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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Natália de Oliveira Correia


Intelectual, poetisa e activista social, autora de extensa e variada obra publicada, com predominância para a poesia, Natália Correia (Natália de Oliveira Correia) nasceu a 13 de Setembro de 1923, na Fajã de Baixo, ilha de S. Miguel –Açores. Após a emigração do pai para o Brasil (1929), a mãe decide fixar residência em Lisboa, pedindo a transferência dos estudos das duas filhas para o Liceu D. Filipa de Lencastre e, em 1938, funda um colégio particular na Rua Moraes Soares, onde passa a residir com as filhas.
Natália Correia iniciou-se na literatura com a publicação de uma obra destinada ao público infantojuvenil, mas rapidamente se afirmou como poetisa.
Notabilizada através de diversas vertentes da escrita, já que foi poetisa, dramaturga, romancista, ensaísta, tradutora, jornalista, guionista e editora, tornou-se conhecida na imprensa escrita e, sobretudo, na televisão, com o programa “Mátria”, onde advogou uma forma especial de feminismo (afastado do conceito politicamente correto do movimento), o matricismo, identificador da mulher como arquétipo da liberdade erótica e passional e fonte matricial da humanidade; mais tarde, à noção de Pátria e de Mátria acrescenta a de Frátria.
Dotada de invulgar talento oratório e de grande coragem combativa, tomou parte ativa nos movimentos de oposição, tendo participado no MUD (Movimento de Unidade Democrática) em 1945, no apoio às candidaturas para a Presidência da República do general Norton de Matos (1949) e de Humberto Delgado (1958) e na CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, 1969). Foi condenada a três anos de prisão, com pena suspensa, pela publicação da Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, considerada ofensiva dos costumes, (1966) e processada pela responsabilidade editorial das Novas Cartas Portuguesas de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Foi responsável pela coordenação da editora Arcádia, uma das maiores na altura.
Deputada à Assembleia da República (1980-1991), interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. É autora da letra do Hino dos Açores. Juntamente com José Saramago (Prémio Nobel de Literatura, 1998), Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, foi fundadora da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC).
A obra de Natália Correia estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio. Colaborou, com frequência, em diversas publicações portuguesas e estrangeiras. Foi uma figura ,importante, das tertúlias que reuniam em Lisboa nomes centrais da cultura e da literatura portuguesas nas décadas de 1950 e 1960. Ficou conhecida pela sua personalidade livre de convenções sociais, vigorosa e polémica, que se reflecte na sua escrita. A sua obra está traduzida em várias línguas.

Fundou em 1971, com Isabel Meireles, Júlia Marenha e Helena Roseta, o bar “Botequim”, onde durante as décadas de 1970 e 1980 se reuniu grande parte da intelectualidade
portuguesa. Foi uma grande entusiasta e impulsionadora do “café-concerto” em Portugal. Na sua casa foi anfitriã de escritores famosos como Henry Miller, Graham Greene ou Ionesco.
Recebeu, em 1991, o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro “Sonetos Românticos”. No mesmo ano, foi-lhe atribuída a Ordem da Liberdade; era já detentora da Ordem de Santiago (1971).
Faleceu, subitamente, em sua casa, na madrugada de 16 de Março de 1993,vítima de ataque cardíaco. A sua morte precoce deixou um vazio na cultura portuguesa muito difícil de preencher. Legou a maioria dos seus bens à Região Autónoma dos Açores, que lhe dedicou uma exposição permanente na nova Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, instituição que tem à sua guarda parte do seu espólio literário (que partilha com a Biblioteca Nacional de Lisboa) do qual constam volumes éditos, inéditos, documentos biográficos, iconografia e correspondência, incluindo múltiplas obras de arte e a biblioteca privada.


domingo, 28 de maio de 2017

As primeiras famílias que povoaram os Açores

Francisco Dias do Carvalhal

Francisco Dias do Carvalhal foi o depositário em Angra, actual cidade de Angra do Heroísmo dos cofres de ouro da casa real, que vinham da índia e de São Jorge da Mina, Estado Português da Índia e África.

Garcia de Castro

Garcia de Castro (? - ilha Terceira, Açores, Portugal) A família Castro dos Açores é descendente de D. Garcia de Castro irmão do 1° conde de Monsanto, os quais eram filhos de D. Fernando de Castro, senhor do Paul do Boquilobo, que foi Governador da Casa do infante D. Henrique, de D. Isabel de Ataíde, netos paternos D. Pedro de Castro, Senhor do Cadaval e de outras terras, e de D. Leonor Teles de Meneses; e bisnetos de D. Pedro Pires de Castro, Conde de Arraiolos e 1º Condestável de Portugal, e da condessa D. Maria Ponce de Leão.

