Páginas

quinta-feira, 6 de março de 2025

Duarte Correia da Cunha

 

Duarte Correia da Cunha  nasceu no Porto Santo . Filho secundogénito de Pedro Correia da Cunha, capitão do donatário na ilha Graciosa e de sua mulher Izeu Perestrelo. Sucedeu a seu pai na capitania da ilha Graciosa por ter falecido em 1495 o seu irmão primogénito Jorge Correia da Cunha. Governou a ilha entre 1499 e 1507.

Segundo capitão-do-donatário da Graciosa, foi filho segundo do 1.º capitão, Pedro Correia da Cunha. Sucedeu ao pai devido à morte do irmão primogénito em 1495, ainda em vida daquele. Não se conhece também a carta de confirmação deste 2.º capitão do donatário da Graciosa.


Apesar de ter casado duas vezes, primeiro com Leonor de Melo e depois com Catarina de Ornelas da Câmara, não teve filhos, razão pela qual por sua morte ficou vaga a capitania da ilha, a qual o rei D. Manuel I doou em 1507 ao marechal D. Fernando Coutinho,  um parente de Pedro Correia da Cunha.


Duarte Correia da Cunha foi o último capitão do donatário residente na Graciosa, já que a partir dele o cargo passou a ser exercido por membros da alta nobreza residentes em Lisboa, representados na ilha pelos seus ouvidores. O crgo passou assim a ser uma rendosa sinecura dada pela Coroa como fonte de rendimento a membros da aristocracia.




Os nossos antepassados


 

quarta-feira, 5 de março de 2025

Forte da Laginha na ilha Terceira Açores

 

A sua construção remontará ao contexto da crise de sucessão de 1580, entre 1579 e 1581, por determinação do então corregedor dos Açores, Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos conforme o plano de defesa da ilha elaborado pelo arquiteto militar italiano Tommaso Benedetto.


No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Reduto das Laginhas na costa." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".


"1º - Forte da Laginha. Este forte carece a porta concertada e as suas muralhas precisam ser encascadas e rebuçadas e da parte do nascente precisa ser mociçada a sapata e guarnecida de cantaria. O seu quartel precisa a porta e a tarimba concertada. Tem quatro peças de ferro boas e os reparos de duas precisam ser concertados. Precisa para se guarnecer quatro artilheiros e dezasseis auxiliares."

Encontra-se referido como "Forte da Laginha" no relatório "Revista dos fortes e redutos da ilha Terceira", do capitão de Infantaria Francisco Xavier Machado (1772).


Encontra-se referido como "1. Forte da Laginha da Ponta da Feteira" no relatório "Revista aos fortes que defendem a costa da ilha Terceira", do Ajudante de Ordens Manoel Correa Branco (1776), que lhe relata a ruína:


"Este Forte careçe das suas muralhas e parapeitos por dentro, e por fora, rachado, guarnecido, e rebocado; a caza da guarda de uma verga, e o portão de outra; o torrião aonde se fas sentinellas hade mister feito de novo, e nelle hua guarita; tambem perciza hú tilheiro p.ª recolher a Artelharia no Inverno, e a tropa que guarnecer o dito Forte."

Em 1778 continuava bastante deteriorado, conservando as quatro peças. Considerando-se que a artilharia então existente na Terceira ainda era a da época da Dinastia Filipina, conforme informara Júdice em 1767, deduz-se que as peças na Laginha remontavam ao período da edificação do forte.


Foram tenentes-comandantes deste forte Manuel de Barcelos Machado Evangelho (por nomeação de 10 de maio de 1794) e José de Barcelos Machado Evangelho.




domingo, 2 de março de 2025

Fernão Dulmo na ilha Terceira Açores


Ferdinand van Olmen ou Fernão D'Ulmo .  Foi um flamengo que foi um dos primeiros povoadores da ilha Terceira, Açores, a quem o rei D. João II, por carta de doação de 1486, concedeu a capitania da ilha das Sete Cidades e de quaisquer terras que descobrisse a oeste dos Açores.






sábado, 1 de março de 2025

As danças e bailinhos na ilha Terceira , remonta ao tempo dos primeiros povoadores

 

Nos Açores, mais propriamente na ilha Terceira, reside uma das formas mais peculiares do Carnaval em Portugal, as Danças e Bailinhos de Carnaval. Esta tradição, tida como a maior manifestação de teatro popular em Portugal, remonta ao tempo dos primeiros povoadores e reflecte um estilo teatral bem ao jeito dos Autos vicentinos.

As danças e bailinhos de Carnaval da ilha Terceira são manifestações de teatro popular, acompanhadas por música, com textos em rima, que incluem habitualmente crítica social.


Mais de mil músicos e actores amadores actuam de forma gratuita em cerca de 40 palcos espalhados por toda a ilha, prolongando as actuações pela madrugada dentro, durante quatro dias.

As danças de pandeiro, os bailinhos e as comédias têm um texto cómico, enquanto as danças de espada representam um drama.

Desde Janeiro que decorrem os ensaios em sociedades filarmónicas ou em garagens, mas há quem também comece a preparar o Carnaval com antecedência nos bastidores.