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Nasceu há 66 anos no Açores, saiu do Pico com 17, esteve primeiro no Rio
de Janeiro e chegou aos Estados Unidos da América em 1972, onde ainda hoje vive
e produz 50 mil toneladas de batata-doce por ano.
Na cidade de San José, na Califórnia, Manuel Vieira
foi distinguido pelo Presidente da República com a comenda da Ordem do Mérito.
Uma insígnia que junta ao sucesso que alcançou à frente da produção de
batata-doce, um caminho que reconhece ter sido exigente.
Notando que gosta muito da sua terra e não quer falar mal de Portugal,
Manuel Vieira reconhece, contudo, que tem de ser "realista".
"Apenas estou a comentar o que eu vejo quando vou a Portugal",
disse.
Apesar disso, aquele que é já o maior produtor mundial de batata-doce
biológica, que representa 30 por cento de toda a sua produção, garante não
estar desiludido com Portugal, apesar de ter pena que neste momento exista
"uma troika a mandar" nos portugueses.
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"Alguém falhou ou muita gente falhou. Não se admite que gente muito
formada, gente bem informada, gente com formação universitária, não tenha visto
antecipadamente o problema da crise", sustentou.
Apesar disso, o actual patrão de 900 trabalhadores, que classifica como
"os melhores funcionários do mundo", não deixa de lado a
possibilidade de continuar a investir em Portugal.
De lado, contudo, parece estar a possibilidade de estender os negócios
da batata-doce a Portugal, um país onde "não há cultura da batata-doce".
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