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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Sebastião Correia de Lorvela na batalha do Ameixial

 

Sebastião Correia de Lorvela  nasceu em Angra do Heroísmo em   1620.  Filho de Tomé Correia da Costa, loco-tenente do marquês de Castelo Rodrigo, capitão das duas capitanias da ilha Terceira, de S. Jorge, do Faial e do Pico.

Governou a Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira, onde prestou importantes serviços, pelo que for recompensado com uma pensão de 20$000 réis e com o hábito da Ordem de Cristo, em 20 de Setembro de 1642.


Em 1658 foi promovido a mestre-de-campo, tendo tomando parte na batalha do Ameixial.


Teve mais uma pensão de 150$000 réis, em 15 de Janeiro de 1661, e a mercê de fidalgo cavaleiro, por alvará de 1 de Março de 1662. Teve ainda a doação das casas ao marquês de Castelo Rodrigo em Angra do Heroísmo, por alvará de 20 de Agosto de 1667.


A mercê para servir no Conselho do Rei foi-lhe concedida por Carta-régia de 7 de Março de 1668 e, por alvará de 2 de Março de 1671, a pensão de 150$00 réis a sua filha D. Catarina Caixa.




terça-feira, 24 de junho de 2025

Execução dos prisioneiros no ilhéu de Vila Franca em 1582




Confirmada a vitória pela retirada dos navios franceses, deu o marquês à vela para a ilha de S. Miguel, a mandar tratar dos feridos e fazer aguada; porém sobrevindo-lhe o vento contrário, não fundeou nela senão depois de quatro dias.
Primeiro que tudo dirigiu-se a Vila Franca, enchendo de terror toda aquela costa, cujos habitantes mandaram logo assegurar-lhe a sua obediência.


No dia 1 de Agosto desembarcou em terra o mestre de campo D. Francisco de Bobadilla com quatro companhias de soldados, levando no meio todos os prisioneiros franceses, aos quais em alta voz e em público cadafalso se lhes leu uma sentença que os condenava à morte, como perturbadores da paz entre França e Castela. A sentença, assinada por D. Álvaro de Bazán, mandava degolar os nobres e enforcar os outros, excepto os que não chegavam à idade de 18 anos.


E sem embargo de que esta sentença parecesse a todos mui cruel, e os mesmos soldados espanhóis assim o vozeassem com a maior liberdade, dando ocasião a que alguns principais capitães fossem pedir a derrogação dela ao marquês, nada se efectuou: porque ele dizia que só executava os mandatos de el-rei de França, que estando em paz com Castela não permitiria que súbditos seus agissem como corsários atacando a armada castelhana.

E assim se cumpriu a sentença, decapitando-se 28 cavalheiros franceses, e 50 de menor condição, enforcados além destes muitos centos de soldados e marinheiros. Estas execuções foram feitas com grande lentidão e crueza, prolongando-se por todo o dia, sendo os corpos decapitados amontoados sobre o adro da matriz de Vila Franca. Parte dos marinheiros foram enforcados no ilhéu de Vila Franca, ficando os corpos a apodrecer nas forcas como aviso aos restantes franceses que ainda andavam embarcados nas ilhas.
Quanto aos da terra, só a um fidalgo de Vila Franca, que servia de vereador da Câmara, mandou degolar, e a outras condenou em penas menores.


Em 5 de Agosto foi à mesma vila o bispo D. Pedro de Castilho, e passou a bordo da armada a visitar o marquês, que o recebeu com muitas honras militares, como pessoa que tantos serviços prestara a el-rei Católico, sendo parte principal da sua aclamação naquela ilha; e também pela conservação do castelo de São Brás, que ele com D. João de Castilho guardaram, recolhendo dentro nele a D. Lourenço de Conuera quando se retirava do combate na ocasião em que os franceses tomaram a ilha. No mesmo dia desembarcou o marquês em terra, onde foi aceite com grande pompa, e embarcando-se para a cidade de Ponta Delgada, nela foi recebido em triunfo.



As nossas origens

 


quinta-feira, 19 de junho de 2025

As festas Sanjoaninas começaram logo após o povoamento

 

As festas Sanjoaninas são consideradas as maiores festas profanas do arquipélago. Iniciadas logo após o povoamento na cidade Património Mundial de Angra do Heroísmo  Ilha Terceira Açores


A Terceira é uma das nove ilhas dos Açores, integrante do chamado "Grupo Central". Primitivamente denominada como Ilha de Nosso Senhor Jesus Cristo das Terceiras, foi em tempos o centro administrativo das Ilhas Terceiras, como era designado o arquipélago dos Açores. A designação Terceiras aplicava-se a todo o arquipélago do Açores visto terem sido as terceiras ilhas descobertas no Atlântico (o arquipélago das Canárias era designado de Ilhas Primeiras e o arquipélago da Madeira por Ilhas Segundas, segundo a ordem cronológica de Descoberta). Com o avançar dos anos esta ilha passou a ser conhecida apenas por Ilha Terceira.


