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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

José Silva, ou Joe Silvey, inspirou livros e um documentário televisivo. Terá hoje 500 a mil descendentes vivos.

José Silva terá deixado a ilha do Pico em 1846, ainda a entrar na adolescência, embarcando num barco baleeiro americano. Mas a corrida ao ouro que na altura atraia muitos aventureiros à Califórnia acabou por fazer que nunca mais voltasse aos Açores ou a essa Calheta de Nesquim onde nasceu. A busca do metal amarelo acabaria por levá-lo bem mais para norte, com os registos a darem conta da chegada de um Joe Silvey (um inglesamento de José Silva) e de quatro outros portugueses à Colúmbia Britânica cerca de 1860.

Depois de alguns confrontos com tribos índias, Joe e os colegas acabam recebidos de forma amigável pelo grande chefe Kiapilano. Será este a abençoar o casamento do português com a sua neta Khaltinaht - uma "rapariga bonita com olhos escuros e cabelo até à cintura", como o próprio Joe a descreveria anos mais tarde. A filha, Elizabeth, foi a primeira criança de sangue europeu nascida em Vancouver. E Joe acabou por se tornar, em 1867, o primeiro europeu a receber a nacionalidade canadiana. Instalado em Gastown, o português abriu um saloon chamado The Hole in the Wall (O Buraco na Parede), onde tinha como principais clientes os trabalhadores das primeiras fábricas da cidades que ainda estava a nascer.

Após o nascimento do segundo filho, Khaltinat morre de gripe. Devastado, Joe vendeu o saloon e instalou-se em Stanley Park, onde hoje se pode ver a estátua em sua homenagem esculpida pelo trineto Luke Marston. Aí dedicou-se à pesca, tendo sido o primeiro a conseguir uma licença oficial para pescar com a técnica da rede de cerco.

Terá sido numa das suas muitas viagens que Joe conheceu Kwatleematt, uma índia salish também conhecida como Lucy. Casaram-se e tiveram dez filhos até à morte do português, em 1902. Nos últimos anos de vida, o açoriano mudou-se de novo, desta vez para Reid Island, onde comprou um vasto terreno. A pesca continuou a ser o seu sustento, tornando-se bastante bem-sucedido e não hesitando em partilhar o peixe com os mais pobres e tendo ajudado a construir uma escola para os seus filhos e para os do resto da comunidade.

O trineto índio do Portuguese Joe que foi do Pico para o Canadá

Hoje, estima-se que haja entre 500 e mil (as fontes divergem) descendentes vivos do Portuguese Joe. A vida deste pioneiro da ilha do Pico inspirou à historiadora Jean Barman o livro The Remarkable Adventures of Portuguese Joe Silvey (As Notáveis Aventuras do Português Joe Silvey) mas também pode ser vista no documentário televisivo Portuguese Joe - o Pioneiro Esquecido, que em 2015 foi exibido no Museu do Pico.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

As danças e bailinhos na ilha Terceira , remonta ao tempo dos primeiros povoadores

Nos Açores, mais propriamente na ilha Terceira, reside uma das formas mais peculiares do Carnaval em Portugal, as Danças e Bailinhos de Carnaval. Esta tradição, tida como a maior manifestação de teatro popular em Portugal, remonta ao tempo dos primeiros povoadores e reflecte um estilo teatral bem ao jeito dos Autos vicentinos.

As danças e bailinhos de Carnaval da ilha Terceira são manifestações de teatro popular, acompanhadas por música, com textos em rima, que incluem habitualmente crítica social.
Mais de mil músicos e actores amadores actuam de forma gratuita em cerca de 40 palcos espalhados por toda a ilha, prolongando as actuações pela madrugada dentro, durante quatro dias.
As danças de pandeiro, os bailinhos e as comédias têm um texto cómico, enquanto as danças de espada representam um drama.
Desde Janeiro que decorrem os ensaios em sociedades filarmónicas ou em garagens, mas há quem também comece a preparar o Carnaval com antecedência nos bastidores.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Cecilía Benevides de Carvalho Meireles é descendente de Açorianos


Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, Cecília Meireles (Cecília Benevides de Carvalho Meireles) é descendente de açorianos naturais da ilha de S. Miguel – Açores. Nasceu na Tijuca, Rio de Janeiro - Brasil, no dia 7 de Novembro de 1901.
Foi criada pela avó materna, uma vez que ficou órfã muito cedo.
Aos nove anos, começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre 1913 e 1916 e estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Cecilía Benevides de Carvalho Meireles com sangue Açoriano
Em 1919, publicou o seu primeiro livro de poesias, “espectros”, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora, vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, na sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.

