e fogo-de-artifício e provas desportivas, têm o seu ponto alto no desfile das marchas populares.



segunda-feira, 16 de junho de 2025

Povoamento dos Açores


 

Fragata Amazona na ilha Terceira Açores

 

Foi construída no Pará, no Estado do Brasil, por ordem do então Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar, D. Rodrigo de Sousa Coutinho ,  por volta de 1798.


Desempenhou inúmeras comissões, entre as quais deu proteção a diversos comboios para o Brasil (nomeadamente a uma das maiores e mais ricas frotas enviadas ao Brasil durante a guerra com a França em 1800), participou na campanha do Rio da Prata em 1801, cruzou no Estreito de Gibraltar, conduziu deportados liberais para Angra em 1810, navegou nas águas de Santander, Madeira, Tunes, Açores e Angola; integrou a esquadra do Estreito em Setembro de 1818 e a esquadra miguelista aos Açores em 1829; tendo participado na batalha da Praia  em Agosto de 1829  e no bloqueio naval da Terceira  em Outubro de 1829.




quinta-feira, 12 de junho de 2025

Quatro Ribeiras ilha Terceira Açores

 

Erguida entre 1455 e 1460, conforme inscrição epigráfica sobre a portada como forma de invocação da santa padroeira da freguesia, a Santa Beatriz.


Sofreu obras de remodelação no século XVII.


Segundo um rol publicado pelo Bispado de Angra do Heroísmo, ficou muito danificada pelo terramoto de 1 de Janeiro de 1980.

Mas,  corria o ano de 1998 foram junto à orla costeira desta freguesia encontrados vestígios, actualmente em estudo, que segundo os especialistas em escrita antiga são escritos rupestres deixados por navegadores, eventualmente Fenícios que terão passado por esta ilha séculos antes da sua descoberta oficial pelos portugueses.




Ancestors


 

sábado, 7 de junho de 2025

Sargento-mor Amaro Soares na ilha de S. Jorge Arquipélago dos Açores

 

Amaro Soares  nasceu na ilha de São Jorge, Açores e faleceu na  ilha de São Jorge, Açores em 1652.

Foi um militar português, prestou serviço na Flandres com distinção. Começou a vida militar em 1595, segundo uma carta régia de 15 de Novembro de 1635. Regressou à ilha de São Jorge 1613.

Em 1618 foi nomeado sargento-mor de toda esta ilha de São Jorge e superintendente das fortificações da mesma.

Por alvará de 10 de Julho de 1626 foi-lhe consignado o soldo daquele cargo, sendo nesse documento tratado por Cavaleiro fidalgo.

Exerceu ainda os ofícios de justiça e fazenda por mercê de carta régia e também o de Capitão do donatário da mesma ilha.

Por ocasião da aclamação do rei D. João IV e cerco do Monte Brasil, (Fortaleza de São João Baptista, de Angra do Heroísmo) foi a Angra para dirigir os trabalhos de entrincheiramento e ali se deteve três meses. Renunciou o cargo de sargento-mor da ilha de São Jorge, sendo nomeado nesse cargo em 1648 o seu filho Sebastião de Sousa.


O rei pelos serviços prestados na aclamação confirmou-lhe a data da propriedade dos ofícios que antes tinha por Alvarás de 4 de Novembro de 1643 e 12 de Outubro de 1644.



quinta-feira, 5 de junho de 2025

Família

 


Manuel Machado Macedo

 

Nasceu em Ponta Delgada, no Arquipélago dos Açores, em 1922.  Aos sete anos de idade mudou-se com a família para Lisboa, onde cumpriu os estudos primários na Escola Francesa, os secundários no Liceu do Carmo, e os estudos universitários na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.  O estágio foi realizado no Hospital Cantonal de Zurique, na Suíça.


Em 1987 doutorou-se na NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas com a tese Revascularização do Miocárdio.