A riqueza da sua história e património edificado levou a que a Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo fosse classificada como Património Mundial pela UNESCO a 7 de Dezembro de 1983.  A cidade é sede do Regimento de Guarnição n.º 1, uma das mais antigas unidades militares portuguesas.

As Sanjoaninas, festas dedicadas a S. João, ocupam as ruas de Angra do Heroísmo durante dez dias do mês de Junho. Cortejos, concertos musicais, touradas (de praça ou à corda), tasquinhas de petiscos, espectáculos de teatro e fogo-de-artifício e provas desportivas, têm o seu ponto alto no desfile das marchas populares.



segunda-feira, 16 de junho de 2025

Povoamento dos Açores


 

Fragata Amazona na ilha Terceira Açores

 

Foi construída no Pará, no Estado do Brasil, por ordem do então Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar, D. Rodrigo de Sousa Coutinho ,  por volta de 1798.


Desempenhou inúmeras comissões, entre as quais deu proteção a diversos comboios para o Brasil (nomeadamente a uma das maiores e mais ricas frotas enviadas ao Brasil durante a guerra com a França em 1800), participou na campanha do Rio da Prata em 1801, cruzou no Estreito de Gibraltar, conduziu deportados liberais para Angra em 1810, navegou nas águas de Santander, Madeira, Tunes, Açores e Angola; integrou a esquadra do Estreito em Setembro de 1818 e a esquadra miguelista aos Açores em 1829; tendo participado na batalha da Praia  em Agosto de 1829  e no bloqueio naval da Terceira  em Outubro de 1829.




quinta-feira, 12 de junho de 2025

Quatro Ribeiras ilha Terceira Açores

 

Erguida entre 1455 e 1460, conforme inscrição epigráfica sobre a portada como forma de invocação da santa padroeira da freguesia, a Santa Beatriz.


Sofreu obras de remodelação no século XVII.


Segundo um rol publicado pelo Bispado de Angra do Heroísmo, ficou muito danificada pelo terramoto de 1 de Janeiro de 1980.

Mas,  corria o ano de 1998 foram junto à orla costeira desta freguesia encontrados vestígios, actualmente em estudo, que segundo os especialistas em escrita antiga são escritos rupestres deixados por navegadores, eventualmente Fenícios que terão passado por esta ilha séculos antes da sua descoberta oficial pelos portugueses.




Ancestors


 

sábado, 7 de junho de 2025

Sargento-mor Amaro Soares na ilha de S. Jorge Arquipélago dos Açores

 

Amaro Soares  nasceu na ilha de São Jorge, Açores e faleceu na  ilha de São Jorge, Açores em 1652.

Foi um militar português, prestou serviço na Flandres com distinção. Começou a vida militar em 1595, segundo uma carta régia de 15 de Novembro de 1635. Regressou à ilha de São Jorge 1613.

Em 1618 foi nomeado sargento-mor de toda esta ilha de São Jorge e superintendente das fortificações da mesma.

Por alvará de 10 de Julho de 1626 foi-lhe consignado o soldo daquele cargo, sendo nesse documento tratado por Cavaleiro fidalgo.

Exerceu ainda os ofícios de justiça e fazenda por mercê de carta régia e também o de Capitão do donatário da mesma ilha.

Por ocasião da aclamação do rei D. João IV e cerco do Monte Brasil, (Fortaleza de São João Baptista, de Angra do Heroísmo) foi a Angra para dirigir os trabalhos de entrincheiramento e ali se deteve três meses. Renunciou o cargo de sargento-mor da ilha de São Jorge, sendo nomeado nesse cargo em 1648 o seu filho Sebastião de Sousa.


O rei pelos serviços prestados na aclamação confirmou-lhe a data da propriedade dos ofícios que antes tinha por Alvarás de 4 de Novembro de 1643 e 12 de Outubro de 1644.



quinta-feira, 5 de junho de 2025

Família

 


Manuel Machado Macedo

 

Nasceu em Ponta Delgada, no Arquipélago dos Açores, em 1922.  Aos sete anos de idade mudou-se com a família para Lisboa, onde cumpriu os estudos primários na Escola Francesa, os secundários no Liceu do Carmo, e os estudos universitários na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.  O estágio foi realizado no Hospital Cantonal de Zurique, na Suíça.


Em 1987 doutorou-se na NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas com a tese Revascularização do Miocárdio.



 Fez o serviço militar no Hospital da Estrela.  Trabalhou no Hospital Curry Cabral e no Instituto de Doenças do Tórax, e posteriormente no Reino Unido, no Hospital de Brompton, no Leicester Chest Unite no Hospital Queen Elizabeth.