Teve ainda uma importante actuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda o seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como “Leilão de Jardim”, “O Cavalinho Branco”,
“Colar de Carolina”, “O mosquito escreve, Sonhos da menina”, “O menino azul” e “A pombinha da mata”, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a literataço, a assonância e a rima. Os seus poemas não se restringem apenas à faixa etária infantil, mas permitem diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou “Nunca Mais…” e “Poema dos Poemas”, e, em 1925, “Baladas Para El-Rei”. Após um longo período, em 1939, publicou “Viagem”, livro com o qual ganhou o Prémio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como “Pequeno Oratório de Santa Clara”, de 1955; “O Romance de Santa Cecília” e outros.

Em 1951, viajou pela Europa, Índia e Goa e visitou, pela primeira e única vez, os Açores, tendo contactado na ilha de S.
Miguel o poeta Armando César Côrtes-Rodrigues, amigo e correspondente, desde a década de 1940.
Foi homenageada com o Prémio Machado de Assis (1965); Sócia Honorária do Real Gabinete Português de Leitura; Sócia Honorária do Instituto Vasco da Gama (Goa); Doutora “Honoris Causa”, pela Universidade de Delhi (Índia) e Oficial da Ordem de Mérito (Chile)
Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais, o nome de Cecília Meireles foi dado à escola básica da freguesia de Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, terra de sua avó-materna, Jacinta Garcia Benevides, que a criou.
Após a sua morte (9-11-1964), foi homenageada, tendo-lhe sido atribuída uma cédula de cem cruzados novos. Este documento, com a efígie de Cecília Meireles, lançado pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1989, seria mudado para cem cruzeiros, aquando da mudança de moeda pelo governo de Fernando Collor.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O diretor musical dos famosos programas Rua Sésamo e dos Marretas era descendente de Açorianos

O músico e compositor luso-americano Joe Raposo (Joseph Guilherme Raposo) nasceu a 8 de Fevereiro de 1937, em Fall River, Massachusetts, EUA, e faleceu ainda novo, em Bronxville (Nova Iorque), a 5 de Fevereiro de 1989. Era descendente de açorianos, oriundos da ilha de S. Miguel.
Foi director musical dos famosos programas "Sesame Street" (Rua Sésamo), “Muppets” (Marretas) e outras produções de Jim Henson. Escreveu canções de sucesso como "Bein’Green", "Sing" e "Something Come and Play", cantadas por Frank Sinatra, The Carpenters, Barbra Streisand, Ray Charles e outros.

Em 2004, a sua biografia foi publicada no livro "A Boy and his Music".Trata-se de uma história escrita nos idiomas - português e inglês, da autoria de Odete Amarelo e Gilda Arruda, com ilustrações de Josette Fernandes, dirigida a crianças e que conta a história da vida do músico Joe Raposo.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Carlos Alberto Moniz é um artista, apresentador, maestro, músico e compositor Açoriano


Carlos Alberto de Menezes Moniz (Ilha Terceira, Açores, 2 de agosto de 1948) é um artista, apresentador, maestro, músico e compositor português.  Participou em espectáculos em Portugal e no estrangeiro com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, com os quais gravou vários discos.
Filho de Alberto Moniz da Costa (Angra do Heroísmo, Sé, 17 de Novembro de 1911 - Lisboa, 3 de Abril de 1999) e de sua mulher Maria Aida de Meneses de Bettencourt (Praia da Vitória, 9 de Setembro de 1922).
Depois do divórcio de Maria do Amparo Pereira, com quem casou em Lisboa em 1973 e de quem tem duas filhas, a cantora Lúcia Moniz (n. 1976) e a ex-modelo, cantora e actriz e actual cabeleireira Sara Moniz (n. 1980), casou-se em Lisboa a 31 de Agosto de 1991 com Idália Serrão, de quem se divorciou em 2010 e de quem tem um filho, João Salvador Serrão de Meneses Moniz (Lisboa, 1 de Maio de 1994).

