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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O Herói da fronteira de Wyoming é Açoriano

John Phillips – também conhecido por Portuguese Phillips ou ainda, de acordo com a oralidade da época, Portugee Phillips – nasceu no lugar de Terras, Lajes do Pico, a 28 de Abril de 1832, com o nome de Manuel Filipe Cardoso.

No livro "The John ‘Portugee’ Phillips Legends", o investigador norte-americano Robert A. Murray dá uma ideia da dimensão a que chegou a sua "canonização pagã": "À medida em que o processo de ficcionalização continuou, Phillips transcendeu o carácter de pioneiro determinado e atingiu a mesma categoria mítica, impossível, a que os escritores guindaram Daniel Boone, David Crockett, Kit Carson ou muitas outras figuras da fronteira."

Batalha de Fetterman (21.12.1866)

John Phillips, um simples guia ao serviço do exército sedeado no recém-estabelecido Fort Phil Kearny, no então Território do Dakota (hoje no Nebraska), realizou um único grande feito na vida, mas foi o suficiente para a sua lenda durar até aos dias de hoje.


Ainda hoje não se sabe com total precisão o que é realidade e o que é mito. Mas, de noite, sob um forte nevão e perante temperaturas abaixo de zero, Phillips terá cavalgado na companhia de Daniel Dixon cerca de 190 milhas (300 quilómetros) ao longo do Trilho de Bozeman até Horseshoe Station, aí chegando na manhã de Natal.


Expediu um telegrama para Fort Laramie, em Horse Creek (Wyoming), a pedir ajuda, e, como se não bastasse, descansou algumas horas e dirigiu-se ele próprio para o forte, ao longo de mais 40 milhas (65 quilómetros), para certificar-se que era enviado socorro para o Fort Phil Kearny. Com isso, salvou a vida de mais de 90 pessoas. O seu cavalo, hoje mítico, chamava-se Dandy.

domingo, 26 de novembro de 2017

Elvino Sousa

Elvino Sousa nasceu a 28 de Dezembro de 1956, na ilha Graciosa, Açores. Emigrou para o Canadá com apenas 13 anos.

É licenciado em Ciências da Engenharia (1980) e mestrado em Engenharia Eléctrica (1982), na Universidade de Toronto. Em 1985,obteve o doutoramento em Engenharia Eléctrica (telecomunicações) na Universidade do Sul da Califórnia.
É professor do departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores da Universidade de Toronto, desde 1996.
Actualmente, as suas investigações concentram-se nas áreas de comunicações de banda larga, sistemas que utilizam antenas inteligentes, rádio cognitivo, redes sem-fio auto-configuráveis, infraestruturas autónomas para redes sem-fio, redes cognitivas e novas estratégias para uso do espectro em redes de comunicações públicas.

Ao longo dos últimos 25 anos, tem desenvolvido vários projectos na área das comunicações móveis e orientado mais de 50 teses de mestrado e doutoramento, cujos alunos, actualmente, são líderes nos sectores industrial e académico.


Foi responsável e fundador da rede wireless da Universidade de Toronto. Ao longo dos anos, tem-se envolvido em vários painéis de avaliação de Projectos na área das telecomunicações, tendo inclusive sido presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, em Portugal.
Publicou artigos nas principais revistas (transações técnicas) da IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), e participou nas em conferências internacionais na área de comunicações móveis (ICC, Globecom, WCNC, PIMRC, VTC).
Recebeu o prémio Queen Elizabeth II Golden Jubilee Medal, atribuído pelo Governo do Canadá pela relevante contribuição prestada a este país.

É conselheiro do projecto da “Rede Prestige Azores.

domingo, 19 de novembro de 2017

David Leite crítico e escritor gastronómico luso-americano, neto de micaelenses

Nascido em Fall River, Massachusetts, David Leite é um crítico e escritor gastronómico luso-americano, neto de micaelenses.
Actualmente é considerado o maior especialista norte-americano em gastronomia portuguesa. Escreve para o New York Times, Martha Stewart Living, Bon Appétit, Saveur, Food & Wine, Gourmet, Food Arts, the Los Angeles Times Magazine, Chicaco Sun Times, The Washington Post, entre outras publicações da especialidade dentro e fora dos Estados Unidos da América.
Em Agosto de 2009, lançou nos Estados Unidos da América um magnífico livro sobre a mesa lusitana, denominado “The New Portuguese Table”, em que sugere uma receita inovadora, o “Mc Silva” um hambúrguer feito com o peixe mais consumido pelos portugueses - o bacalhau.

