sábado, 30 de outubro de 2021
João Vaz Corte Real foi um dos primeiros europeus que chegou à costa Americana
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Capela de Santo António da Furna data do Século XVII em São Roque ilha do Pico
terça-feira, 26 de outubro de 2021
O primeiro registo conhecido da realização de uma tourada à corda na ilha Terceira Açores data de 1622
sábado, 23 de outubro de 2021
A Açoriana que trabalhou em limpezas e hoje está no topo da Johnson & Johnson
Filha de imigrantes da ilha de São Jorge e de São Miguel, que vieram para os Estados Unidos em 1969, Lúcia foi este mês, aos 41 anos, nomeada vice-presidente de Tecnologias de Informação da multinacional Johnson & Johnson.
A sua ascensão no mundo dos negócios começou quando ainda estudava na universidade e trabalhava em vários locais para pagar os estudos.
"Um dos trabalhos que fiz foi ajudar a minha mãe a limpar casas. Um dia estava a falar com o Sr. Casey, cuja casa estava a limpar, e ele interessou-se pelo que eu estudava e o que queria fazer. Ele trabalhava na Fujitsu América, que estava a lançar uma divisão interactiva. Naquela altura, quase nenhuma empresa tinha um site e fui contratada para aprender a programar HTML", lembra.
Aos poucos, foi aprendendo mais sobre tecnologia e decidiu construir a sua carreira nesta área. "Foi como aprender mais uma língua. Apaixonei-me por ela no meio da excitação do Sillicon Valley e do seu espírito inovador", garante.
Lúcia começou por licenciar-se em línguas estrangeiras, na Universidade de San José, completou um mestrado em literatura na Universidade de Santa Cruz, e quando se voltou para a área dos negócios completou um MBA na Universidade de San Jose e procurou formação adicional em Harvard.
"Nunca procurei títulos. Procurei desafios, áreas em que podia expandir a minha aprendizagem e adquirir mais responsabilidade. Sempre gostei de dar forma a negócios e, com a minha experiência em tecnologia, esta posição é ideal para as minhas aspirações", explica à agência Lusa.
Quando Lúcia decidiu juntar-se à Johnson & Johnson, em 2002, fê-lo porque a companhia lhe "dava a oportunidade de juntar tecnologia com cuidados de saúde de formas que não eram possíveis antes da era da internet".
A multinacional é mais conhecida em Portugal pela sua linha de cuidados para bebé, incluindo o champô, mas a multinacional, que facturou 74.3 mil milhões de dólares no ano passado (cerca de 70 mil milhões de euros) e está presente em 175 países, tem uma vasta área de negócios ligados à tecnologia e saúde, que inclui medicamentos e material médico.
A liderança da empresa diz que a gestora foi escolhida por ter "um misto de capacidades tecnológicas, de estratégia e de execução."
Lúcia cresceu no norte da Califórnia, onde existe uma grande comunidade de imigrantes açorianos, e visita Portugal, onde passou a sua lua-de-mel, sempre que pode.
"Os meus pais sempre falaram português em casa com os cinco filhos. Crescemos a perceber a nossa língua nativa e a ter um gosto profundo por Portugal, a sua história e as nossas raízes", explicou à Lusa.
Em casa, a gestora só fala português com as duas filhas.
"Quando entrei na creche, não sabia falar inglês, apesar de ter nascido no país e sempre ter vivido nele. Mas as crianças aprendem línguas extremamente rápido e algumas semanas depois de começar a escola já sabia inglês suficiente para lidar com os meus colegas", garante.
A luso-americana acredita que ter nascido numa família de imigrantes foi determinante no seu percurso.
Cortesia I LOVE AÇORES
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
A primeira grande vedeta feminina a surgir em Portugal era filha de um Açoriano
Emília das Neves de Sousa, a Linda Emília (Benfica, 5 de Agosto de 1820 — Lisboa, Santa Justa, 19 de Dezembro de 1883) foi uma actriz dramática portuguesa de grande relevo durante o século XIX, a primeira grande vedeta feminina a surgir em Portugal.
Era filha de Manuel de Sousa, um açoriano da Freguesia de São Bartolomeu dos Regatos, em Angra do Heroísmo, um dos Bravos do Mindelo, razão pela qual a freguesia lhe dedica a toponímia de um dos seus arruamentos, e filha de Benta de Sousa, nascida na freguesia de Benfica, Lisboa.