 Fez o serviço militar no Hospital da Estrela.  Trabalhou no Hospital Curry Cabral e no Instituto de Doenças do Tórax, e posteriormente no Reino Unido, no Hospital de Brompton, no Leicester Chest Unite no Hospital Queen Elizabeth.



Em 1945 voltou a território nacional, tendo-se empregado nos Hospitais Civis de Lisboa, onde foi director do Serviço de Cirurgia Torácica.  Também presidiu ao Colégio de Cirurgiões Torácicos, foi director clínico do Hospital de Santa Marta, director dos Serviços de Cardiologia e de Cirurgia Cardiotorácica, e posteriormente ocupou a posição de presidente do Conselho de Gerência do Hospital de Santa Cruz. Durante a sua carreira, decidiu especializar-se em cirurgia torácica, tendo sido um dos pioneiros nas operações de coração aberto, em 1962.   Exerceu igualmente como professor extraordinário de cirurgia cardiotorácica em 1979, e como professor catedrático convidado na NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas em 1985. Entre 1987 e 1992 ocupou a fundação de bastonário da Ordem dos Médicos, e em 1988 foi um dos fundadores do Instituto do Coração, em conjunto com João Queiroz e Melo e Ricardo Seabra Gomes.  Também foi presidente do Comité Permanente dos Médicos da União Europeia, fundou e foi presidente da Sociedade Portuguesa Cardiotorácica e Vascular e da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, e presidiu ao Centro de Estudos de Doenças Esofágicas.



segunda-feira, 2 de junho de 2025

Descendentes dos Açores




Tibúrcio António Craveiro

 

Tibúrcio António Craveiro  nasceu em Angra do Heroísmo  a  4 de Maio de 1800 e faleceu nas  Velas a 23 de Maio de 1844.  Foi um poeta, historiador e teórico da literatura,  com uma obra que inclui temáticas de história, teoria da literatura e poesia, campo em que aderiu à corrente da Arcádia Lusitana.


Em Angra do Heroísmo, cidade  que frequentou as aulas de Teologia Moral, revelando-se um aluno estudioso e aplicado.  Terminados os estudos empregou-se como professor régio da instrução primária na cidade de Angra.


Em consequência da sua adesão ao liberalismo, após a Abrilada de 1824 exilou-se em Londres. Em 1826 fixou-se na cidade do Rio de Janeiro, onde encontrou emprego como professor de Retórica.

No Rio de Janeiro, cidade onde permaneceria até 1842, foi um fundadores e bibliotecário do Real Gabinete Português de Leitura, envolvendo-se activamente na vida literária e política da cidade.  Durante este período produziu a maior parte da sua obra publicada. Foi lente do Imperial Colégio de Pedro II, do Rio de Janeiro.


Em 1842 deixou o Brasil e durante algum tempo viveu em Lisboa. Em 1844 voltou aos Açores. Morreu nesse ano a bordo de um navio, aparentemente vítima de suicídio, em condições que nunca ficaram esclarecidas. O seu cadáver foi desembarcado nas Velas, São Jorge, onde foi sepultado.




domingo, 1 de junho de 2025

Pesquisas dos Açores


 

Bartolomeu de Quental

 

Bartolomeu de Quental nasceu em 23 de Agosto de 1626 em Fenais da Luz, na ilha de São Miguel Açores. Filho de Francisco Andrade Cabral e Ana de Quental. Frequentou a Universidade de Évora, onde estudou Teologia e Filosofia, e obteve o grau de Mestre em Artes (1647). No ano de 1653 é ordenado sacerdote. Em 1654, o padre Bartolomeu de Quental é nomeado capelão, confessor e pregador da Capela Real, por D. João IV.



Com o apoio de D. Luísa de Gusmão, Quental criará as bases para a Congregação do Oratório, através da constituição de uma congregação de sacerdotes consagrada à Virgem Maria. Como missionário, esteve presente na Congregação do Oratório de Pernambuco e Goa.


Recebe o título de venerável pelo Papa Clemente XI, confirmado pelo Papa Bento IV.


