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terça-feira, 25 de março de 2025

Base Francesa na ilha das Flores Açores

 

A Estação de Telemedidas das Flores, melhor conhecida como Base Francesa das Flores, localizava-se na freguesia de Ponta Delgada, concelho de Santa Cruz das Flores, na Ilha das Flores, Região Autónoma dos Açores, em Portugal.

A notícia de que seria instalada uma base francesa na ilha das Flores para rastreio de mísseis balísticos, foi anunciada publicamente por Franco Nogueira, então Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, numa conferência de imprensa em 1964. Um observador à época considerou que este "surpreendente anúncio apanhou a audiência desprevenida, produziu o máximo impacto, e reforçou dramaticamente a imagem pública de um Portugal aproximando-se cada vez mais de aliados importantes". À época, face ao crescente isolamento provocado pela não aceitação pelos aliados ocidentais da ditadura de António de Oliveira Salazar e pela nascente guerra colonial, esta imagem de aproximação era importante para o regime.



O acordo que permitiu a instalação da Base, geralmente denominado por Acordo Luso-Francês de 1964, foi assinado a 7 de Abril de 1964. Uma equipa avançada de franceses chegou às Flores em 1965, sob o comando do major Barthélemy, com a missão de instalação de antenas. O estabelecimento da estação e o início das atividades teve lugar em outubro de 1966. O hotel-messe para apoio começou a ser explorado no início de 1967, concessionado ao grupo açoriano Bensaúde, que o explorou por seis anos.

A partir de 1968 a operação da base passou a ser apoiada pelo navio de ensaios "Henri Poincaré"

A Base Francesa das Flores esteve em operação até 1993, um ano após ter entrado em serviço o navio de seguimento de trajectórias balísticas "Monje", que a tornou obsoleta.



Genealogias dos Açores


 

sexta-feira, 21 de março de 2025

São Mateus ilha do Pico Açores

 

A freguesia de São Mateus é a mais antiga freguesia do concelho da Madalena do Pico, tendo a data de chegadas dos primeiros povoadores ocorrido em 1482. A sua posição geográfica, na costa Sul da ilha, leva-a a confinar a oeste com a freguesia da Candelária e a leste com a de São Caetano.

A sua igreja paroquial, dedicada à evocação de São Mateus, foi consagrada ao mesmo santo padroeiro, tendo a sua construção sido iniciada apenas em 1838. Acredita-se que no primitivo templo que houve nesta freguesia de São Mateus deva ter sido coevo da fundação da respectiva paróquia, embora se ignore a data da sua construção, existem documentos que a referem como existente já em 1542.



Esta Igreja de São Mateus apresenta-se como uma das mais ricas e majestosas da ilha do Pico.

Trata-se de uma das mais imponentes igrejas de toda a ilha do Pico. Apresenta uma nave central com grande envergadura e rodeada por colunas. O templo encontra-se dividido por três naves, com duas séries de seis arcos.

Este templo corria o dia 1 de julho de 1962 foi elevado à categoria de Santuário Diocesano por decreto do então 36.º Bispo de Angra, Dom Manuel Afonso de Carvalho.



Ermida de Santa Rita de Cássia ilha de São Jorge Açores

 

A Ermida de Santa Rita de Cássia é uma ermida açoriana localizada no lugar pitoresco dos Terreiros, na freguesia das Manadas, concelho de Velas, na Ilha de São Jorge.


Pouco se conhece da sua história. A sua edificação decorreu nos meados do século XVIII, mas precisamente nos anos de 1757 e 1758, facto que se demonstra por modo notório pelo seu traçado, sobretudo pela cimalha superior do seu frontispício.


Encontra-se este pequeno templo construído precisamente no sítio designado Cruz de Henriques Nunes e foi fundado, segundo Silveira Avelar, pelo Capitão Antão de Ávila Pereira, conforme consta do seu testamento de 8 de Junho de 1757, e que faleceu em 15 de Dezembro de 1758.


O lugar dos Terreiros onde está edificada esta ermida foi outrora muito importante pela qualidade superior do vinho que produzia, e que era exportado como os demais da ilha.


Neste mesmo lugar dos Terreiros, tiveram noutros tempos os frades de São Francisco uma pequena casa destinada sobretudo a guardar o vinho que os mesmos recolhiam nos peditórios que ali faziam. Segundo o mesmo Silveira Avelar, as ruínas dessa adega ainda existiam nos fins do século XIX.


Esta ermida, cuja invocação é da Santa Rita de Cássia, a avaliar pela sua porta principal, deve ter sofrido algumas transformações de monte em 1949, ano em que lhe foram feitas obras de manutenção. No entanto, no seu interior ainda há pouco tempo se poderiam contemplar alguns curiosos motivos arquitetónicos, próprios do século XVIII, e merecedores da atenção do visitante.




sexta-feira, 14 de março de 2025

Forte da Urzelina ilha de São Jorge Açores Remonta ao século XVI

 


Remonta possivelmente à primeira metade do século XVI.

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte do Porto da Urzelina." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".

Desde 1808 é o único baluarte sobre o porto, após o outro ter sido destruído pela erupção vulcânica desse ano.

Durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) abrigou em suas dependências um destacamento militar.



A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 informa que "Tem uma pequena caza de guarda arruinada", e que se encontrava em grande ruína e abandonado desde longos anos.

Encontra-se referido no Tombo de 1883.

No contexto da Segunda Guerra Mundial, em 1941 o imóvel foi entregue em péssimo estado ao Ministério das Finanças.