Emília das Neves Sousa foi amante de Luís da Câmara Leme e morreu no estado de solteira na sua casa do Rossio. Foi sepultada no cemitério do Alto de São João, no jazigo n.º 993 em 19 de Dezembro de 1883. Em Benfica, o arruamento que começa na Estrada da Da maia e termina na Avenida Grão Vasco, tem o seu nome.
Emília das Neves, a Linda Emília, surgiu nos teatros quando tinha 18 anos em 1838 e seria aplaudida até 1883. Trazida para o Teatro sob a égide de Alexandre Dumas, foi uma das grandes figuras do meio teatral português da geração romântica, ombreando com os os actores Epifânio, Teodorico da Cruz e Rosa-Pai. Ficaram memoráveis os seus desempenhos, em particular os seus papéis nas peças Judith, Proezas de Richelieu, Joana a Doida, Gladiador de Ravena e Maria Stuart.
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
Forte de São Brás de Vila do Porto ilha de Santa Maria Açores
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
Diogo de Teive nos Açores
Diogo de Teive era filho de Lopo Afonso de Teive, escudeiro da Casa do Infante e juiz ordinário na cidade do Porto, e de sua mulher Leonor Gonçalves Ferreira, irmã do bispo de Coimbra, D. Álvaro Ferreira, que governou aquela diocese entre 1431 e 1444. Casou com Maria Gonçalves de Vargas, casamento de que nasceram o navegador João de Teive e Catarina Teive de Gusmão. Tal como seu pai, foi escudeiro da casa do Infante D. Henrique.
Por volta de 1450, e na sequência da doação da capitania da ilha Terceira a Jácome de Bruges, terá participado numa viagem de exploração àquela ilha, onde é apontada a sua presença em 1451. Por esse ano, e no ano seguinte, realizou pelo menos duas viagens de exploração para oeste do arquipélago dos Açores.
Em resultado dessas viagens, no ano de 1452 é atribuída a Diogo de Teive e João de Teive, seu filho do casamento com Leonor Gonçalves Vargas, a descoberta das ilhas das Flores (Flores e Corvo), as últimas a serem reconhecidas no arquipélago dos Açores. Esta descoberta ocorreu no regresso da sua segunda viagem, sendo aquelas ilhas inicialmente consideradas um novo arquipélago, com o nome de ilhas Floreiras ou ilhas Foreiras.
Nesta viagem, em exploração do Atlântico para noroeste, para além da descoberta das ilhas do Grupo Ocidental açoriano, terá reconhecido os bancos da Terra Nova, ou mesmo a Terra Nova, embora alguns autores contestem essa possibilidade.
Estas viagens às águas da América do Norte granjearam-lhe fama, sendo referido por D. Fernando Colombo na obra em que reconta a vida de seu pai, Cristóvão Colombo, e por Bartolomé de Las Casas, como o navegador que cerca de 40 anos antes de Colombo empreendera uma viagem às Américas.
No regresso da sua viagem de 1452 foi ao Algarve dar notícia do reconhecimento das duas ilhas do ocidente açoriano. Sabe-se que após essa estadia no Algarve, ainda no ano de 1452, partiu para a ilha da Madeira para cumprir o contrato que estabelecera com o infante D. Henrique, assinado por este em Albufeira a 5 de dezembro de 1452, pelo qual se comprometia a construir naquela ilha um engenho de água para a produção de açúcar e a entregar a terça parte da sua produção ao infante. Depois disto, passou a estar bem documentada a sua estada na ilha da Madeira, onde viveu até finais da década de 1460.
Por finais da década de 1460 passou à ilha Terceira, como ouvidor, uns dizem que do capitão Jácome de Bruges outros, talvez com mais razão, ouvidor do duque donatário. Na ilha Terceira fez as vezes de capitão, distribuindo dadas de terras e entrou em litígio com Jácome de Bruges devido à disputa pela posse da Serra de Santiago na Praia. Alguns investigadores sugerem que esteve relacionado com o desaparecimento do flamengo Jácome de Bruges, capitão do donatário da ilha Terceira. Essas sugestões fundamentam-se na historiografia tradicional, apoiada nos cronistas, que o indica como responsável pela morte do capitão Bruges, a quem teria mandado assassinar.