Gaspar Munhoz de Castil Blanque

Gaspar Munhoz de Castil Blanque (Reino de Castela, século XVI - ?) foi alferes-mor e capitão da Fortaleza de São João Baptista de Angra do Heroísmo.



Inês Martins Cardoso

Inês Martins Cardoso foi juntamente com o seu marido Álvaro Martins Homem, 1.º Capitão donatário da Praia, actual cidade da Praia da Vitória um dos primeiros povoadores da ilha Terceira.


Jácome de Bruges

Jácome de Bruges (em flamengo: Jacob van Brugge; século XV) foi um nobre flamengo, da região de Bruges e o 1.º capitão do donatário na ilha Terceira.

Jerónimo Gonçalves Teixeira

Jerónimo Gonçalves Teixeira ou D. Jerónimo Gonçalves Teixeira Souto Mayor (Trás-os-Montes, Portugal, 1490 —?) foi um dos primeiros povoadores portugueses da ilha de São Jorge, Açores.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Sobrenomes das primeiras famílias que povoaram os Açores

Baltasar Gonçalves Carvão

Solar da Família Carvão, ilha Terceira, Açores. Baltazar Gonçalves Carvão (século XVI – Ilha Terceira, Açores) esteve entre os primeiros povoadores que aportaram à ilha Terceira.

Catarina Gonçalves Chaves

Catarina Gonçalves Chaves (século XVI – ilha Terceira, Açores, Portugal) A mais antiga pessoa de

que há registo na ilha terceira com este apelido é D. Catarina Gonçalves Chaves, que deve ter nascido nos fins do século XVI ou princípios do século XVII, e de quem procede muito ilustre geração.


Diogo Fernandes de Boim

Diogo Fernandes de Boim foi um escudeiro fidalgo da Casa Real e um dos primeiros povoadores da ilha Terceira, onde teve varias terras da sesmaria, que recebeu do donatário.
Duarte Correia da Cunha
Duarte Correia da Cunha (? — Santa Cruz da Graciosa, 1507), filho secundogénito de Pedro

segunda-feira, 22 de maio de 2017

A cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira Açores já foi Capital do Reino Português


A cidade, mais de uma vez, teve parte activa na história de Portugal: à época da Crise de sucessão de 1580 resistiu ao domínio Castelhano, apoiando António I de Portugal que aqui estabeleceu o seu governo, de 5 de Agosto de 1580 a 6 de Agosto de 1582. O modo como expulsou os espanhóis entrincheirados na fortaleza do Monte Brasil em 1641 valeu-lhe o título de "Sempre leal cidade", outorgado por João IV de Portugal.
Posteriormente, aqui esteve Afonso VI de Portugal, detido nas dependências da fortaleza do Monte Brasil, de 21 de Junho de 1669 a 30 de Agosto de 1684.
Posteriormente Angra constitui-se na capital da Província dos Açores, sede do Governo-geral e em residência dos Capitães-generais, por Decreto de 30 de Agosto de 1766, funções que desempenhou até 1832. Foi sede da Academia Militar, de 1810 a 1832.