Ao final do século XX, o forte foi recuperado graças à iniciativa da Junta de Freguesia da Urzelina, constituindo-se em um exemplo de recuperação de património histórico-militar a nível local.

Atualmente em bom estado, ornado com uma antiga peça de artilharia, nele se encontra instalada a sede do Clube Naval da Urzelina.




Fábrica de laticínios de Santa Bárbara ilha Terceira Açores


 

quinta-feira, 6 de março de 2025

Duarte Correia da Cunha

 

Duarte Correia da Cunha  nasceu no Porto Santo . Filho secundogénito de Pedro Correia da Cunha, capitão do donatário na ilha Graciosa e de sua mulher Izeu Perestrelo. Sucedeu a seu pai na capitania da ilha Graciosa por ter falecido em 1495 o seu irmão primogénito Jorge Correia da Cunha. Governou a ilha entre 1499 e 1507.

Segundo capitão-do-donatário da Graciosa, foi filho segundo do 1.º capitão, Pedro Correia da Cunha. Sucedeu ao pai devido à morte do irmão primogénito em 1495, ainda em vida daquele. Não se conhece também a carta de confirmação deste 2.º capitão do donatário da Graciosa.


Apesar de ter casado duas vezes, primeiro com Leonor de Melo e depois com Catarina de Ornelas da Câmara, não teve filhos, razão pela qual por sua morte ficou vaga a capitania da ilha, a qual o rei D. Manuel I doou em 1507 ao marechal D. Fernando Coutinho,  um parente de Pedro Correia da Cunha.


Duarte Correia da Cunha foi o último capitão do donatário residente na Graciosa, já que a partir dele o cargo passou a ser exercido por membros da alta nobreza residentes em Lisboa, representados na ilha pelos seus ouvidores. O crgo passou assim a ser uma rendosa sinecura dada pela Coroa como fonte de rendimento a membros da aristocracia.




Os nossos antepassados


 

quarta-feira, 5 de março de 2025

Forte da Laginha na ilha Terceira Açores

 

A sua construção remontará ao contexto da crise de sucessão de 1580, entre 1579 e 1581, por determinação do então corregedor dos Açores, Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos conforme o plano de defesa da ilha elaborado pelo arquiteto militar italiano Tommaso Benedetto.


No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Reduto das Laginhas na costa." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".


"1º - Forte da Laginha. Este forte carece a porta concertada e as suas muralhas precisam ser encascadas e rebuçadas e da parte do nascente precisa ser mociçada a sapata e guarnecida de cantaria. O seu quartel precisa a porta e a tarimba concertada. Tem quatro peças de ferro boas e os reparos de duas precisam ser concertados. Precisa para se guarnecer quatro artilheiros e dezasseis auxiliares."

Encontra-se referido como "Forte da Laginha" no relatório "Revista dos fortes e redutos da ilha Terceira", do capitão de Infantaria Francisco Xavier Machado (1772).


Encontra-se referido como "1. Forte da Laginha da Ponta da Feteira" no relatório "Revista aos fortes que defendem a costa da ilha Terceira", do Ajudante de Ordens Manoel Correa Branco (1776), que lhe relata a ruína:


"Este Forte careçe das suas muralhas e parapeitos por dentro, e por fora, rachado, guarnecido, e rebocado; a caza da guarda de uma verga, e o portão de outra; o torrião aonde se fas sentinellas hade mister feito de novo, e nelle hua guarita; tambem perciza hú tilheiro p.ª recolher a Artelharia no Inverno, e a tropa que guarnecer o dito Forte."

Em 1778 continuava bastante deteriorado, conservando as quatro peças. Considerando-se que a artilharia então existente na Terceira ainda era a da época da Dinastia Filipina, conforme informara Júdice em 1767, deduz-se que as peças na Laginha remontavam ao período da edificação do forte.


Foram tenentes-comandantes deste forte Manuel de Barcelos Machado Evangelho (por nomeação de 10 de maio de 1794) e José de Barcelos Machado Evangelho.




domingo, 2 de março de 2025

Fernão Dulmo na ilha Terceira Açores


Ferdinand van Olmen ou Fernão D'Ulmo .  Foi um flamengo que foi um dos primeiros povoadores da ilha Terceira, Açores, a quem o rei D. João II, por carta de doação de 1486, concedeu a capitania da ilha das Sete Cidades e de quaisquer terras que descobrisse a oeste dos Açores.






sábado, 1 de março de 2025

As danças e bailinhos na ilha Terceira , remonta ao tempo dos primeiros povoadores

 

Nos Açores, mais propriamente na ilha Terceira, reside uma das formas mais peculiares do Carnaval em Portugal, as Danças e Bailinhos de Carnaval. Esta tradição, tida como a maior manifestação de teatro popular em Portugal, remonta ao tempo dos primeiros povoadores e reflecte um estilo teatral bem ao jeito dos Autos vicentinos.

As danças e bailinhos de Carnaval da ilha Terceira são manifestações de teatro popular, acompanhadas por música, com textos em rima, que incluem habitualmente crítica social.


Mais de mil músicos e actores amadores actuam de forma gratuita em cerca de 40 palcos espalhados por toda a ilha, prolongando as actuações pela madrugada dentro, durante quatro dias.

As danças de pandeiro, os bailinhos e as comédias têm um texto cómico, enquanto as danças de espada representam um drama.

Desde Janeiro que decorrem os ensaios em sociedades filarmónicas ou em garagens, mas há quem também comece a preparar o Carnaval com antecedência nos bastidores.