Antepassado do escritor Antero de Quental, morre em Lisboa em 20 de Dezembro de 1698.




Açorianos


 

São Pedro ilha de Santa Maria Açores

Pensa - se que a primeira pessoa a nascer na ilha, foi  uma menina de nome Margarida Afonso,  que nasceu , no lugar do Paul.


Em termos cronológicos, esta foi a quarta das freguesias da ilha, criada cerca de 1603, à época da visita pastoral do bispo de Angra, D. Jerónimo Teixeira Cabral. Esta criação foi confirmada por Filipe II de Portugal a 5 de Março de 1611.


A primeira sede da paróquia foi a primitiva ermida de São Pedro, no lugar das Pedras de São Pedro, que Frutuoso refere ser uma das quatro ermidas existentes "acima da vila", situada "mais adiante pelo caminho" da Igreja de Santo Antão.

Filipe III de Portugal, por Carta régia de 4 de Abril de 1623, atendeu ao pedido do vigário e dos habitantes de São Pedro, autorizando o lançamento de uma finta para as obras da ermida nas Pedras de São Pedro, declaradas necessárias, por ocasião da visita pastoral do então bispo de Angra, D. Pedro da Costa.


Esta ermida serviu como sede da paróquia até 1698, ano em que, por força do crescimento da população, foi erguido um novo templo, de raiz, com maiores dimensões e em local mais central, no lugar da Rosa Alta.


Devido à riqueza do seu solo, São Pedro teve na agricultura a sua principal fonte de rendimento. Ao longo dos séculos, nela prosperaram os morgadios, caracterizados por grandes solares e respetivas ermidas, de que temos testemunho até aos nossos dias.



quinta-feira, 22 de maio de 2025

Arquipélago dos Açores


 

Gruta da Enxaréus ilha das Flores Açores

 

Esta formação geológica tem uma curiosa história que se inicia com o povoamento dos Açores, com as rotas comercias que passavam por estes mares ocidentais do arquipélago à socapa das naus da Carreira da Índia.

Foi assim durante séculos usada como esconderijo de piratas, corsários e contrabandistas, e é hoje uma das grandes atracções da ilha das Flores.


Faz parte dos roteiros turísticos da ilha, sendo possível lá chegar por barco.

Deve ter-se em atenção que por esta altura muitos dos homens da ilha do Corvo, ali mesmo ao lado, iam buscar parte dos seus rendimentos ao trabalho que faziam nas embarcações piratas e que certamente eram conhecedores das costas das ilhas.



quarta-feira, 21 de maio de 2025

Descendentes dos Açores

 


Caveira ilha das Flores Açores

 

A primeira colónia que se conhece ter-se fixado na ilha das Flores foi constituída por um pequeno grupo de flamengos, capitaneado por Willem van der Hagen, que terá escolhido o vale da Ribeira da Cruz, hoje em território da freguesia da caveira, como local de residência. Terão chegado à ilha em finais do século XV, com a esperança que a ilha fosse rica em minérios, aparentemente com a ideia de que a ilha das Flores era uma das míticas ilhas Cassitérides. Instalaram-se em pequenas grutas, escavadas nas falésias das margens da Ribeira, mas quando descobriram que afinal a ilha não tinha estanho ou metais preciosos, abandonaram a colónia e foram-se fixar na atual Vila do Topo, na ilha de São Jorge.


Falhada esta tentativa de colonização, o lugar ficou novamente desabitado, assim permanecendo por muitas décadas. Escrevendo em finais do século XVI, o historiador Gaspar Frutuoso já aponta e existência do topónimo Caveira, descrevendo-o como uma pequena ponta que corre ao mar, não sendo, contudo, claro que o lugar fosse então povoado. A primeira referência à povoação aparece na obra do padre António Cordeiro, publicada em 1717, que a aponta como um pequeno lugarete.


