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Descendente de uma antiga família açoriana, Cândido Forjaz de Lacerda nasceu acidentalmente em Lisboa, no Palácio Aveiras, onde os seus pais então se encontravam a residir temporariamente. Como primogénito da família foi herdeiro do grosso da grande fortuna materna, com a qual constituiu em 1863, por anexação, uma grande casa vinculada que designou por Vínculo de Nossa Senhora das Mercês, nome da quinta em que vivia nos arredores de Angra, do qual foi administrador.
Ingressando na vida política como membro do Partido Progressista, foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo (1878-1881) e por diversas vezes governador civil do Distrito de Angra do Heroísmo. Ocupou o cargo de governador primeiro como substituto, de 22 de Dezembro de 1880 a 10 de Abril de 1881, e depois como governador desde 13 de Março de 1886 a 27 de Agosto do mesmo ano.
Foi novamente nomeado governador substituto no período de 30 de Agosto de 1887 a 30 de Janeiro de 1889, passando naquela data a efectivo, cargo que ocupou até 29 de Junho de 1889. De 27 de Julho de 1889 a 28 de Janeiro de 1890 foi novamente nomeado governador civil efectivo do distrito.
Tendo interrompido a função devido às reviravoltas políticas então ocorridas em Lisboa, voltou novamente a exercer o cargo de 13 de Fevereiro de 1897 a 17 de Março de 1898; de 28 de Maio de 1898 a 9 de Outubro de 1899; e novamente de 10 de Novembro de 1899 a 26 de Junho de 1900.
Exerceu a funções de agente consular do Reino de Itália na ilha Terceira (a partir de 1867) e liderou o Partido Progressista no Distrito de Angra do Heroísmo (de 1889 até ao seu falecimento em 1900).
Foi casado com Maria de Sampaio Dart, filha de George Philips Dart.
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Era melómano e grande amante da tauromaquia, sendo conhecida a sua paixão pelas touradas à corda, sendo proprietário de uma criação de touros e promovendo, tal como seu pai, diversos espectáculos taurinos na sua Quinta das Mercês.
Foi padrinho de baptismo de Gungunhana, quando este prisioneiro de guerra foi baptizado na Sé Catedral de Angra.
Faleceu repentinamente em Angra do Heroísmo a 4 de Setembro de 1900, no auge da sua carreira política.
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