quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Fernando Machado Soares e o fado de Coimbra
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Embarcações naufragadas na Baía de Angra
1542 – Naufrágio da nau cognominada Grifo, capitaneada por Baltazar Jorge
A Grifo foi uma nau portuguesa da Carreira da Índia. Em 1536 D. João de Castro embarca para a Índia a bordo da nau. Em 1542 a nau portuguesa, capitaneada por Baltazar Jorge naufraga nos Açores. Perdeu-se sobre a âncora.
1555 - Naufrágio da nau Assumpção, comandada por Jácome de Melo
A Nossa Senhora da Assunção foi uma nau de linha português.
Participou na Batalha de Matapão, sendo comandada pelo fiscal Pedro de Sousa Castelo Branco tinha 500 praças e continha 64 peças de artilharia.
1555 - Naufrágio da nau alcunhada de Algarvia Velha, acabada de chegar das Índias.
Nau que naufragou no regresso da India.
1586 - (17 de Setembro) – Naufrágio da nau Santa Maria, de nacionalidade espanhola e provinda de São Domingo. Devido ao nau tempo.
A Santa Maria, anteriormente chamada de La Gallega, foi a nau, do tipo carraca, capitânia do Almirante Cristóvão Colombo na viagem em que, navegando para Oeste pelo Oceano Atlântico, veio a descobrir o continente americano (1492).
De propriedade do mestre Juan de la Cosa, morador das vizinhanças do porto de Palos de la Frontera, e que a pilotava nesta viagem, era considerada pelo Almirante como uma embarcação pesada.
1587 - Naufrágio de um galeão português (Santiago) capitaneado por Francisco Lobato Faria e provindo de Malaca. Perdeu a amarra, salvando-se a gente e a fazenda.
em que se contam os grandes trabalhos e lastimosas coisas que acontecerão ao Capitão Manuel de Sousa Sepúlveda, e o lamentável fim, que ele e sua mulher, e filhos, e toda a mais gente houveram na Terra do Natal, onde se perderão a 24 de Junho de 1552.
Logo no início da obra encontramos o sem dúvida mais conhecido do todos os relatos da História Trágico-Marítima, que aqui merece ser resumido:
Manuel de Sousa Sepúlveda passara à Índia em 1534, para não ter que casar com uma senhora que seduzira, e cujos irmãos o perseguiam. No Oriente fora capitão às ordens de Martim Afonso de Sousa. Estivera presente na conquista de Diu em 1536, na armada do governador D. Estêvão da Gama ao Mar Vermelho em 1540, etc. Em 1544 fora nomeado capitão de Diu.
A 3 de Fevereiro de 1552, com a mulher e os filhos, largou de Cochim, na Índia, rumo a Lisboa, como capitão do galeão grande São João. O galeão vinha carregado com 7500 quintais de pimenta, e transportava mais de quinhentas pessoas. A 13 de Abril, à vista do Cabo da Boa Esperança, a nave foi acometida por fortes tempestades, acabando por naufragar a 8 de Junho, nas costas do Natal. Os cerca de 380 sobreviventes iniciaram, um mês mais tarde, uma longa marcha rumo a Moçambique.
A fome, as doenças, os ataques dos Cafres e dos animais selvagens foram lentamente diminuindo o seu número. Quando atravessaram o rio de Lourenço Marques, nos fins de Dezembro, os sobreviventes eram apenas cerca de 120; e um filho de 10 anos de Manuel de Sousa Sepúlveda tinha já morrido. Nesta região foram os sobreviventes portugueses maltratados pelos Cafres, vindo a mulher do capitão e os seus filhos pequenos a morrer em Janeiro de 1553, em circunstâncias dramáticas. Manuel de Sousa Sepúlveda, depois de os enterrar, internou-se no mato para nunca mais ser visto.
O relato deste infortúnio foi redigido por um autor desconhecido, talvez baseado em informações de Álvaro Fernandes, guardião do galeão, e foi impresso pela primeira vez logo cerca de 1554. Camões, no Canto V de Os Lusíadas, faz o Adamastor profetizar a tragédia:
"Outro também virá de honrada fama,
Liberal, cavaleiro, enamorado,
E consigo trará a formosa dama
Que Amor por grã mercê lhe terá dado.
Triste ventura e negro fado os chama
Neste terreno meu, que duro e irado
Os deixará dum cru naufrágio vivos
Para verem trabalhos excessivos.