No século XIX, Angra constitui-se em centro e alma do movimento liberal em Portugal. Tendo abraçado a causa constitucional, aqui se estabeleceu em 1828 a Junta Provisória, em nome de Maria II de Portugal. Foi nomeada capital do reino por Decreto de 15 de Março de 1830. Aqui, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), Pedro IV de Portugal organizou a expedição que levou ao desembarque do Mindelo e aqui promulgou alguns dos mais importantes decretos do novo regime, como o que criou novas atribuições às Câmaras Municipais, o que reorganizou o Exército Português, o que aboliu as Sisas e outros impostos, o que extinguiu os morgados e capelas, e o que promulgou a liberdade de ensino no país.
Em reconhecimento de tantos e tão destacados serviços, o Decreto de 12 de Janeiro de 1837 conferiu à cidade o título de "mui nobre, leal e sempre constante cidade de Angra do Heroísmo", e a Rainha D. Maria II de Portugal condecorou-a com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
A cidade sempre teve forte tradição municipalista, e a sua Câmara Municipal foi a primeira do país a ser eleita, já em 1831, após a reforma administrativa do Constitucionalismo (Decreto de 27 de Novembro de 1830).
Em Angra encontraram refúgio Almeida Garrett, durante a Guerra Peninsular, e a rainha Maria II de Portugal entre 1830 e 1833, durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Por aqui passou Charles Darwin, a bordo do "HMS Beagle", tendo aportado a 20 de Setembro de 1836. Darwin partiu daqui para a ilha de São Miguel em 23 de Setembro, após fazer um passeio a cavalo pela ilha, onde entre vários locais visitou as Furnas do Enxofre, tendo na altura afirmado que a nível biológico "nada de interessa encontrar". Mais tarde, e reconhecendo o seu erro, pediu a vários cientistas, nomeadamente a Joseph Dalton Hooker, a Hewett Cottrell Watson e a Thomas Carew Hunt que lhe enviassem espécimes da flora endémica da Macaronésia e também amostras geológicas.
1643 - Por Alvará de 2 de Abril, D. João IV de Portugal concede à cidade de Angra o título de "Mui nobre e leal", pela sua bravura durante a Guerra da Restauração;

1828 - Decreto (não revogado) de 28 de Outubro que declara Angra a Capital da Província dos Açores, com o seguinte perambulo: “Tendo sido esta cidade condecorada com o título de: Muito nobre e sempre leal cidade de Angra, pelos feitos heróicos praticados por seus fiéis habitantes na restauração de Portugal em 1641, e tendo outrossim estas ilhas sido declaradas adjacentes ao reino de Portugal por alvará de 26 de Fevereiro de 1771, e ultimamente (1828) contempladas como província do reino, §. 1.º, artigo 2.º, título 1.º da Carta Constitucional: há por bem esta Junta Provisória, encarregada de manter a legítima autoridade d'el-rei o Sr. D. Pedro IV, declarar em nome do mesmo Augusto Senhor, que todas as nove ilhas dos Açores são uma só e única província do reino, e que esta cidade de Angra é a capital da província dos Açores. As autoridades a quem competir assim o tenham entendido, cumpram e façam executar: e o Secretário dos Negócios Interinos faça dirigir cópia deste decreto às estações competentes e autoridades na forma do estilo. - Angra, 28 de Outubro de 1828. - Deocleciano Leão Cabreira. - João José da Cunha Ferraz. - José António da Silva Torres. - Referendado; Alexandre Martins Pamplona Corte Real.”
1830 - Por força do Decreto lei de 15 de Março - Angra é nomeada capital do Reino de Portugal.
1837 - Por Carta Régia, pelos serviços prestados durante a Guerra Civil, a cidade de Angra acrescenta aos seus títulos o de "Heroísmo" e de "Sempre Constante", tornando-se a "Mui Nobre, Leal e Sempre Constante Cidade de Angra do Heroísmo"; a sua Câmara Municipal é condecorada com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito, recebendo um novo brasão de armas;
O Centro Histórico de Angra do Heroísmo encontra-se, desde 1983, classificado como Património Mundial pela UNESCO.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Quem partiu da cidade de Ponta Delgada Ilha de S. Miguel Açores para o Brasil


1-  António Augusto Monteiro de Barros (Santa Maria, Ponte Delgada, Açores, Portugal, c. 1790 - Rio de Janeiro, Brasil, 16 de Novembro de 1843) casado com Virgínia Amália Carneiro de Campos e Maria Constança da Graça Rangel.

2-  António Carvalho Tavares (São Sebastião, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - Salvador, Bahia, ?) casado com Margarida Teresa de Negreiros.

3-  Francisco Rodrigues Alves (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, 7 de Fevereiro de 1758 — Vassouras, 21 de Julho de 1846), foi proprietário rural brasileiro, pioneiro do povoamento e um dos fundadores do município fluminense de Vassouras, e ancestral da antiga família fluminense Rodrigues Alves Barbosa

4-  João Pereira de Bittencourt (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Maria de Abreu.


5-  José António do Rego (NS dos Anjos, Ponte Delgada, Ilha de S. Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Teodora Maria Soares.

6-  José Caetano Pereira (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Eugénia Maria de Figueiredo.