Com o seu filho, João de Teive, deteve direitos sobre as ilhas das Flores e Corvo até 1474, ano em que D. Fernão Teles de Meneses, 4.º senhor de Unhão, casado com D. Maria de Vilhena, comprou os direitos sobre as referidas ilhas. Essa compra foi confirmada por carta régia de 25 de Janeiro de 1475, e por ela fica-se a saber que Diogo de Teive foi senhor daquela ilha e que a transmitiu a seu filho João de Teive e que já tinha morrida nessa data. O problema é saber desde quando detinha o senhorio da ilha, porque não resta dúvida que a ilha das Flores e a do Corvo integraram a donataria do Infante D. Henrique e de D. Fernando. Possivelmente foi senhor das Flores depois da morte do infante D. Fernando, em 1470.
A historiografia tradicional açoriana narra que Diogo de Teive se dirigiu a Lisboa, onde pretendia dar avanço ao pleito que mantinha contra os herdeiros de Jácome de Bruges sobre a posse das terras situadas na Serra de Santiago, e que aí terá morrido, continuando seu filho, João de Teive, o referido pleito. Sobre a morte de Diogo de Teive em Lisboa a historiografia apresenta várias versões indocumentadas, a mais comum, seguida pelo padre António Cordeiro, reza que quando a esposa de Jácome de Bruges chegou à Corte, «nela achou preso a Diogo de Teive por crimes, que ali tinha cometido, e queixando‑se a El‑Rei de que ele lhe matara seu marido, El‑Rei o mandou notificar à prisão para que, dentro de dez dias, desse conta do capitão Bruges, ou declarasse onde estava vivo ou morto. Foi tal a paixão que concebeu Diogo de Teive com esta notificação régia, que logo ao sexto dia morreu». Outra versão diz: «Quis ele mesmo acompanhar os processos até Lisboa, julgando talvez que a sua presença seria o bastante para obter sentença favorável no tribunal superior; mas, sabendo previamente D. Afonso V, quais as suas perversidades, logo o mandou prender. D. Sancha Rodrigues d'Arce, tendo sido prevenida desta prisão, lançou-se aos pés de El-Rei pedindo justiça contra Diogo de Teive, a quem imputava o crime de assassinato na pessoa de seu defunto marido. Ouvida esta queixa com toda a atenção, por D. Afonso V, a quem sensibilizaram as lágrimas da desolada viúva, mandou intimar imediatamente o réu, na sua prisão, para que no prazo de dez dias desse conta de Jácome de Bruges, aliás procederia contra ele. Vendo Diogo de Teive que chegava a hora da expiação dos seus crimes, e que a sua consciência o arguia do mal que tinha feito, cheio de remorsos e vergonha, suicidou-se ao sexto dia, acabando por esta forma uma das causas principais da anarquia, que, por algum tempo, reinou na ilha Terceira».
domingo, 17 de outubro de 2021
Jornalista Robert Costa
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Escravos Açorianos no Brasil
domingo, 10 de outubro de 2021
As primeiras famílias que povoaram os Açores
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
Quem eram os primeiros povoadores do Arquipélago dos Açores
quinta-feira, 7 de outubro de 2021
Alfred Lewis fundador do romance luso-americano nasceu na ilha das Flores Açores
Romancista, contista, poeta e dramaturgo, Alfred Lewis, nascido Alfredo Luís, em 1902, na ilha das Flores, emigrou para os Estados Unidos aos 19 anos de idade, em 1922, nos últimos anos da segunda onda de emigração portuguesa para aquele país.
Lewis era filho de baleeiro, imigrante pertencente à primeira onda ligada à indústria baleeira americana, cujos grandes barcos faziam escala nos Açores para reabastecimento e recolha de tripulantes.
Se, como profissional, Lewis granjeou um certo êxito (formou-se em Direito e exerceu o cargo de Juiz Municipal), não foi menos o seu triunfo nas letras. Com efeito, Lewis tornou-se o primeiro e único imigrante português a conquistar a atenção do público vasto de língua inglesa.
Ele é autor de contos publicados numa revista literária de prestígio nacional, Prairie Schooner, tendo estes relatos dramáticos, que descrevem uma sociedade multi-racial, composta de mexicanos, portugueses, arménios e anglo-americanos, merecido referência numa antologia de grande renome, The Best American Short Stories, dois anos seguidos, em 1949 e 1950.
O seu maior sucesso editorial foi "Home is an Island" (1951), romance autobiográfico cujo protagonista jovem está prestes a emigrar para a América, descrevendo a vida numa pequena aldeia nos Açores, no princípio do século XX