Escreveu de parceria com José Jorge Letria ao longo de 25 anos, entre outros trabalhos "Rua dos Navegantes" (Prémio "Casa da Imprensa") e a cantata intitulada "Macau um Sonho Oriental", subordinada ao tema da presença dos portugueses no Oriente.
Foi membro da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores por dois mandatos (em 1983 e em 1991) voltando a integrar a Direcção desta Sociedade de Novembro de 2001 a Dezembro de 2003. Também foi Presidente da Assembleia-geral do Sindicato Nacional dos Músicos de 2000 a 2004.
Outubro de 2010 foi convidado para integrar a Comissão de Patronos, constituída para as comemorações do 70º Aniversário da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Em 2011 regressa à Sociedade Portuguesa de Autores na qualidade de membro da direcção.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Domitila de Castro Canto e Melo era filha de um Açoriano


Filha de João de Castro Canto e Melo, o primeiro visconde de Castro e de Escolástica Bonifácia de Oliveira Toledo Ribas, pertencia uma tradicional família Paulista, era neta do coronel Carlos José Ribas, tetraneta de Simão de Toledo Piza, patriarca da família em São Paulo.
O brigadeiro João de Castro Canto e Melo nascera na ilha Terceira, nos Açores, em 1740 e morreria no Rio de Janeiro em 1826. Era filho de João Baptista do Canto e Melo e de Isabel Ricketts, e descendia de Pedro Anes do Canto, da Ilha Terceira. Passou a Portugal, assentando praça de cadete aos 15 anos em 1 de Janeiro de 1768, nomeado Porta Bandeira em 17 de Outubro de 1773. Tinha 21 quando, em 1774, foi para o Rio de Janeiro e meses depois para São Paulo. Foi transferido para o regimento de linha de Infantaria de Santos, promovido a alferes em 1775 e a tenente no mesmo ano, a Ajudante em 1778; era Capitão em 1798, major no mesmo ano, em 1815 tenente-coronel. Mais tarde, depois dos amores da filha com o imperador, foi feito Gentil-Homem da Imperial Câmara e ainda recebeu o título nobiliárquico de visconde de Castro em 12 de Outubro de 1825.

Primeiro casamento

Em 13 de Janeiro de 1813, Domitila, aos quinze anos de idade, casou-se com um oficial do segundo esquadrão do Corpo dos Dragões da cidade de Vila Rica, o alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça (1789–1833), citado por diversos historiadores como um homem violento, que a espancava e violentava, e de quem se divorciou em 21 de maio de 1824.
Do casamento nasceram três filhos, Francisca, Felício e João (morto com poucos meses, pois, durante sua gravidez, Domitila foi espancada e esfaqueada pelo marido em 1819).
Na manhã de 6 de março de 1819, foi esfaqueada duas vezes pelo marido, na coxa e na barriga. Pediu a separação, mas só o conseguiu cinco anos depois, quando já era amante do imperador. Os detractores  de Domitila a acusariam depois de ter sido agredida porque traía Felício.


