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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Descendentes dos Açores




Tibúrcio António Craveiro

 

Tibúrcio António Craveiro  nasceu em Angra do Heroísmo  a  4 de Maio de 1800 e faleceu nas  Velas a 23 de Maio de 1844.  Foi um poeta, historiador e teórico da literatura,  com uma obra que inclui temáticas de história, teoria da literatura e poesia, campo em que aderiu à corrente da Arcádia Lusitana.


Em Angra do Heroísmo, cidade  que frequentou as aulas de Teologia Moral, revelando-se um aluno estudioso e aplicado.  Terminados os estudos empregou-se como professor régio da instrução primária na cidade de Angra.


Em consequência da sua adesão ao liberalismo, após a Abrilada de 1824 exilou-se em Londres. Em 1826 fixou-se na cidade do Rio de Janeiro, onde encontrou emprego como professor de Retórica.

No Rio de Janeiro, cidade onde permaneceria até 1842, foi um fundadores e bibliotecário do Real Gabinete Português de Leitura, envolvendo-se activamente na vida literária e política da cidade.  Durante este período produziu a maior parte da sua obra publicada. Foi lente do Imperial Colégio de Pedro II, do Rio de Janeiro.


Em 1842 deixou o Brasil e durante algum tempo viveu em Lisboa. Em 1844 voltou aos Açores. Morreu nesse ano a bordo de um navio, aparentemente vítima de suicídio, em condições que nunca ficaram esclarecidas. O seu cadáver foi desembarcado nas Velas, São Jorge, onde foi sepultado.




domingo, 1 de junho de 2025

Pesquisas dos Açores


 

Bartolomeu de Quental

 

Bartolomeu de Quental nasceu em 23 de Agosto de 1626 em Fenais da Luz, na ilha de São Miguel Açores. Filho de Francisco Andrade Cabral e Ana de Quental. Frequentou a Universidade de Évora, onde estudou Teologia e Filosofia, e obteve o grau de Mestre em Artes (1647). No ano de 1653 é ordenado sacerdote. Em 1654, o padre Bartolomeu de Quental é nomeado capelão, confessor e pregador da Capela Real, por D. João IV.



Com o apoio de D. Luísa de Gusmão, Quental criará as bases para a Congregação do Oratório, através da constituição de uma congregação de sacerdotes consagrada à Virgem Maria. Como missionário, esteve presente na Congregação do Oratório de Pernambuco e Goa.


Recebe o título de venerável pelo Papa Clemente XI, confirmado pelo Papa Bento IV.


Antepassado do escritor Antero de Quental, morre em Lisboa em 20 de Dezembro de 1698.




Açorianos


 

São Pedro ilha de Santa Maria Açores

Pensa - se que a primeira pessoa a nascer na ilha, foi  uma menina de nome Margarida Afonso,  que nasceu , no lugar do Paul.


Em termos cronológicos, esta foi a quarta das freguesias da ilha, criada cerca de 1603, à época da visita pastoral do bispo de Angra, D. Jerónimo Teixeira Cabral. Esta criação foi confirmada por Filipe II de Portugal a 5 de Março de 1611.


A primeira sede da paróquia foi a primitiva ermida de São Pedro, no lugar das Pedras de São Pedro, que Frutuoso refere ser uma das quatro ermidas existentes "acima da vila", situada "mais adiante pelo caminho" da Igreja de Santo Antão.

Filipe III de Portugal, por Carta régia de 4 de Abril de 1623, atendeu ao pedido do vigário e dos habitantes de São Pedro, autorizando o lançamento de uma finta para as obras da ermida nas Pedras de São Pedro, declaradas necessárias, por ocasião da visita pastoral do então bispo de Angra, D. Pedro da Costa.


Esta ermida serviu como sede da paróquia até 1698, ano em que, por força do crescimento da população, foi erguido um novo templo, de raiz, com maiores dimensões e em local mais central, no lugar da Rosa Alta.


Devido à riqueza do seu solo, São Pedro teve na agricultura a sua principal fonte de rendimento. Ao longo dos séculos, nela prosperaram os morgadios, caracterizados por grandes solares e respetivas ermidas, de que temos testemunho até aos nossos dias.