John Enos (João Ignácio D´Oliveira) nasceu a 28 de Fevereiro de 1838, na freguesia de Santo Antão, ilha de S. Jorge, Açores.
Terá emigrado, nos anos 60, com destino aos EUA, como marinheiro de um navio de caça à baleia. Chegou ao Rio Columbia, situado no extremo Noroeste americano, a trabalhar num barco a vapor, com o nome de John Enos, mais conhecido por “Portuguese Joe”, e começou a comprar gado.
Em 1870, radicou-se em Yakima (Oeste do Rio), no seu primeiro rancho. Pouco tempo depois, atravessou o rio e estabeleceu-se em Cannaway Creek no, então, condado de Lincoln, construindo assim o seu império nas terras livres da exploração “open range”. Criou um inovador sistema de rega utilizado num pomar que plantou, tendo-o cercado com árvores altas para o proteger dos ventos.
John, que era um homem afável e bondoso, foi um visionário para a sua época. Todos os seus Projectos foram pensados e executados. Os Invernos desastrosos de 1880, 1881, 1889 e 1890 não o impediram de progredir. O grande terramoto de 1872 foi quase um “fait-divers).
Em 1888, tinha 22 mil hectares de terra e mais de mil cabeças de gado, no valor de vinte mil dólares, tornando-se, assim, o segundo homem mais rico daquele condado (Lincoln).
Em 1900, parte para França, com um vizinho, também ele português, para assistirem à Feira Mundial de Paris. Ao regressar decide deixar a vida de cowboy.
Esta decisão permitiu-lhe, com o dealbar do novo século, substituir gradualmente a criação de gado pela agricultura, passando de cowboy a industrial hoteleiro e, mais tarde, a banqueiro. Nunca aprendeu a ler e a escrever, pelo que falava o inglês misturado com o português. Já com idade avançada aprendeu a escrever o seu nome.
Em 1905, na primeira de várias viagens que efectuou aos Açores, conheceu a mulher com a qual viria a casar em 1909, na igreja portuguesa de São João Baptista, em Boston.
Faleceu, em Santo Antão, ilha de S. Jorge, a 30 de maio de 1911.
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