Em 1822, Domitila conheceu Dom Pedro de Alcântara (1798–1834) dias antes da proclamação da Independência do Brasil, em 29 de Agosto de 1822. O Príncipe-Regente estaria voltando de uma visita a Santos quando recebeu, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, duas correspondências (duas missivas da imperatriz Leolpoldina e uma de José Bonifácio de Andrada e Silva) que o informava sobre as decisões da corte portuguesa, em que Pedro deixava de ser Regente para apenas receber e acatar as ordens vindas de Lisboa. Indignado por essa "ingerência sobre seus actos como governante", e influenciado por auxiliares que defendiam a ruptura com as Cortes, especialmente por José Bonifácio, decidiu pela separação do reino de Portugal e Algarves.
Domitila não foi a única amante de D. Pedro, mas foi a mais importante e a que mais tempo se relacionou com ele. Antes mesmo de se casar com D. Leopoldina, o príncipe se envolvera com uma bailarina francesa, chamada Noémi Thierry, com quem teve um filho. Durante seu relacionamento com Domitila teve outros casos paralelos, como com a esposa do naturalista francês Aimé Bonpland, Adèle Bonpland. Outra francesa foi a modista Clemence Saisset, cujo marido tinha loja na Rua do Ouvidor. Clemence teve um filho com D. Pedro. Além das francesas a própria irmã de Domitila, Maria Bendita de Castro Pereira, Baronesa de Sorocaba, teve um filho com o imperador.
Dom Pedro e Domitila romperam em 1829, quando segundo o comentário da época (pois nada se comprovou) ela tentou balear a sua própria irmã Maria Benedita (baronesa de Sorocaba), ao descobrir seu relacionamento com o Imperador – que teve como fruto: Rodrigo Delfim. Porém, o maior motivo para a separação foi devido as segundas núpcias de D. Pedro I com Amélia de Leuchtenberg. Ele procurava desde 1827 uma noiva nobre de sangue e seu relacionamento com Domitila e os sofrimentos causados a Leopoldina por este, eram vistos com horror pelas cortes europeias e várias princesas recusaram-se a casar-se com Pedro. Uma das cláusulas do contrato nupcial de Amélia e Pedro dizia que ele deveria afastar-se para sempre de Domitila e bani-la da corte.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Poeta Marcolino Candeias


Nascido em Cinco Ribeiras (Ilha Terceira), em 1952. Residiu em Montreal (Canadá),onde exerceu as funções de Leitor de Português na Universidade de Montreal, onde além da língua ensinou Cultura Portuguesa e Brasileira.
É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e bacharelado em Filologia Românica pela Universidade de Coimbra. Exerceu a docência nas universidades dos Açores, de Coimbra e de Montreal (Canadá).
Foi Director da Casa da Cultura da Ilha Terceira , Director Regional da Cultura, Presidente do Gabinete da Zona Classificada de Angra do Heroísmo e Director da Biblioteca Pública de Angra do Heroísmo.

Poeta, da Geração Glacial, que trouxe um grande contributo à produção literária nos Açores. Tido como uma das vozes marcantes da poesia açoriana, publicou dois livros de poesia e tem colaboração dispersa em publicações portuguesas e estrangeiras; tem alguns poemas traduzidos para inglês e eslovaco e está representado em variadas antologias poéticas nacionais e estrangeiras.

Faleceu neste 1 de Maio de 2016, na cidade de Angra do Heroísmo, o poeta Marcolino Candeias. Uma das vozes preciosas das Letras e da Cultura açoriana.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Jornalista Mário Resendes

Jornalista, Mário Resendes (Mário Waddington Bettencourt Resendes) nasceu a 23 de Junho de 1952 em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel – Açores.
Depois de cumprido o percurso liceal na sua cidade natal, ingressou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras e, no quinto ano do curso de Económicas, partiu para Paris (1974) para fazer um curso de Jornalismo.
Iniciou-se como redactor estagiário no “Diário de Notícias”, em 1975, integrou a equipa fundadora do “Jornal Novo”, passou pela revista “Opção”, e regressou ao “Diário de Notícias”, em Novembro de 1976. Neste jornal, foi, sucessivamente, redactor de Política Nacional, editor do suplemento “Análise DN”, coordenador das sessões de Política Nacional, Economia e Trabalho, director-adjunto, director (1992-2004) e, finalmente, administrador. Foi comentador político na TSF e na SIC Notícias e leccionou na Escola Superior de Comunicação Empresarial.
Assumiu, ainda, a vice-presidência da Comissão Directiva Europeia da Associação de Jornalistas Europeus, a presidência da Assembleia-Geral da Secção Portuguesa e foi nomeado membro Conselho Consultivo dos Utilizadores (1994), pela Comissão Europeia.