7-  José Inácio Borges do Canto (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, c. 1732 - Brasil, ?) filho de José Caetano Pereira e Eugénia Maria de Figueiredo

8-  José de Medeiros e Albuquerque (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Portugal, c. 1756 - Rio Grande do Sul, 30 de Julho de 1823) casado com Ana Joaquina Leocádia da Fontoura.~

9-  Luzia Francisca da Assunção (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) casado com Manuel de Medeiros e Sousa.

10-  Manuel de Medeiros e Souza (Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, 27 de  Julho de 1716 - Florianópolis, Santa Catarina, 16 de Setembro de 1804) casado com Luzia Francisca da Assunção e Ana de Santiago.

11-   Maria Leopoldina Machado de Câmara (Ponta Delgada, Ilha Terceira, Açores, Portugal, 1812 - Rio de Janeiro, 1849) casou-se com Francisco José de Assis, foi a mãe de Joaquim Maria Machado de Assis.


12-  Maria Teresa de São José (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, c. 1734 - Brasil, ?) filha de José Caetano Pereira e Eugénia Maria de Figueiredo.

13-   Maria Teresa de São José (Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portugal, ? - Brasil, ?) filha de António Pereira De Frias e Francisca Rosa, casada com Ventura José Sanhudo.

14-  Nicolau Henriques (São Pedro, Ponta Delgada, Ilha Terceira, Açores, Portugal, ? - Brasil, c. 1841) casado com Josefa del Jesus.


15-  Pedro Medeiros da Costa (Santo António, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, ? - São Paulo, c. 1762) casado com Isabel dos Reis.

domingo, 14 de maio de 2017

Meredith Vieira neta de emigrantes da ilha açoriana do Faial


A luso-descendente, que nasceu em Providence, Rhode Island, neta de emigrantes da ilha açoriana do Faial, entra assim para os anais da história televisiva como a primeira mulher a cobrir os Jogos Olímpicos em ‘prime time’ (hora nobre).
A jornalista de 60 anos é filha de Mary Louise Rosa Silveira Vieira e de Edwin Vieira; os seus 4 avós emigraram dos Açores para a Nova Inglaterra, sendo assim 100% de origem lusa.
Há alguns anos, Meredith Vieira era detentora de um dos mais caros contratos da TV Americana, quando a cadeia NBC lhe pagava 10 milhões de dólaresw por ano para co-apresentar o espaço matinal ‘Today’, em Nova Iorque. A jornalista, contudo, renunciaria ao posto para estar mais tempo com o marido, o produtor Richard Cohen, cuja saúde exige cuidados, e de quem tem 3 filhos.


Vieira substitui assim o veterano Bob Costas, que é desde 1988 o rosto dos olímpicos em casa dos americanos.

 Fez  história, ao apresentar em directo de Sochi, na Federação Russa, os Jogos Olímpicos de Inverno. A decisão de colocar Vieira em frente ao microfone foi tomada pela cúpula da emissora NBC, após Bob Costas ter sido afastado da cobertura olímpica por razões de saúde.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Violante do Canto


Violante do Canto (Angra, Agosto de 1556 — Lisboa, 17 de Novembro de 1599) foi uma aristocrata açoriana.
Era filha de João da Silva do Canto e de sua esposa, Isabel Correia, neta pelo lado paterno de Pero Anes do Canto, 1º Provedor das Armadas, e de sua esposa, Violante da Silva; e pelo lado materno de Jácome Dias Correia e de Brites (Beatriz) Rodrigues Raposo, da Ilha de São Miguel. Em seu assento de nascimento, lavrado em 1556.
Criada com grande desvelo no seio de uma das mais ricas famílias insulares, sabe-se, pelos testamentos de seus pais, que foi entregue, desde um ano de idade e na casa paterna, à criação e ao ensino de Simoa Monteira, que se acredita ter sido mãe de uma sua meia-irmã. Foi esta ama que a ensinou a ler, escrever, rezar, coser e todos os demais requisitos à formação de uma jovem da sua condição sócio-económica.
Muito jovem e ainda solteira tornou-se herdeira de grande fortuna, resultante da terça de sua mãe, composta por bens móveis e imóveis na ilha de São Miguel. Aos 21 anos de idade, por tutores e curadores, a saber, Aires Jácome Correia (primo) e Gonçalo Vaz de Sousa (padrinho), sucedeu a seu pai na administração de todos os bens e do vínculo instituído por seu avô, Pero Anes do Canto. Esta situação fez dela a mais rica aristocrata açoriana de sua época e um dos mais desejados partidos do arquipélago.