Foi a partir daquele lugarete que a Caveira se foi lentamente desenvolvendo, ficando a primitiva comunidade dependente administrativa e religiosamente da vila de Santa Cruz, a cuja paróquia pertencia o lugar. Contudo, dada a distância e a dificuldade em atravessar o escarpado vale da Ribeira da Cruz, o vigário da Matriz de Santa Cruz, padre Agostinho Pereira de Lacerda, responsável pela pequena e isolada comunidade, pediu em 1757 ao bispo de Angra, na altura D. frei Valério do Sacramento, que a Caveira fosse antes anexada à paróquia de São Caetano da Lomba, apesar de ser uma localidade pertencente ao vizinho concelho das Lajes das Flores.



Atentas as dificuldades de comunicação, por alvará de 7 de Julho de 1757, aquele bispo determinou a anexação da Caveira à paróquia da Lomba, situação que desagradou ao respetivo pároco, incomodado pela necessidade de atravessar os barrancos da Ribeira da Silva, que em breve começou a solicitar a separação do lugar. Tendo em conta essas dificuldades e o desejo de ver resolvida a assistência religiosa da isolada comunidade, em 1767, por iniciativa de José António de Sousa Bettencourt, um proprietário oriundo da ilha Graciosa que se havia fixado no lugar, começou a ser construída um pequena igreja, no local hoje ocupado pelo cemitério da freguesia.


A igreja tinha a invocação de Benditas Almas, sendo um pequeno templo de 12 metros de comprimento por apenas 4,2 m de largura. Com a ermida construída, o pároco da Lomba, então o padre José Joaquim de Almeida, apressa-se a solicitar ao rei a mercê de erigir a ermida das Benditas Almas em paroquial. A solicitada mercê chegou sob a forma de um alvará de D. João VI de Portugal, datado de 19 de Dezembro de 1823.



sábado, 17 de maio de 2025

Açores


 

Lagar de Diogo Fernandes Faleiro na ilha de Santa Maria Açores

 

O Lagar de Diogo Fernandes Faleiro localiza-se na foz da Ribeira do Aveiro, no lugar da Maia, freguesia do Santo Espírito, concelho da Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, nos Açores.


Construído anteriormente a 1579 por Diogo Fernandes Faleiro, aqui eram produzidas anualmente vinte pipas de vinho. Este proprietário liga-se à colonização açoriana do Brasil, uma vez que, de acordo com o cronista:

"O mesmo Diogo Fernandes Faleiro tem na sua vinha, no meio da rocha feito, um lagar de uma só pedra, muito bem feito, em que faz todo o seu vinho, e o mesmo, no ano de mil e quinhentos e setenta e nove (porque não é bem passar com silêncio uma obra de tanto louvor), sendo de muita esterilidade, como haviam sido já outros atrás, de que ficaram os moradores da ilha tão atribulados e pobres, que não se podiam manter nela, vendo ele alguns parentes seus em semelhante aflição, os persuadiu que se quisessem sair daquela miséria e se fossem para o Brasil, para o que gastou com eles, provendo-os de todo o necessário para a sua embarcação, duzentos mil réis, e mais não sendo ele tão rico, que pudesse fazer tão grossa esmola, sem notável trabalho seu e despesa de sua fazenda, ajudando-os, e, além da dita despesa, com diligências e ocupações de sua pessoa e dos seus, de sua casa, a embarcar, animando-os com grande fervor e caridade."

A mais antiga notícia que nos fala da saída de alguns casais para o Brasil é-    -nos fornecida por Gaspar Furtuoso, primeiro historiador micaelense (1522-1591), que escreveu as suas crônicas no terceiro quartel do século XVI. Escreve o cronista a dado passo que “… no ano de mil quinhentos e setenta e nove, sendo de muita esterilidade, como haviam sido muitos atrás desse, ficaram os moradores da ilha tão atribulados e pobres, que não se podiam manter nela, vendo ele [Diogo Fernandes Faleiro] alguns parentes seus em semelhante aflição, os persuadiu que se quisessem sair daquela miséria e se fossem para o Brasil, para o que gastou com eles, provendo-os de todo o necessário para sua embarcação, duzentos mil reis…”




quarta-feira, 14 de maio de 2025

Pesquisas dos Açores


 

Palácio dos Capitães-Generais na cidade de Angra do Heroísmo ilha Terceira Açores

 

O Palácio dos Capitães-Generais, também designado por Colégio de Santo Inácio e Colégio da Companhia de Jesus, localiza-se na freguesia da Sé, no centro histórico da cidade e município de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nos Açores.