À data do seu falecimento, 2 de Agosto de 2010, era provedor dos leitores do Diário de Notícias (desde 2007) e porta-voz do Movimento de Informação e Liberdade (desde 2008), com o objectivo de ser interlocutor em todos os processos de discussão de matérias de interesse para a classe dos jornalistas como a auto regulação e o acesso à profissão.
Foi galardoado, em 1933, com o Prémio Europeu de Jornalismo, atribuído pela Associação de Jornalistas Europeus.

Recebeu a Insígnia autonómica de reconhecimento (a título póstumo), pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores, a 10 de Junho de 2011.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Poeta e escritor Álamo Oliveira


Álamo Oliveira (nome artístico de José Henrique Álamo Oliveira, Raminho, 2 de maio de 1945), é um poeta e escritor português.
Álamo Oliveira nasceu na freguesia do Raminho, na ilha Terceira, arquipélago dos Açores, tendo iniciado os seus estudos no Seminário de Angra do Heroísmo. Trabalhou sempre ligado à cultura em diversos departamentos do estado, tendo-se reformado no ano de 2001.
O romance "Já não gosto de chocolates" foi traduzido e publicado nos Estados Unidos e Japão.2 "Até hoje, memórias de cão" foi galardoado com o prémio Maré Viva, da Câmara Municipal do Seixal, em 1985; já "Solidão da Casa do Regalo" foi galardoado com o prémio Almeida Garrett, em 1999.
Decorria o ano de 2002, quando a Portuguese Studies Program, da Universidade da Califórnia em Berkeley, convidou-o para leccionar na qualidade de escritor do semestre a sua própria obra aos estudantes de Língua Portuguesa - sendo o primeiro português a receber tal distinção.
Já editou trinta e três livros, quer de poesia, romance, contos, teatro e de ensaios, sendo de destacar os "Pátio da Alfândega, meia-noite", "Já não gosto de chocolates" e "Até hoje - memórias de cão", que serviram como base a trabalhos académicos em faculdades dos Estados Unidos e também do Brasil.
A sua poesia já foi traduzida para inglês, francês, espanhol e croata.
É um dos membros fundadores do grupo de teatro Alpendre, com sede em Angra do Heroísmo e o mais antigo agrupamento de teatro dos Açores, actualmente com 34 anos de vida . Seis anos após o seu nascimento o Governo regional dos Açores, conferiu o Estatuto de Instituição de Utilidade Pública.

A 4 de Junho de 2010 e após uma pausa de nove anos, o escritor edita o seu último livro, intitulado "Andanças de Pedra e Cal".
A 10 de Junho de 2010, nas comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades, Álamo Oliveira recebeu o grau de Comendador da Ordem do Mérito.
A 23 de Agosto de 2012, o autor lança uma biografia do cantor popular Manuel Caetano Dias, mais conhecido por Caneta.

Trabalhos publicados

Poesia

"Poemas de(s)amor", ed. do autor, Angra do Heroísmo, 1973;

"Fábulas", ed. do autor, Angra do Heroísmo, 1974;

"Os quinze misteriosos mistérios", ed. do autor, Angra do Heroísmo, 1976;

"Almeida Firmino - poeta dos Açores", ed. da SREC, Angra do Heroísmo, 1979;

"Eu fui ao Pico piquei-me", ed. do autor, Angra do Heroísmo, 1980;

"Itinerário das gaivotas", ed. da SREC, Angra do Heroísmo, 1982;

"Sabeis quem É este João?", 1984 – sep. Revista «Atlântida»;

"Nem mais amor que fogo" (de parceria com Emanuel Jorge Botelho), ed. dos autores, Angra do Heroísmo, 1983;

"Missa Terra Lavrada", 1984 – ed. DRAC;


"Os Sonhos do Infante", 2ª edição, 1995 – ed. Jornal de Cultura;
Teatro

"Um Quixote" – 2ª edição, 1974;

"Morte ou Vida do Poeta", 1974;

"Manuel, seis vezes pensei em ti", ed. do autor, Angra do Heroísmo, 1977;

"Uma Hortênsia para Brianda" (separata da revista "Atlântida"), Angra do Heroísmo, 1982;
Ficção