David Leite já foi distinguido com vários prémios, entre os quais, o James Beard Award 2008 e o Bert Greene Award for Food Journalism, em 2006.
O seu trabalho foi por 11 vezes, desde 2001, destaque no Best Food Writing. David Leite é ainda presença assídua em vários programas de rádio, entre eles o Good Food ou o Cooking Today.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

João Afonso das Grotas Fundas na ilha de São Miguel era o terceiro filho do Conde de Benavente, Castela Espanha

João Afonso das Grotas Fundas, o primeiro desta familia que veio para a ilha de São Miguel  era filho do terceiro Conde de Benavente Afonso Pimentel .Nasceu em 1450 na Galiza Espanha e casou na Matriz  de S. miguel Arcanjo Vila Franca do Campo com Isabel Gonçalves.
As famílias Pimenteis e Resendes da ilha de São Miguel desciam de João Afonso de Pimentel, que vieram com esses nomes no último quarto do século 15 "[Famílias Antigas da Povoação]. (Também foi sugerido que ele chegasse no meio do século 15 [James Guill]. "Ele  instalou se  no lugar de Grotas Fundas, na ilha de São Miguel, onde  tinha uma grande família e casa, pelo qual se tornou conhecido na ilha como João Afonso das Grotas Fundas [Frutuoso].
 "" A origem deste João Afonso está envolto em algum mistério, no entanto, seu 5º neto [através de uma filha de João Afonso]. O  Padre Pedro Furtado Leite, esboçou a  sua ascendência numa  carta em que escreveu a  sua mãe era descendente de João Afonso, que, por sua vez, era descendente dos Condes de Benavente, da Espanha. Na verdade, há alguns nobiliários que se referem a um filho do terceiro Conde de Benavente (há uma coincidência perfeita de datas), do nome João Afonso, que deixou a Espanha e desaparece da história. O terceiro Conde de Benavente, Alonso de Pimentel, também conhecido como Conde de Mayorga, foi casado com D. Maria de Quinones y Toledo. Os nobiliários subsequentes referiram-se a seu filho João Afonso de Pimentel .  "No entanto, não há mais detalhes em Genealogia de los Condes e Duques de Benavente (na Biblioteca de Madri). [J. Guill] Este filho teria sido 60 a 70 anos quando João Afonso das Grotas Fundas fez sua vontade, seu bispo genial, o padre Belchior Manuel de Resendes, em uma carta, diz que seu 4º avô, João Afonso das Grotas Fundas, era filho de um conde e exilou-se a S. Miguel por ter cometido um crime em no continente Português.

Deixou testamento a 26.11.1511  e faleceu a 2.9.1512.

Deixou descendentes na ilha de S. Miguel.


quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Batalha Naval de Vila Franca na ilha de S. Miguel Açores

A Batalha Naval de Vila Franca,  foi um recontro travado no dia 26 de Julho de 1582, a sul da ilha de São Miguel, Açores, entre uma força luso-francesa, comandada por Filippo Strozzi, e uma armada espanhola (mas que incluía boa parte da armada portuguesa), comandada por D. Álvaro de Bazán, marquês de Santa Cruz, no contexto da guerra civil que se seguiu à aclamação de D. António I e à entrada de Filipe II de Espanha na posse do trono português. As forças luso-francesas foram derrotadas, D. António foi obrigado a refugiar-se na ilha Terceira, seguindo-se um enorme massacre em Vila Franca do Campo, sendo o maior de que há registo nos Açores.
Consolidada a sua posição em Portugal e segura a obediência do país, Filipe II de Espanha tinha os últimos apoiantes do pretendente ao trono D. António I dispersos pela Inglaterra e França, com o único núcleo coeso encurralado nos Açores. E mesmo nos Açores, as ilhas de Santa Maria e de São Miguel já lhe tinham jurado fidelidade, tendo à frente o bispo e o capitão do donatário em São Miguel.

Desejoso de eliminar aquele foco de resistência, e não podendo prescindir da posição geoestratégica do arquipélago no contexto do seu império ultramarino, já que a volta do largo obrigava a que os navios vindos das Caraíbas, do Atlântico Sul e da Índia demandassem aquelas latitudes, prontificava maiores forças e fazia grandes levas de gente em seus Estados para se opor às pretensões açorianas de D. António.
Tendo como único território sob o seu domínio sete ilhas nos Açores, com a Terceira à cabeça, e obtido o apoio, embora não oficial, da rainha-mãe Catarina de Médicis, que fornece o grosso das tropas e os navios, D. António parte de Belle-Isle, na costa bretã, a 26 de Junho de 1582, acompanhado por uma armada de cerca de 50 navios grandes e 20 pequenos, com 6 000 homens de guerra, capitaneada por Filippo Strozzi, ex-marechal de França, tendo por Condestável D. Francisco de Portugal, 3.º conde de Vimioso. Num golpe de duplicidade, que custaria a vida às centenas de súbditos franceses que foram aprisionados e depois executados como corsários, a corte francesa optou por manter a paz com Castela, pelo que todos os franceses que partiram na expedição, incluindo Filippo Strozzi, o fizeram como mercenários. Oficialmente a França e Castela estavam em paz.

A armada partiu a 10 de Julho imediato, ficando ainda em organização nos portos da Andaluzia uma força adicional que, sob o comando de D. Juan Martínez de Recalde, se lhe deveria juntar na ilha de São Miguel tão breve quanto possível.
Porém não sabendo Filipe I qual o ponto a que se dirigiria a armada francesa, se em direitura aos Açores, ou se tentaria desembarcar entre o Douro e o Minho, ordenou extraordinárias levas por toda a Espanha, e as mandou recolher em Portugal, entregando-as a cargo de D. Fernando de Toledo para que com elas guardasse as costas marítimas.