Trata-se de um conjunto edificado de apreciáveis dimensões onde primitivamente esteve instalado o Colégio da Companhia de Jesus  que, em 1595, foi crismado com o nome de "Colégio da Ascensão". Nesta época era constituído não apenas pelo atual edifício, mas também pelo do Colégio própriamente dito, o chamado "Pátio dos Estudos" (hoje desaparecido), o do chamado "Colégio Novo" (onde atualmente se encontra instalada a Direção Regional das Comunidades), e pela Igreja de Santo Inácio.



Enquanto a Fortaleza de São João Baptista personificou o poder militar, o Palácio dos Capitães-Generais personificou o poder civil no arquipélago. Ao longo de sua história, com mais de quatro séculos, serviu como sede do primeiro governo unificado do arquipélago (período da Capitania Geral dos Açores), como Palácio Real de Pedro IV de Portugal e de Carlos I de Portugal, como sede do Governo Militar dos Açores, e como sede da Presidência do Governo dos Açores e local de reunião do Conselho do Governo da Ilha Terceira, quando passa à posse da Região após a constitucionalização da autonomia política e administrativa dos Açores na sequência da Revolução dos Cravos no país. Entre as suas funções, na atualidade, é uma das sedes da Presidência do Governo Regional.

O Palácio dos Capitães-Generais está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1980.


O estabelecimento dos Jesuítas nos Açores e na Madeira remonta a 1569, quando o regente D. Henrique instituiu dois colégios, custeados pelo erário real, em Angra e no Funchal.

O Colégio dos Jesuítas de Angra foi mandado erguer por Alvará de D. Sebastião datado de 19 de fevereiro de 1570, sendo a partida dos religiosos assim registada, no início do mesmo ano:


"Estes dias passados se partieron de aquí tres Padres y nueve Hermanos que van para la Isla de Madera a fundar el collegio (...). Cedo partirán otros tantos para la Isla de Angra y por ventura que algunos Hermanos más; partirán a quinze de Março poco más o menos"


Desse modo, a 1 de junho de 1570, após uma viagem tormentosa, o grupo de doze religiosos entrou solenemente em Angra, sob a liderança daquele provincial. No grupo destacavam-se ainda os nomes de Luís de Vasconcelos (reitor e mestre - ou leitor - dos casos de consciência), Pêro Gomes e Baltasar Barreiros.


José da Silva do Canto, que fundara na rua da Rocha (posteriormente rua de Jesus, em homenagem à Companhia) o Recolhimento e Ermida de Nossa Senhora das Neves, disponibilizou-lhes essas facilidades para nelas se instalarem. Sendo essas acomodações reduzidas, buscaram-se novas instalações, que foram encontradas numa casa no local do atual palácio, que se tornou a segunda casa da Companhia em Angra. Por Alvará passado em Almeirim a 20 de março de 1572, D. Sebastião concedeu as licenças necessárias para a construção de uma nova edificação, com traça do jesuíta Tinoco,  e atribuiu 600$00 reis anuais para o estabelecimento e sustento dos padres da Companhia, pagos a partir desse ano pelo Provedor da Fazenda Real na Terceira, através dos rendimentos da Coroa naquela ilha   As obras foram dirigidas pelo jesuíta Francisco Dias, com recurso das esmolas das principais famílias da ilha.


Na mesma época, em Ponta Delgada, João Lopes, um cristão-novo oriundo do Porto que enriquecera no comércio, legou em testamento o rendimento de trinta moios de trigo à Companhia, com a condição de também ser aberto um Colégio naquela cidade, o que aconteceria em 1592.