No contexto da crise de sucessão de 1580, distinguiu-se entre os principais apoiantes de António I de Portugal na luta contra Filipe II de Espanha. Recorrendo à sua grande fortuna e prestígio social, financiou o partido Antonino em Angra, proporcionando-lhe os recursos e a credibilidade necessários para o manter dominante na fase mais adversa da resistência angrense à união com a Espanha.
A aura de romantismo e nacionalismo de que a sua figura foi cercada, nomeadamente pelas obras de divulgação historiográfica de Gervásio Lima, transformaram-na em uma das personagens míticas da história dos Açores, personificando a heroína patriota e desinteressada que tudo sacrifica pela independência nacional. Essa imagem mítica de Violante do Canto foi fortemente explorada pela propaganda do Estado Novo, alçando-a a símbolo do portuguesismo açoriano.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Joaquim Rafael Rost Ávila Martins professor no Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Michigan


Joaquim Rafael Rost Ávila Martins, descendente de açorianos oriundos da ilha do Pico – Açores, pelo lado paterno, nasceu no dia 17 de maio de 1972, na cidade do Porto. É professor no Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos da América e responsável pelo Laboratório MDO (Multidisciplinary Design Optimization) desta instituição de ensino.
Em 1976, foi viver com os pais para a ilha do Faial - Açores. Em 1990, emigrou para a Noruega e ingressou na Universidade de Oslo. No ano seguinte, rumou a Inglaterra, onde concluiu a licenciatura em Engenharia Aeronáutica no Imperial College of London (1995) e lhe foi atribuído o British Aerospace Award.
Após terminar o curso, regressou à Noruega onde cumpriu o serviço militar obrigatório. Nos Verões de 1992, 93 e 94 trabalhou em Seattle (EUA), Macau e Mato Grosso do Sul (Brasil). Em 1997, concluiu o mestrado e em 2002, o doutoramento em Engenharia Aeroespacial, pela Universidade de Stanford – EUA. A sua tese de doutoramento foi considerada a melhor do Departamento de Aeronáutica e Astronáutica, o que lhe valeu a atribuição do prémio Ballhaus.
As suas investigações e pesquisas incidem sobre o desenvolvimento e aplicação de metodologias MDO para projetos de aeronaves.
Antes de ingressar na Universidade de Michigan, foi professor e chefe de investigação na área da Optimização Multidisciplinar, no Instituto de Estudos Aeroespaciais, da Universidade de Toronto, no Canadá.
Em 2002 e 2006, venceu o Best Paper Award, atribuído na Multidisciplinary Analysis and Optimization Conference, do American Institute of Aeronautics and Astronautics (AIAA).
É membro do Comité Técnico do AIAA MDO. Em 2008, foi vice-presidente técnico da AIAA Multidisciplinary Analysis and Optimization Conference.
Ao longo da sua carreira, tem proferido diversas palestras, destacando-se, em 2007, o International Fórum on Aeroelasticity and Strutural Dynamics e, em 2010, a Aircraft Structural Design Conference, nas quais foi o orador principal.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Manuel Machado

Manuel Machado (Manuel Machado Godinho Jr.) nasceu a 7 de Julho de 1932, nas Lajes, Ilha Terceira – Açores, onde iniciou os seus estudos. Foi funcionário da Força Aérea Portuguesa, nos Açores e, posteriormente, em Lisboa, entre 1947 e 1963, data em que decidiu partir para o estrangeiro.
Viveu largos anos em França, na Inglaterra e na Noruega, executando aquilo a que chama múltiplos trabalhos rasteiros e indiferenciados , mas que lhe permitiram frequentar estudos de psicologia étnica e social na École de Hautes Études, em Paris, e trabalhar como funcionário da Biblioteca da Universidade de Oslo, em 1982.
É membro individual da Associação Norueguesa de Escritores e do Centro Norueguês de Escritores. É colaborador de jornais e revistas designadamente da Diáspora portuguesa.
Recebeu o Prémio do "Conto" no concurso organizado, em 1989, pela Secretaria de Estado da Emigração e das Comunidades Portuguesas. Colabora, com alguma frequência, na imprensa literária dos Açores e está representado em diversas antologias de autores nas línguas portuguesa e norueguesa, com “Roser e Snö” (Rosas na Neve) e “Et Dusin Trekkfugler” (Uma Dúzia de Aves de Arribação), publicadas em Oslo, em 1988 e 1990, respectivamente

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