"Burra preta-com uma lágrima", ed. do autor, Angra do Heroísmo 1982;

"Até Hoje (Memórias de Cão)" (Edições Ulmeiro, Lisboa, 1986)

"Pátio d’Alfândega Meia-Noite" (1992)

"Já Não Gosto de Chocolates" (Edições Salamandra, Lisboa, 1999)

"Murmúrios com vinho de missa" (Letras Lavadas, Angra do Heroísmo, 2013)
Ensaio

"Abordagem" (teatral) a "Quando o mar galgou a terra" de Armando Cortes Rodrigues (separata da revista "Atlântida"), Angra do Heroísmo, 1982;
Contos

"Contos com Desconto", 1991 – ed. Instituto Açoriano de Cultura


"Com Perfume e com Veneno", 1997 – ed. Salamandra;

Está representado ainda em

"14 poetas de aqui e de agora", Angra do Heroísmo, 1972;

"Antologia de poesia açoriana (do século XVIII a 1975)", Lisboa, 1977;


"Antologia panorâmica do conto açoriano (séculos XIX e XX - Organização, prefácio e notas de João de Melo)" ed. Vega, Lisboa, 1978;

"The sea within", EUA, 1983. (in) Sempre disse tais coisas esperançado na vulcanologia - 12 poetas dos Açores (organização e notas de Emanuel Jorge Botelho)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Maria de Lurdes Brasil Serpa é professora catedrática e investigadora na Lesley University, Cambridge, Massachussetts

Maria de Lurdes Serpa nasceu na ilha de São Jorge - Açores.
Especializou-se em educação e formação de professores nos EUA. Actualmente, é professora catedrática e investigadora na Lesley University, Cambridge, Massachussetts. O seu trabalho é reconhecido nos EUA e internacionalmente, tendo, por isso, recebido os prémios: Lesley University Impact Award; Comenda da Instrução Pública, atribuída pelo Presidente da República Portuguesa; Massachussetts Teacher Association-Creative Leadership in Human Righs Awards; Massachussets Department of Education Award; Ernest Lynton Award for Professional Service AAHE&NERCHE, entre outras distinções.

É conselheira do projecto da “Rede Prestige Azores.”

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Darrell Kastin neto de Poetas e Jornalistas Açorianos

Darrell Kastin é um escritor norte-americano de ascendência açoriana e bielorrussa. Nasceu na cidade de Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos da América, no dia 15 de F
Fevereiro de 1957. É neto, pelo lado materno, dos poetas e jornalistas açorianos Francisco e Josefina do Canto e Castro, que emigraram na década de 40, mas continuaram ligados à sua terra e cultura. A família tem raízes nas ilhas Terceira, Faial, Pico, S. Jorge e Corvo. O escritor é um frequente visitante dos Açores, passando parte do tempo em Santa Maria, ilha onde nasceu a sua mulher.
Romancista, contista, poeta, músico e compositor, Darrell Kastin dedica-se inteiramente à sua arte, muito influenciado pela cultura e música portuguesas e açorianas, mas não só. Tem contos publicados em várias revistas literárias norte-americanas incluindo “The Seattle Review”, “The Crescent Review”, “The Blue Mesa Review”, “The Windsor Review”, “Confrontation”, “Gávea-Brown”, entre outras. Em Portugal colabora com as revistas “NEO” e “Oficina de Poesia”. Em 2009 publicou o seu primeiro romance intitulado “The Undiscovered Island” que recebeu o prémio em Ficção Multicultural da agência IPPY Independent Publishers, em 2010. Presentemente este romance encontra-se esgotado. Em 2012 publicou a colectânea de contos “The Conjurer & Other Azorean Tales”, inspirados na mítica das ilhas, na sua vivência e contato com elas. Como compositor e músico, em 2007, lançou o CD de folk-rock “Lullabies for Sinners” de temas originais; em 2011 lançou o CD “Mar Português/Portuguese Sea”, um tributo a Fernando Pessoa e Florbela Espanca, musicando alguns dos seus poemas. O trabalho teve a colaboração vocal de Shawna Lenore, sua filha, e do maestro Pedro Barroso, também produtor do CD.