Em 1945 voltou a território nacional, tendo-se empregado nos Hospitais Civis de Lisboa, onde foi director do Serviço de Cirurgia Torácica.  Também presidiu ao Colégio de Cirurgiões Torácicos, foi director clínico do Hospital de Santa Marta, director dos Serviços de Cardiologia e de Cirurgia Cardiotorácica, e posteriormente ocupou a posição de presidente do Conselho de Gerência do Hospital de Santa Cruz. Durante a sua carreira, decidiu especializar-se em cirurgia torácica, tendo sido um dos pioneiros nas operações de coração aberto, em 1962.   Exerceu igualmente como professor extraordinário de cirurgia cardiotorácica em 1979, e como professor catedrático convidado na NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas em 1985. Entre 1987 e 1992 ocupou a fundação de bastonário da Ordem dos Médicos, e em 1988 foi um dos fundadores do Instituto do Coração, em conjunto com João Queiroz e Melo e Ricardo Seabra Gomes.  Também foi presidente do Comité Permanente dos Médicos da União Europeia, fundou e foi presidente da Sociedade Portuguesa Cardiotorácica e Vascular e da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, e presidiu ao Centro de Estudos de Doenças Esofágicas.



segunda-feira, 2 de junho de 2025

Descendentes dos Açores




Tibúrcio António Craveiro

 

Tibúrcio António Craveiro  nasceu em Angra do Heroísmo  a  4 de Maio de 1800 e faleceu nas  Velas a 23 de Maio de 1844.  Foi um poeta, historiador e teórico da literatura,  com uma obra que inclui temáticas de história, teoria da literatura e poesia, campo em que aderiu à corrente da Arcádia Lusitana.


Em Angra do Heroísmo, cidade  que frequentou as aulas de Teologia Moral, revelando-se um aluno estudioso e aplicado.  Terminados os estudos empregou-se como professor régio da instrução primária na cidade de Angra.


Em consequência da sua adesão ao liberalismo, após a Abrilada de 1824 exilou-se em Londres. Em 1826 fixou-se na cidade do Rio de Janeiro, onde encontrou emprego como professor de Retórica.

No Rio de Janeiro, cidade onde permaneceria até 1842, foi um fundadores e bibliotecário do Real Gabinete Português de Leitura, envolvendo-se activamente na vida literária e política da cidade.  Durante este período produziu a maior parte da sua obra publicada. Foi lente do Imperial Colégio de Pedro II, do Rio de Janeiro.


Em 1842 deixou o Brasil e durante algum tempo viveu em Lisboa. Em 1844 voltou aos Açores. Morreu nesse ano a bordo de um navio, aparentemente vítima de suicídio, em condições que nunca ficaram esclarecidas. O seu cadáver foi desembarcado nas Velas, São Jorge, onde foi sepultado.




domingo, 1 de junho de 2025

Pesquisas dos Açores


 

Bartolomeu de Quental

 

Bartolomeu de Quental nasceu em 23 de Agosto de 1626 em Fenais da Luz, na ilha de São Miguel Açores. Filho de Francisco Andrade Cabral e Ana de Quental. Frequentou a Universidade de Évora, onde estudou Teologia e Filosofia, e obteve o grau de Mestre em Artes (1647). No ano de 1653 é ordenado sacerdote. Em 1654, o padre Bartolomeu de Quental é nomeado capelão, confessor e pregador da Capela Real, por D. João IV.



Com o apoio de D. Luísa de Gusmão, Quental criará as bases para a Congregação do Oratório, através da constituição de uma congregação de sacerdotes consagrada à Virgem Maria. Como missionário, esteve presente na Congregação do Oratório de Pernambuco e Goa.


Recebe o título de venerável pelo Papa Clemente XI, confirmado pelo Papa Bento IV.


Antepassado do escritor Antero de Quental, morre em Lisboa em 20 de Dezembro de 1698.




Açorianos


 

São Pedro ilha de Santa Maria Açores

Pensa - se que a primeira pessoa a nascer na ilha, foi  uma menina de nome Margarida Afonso,  que nasceu , no lugar do Paul.


Em termos cronológicos, esta foi a quarta das freguesias da ilha, criada cerca de 1603, à época da visita pastoral do bispo de Angra, D. Jerónimo Teixeira Cabral. Esta criação foi confirmada por Filipe II de Portugal a 5 de Março de 1611.


A primeira sede da paróquia foi a primitiva ermida de São Pedro, no lugar das Pedras de São Pedro, que Frutuoso refere ser uma das quatro ermidas existentes "acima da vila", situada "mais adiante pelo caminho" da Igreja de Santo Antão.

Filipe III de Portugal, por Carta régia de 4 de Abril de 1623, atendeu ao pedido do vigário e dos habitantes de São Pedro, autorizando o lançamento de uma finta para as obras da ermida nas Pedras de São Pedro, declaradas necessárias, por ocasião da visita pastoral do então bispo de Angra, D. Pedro da Costa.


Esta ermida serviu como sede da paróquia até 1698, ano em que, por força do crescimento da população, foi erguido um novo templo, de raiz, com maiores dimensões e em local mais central, no lugar da Rosa Alta.


Devido à riqueza do seu solo, São Pedro teve na agricultura a sua principal fonte de rendimento. Ao longo dos séculos, nela prosperaram os morgadios, caracterizados por grandes solares e respetivas ermidas, de que temos testemunho até aos nossos dias.