Verão morrer com fome os filhos caros,
Em tanto amor gerados e nascidos;
Verão os Cafres ásperos e avaros
Tirar à linda dama seus vestidos...
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
Crónicas da Província de S. João Evangelista das Ilhas dos Açores
As Crónicas da Província de S. João Evangelista das Ilhas dos Açores, são uma obra de natureza histórica, de autoria do frei Agostinho de Monte Alverne .
O manuscrito, redigido até 1695, encontra-se depositado em nossos dias na Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada.
Inédito por quase três séculos, a primeira edição da obra, em três volumes, ocorreu de 1960 a 1962.
Nesta obra, diferentemente de Gaspar Frutuoso que nas "Saudades da Terra" aborda aspectos naturais (geológicos, topográficos, orográficos, fauna e flora), históricos e humanos (demografia, património, cultura) da Macaronésia, Monte Alverne restringe-se aos Açores, abandonando a perspectiva ultramarina e centrando-se na temática eclesiástica e religiosa, colorindo-a com traços miraculosos.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
Os filhos de Willem van der Haegen no Arquipélago dos Açores
Casou com Margarida de Zabuya ou Margarida de Saboia , filha de Amadeu VIII de Saboia , em 1454 em Bruges, Flandres, Bélgica, nascida em 1439, em Bruges, Flandres, Bélgica.
Filhos de Wilhelm van der Haegen e Margarida de Zabuya:
1- Luzia da Silveira, nasceu em 1464 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu em 1548; casou com André Fernandes Villalobos em 1485 na Vila do Topo, Ilha de São Jorge, Açores. Nascido em 1490; e morto em 1548.
2- João da Silveira, nasceu em 1456 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu em 1481; casou com Guiomar Borges Abarca na Ilha Terceira, Açores, Portugal.
3- Jorge da Silveira (Jorge da Silveira ou Joz, ou Josse, ou José, nasceu cerca 1458, destino ignorado.) em Bruges, Flandres, Bélgica.
4- Margarida da Silveira, nasceu em 1460 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu nos Flamengos, Ilha do Faial, Açores. Casou com Joss van Aard ou Jorge da Terra, “o velho” van Aertrijcke em 1540 nos Flamengos, Ilha do Faial, Açores. Nascido nos Flamengos, Ilha do Faial, Açores.
5 - Ana da Silveira, nasceu em 1466 em Bruges, Flandres, Bélgica; casou com Tristão Martins Pereira em 1485 em Goa, Índia Portuguesa. nascido em 1452 em Pombal, Portugal continental. Morreu em 1529 na Índia.
6- Maria da Silveira, nasceu em 1468 em Bruges, Flandres, Bélgica; morreu em 14 de Agosto de 1545; Casou com João Pires de Matos em 1497 na Ilha do Faial, Açores.
7- Catarina da Silveira, casou com o capitão-mor Jorge Gomes de Ávila em 1484 na Ilha Graciosa, Açores. Nascido em 1453 na Ilha Graciosa, Açores.
8- Francisco da Silveira, nasceu em 1499 na Ilha do Faial, Açores. Morreu em 1595 na Ilha do Faial, Açores. Casou com Isabel d'Útra de Macedo em 1524 na Ilha do Faial, Açores.
Alguns dos seus descendentes emigraram para o sul de África e integraram-se com os colonos holandeses.
terça-feira, 7 de janeiro de 2025
Quinta da Boa Hora ilha Terceira Açores
A Quinta da Boa Hora é composta por uma propriedade agrícola e por um solar que foi pertença da família Barcelos. Localiza-se esta quinta na ilha Terceira, concelho de Angra do Heroísmo, freguesia da Terra Chã.
Foi durante séculos residência da família Barcelos, tendo nele vivido Isidro Barcelos Bettencourt, político português, partidário do Partido Nacional Republicano em Angra do Heroísmo e funcionário do governo português..
O solar de que a quinta está dotada apresenta-se com apreciáveis dimensões. Tem um pátio voltado a nascente com jardim onde de destacam plantas exóticas de grande dimensão dada a sua avançada idade. É de mencionar também a capela.
Destaca-se este edifício pelo seu aspecto senhorial de austera fachada e pelo portão em cantaria trabalhada dotado de pináculos e encimado por um arremate igualmente em pedra trabalhada.