Independente, auto didata, estudou e viveu em diversos estados norte-americanos. Durante vários anos foi proprietário de uma livraria em S. Pedro, Califórnia. É um bibliófilo apaixonado e estudioso da História de Portugal e dos Açores.
Vive atualmente em Sacramento. Entre vários projetos, está a trabalhar em dois novos romances: “A Tale of the Azorean Nights”, que pode ser considerado como a continuação do primeiro, e um romance histórico intitulado “Inês de Castro: Queen After Death”. Encontra-se também a compor música para alguns poemas de Camões e Antero de Quental.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Daniel da Ponte fundou um gabinete de assessoria financeira Axis Financial Group Incorporated

Daniel da Ponte, descendente de açorianos oriundos das ilhas de São Miguel e Santa Maria, nasceu a 15 de Fevereiro de 1978, em Providence, estado de Rhode Island – EUA.
É licenciado em Gestão de Empresas, pela University of Rhode Island e mestrado em planeamento financeiro pessoal, pela Kansas State University. Fundou um gabinete de assessoria financeira (Axis Financial Group Incorporated) e exerce, atualmente, as funções de presidente e consultor financeiro.
Iniciou a carreira política com apenas 20 anos, ao assumir o cargo de senador no Senado de Rhode Island, representando o 42º Distrito, em East Providence. Terminado o mandato, foi reeleito e passou a representar o 14º Distrito, composto pelas cidades de East Providence e Pawtucket. Aos 34 anos, mantém o lugar naquele órgão legislador, e preside ainda à Comissão de Finanças.
Desde a sua eleição em 1998, já exerceu o cargo de Chefe-Adjunto da Maioria no Senado e integrou várias Comissões, incluindo as das Corporações, dos Serviços Financeiros, da Tecnologia e Assuntos Regulatórios, dos Assuntos Constitucionais e da Supervisão Governamental.

Em Janeiro de 2009, assumiu a liderança da Comissão das Finanças. Exerceu o cargo de administrador da Comissão de Investimentos de Rhode Island e é um ex-membro da Directoria do Conselho de Gestão dos Recursos Costeiros e da Comissão da Baía de Narragansett.
É membro de diversas organizações, nomeadamente:

Member, Holy Ghost Brotherhood Mariense

Member, Holy Ghost Brotherhood of Rhode Island

Member, Portuguese American Leadership Council

Member, Rhode Island Young Democrats

Fundraising Committee/Parishioner, Saint Francis Xavier

Former Board Member, East Bay Mental Health Center

Former Board Member, East Providence Battle Monuments Foundation

Former Board Member, East Providence Boys & Girls Club.


Foi um dos maiores defensores da manutenção do Consulado americano, sediado em Ponta Delgada, apresentando uma moção que foi aprovada pelo Senado daquele estado, dado que o mesmo constituía uma mais valia para as gentes americanas e açorianas.
Daniel DaPonte foi reeleito para o senado Estadual de Rhode Island, pelo Distrito 14, que abrange East providence e Pawtucket, tanto nas eleições primárias de 11 de Setembro, derrotando Robert L. DaSilva, como nas gerais de 6 de Novembro de 2012, com um total de 8.436 votos, exercendo o mandato até 1 de Janeiro de 2015.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Habitantes mais antigos de Pedro Miguel na ilha do Faial Açores


1.  1624 Pedro de Faria cc Maria da Silveira antes de 1644, moradores de São Bartolomeu da Terceira, já falecidos em 1662.

2.  1624 Pedro Sarmento casado com Bárbara André.

3.  1625 Amaro Dutra cc antes de 1645 com Ágada André, já falecidos em 1661

4.  1625 Antonio Fialho e seus 7 filhos

5.  1625 João de Medeiros cc Isabel Pereira antes de 1655. Tit Pereira

6.  1625 João Pereira (testemunha de Maria Duarte filha de Beatriz Pereira em 1655)

7.  1625 Margarida Gomes casada antes de 1646 com Sebastião ...

8.  1626 Manuel da Silveira e Francisca Dutra (testemunha em 1646)

9.  1626 Antonio Camacho casado antes de 1626 com Isabel da Silva.

10.  1626 Isabel Álvares - testemunha de Salvador Gonçalves e Madalena Camacho em 1646

11.  1626 Sebastião Duarte casou com Luisa Luis e com Aurélia Albernás.


12.  1627 Margarida da Rosa, moradora de Pedro Miguel em 1664 com filhos nascidos antes de 1645:

13.  1628 Amaro Gomes casado com Catarina Rodrigues Martins antes de 1648, já falecidos em 1665.

14.  1628 Bárbara André casada antes de 1644 com Pedro Sarmento, já falecido em 1673

15.  1628 Domingos Pais (testemunha Antonio Nunes, Maria Gomes, Jacinto Albernás e Leonor da Silva em 1658)

16.  1628 Francisco Luis casou com Maria Rodrigues.

17.  1628 Gaspar Pires casado com Catarina Coelho antes de 1648.

18.  1628 João Nunes da Cunha casado antes de 1648 com Francisca Pereira.

19.  1629 João Gonçalves, casado com Maria de Castro.

20.  1629 Manoel da Terra (testemunha de Gaspar da Silva e Leonor Leite e Gaspar Fialho e Margarida Vieira, 1659).


21.  1630 Antonio da Silva casado antes de 1650 com Domingas Furtado.

22.  1630 Bárbara Luis casada com Antonio de Andrade.


23.  1630 Bartolomeu João casado antes de 1650 com Isabel Nunes já falecida em 1667.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Mimon Abohbot um Judeu na ilha Terceira Açores

Mimon Abohbot (Marrocos, Mogador, 1800 – Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, 21 de Julho de 1875) foi um mestre de teologia hebraica, ocupando o lugar de Deão Rabino na Ilha Terceira.
O reverendo Mimon Abohbot foi mestre de teologia hebraica, ocupando o lugar de Deão Rabino na Ilha Terceira, foi um Importante homem de negócios da ilha, particularmente no concelho de Angra do Heroísmo onde viveu.
Fundou na sua residência uma sinagoga, que serviu para as orações da pequena comunidade, de que ele foi chefe espiritual.
Quando veio para os Açores trouxe consigo duas Torahs que trouxe de Marrocos tendo elas ao longos dos séculos diferentes destinos e chegaram mesmo a serem consideradas como perdias.
Uma delas foi encontrada cem anos mais tarde do seu desaparecimento, na freguesia do Porto Judeu, teve vários donos, apareceu e desapareceu sucessivas vezes, e acabou por ser escondida por um desconhecido numa gruta de Rabo de Peixe, onde apareceu por volta de meados de 2005.
Como Homem de negócios foi um Exportador de laranja para Inglaterra, negócios este que nos Açores foi muito próspero durante praticamente todo um século e que ficou conhecido localmente como o Ciclo das Laranjas.

Exerceu o cargo de Director da Associação Comercial de Angra entre os anos de 1860 e 1861. Naturalizou-se português antes de 1835.
Mimon Abohbot e os membros de sua família falecidos em Angra do Heroísmo estão sepultados no cemitério judaico "Campo da Igualdade", no Caminho Novo, Perto da Fortaleza de São João Baptista, Junto ao Monte Brasil.
Casou em Londres em 1833, com D. Elizabeth Davis (12 de Julho de 1806 -?), de quem teve 7 filhos:

Rachel Davis Abohbot (29 de Março de 1834 -?) casou com Leonel Tavares de Melo.

Abraham Davis Abohbot (25 de Novembro de 1835 -?).

David Davis Abohbot (25 de Novembro de 1835 -?) casou com D. Jane Isaacs.

Alegria Davis Abohbot (9 de Janeiro de 1839 -?) casou com Jaime Anahory.

Jacob Davis Abohbot (20 de Junho de 1840 -?) casou com D. Rosa Borges Leal.

Isaac Davis Abohbot (4 de Novembro de 1842 - ?)

Moisés Davis Abohbot (28 de Dezembro de 1844 - ?)